Constellations escrita por DedelCosta


Capítulo 17
Série 16 ― Bow-Tie


Notas iniciais do capítulo

Obrigado a Isoca e Dreamy Soul, que comentaram o capítulo anterior



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― Ninguém, assim, ouviu toda a barulheira vindo daqui? ― pergunta Amy. ― E o brilho dourado do Bad Wolf, ninguém viu?

Eles caminham a sala branca até o elevador. Ao chegar lá, apertam alguns botões e as portas se fecham, até o elevador começar a descer.

― Provavelmente alguém viu. Na verdade, alguém não. Todos. ― Doutor fala, ajeitando sua gravata-borboleta no espelho do lugar. ― E viram os Cybermans também.

― Então como ninguém veio aqui? ― pergunta Haendell, encarando o alienígena.

― O que você faria se visse um misterioso brilho segante vindo de cima de um prédio cujo única função é guardar restos mortais encontrados por aí? E mais; ainda visse alguns Cybermans indo para lá? ― Doutor se vira para Haendell, e dá um sorriso malicioso para o garotinho. Ele não espera ele responder: ― Corre!

As portas do elevador se abrem, e os cinco começam a correr. O caos é visto no que já foi a sala principal do prédio: Cybermans quebram as janelas enormes da parede e entram por elas; funcionários correm para lá e para cá, por mais que os robôs não demostram nenhum interesse em matá-los; papeis voam; mesas e cadeiras quebradas. Eles correm para fora do prédio, e de lá, tem uma visão "panorâmica" do caos. Milhares de Cybermans estão lá fora, entrando para o prédio pela janela quebrada.

Um deles, porém, durante o voo para a janela, vira a cabeça para o lado; para o Doutor. Uma luz vermelha sai de seus olhos e chegam ao corpo do Doutor, examinando-o.

― Esse é o Doutor! Deletar! Deletar! ― conclui a máquina. O rumo do voo dele muda totalmente de direção. Ele vai até o Doutor, e assim como os outros atrás dele, começa a disparar contra ele e os outros quatro.

― AAAHH!! ― grita Haendell. ― Finge de morto, negada! ― então ele se joga no chão, contra os cacos de vidro esparramados no asfalto parado, e simplesmente finge estar morto.

― O humano é inteligente. Este terá um alto poder quando for atualizado. Atualizar! Atualizar! ― um dos Cybermans diz, se referindo à Haendell. Ele pousa perto do menino, que é péssimo em fingir de morto, e o segura nada educadamente pelo braço. O Cyberman se vira para voar segurando o menino, quando é impedido com um pulo de Amy.

A ruiva se enrosca na cabeça do homem-de-lata e joga no chão. No chão, agressivamente, ela se senta no pescoço dele:

― Você não está entendo o caso, meu amigo... Esse menino aqui já foi morto tantas vezes hoje que eu realmente desconfio dele ser a dona-morte disfarçada tentando dar uma amostra de seu show! Se ele morrer de novo, eu juro, cabeças irão rolar!

― Você será deletada! ― diz o Cyberman, que se ergue do chão. Pelo lado bom, ele se levanta, mas deixa Haendell no chão.

― Bom, er... Eu não pensei nessa opção quando pulei em você... Um chazinho? ― ela pergunta, sorrindo para disfarçar o medo.

― Corra! ― diz o Doutor.

Os cincos começam a correr em disparada. Enquanto correm, Merly pergunta:

― Para onde exatamente... Estamos indo?! ― ela tira um pouco do cabelo loiro da boca.

― Seria ruim se eu dissesse que não faço ideia?! ― responde o Doutor. ― Para a TARDIS!!

E, do nada, todos viram a direção e entram para o prédio que está ficando em chamas.

― Lá! ― depois de dar algumas voltas, correr mais um pouco, entrar em um corredor sujo, Rose grita, apontando para a nave. ― Senti tanta falta disso...

Doutor chega primeiro na porta da nave, e abre-a. Ele não entra até todos estarem lá dentro. Então, ele se espreme na porta, e por um milissegundo, não é atingindo por um Cyberman.

Todos descaçam um pouco da corrida, escorando em alguns lugares. Depois de uma boa arfada, Rose começa a circular a nave, apreciando-a.

― Você redecorou... Amei! ― diz Rose. Ela continua circulando a nave. ― Senti falta de tudo isso.

O Doutor sorri, apreciando suas palavras. Depois de alguns segundo, ele se levanta ― estava deitado, se recuperando ― e diz:

― Espere um momento! ― ele se vira e abre a porta. Então ele sai da nave.

― Doutor! Droga, ele sempre faz isso... ― resmunga Amy.

― Ele ainda sai do nada enquanto está tudo em perigo? Há! ― Rose ri. Então ela começa a papiar com Amy.

Depois de alguns segundos, talvez uns 40, Doutor chega de novo a TARDIS, porém com um corpo de Cyberman nas mãos.

― AAH! ― grita todos. ― O que isso faz aqui? ― pergunta Merly.

― Não se preocupe, eu tirei a matéria orgânica dele, aumentei a paz no seu cérebro robótico, coloquei a obediência e mexi em mais umas tretas lá. Está totalmente seguro. ― ele responde, colocando o robô no chão.

― Obediência? Para que? ― pergunta Merly.

― Oras. Podemos perguntar qualquer coisas que ele responderá. ― responde o Doutor.

― Ótimo! Quem colocou pimenta no meu ponche do baile da formatura? Se for aquela vaca da Lizzie, eu juro, eu vou... ― diz Merly.

― Acho que o Doutor se referia a perguntar que o Cyberman saberia responder, Merly. ― diz Haendell, sentado no corrimão. Ao lado dele, está Amy, e do outro, Rose.

― Se é assim, sem-graça... ― ela resmunga.

― Mas então, Cyberman! Acho que vou te chamar de Gravata-Borboleta... Gravata-Borboleta é legal. Mas então, Gravata-Borboleta! ― diz o Doutor. ― Que relação tinha os Cybermans com a empresa?

― Nós criamos o dono. O dono da empresa não era um humano. Era uma máquina criada por nós, para se infiltrar pelos humanos. ― ele responde. A voz é a mesma, aguda e sem pausas.

― Interessante... ― diz o Doutor.

― Isso me lembra o episódio em que os Daleks criaram um cientista que criaram os Daleks para a segunda guerra... Foi confuso... ― diz Haendell.

― E porque esperaram para atacar a população? Quer dizer, poderiam ter atacado a humanidade antes, mas só agora o fizeram. Por que? ― pergunta Doutor.

― Por que estávamos esperando por você. Queríamos você, não a humanidade. Com você, teríamos poder de um deus. Quando você surgiu, aparecemos.

― Interessante... ― diz o Doutor. ― Mas você sabe que eu vasculhei sua mente, não sabe? Sabe que agora eu sei de tudo, e posso acabar com isso de uma vez, não sabe?

― Afirmativo. ― ele responde.

― Bom. Tchau, Gravata-Borboleta. ― O Doutor pega ele, abre a porta da TARDIS e o joga lá fora. ― Feito meu trabalho! Onde vamos agora? Já fomos ao Planeta das Flores?

― Doutor... Precisamos acabar com os Cybermans, lembra...? ― pergunta Rose.

― Nah! Eu tenho uma máquina do tempo. Um dia, quando estiver à toa, eu venho aqui acabar com isso... A proposito, tchau Merly! Você tem que ficar aqui, na sua terrinha. Não se preocupe, eu estou indo, mas como é uma máquina do tempo, daqui a 10 segundos, estarei aí de volta. Bye!

― O que? Não, mas... ― ela diz, mas o Doutor já a empurrou para fora e fechou a porta.

Ele sorri para seus companheiros:

― Onde agora?


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Notas finais do capítulo

Comentem! :)