Doce Surpresa escrita por Marina Louise


Capítulo 2
Capítulo 2




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Teresa estava sentada na borda da banheira encarando fixamente o teste de gravidez em suas mãos.


Assim que chegara em casa, a Agente havia trocado a roupa por algo mais confortável e se sentado na frente da televisão para se distrair, tanto da sensação de mal estar quanto das palavras de Fisher. A estratégia foi inútil, é claro. A cada segundo pensava mais e mais na possibilidade de estar carregando um filho de Patrick. Então, nem trinta minutos depois estava saindo porta afora em busca de uma farmácia para comprar o teste de gravidez.


E uma hora depois de ter feito o sexto teste, ela ainda estava em completo estado de choque.


Positivo.


Seis testes, as seis marcas diferentes que haviam na farmácia, e o resultado ainda era o mesmo.


Era oficial. Estava grávida. E não tinha a menor ideia de como lidar com isso. A sensação de pânico era tão grande que nem sequer conseguia discernir se estava feliz ou triste com a situação.


De todas as coisas que imaginava para um futuro desde que se envolveu três meses atrás com Jane em um relacionamento amoroso, ficar grávida definitivamente não era uma delas. E ela não conseguia parar de se perguntar sobre como iria dar a notícia a ele.


Apesar de todas as declarações feitas entre os dois, de todas as confissões e até mesmo as conversas sobre tudo que passaram com Red John e como queriam que as coisas fossem de agora em diante, esse assunto nunca havia surgido.


Jane havia tirado a aliança, mas quase nunca falava sobre a família, e ela sabia o quanto ainda o machucava a morte da esposa e da filha.


E se ele visse essa gravidez como uma tentativa da parte dela de forçá-lo a esquecer Angela e substituir Charlotte? O pensamento não parava de lhe ocorrer.


Patrick era excelente com crianças. Isso ficava claro toda vez que ele tinha de lidar com elas durante os casos em que trabalhavam. Mas nunca, durante todos os anos que trabalharam juntos, ou durante o pouco tempo em que estavam namorando, ele manifestou o desejo de ter outro filho.


Ele iria odiá-la quando descobrisse. Era fato.


Lisbon soltou um soluço ao pensar nisso e lágrimas deslizaram por sua face.


Enxugando o rosto com as costas das mãos, e finalmente tomando coragem para se mexer, Teresa caminhou até a bancada da pia, recolheu os outros testes e as caixas e colocou tudo dentro de uma sacola, se agachando para escondê-la no fundo do armário que havia ali embaixo.


Ao se levantar, foi assaltada por uma nova onda de tontura e náusea. Ela definitivamente precisava se deitar ou acabaria inconsciente no chão do próprio banheiro.


Após lavar as mãos, seguiu direto para o quarto e se jogou de qualquer jeito sobre a cama, abraçando o travesseiro que Jane vinha usando para dormir desde que começaram a passar as noites juntos, o que era praticamente todos os dias. Patrick basicamente havia se mudado para sua residência.


Ao sentir o cheiro tão característico de Jane impregnado no objeto, ela foi inundada por uma nova onda de lágrimas.


Não queria perdê-lo. Não depois de tudo que passaram para ficar juntos.


Ainda não conseguia acreditar que havia deixado isso acontecer. Sempre fora cuidadosa, e mesmo tomando medicamento fazia questão de usar o preservativo. Foi assim com todos com quem se envolveu.


A não ser com Patrick Jane. Lembrou a si mesma soltando um suspiro exasperado.


Nenhum método contraceptivo era cem por cento seguro e ela sabia disso. Não podia ter se descuidado.


Desde o dia que o conheceu, por mais que tentasse resistir, foi imediato, deixou que ele virasse sua vida de cabeça para baixo. E agora, cada vez que o tocava, sentia, beijava como sempre desejou, sua mente ficava totalmente em branco. Não havia mais nada no mundo a não ser os dois e seu desejo de construir uma vida com ele. Pela primeira vez ela estava realmente feliz.


Respirando fundo, Lisbon deixou uma das mãos vagar até a parte inferior do abdômen. O que ela faria se Jane não quisesse o bebê, ainda não sabia. Mas se deu conta de uma coisa depois de pensar sobre o quanto estava sendo bom estar nesse relacionamento com ele e no quanto o amava.


Ela queria esse bebê.


Era uma parte dela, e, o mais importante, era uma parte dele que teria para sempre consigo. E apesar de não ter considerado ter um filho até esse momento, ou ter descoberto sobre isso havia pouco, ela já amava essa criança mais do que tudo. Agora ela iria torcer para que Jane também o quisesse.


Teresa se aconchegou na cama, afundando o rosto no travesseiro dele, e ficou com esses pensamentos borbulhando em sua mente até adormecer.


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Notas finais do capítulo

Peço perdão pelo capítulo estar tão pequeno. Mas quando eu o estava escrevendo, senti que era o momento ideal para interrompê-lo.

Mas espero que tenham gostado *.* Se possível, deixem-me saber o que vocês acharam! E eu prometo que o próximo capítulo será um pouco maior!

Gostaria de deixar um agradecimento a todos que estão acompanhando a história, em especial a Alana Graham, JustOneMoreJisbon e Karina D S :)

Beijos e até a próxima!