Universo Paralelo escrita por Elena Michaels


Capítulo 4
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Estão gostando pipocas? Tá ai o cap. 4 com POV da Ames pra vocês. Me julguem mas não me odeiem pelo que acontece perto do final! Tomara que gostem!



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POV América

Chegamos em casa e entramos correndo no palácio. Estávamos atrasados para o almoço, como era de costume, mas, como eu tinha dito a Scott, chegar atrasado pega mal, até pra família real.

Batemos na porta gigante da sala de jantar e esperamos Christoper, ou Soldado Living, vir abrir a porta. Chris logo chegou e abriu. Ele sussurrou:

– Estão atrasados!

– Eu sei!- respondi.

Chris tinha cabelos castanhos e olhos dourados. Era muito bonito, e eu confesso que tinha uma quedinha por ele, e ele sabia disso, mas nunca fez nada a respeito.

– Vão, eles estão esperando vocês!

– Tá, já estamos indo- May disse impaciente.

Entramos correndo e nos sentamos, por ondem de nascença, ao lado de Kota, que estava ao lado de Kenna. Então ficou: Papai, mamãe, Kenna, Kota, eu, May e Gerad. Meu pai, como sempre, deu uma de Rei e deu o comunicado anual:

– Bom, agora que estamos todos aqui- ele falou com a voz autoritária de Rei Shalom- vou dar o comunicado: Como vocês sabem daqui a quatro semanas é o casamento de Kenna- ao dizer isso Kenna ficou toda sorridente- e os reis, rainhas, príncipes e princesas de todos os países virão para celebrar o casamento. Mas, como estamos tentando uma aliança com Illéa, a família real illeana virá daqui a três dias, para uma reunião.

– E a gente com isso?- Gerad perguntou. Ele era o menos preocupado com esse tipo de assunto, pois sabia que, já que era o mais novo, nunca iria ser rei.

Minha mãe riu.

– Bom, queremos que vocês participem da reunião. Todos vocês- ela enfatizou as duas últimas palavras- Para que mostremos ao Rei Clarkson, a Rainha Amberly e o Príncipe Maxon que nos importamos com a educação de vocês e que vocês se importam com o país.

– Até eu?- Gerad perguntou- Porque eu não vou ser rei, então não preciso me importar tanto quanto vocês com o país.

–Sim Gerad, até você tem que comparecer a reunião- meu pai falou.

– O que é comparecer?- ele perguntou com toda a inocência de uma criança de seis anos.

–Ir- eu respondi

–Ata- ele disse pensativo.

– América, Kota- minha mãe disse.

– Sim?- eu e meu irmão dissemos em uníssono. Eu e Kota tínhamos uma ótima relação, mas, como todos os irmãos, nós brigávamos por qualquer coisa.

– O Príncipe Maxon- ela começou, hesitante- Ele não terá muitos amigos aqui, e como vocês dois tem a idade mais perto da do Príncipe, quero que sejam gentis com ele, que façam amizade com ele.

– Tá- eu disse.

–Tanto faz- Kota disse.

– E quero que todos vocês pesquisem sobre as famílias reais que virão, para não passar vergonha.

– Tá mãe- respondemos.

Passaram- se mais alguns minutos até eu me lembrar da visita das meninas.

– Mãe?- perguntei e ela se virou pra mim- As meninas virão aqui pra gente ensaiar a nossa apresentação na Comemoração. Vamos ficar na minha sala de música, okay?

– Sim querida- ela disse e eu pensei: Eu não sou sua querida!- Mas que meninas?

– A Anne, a Mary, a Lucy, a Nikky, a Georgia e a Marlee- respondi.

– E que país vocês pegaram?- meu pai perguntou.

– Illéa- disse.

– Que bom!- minha mãe disse- Assim você vai ter que pesquisar sobre eles querendo ou não!

Mostrei a língua a ela e voltei a comer, enquanto ele riam.

Nós não éramos uma família real normal. Éramos bem diferentes das outras. Primeiro, nós não usávamos roupas formais e coroas o tempo todo, só em momentos formais, como festas e reuniões. Saíamos nas ruas como qualquer um e íamos em escolas normais. Meus pais já foram pobres, Kenna, Kota, eu e May nascemos em uma época de dificuldade. Nossa condição melhorou um pouco quanto tio Reynald virou Presidente, e nos ajudou. Por isso meus pais nos ensinaram a sempre dar valor aos pobres, pois são pessoas também, e nós não somos melhores que ninguém. Eu já fiz uma promessa, de que, mesmo que eu não for rainha, nunca vou abandonar o meu país. Meus amigos e minha família estão aqui, e eu não vou deixa-los.

Me retirei e fui pra biblioteca, procurar a partitura da música que nós iríamos tocar, mas ao invés disso achei meu antigo diário. Abri no meu último registro, que era o daquela noite.

Hoje a família real de Illéa veio para Brasília. Teve uma festa no palácio e eu, Kenna e Kota tocamos. Perdi o ar quando vi o Príncipe Maxon. Meu Deus, Meu Deus, existe alguém mais apaixonada por ele do que eu? Ele é lindo! Tem olhos castanhos e cabelo louro. MA- RA- VI- LHO- SO! Quando será que vamos nos ver de novo? Eu percebi que o Príncipe não parava de olhar pra mim. Será que me achou bonita? Tomara! Ele é lindo e eu deixaria Mary, Anne, Lucy, Nikky, Marlee e Georgia, além de deixar minha família pra trás, só pra ficar com ele! Eu vi também muitos outros garotos olhando pra mim, a maioria filhos de ministros que tem a minha idade, como Jonathan, Peter, Dylan, Henry, William, Roover e Chris. Devo destacar que Chris é outro garoto que eu gosto. Ele tem cabelos castanhos e olhos dourados, e se iguala a Maxon no quesito de ser lindo. Agora é hora de esconder esse diário pra o Kota ou a May não acharem. Eles adoram mexer aqui, e se lerem esse registro não vão parar de me incomodar pelo resto da vida!

Bye, kisses diary!

Eu que escrevi isso? Mas, me dá um desconto, eu tinha doze anos e o Príncipe era mesmo lindo. Guardei o diário no lugar em que eu tinha achado, ao lado de um livro antigo, chamado O Sangue do Olimpo. Eu me lembro desse livro. É um dos meus preferidos, por mais que seja velho. Continuei a procurar a partitura e quando eu tinha acabado de achar quando as portas da biblioteca se abriram, revelando Chris ali.

– América?- ele perguntou.

– O que é?- disse.

– Suas amigas estão aqui, disseram que vocês tinham que fazer um trabalho pra escola.

– Sim. Chris, você pode, por favorzinho, leva- las pra minha sala de música? Mas você sabe, não entre- eu nunca deixava os guardas entrarem lá, muito menos Chris, já que eu um dos cantos eu deixava pendurado um quadro que continha fotos que eu mesma tirava, dos guardas do palácio que eu achava mais lindos. E Chris estava entre eles. Pra limpar a sala eu só confiava em Lina Living, irmã do Chris, porque ela tinha a minha idade e também achava eles lindos.

– Eu não entendo porque você só deixa Lina entrar lá- ele falou.

– E não vai entender nunca!- eu disse sorrindo.

Ele fez uma careta e saiu para levar as meninas na sala.

– E não espie lá dentro!- eu gritei pra ele.

Eu peguei as partituras de violino, piano e violão. Procurei mais um pouco até achar a música e segui até a sala de música. Tive uma surpresa quando cheguei: Chris e Lina discutindo na porta da sala.

– Você não pode entrar!- Lina dizia.

– Quem disse?- Chris perguntou em um tom que eu nunca tinha visto antes. Parecia ameaçador.

– América- ela revidou.

– E por que eu não posso entrar Lina? Tem alguma coisa que eu não possa ver lá dentro?

– Hã... Bem...- Lina não sabia como responder e eu resolvi intervir.

– Que gritaria é essa?- eu perguntei chegando perto deles.

O rosto ameaçador de Chris voltou a ser calmo, mas seus olhos mostravam a sua raiva.

– Nada- ele disse- Só estava discutindo com Lina. Você sabe, coisa de irmãos.

– Sei- respondi- Bom, agora vocês podem ir, que eu fico com as meninas.

Lina foi a primeira a escapar. Chris me lançou um olhar antes de sair andando pelo corredor. Entrei na sala e dei de cara com as meninas me encarando.

– O que foi?- perguntei.

Marlee apontou para o quadro que tinha as fotos dos guardas bonitos do palácio.

– Ah, são só os guardas bonitos.

– São mesmo lindos- Nicoletta disse.

Eu concordei com a cabeça.

–Aquele guarda lá fora- Nikki disse- Qual o nome dele? É um gato!

– Chris. Christoper Living. Soldado Living- eu disse.

– Lindo mesmo esse Soldado Living- Anne disse.

– Bom meninas, chega de falar do lindo do Chris, tá na hora de ensaiar- eu falei, mostrando as partituras- peguem os instrumentos e vamos começar.

Ensaiamos e eu confesso que ficou muito legal. Já era 17:00 quando as garotas foram embora.

Chris chegou perto de mim sem eu perceber e me fez dar um pulo quando disse:

– Que lindas, as suas amigas. Carter se deu bem, com aquela Marlee.

– Credo Chris! Não me assuste assim!

– Desculpe- ele disse com um sorriso- Não era a minha intenção.

– Eu sei. Boa Noite- disse e depois dei um beijo na bochecha dele, deixando- o sem ação.

Sai correndo e rindo para o meu quarto e quando cheguei lá dei de cara com Lina, Ashley e Kyrra, minhas criadas, me encarando.

– Lina, por que você e o Chris estavam discutindo lá em baixo?- eu perguntei, por mais que já soubesse a resposta.

– Ah, você sabe como é o meu irmão. Ele queria entrar na sala de música.

– Ata.

– Ames, Ames, Ames- Kyrra disse- você precisa se arrumar! Vai perder o jantar!

– Mas são só cinco horas Kyrra!

– Mas você tem que tomar um looooooooongoooooooo banho! E o jantar é daqui a duas horas!- ela disse, já me empurrando pro banheiro.

Tomei mesmo um looooooooongoooooooo banho, e quando sai já eram 18:17. As meninas me arrumaram com uma calça jeans e uma camiseta branca de mangas curtas. Desci cinco minutos antes do jantar. Logo minha família chegou e nós jantamos. A comida estava ótima. Terminei de comer um pouco antes dos outros e fui mais uma vez para a sala de música, ensaiar um pouco mais. Amanhã era quinta- feira e eu tinha aula. Mais uma vez enfrentar a aula da Sra. Turner, falando sobre esse trabalho idiota. Quando subi eram 22:39. Me deitei e logo apaguei.


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Notas finais do capítulo

E então? Como eu disse, me julguem mas não me odeiem! Eu tinha que criar um triângulo amoroso, como na Seleção, mas como a Meri não conhecia o Aspen, tive que inventar uma pessoa pra ela gostar.
Mas ficou legal, não ficou? Me mandem sugestões para o próximo, que vai ser o reencontro deles. Posso dizer que vai ser difícil para o Maxon conquistar a Ames e que em algum dos próximos capítulos vai ter uma surpresa, que eu não vou dizer o que é! Hahahaha! Sou muito má! Vocês vão gostar da surpresa (acho) é bem legal ( mais ou menos)!
Comentem!