After The Quake escrita por Jujubinha, Chat Noire, Melody


Capítulo 9
Eu Não Entendo Essa Garota. Capitulo de Jujubinha


Notas iniciais do capítulo

Oii povo, aqui é a jujuba0220. É que eu mudei de nome
Agradecendo ao leitor Finn soque não, que fez um comentário super gigante e detalhado sobre a fic, sqn.
Estavam falando que os capítulos estavam muito curtos. vejam se desse tamanho tá bom.



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POV PAUL

Pegamos algumas coisas e fomos para o abrigo da Bonibbel. Não era uma caminhada muito grande, mas as mochilas estavam um pouco pesadas. Tivemos que re-dividir a bagagem de novo, porque, como o Lance ainda não tinha acordado, a Sky e a Julia ficaram lá cuidando dele. E se a Julia fica o Foxy também fica. Mas a minha mochila estava mais pesada, porque eu me ofereci para carregar a bagagem do Simon. Ele ainda estava esgotado por causa da luta, e ele iria carregar a Marcy.

A doutora Bonibbel ia explicando para a gente o seu novo projeto:

– Bom, quando essa guerra horrível acabar, – ela começou – teremos que reconstruir tudo de novo. E teremos que repovoar a Terra. Mas alguns humanos não são o suficiente para isso, fora que muitos de nós foram infectados, reduzindo drasticamente a população de humanos saudáveis. Por isso eu me especializei em criar vida a partir de coisas inanimadas, como rochas, madeira, água... Eu estou testando uma nova fórmula para dar vida para doces. Era a única coisa que eu tinha no laboratório. Ainda está em desenvolvimento, mas se der certo, vamos poder criar uma sociedade inteirinha com novos seres vivos. Seres como nós. –

O plano dela era legal, mas eu duvido que desse certo.

Mas quando chegamos ao abrigo da Bonibbel, estava tudo aberto.

– Ah, não – ela bufou – eles já voltaram!

Então ela correu para o abrigo e nós a seguimos.

Dentro do abrigo dava para ver caixotes de mantimentos, uma mesa e três geladeiras. Um beliche e uma cama de solteiro ao lado. Um sofá um pouco velho e uma TV apoiada em um caixote. Do outro lado tinha uma bancada com vários tubos de ensaio, uma mini centrifuga, e outras coisas fumegantes cujo nome eu não me lembro. Mas estava tudo bagunçado. Tinham pacotes de mantimentos e rastros de sangue pelo chão.

– Eu não acredito que vocês fizeram isso de novo! – Bonie foi até a cozinha batendo os pés. – vocês têm que fazer toda essa bagunça todo dia?

– Ah, foi você que disse que lugar de comer é na cozinha – uma voz disse

– É, a gente limpa a bagunça depois.

– Vocês vão limpar a bagunça agora. Os dois.

Então dois garotos saíram da cozinha. Os dois tinham cabelo castanho e olhos verdes. O mais novo tinha cabelo curto com um topete e o outro tinha cabelo de emo (na minha opinião). Os dois estavam sujos de terra e sangue.

– Pessoal, esses são Kellin e Cooper. Kellin e Cooper, esses são Paul, Luna, Jade, Simon, Marcy e Amber. Eles são sobreviventes como nós.

– Oi. – Kellin (o mais velho) me fuzilou com os olhos. Por um instante, parecia que eu estava olhando para o Foxy. Ele me lembrava muito o jeito dele.

– De onde eles saíram Bonie? – Cooper perguntou.

– Não fale assim. Eles estavam em uma casa abandonada. Salvei eles de um ser de gosma.

– E você trouxe eles para a gente? – por um momento, eu podia jurar que os olhos do Kellin estavam iguais ao do Foxy.

– Não, Kell. Eles são amigos, não comida. Eles tem gente como vocês, e agora a gente vai andar com eles.

– Por quê? – interveio Cooper – Nós nos viramos muito bem sozinhos.

– É, mas eu não consigo cuidar de vocês dois sozinhos.

– Ei, a gente que cuida de você. – Kellin corrigiu – O acordo era “a você nos dá abrigo e a gente te protege”. E você sabe que precisa de proteção.

– Ah, é tão humilhante depender de dois moleques de 13 anos! – Bonie bufou

– 14! – Cooper gritou da sala. – 14 e 15!

Essa discussão estava um tanto constrangedora.

– Ahn, acho que não vai caber todo mundo aqui. – eu interrompi.

– Como assim “todo mundo”? – Cooper perguntou

– Bom, só nós somos 10. Tem mais 4 pessoas no nosso abrigo. Mais vocês são treze. E só tem três camas aqui.

– Ah, que ótimo! – Kellin se jogou no sofá – agora nós somos o “Exército da Salvação”! Quem mais vem? Os mutantes de gosma? Que tal a Marissa, ou o Lich? Façamos uma festinha!

Eu não gostei do jeito desse garoto.

– então teremos que voltar para o nosso abrigo, ou procurar outro – Simon disse – aqui mal cabe vocês. O nosso abrigo é bem grande, tem espaço para todo mundo. Mas precisa de uma reforma.

– mas olha que horas são. – Jade interrompeu. Teríamos que fazer isso amanhã. Podíamos desmontar as camas que tem aqui, carregar para lá e montar de novo. Assim teria lugar para todo mundo.

E foi o que nós fizemos.

Quando chegamos Lance já tinha acordado. Fizemos as apresentações necessárias, ouvimos mais algumas brigas por causa do espaço, quem era humano jantou normalmente, e os vampiros foram caçar. Ah, é. Esqueci. O Kellin e o Cooper também são vampiros. E outra coisa: não sei porquê, mas o Kellin ganhou rapidinho a confiança do Foxy. Aqueles dois se merecem. Mas o que mais me incomodou foi o fato de ele ficar dando em cima da Julia NA MAIOR CARA DE PAU! E COM ELE O FOXY NÃO FAZIA NADA! NADINHA!! Ainda bem que ela nem dava bola. Só ficava me encarando com os olhos de vampiro quando a Luna se aproximava de mim. Eu fazia a mesma coisa quando o Kellin falava com ela.

Fizemos uma parede nova improvisada, arrumamos a bagunça e fomos dormir. Tivemos que organizar os quartos de novo. Ficou assim: Lance e Sky ficaram em um dos de casal, eu e a Julia ficamos com outro, a Luna e a Amber ficaram com o terceiro e o Simon e a Marcy com o outro. O Foxy e a Jade ficaram com o das camas de solteiro e a Bonie, o Cooper e o Kellin dormiram na sala. Eu fiz questão de trancar a porta do meu quarto. Por causa dos zumbis (N/A: Aham, claaaaaaaaro. Zumbis... eu acho que isso vai dar problema com o Foxy.)

Era de manhã, todo mundo dormindo. Me sentei na cama e me espreguicei. Olhei para o lado e Julia ainda estava dormindo. Não pude deixar de sorrir. Ela estava tão linda... (eu juro que não aconteceu nada durante a noite. Tudo bem que o Foxy me deixou ficar com ela, mas eu não vou abusar da sorte, né. Um beijo ou outro, talvez. Uma Mao boba de vez em quando, mas não passou disso.)

Me levantei com cuidado para não acordá-la. Abri a porta, e quem eu encontrei? Foxy, é claro.

– Você sempre fica me esperando acordar? – eu perguntei – É serio, cara. Isso é estranho.

– Quanta presunção, Miss Universo. Eu vim ver a minha irmã.

– Ela ainda tá dormindo. – eu desci as escadas – Tem mais alguém acordado?

– Só a Bonie, o Kellin e a Jade. O café tá na mesa.

– E como foi a noite? – eu perguntei só pra provocar.

– Do que você tá falando? Por que você quer saber?

– Porque você ficou a noite inteira num quarto sozinho com a menina que salvou você da Marissa. Não rolou nada?

– Ah, cala a boca! – ele me deu um tapa na cabeça – A gente só conversou. Mas e você? – ele pôs a mão na bainha da Lucy.

– E-eu não fiz nada – meu rosto ficou quente – É-é sério. E-eu só beijei ela.

– Hm. Bom mesmo. Senão já sabe. Ah, é bom você ficar de olho, porque o Kellin também tá querendo ficar com a Julia.

– O que? Ele te disse isso? E você não faz nada com ele?

– Olha, eu já disse que não me meto mais nos assuntos da minha irmã. E qual o mal que uma competiçãozinha pode fazer.

– Ahn, ele é UM VAMPIRO. E A JULIA TAMBÉM! Um passo em falso e eu viro comida!

– Então você vai desistir da minha irmã tão facil assim? – ele balançou a cabeça – Que vergonha. E pensar que eu ia deixar você ficar de verdade com a minha irmã.

– Eu não tô desistindo. Eu gosto dela de verdade...

– então pára de dar bola para a Luna, porque a Julia não vai ficar esperando você se decidir. – ele desembainhou Lucy – E nem eu. Se você machucar a minha irmã, vai se ver comigo

Eu não entendo ele.

Quando eu estava indo para a cozinha, Luna me chamou.

Lá vem...

– Paul, posso conversar com você?

Eu fiz que sim com a cabeça, e nós fomos lá para fora.

– Por que você não gosta mais de mim? – ela perguntou – eu lembro que a gente vivia grudado na escola. Eu sentia que você gostava de mim. Mas depois de tudo, quando a gente se separou, você mudou. O que foi que aconteceu?

– Luna, eu gosto de você. Mas eu não sei... você sumiu, e aí a gente ficou cada vez mais distantes... e eu conheci a Julia... eu gosto dela, e eu não quero machucar ela...

– Só porque se você fizer isso o Foxy te mata? – ela me interrompeu – Eu voltei antes, e você nem se lembrou de mim. Ficou babando por aquela menina demoníaca. Você não gosta de mim de verdade.

– É claro que eu gosto. – eu segurei o rosto dela – senão eu não teria te beijado. Eu ainda gosto de você. Só... deixa eu pensar um pouco.

Então ela me beijou. Eu não deixei. Eu empurrei ela.

– Por que você faz isso? – eu disse – Poxa, eu já disse que eu tenho que pensar! – eu suspirei – Olha, Luna... eu não vou conseguir fazer você feliz se eu não estiver feliz também... eu não vou ficar feliz com você. Isso é muito egoísta. Você tem que pensar no meu lado também. De tanto tempo que a gente se conhece... eu achei que te amava... mas você tem razão. Depois que a gente se separou eu mudei... eu não enxergo você como eu enxergava antes. Você também mudou... entenda... não vai dar certo.

– Não, eu não entendo. – ela começou a chorar – eu amo você, Paul. Eu sempre amei.

– Então você devia ter dito antes.

Então eu voltei para o abrigo. Eu não gostava de deixar a Luna triste. Mas não dava pra deixar ela ficar fazendo isso.

Eu tinha que contar para a Julia o que tinha acontecido. Não dava pra ficar mentindo para ela. Quando eu entrei ela estava na sala, ajudando a concertar o buraco na parede.

– Julia, posso falar com você?


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
dessa vez, eu vou postar dois capítulos seguidos.
comentem



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