I Will Never Forget You escrita por Anninha Batatinha Queiroz


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Essa é a minha terceira One de Noragami (aeeeeeeeeeeeeeeeee!)
Eu vou dedicá-la a quatro pessoinhas que me fizeram muito feliz: Katsunee que foi a primeira a comentar a minha primeira One, eu quase tive um troço com seu comentário. Sankyuu gata!
Jack o Frost também tive um tico no coração quando li seu comentário, choro até hoje de felicidade. Sankyuu sua diva.
Mayu-san que é uma gata abaladora e que é muito, mas muito parecida comigo e que leu a fanfic ontem. Precisamos conversa mais! Sankyuu!
E eu não poderia esquecer a diva da minha prima (até porque ela me mataria. Parei) Obrigada por ler "Um Fragmento de Memória", não, não é Lolicon u-u
Resumindo: Obrigada a todas as meninas que leram "O Dia Que Te Perdi" e "Um Fragmento de Memória" e comentarem, vocês deram um banho de purpurina na minha vida. Obrigada mesmo!
Essa é para vocês.

(Recomendo ler a One escultando Clair de Lune do Debussy)



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Uma velha senhora com seus noventa e poucos anos que mora “sozinha” em seu pequeno chalé.

Seus vizinhos comentam “Que triste!”, “Pobre senhora.”, “Abandona pelos familiares, que horror.” Mas na verdade a velha vovó Iki (como é conhecida) é muito feliz sim!

Todos os dias quando se levanta lá pelas cinco da manhã e arruma sua cama ela toma banho e troca de roupa, depois toma seu café da manhã e começa a cuidar de seu amado jardim.

Yato e Yukine acordam e vão tomar café rapidamente e logo se despedem dela e saem para trabalhar.

Sua casa fica em cima de uma colina, de lá pode ser ver varias quadras e ruas, crianças brincam por elas nos fins de semanas, todos os tipos de automóveis passam lá em baixo, pessoas passam sempre apressadas e isso faz à senhora rir e ela volta a cuidar de seu pequeno jardim. Lá pelas nove volta a entrar em casa e toma outro banho e vai fazer outra coisa.

Tem sido assim há muito e muito tempo, mas ela não liga, ela ama sua rotina.

Ela começa a preparar vários lanches para seus rapazes que chegariam antes do final da tarde.

Na parte da tarde após almoçar, a senhora senta-se na varanda de sua casa e volta a observa tudo.

- Como as coisas mudaram... – comenta consigo mesma. – Mas uma coisa que não mudou foi isso, a pressa que as pessoas têm. É pressa para tudo, pressa para começar algo, é pressa para termina algo, pressa até mesmo em ser feliz... – Hiyori passa a maior parte da tarde perdida em pensamentos.

Ela ouve um baque surdo vindo do fundo da casa e sabe que eles chegaram. Um momento de silencio e logo depois o barulho começa.

- Yato seu idiota!

- Yukine seu pirralho maldito!

E como sempre eles estão brigando...

Yukine vem correndo em direção da senhora e a ajuda a levantar.

- Desculpa pelo atraso, Hiyori. – Falou o rapaz a abraçando. – Mas a culpa é do idiota do Yato que tentou pegar a droga daquele Ayakashi de ultima hora.

- Tudo bem Yukine-kun... – Fala a senhora rindo de ambos.

Os três vão para dentro da casa. Vão para a cozinha pegar os lanches que ela havia preparado anteriormente e vão para a parte de trás do pequeno chalé em que a velha Hiyori morava com ambos. Yukine coloca os lanches em cima da toalha de piquenique e Yato vem junto com a Hiyori carregando uma cadeira para que ela se sente o mais confortável possível.

- Eu estou faminto! – Exclamou Yato sentando ao lado de Yukine que estava sentado de frente para Hiyori.

- Yato! – Reclamou o menino batendo no rapaz que enchia a boca com as guloseimas de Hiyori.

- Ita-da-ki-ma-su. – Falou Yato enquanto mastigava o que fez Hiyori rir mais uma vez.

- Você está bem risonha hoje Hiyori aconteceu algo? – Perguntou Yukine.

- Nada demais... O de sempre. – Respondeu. – Agora me conte o que aconteceu, Yukine-kun.

- Hiyori você não acredita! Eu consegui matar seis Ayakashis ao mesmo tempo!

- Você é incrível, Yukine-kun! – Falou Hiyori aplaudindo o garoto.

- Você tinha que vê o Yato... – o garoto riu. – “Yukine temos que agilizar, vai que a Hiyori fica preocupada.” – Fala o garoto tentando imitar a voz e o jeito de Yato fazendo Hiyori cair na gargalhada.

Enquanto Yukine contava seus feitos e de Yato, Yato observava os dois. Mais de meio século e meio havia se passado desde que conheceu Hiyori, ela ainda era uma jovem colegial cheia de energia, a senhora de agora era vários centímetros menor do que já foi, mesmo sendo uma pessoa bastante ativa, Hiyori não era a mesma, ela parou de acompanhar os rapazes logo depois dos cinquenta, depois de Yukine e Yato implorarem a ela. Agora a senhora já com uma saúde mais frágil também não podia fazer muitas coisas e preocupava Yato, ela ficar uma boa parte do dia sozinha naquela casa.

O piquenique dos três continua até o momento em que Hiyori parou e olhou para Yukine de forma assustada.

- Hiyori? – Yukine a olhou sem entender.

Yato que haviam se levantado para pegar água para ela veio correndo e se abaixou ao seu lado.

- Hiyori? Hiyori o que foi? Alguma coisa dói? – O rapaz segurou o braço dela e Yukine ficou estático sem saber o que fazer.

Um longo minuto se passou até que ela finalmente suspirou e respondeu.

- Desculpa... Eu acabei lembrando-se de algo... - “Não posso deixa-los preocupados!” Pensou Hiyori sorrindo para tentar acalma-los.

- Tem certeza? – Perguntou Yuki.

- Absoluta. – Ela apertou a mão de Yato que ainda segurava seu braço. – Não precisam se preocupar, eu estou ótima! Agora vamos entrar, está esfriando e eu não quero nenhum dos dois doentes.

Yukine ajudou Hiyori a entrar enquanto Yato recolhia as coisas.

- O que você quer fazer, Yukine-kun?

- Eu queria termina o dever de robótica.

- Muito bom, gosto de ver que está se esforçando com as novas matérias. – O garoto sentou-se a mesa da cozinha e começou a trabalhar em sua tarefa e Yato se juntou a Hiyori no sofá.

- Você está estranha e eu sinto você cada vez mais distante Hiyori. – Yato a olhou no fundo dos olhos e dessa forma era quase impossível mentir para ele, com ele a olhando dessa forma tão profunda.

- É mesmo? – Foi o que ela conseguiu dizer.

- Eu sei que você não quer preocupar o garoto, mas sabe que pode falar o que quiser para mim.

- Não é nada. – Ela afagou o rosto do rapaz. – Mas obrigada por se preocupar.

Eles continuaram a conversa amenidades, depois Yukine se juntou a eles e os três começaram a assistir um filme, mas Hiyori acabou dormindo depois da metade do filme.

- O filme tava chato mesmo. – Riu Yukine colocando uma manta nas pernas da senhora.

- Tava mesmo. – Yato também riu. - Eu vou coloca-la no quarto. – Avisou.

- Okay. – Yukine passou a mão nos cabelos de Hiyori e sorriu. – Boa noite, Hiyori. Até amanhã.

Yato a pegou nos braços. “Ela fica cada dia mais leve ou é impressão minha?” Ele não precisou de muito esforço para leva-la até seu quarto no segundo andar. Ele a ajeitou da melhor forma possível para que ela tivesse uma noite confortável.

- Yato... – Chamou Hiyori.

- Sim?

- Você poderia chamar o Yukine-kun, tem uma coisa que eu gostaria de dizer a ele antes de vocês irem dormi.

O rapaz foi até a sala onde Yukine o esperava e avisou que Hiyori queria falar com ele. Yato permaneceu na sala e deixou com os dois conversassem a sós.

Yato observou a sala que lhe era tão familiar, na verdade toda a casa lhe era familiar, Hiyori conservava a casa de uma maneira maravilhosa e era um local extremamente aconchegante. Por todos os lados havia fotos. Principalmente dele e de Yukine, mas também havia fotos de seus queridos amigos. Hiyori sempre gostou de tirar fotos e sempre que podia ela tirava fotos, mas as que ficavam pela casa era dos momentos mais especiais como as fotos do piquenique na Sakura (que Hiyori havia organizado para tentar selar a paz com Bishamon) a primeira visita dos três juntos a CapyperLand. A festa a fantasia que fizeram em comemoração ao aniversário de Ebisu. E a formatura de Hiyori. Formatura de Yukine. Casamento de Bishamon e Kazuma entre varias outras. A foto com Capyper era a maior e ficava em cima da lareira, Yato lembrava-se perfeitamente bem do dia e de todos os eventos que aconteceram. Enquanto o rapaz relembrava dos vários momentos que passou ao lado de Hiyori e de Yukine, o garoto apareceu e chamou ele.

- Eu já vou dormi, mas a Hiyori pediu para você passa no quarto dela antes de dormi.

Yato voltou ao quarto e encontrou uma Hiyori que obervava a paisagem pela janela.

- Queria falar comigo? – Falou a tirando do estopo que a prendia.

- Sim, se sente aqui. - Yato se sentou na cama junto com ela e esperou que ela começasse. – Hoje eu estava lembrando de algumas coisas... – Segurou as mãos dele e apertou. – Você se lembra da minha promessa?

- Nunca poderia esquecer...

- Eu prometi nunca te esquecer.

- E nas ultimas décadas tem feito isso perfeitamente.

- Yato, eu te amo. – Falou dando um sorriso.

- Eu também te amo, Hiyori. Junto com o dia que você prometeu nunca me esquecer do dia que você disse que me amava foram os dias mais felizes da minha vida.

- Você e o Yukine-kun tornaram minha vida plena e feliz, com vocês eu tive uma família, melhor do que eu poderia desejar. – Yato percebeu que ela falou “tive” e não “tenho”, mas preferiu não dizer nada.

- Eu não consigo! Hiyori eu não consigo te perde! Eu não consigo viver sem você! Eu não suportarei a dor de te perde! Eu nunca vou conseguir dizer adeus para você! – Falou o rapaz chorando.

- Você sabe que não é um adeus é apenas um até logo, você mais do que ninguém deveria saber disso. – Falou a garota, pois para Yato, Hiyori continuava como uma jovem garota, sua garota. Sua amada. Ela afagou os cabelos azulados do rapaz que soluçava.

- Eu não quero isso! – Soluçou Yato.

- Você sabe que é inevitável. – Suspirou Hiyori. – Eu te amo Yato, isso não basta?

Ele ficou mudo sem saber mais o que dizer até que Hiyori tomou a iniciativa.

- Muito bem, já está tarde, vamos dormi?

- Eu posso dormi hoje com você? – Pediu o rapaz, era como se sua presença fosse afastar a possibilidade dela lhe deixar.

- Mais é claro. – Yato foi para o outro lado e se deitou com ela, ele desejava passar a eternidade acordado ao lado dela, mas logo foi tragado para o sono profundo...

Quando o nascer de outro dia aconteceu, à velha senhora que morava no chalé em cima da colina já não acordaria mais, pois sua alma havia deixado o mundo dos vivos. E quando o rapaz que dormi ao seu lado acordou ele descobriu a triste verdade e a única coisa que ele pode fazer foi chorar, chorou tanto que acabou acordando o garoto loiro que dormia no quarto ao lado.

- Hi-Hiyori? Yato o que aconteceu com a Hiyori? Porque ela não está acordando? – Perguntou o garoto desesperado.

- Ela deixou o mundo dos vivos... – Disse Yato simplesmente.

- N-Não pode ser verdade! Ela estava tão bem ontem! – Negou o mais jovem sem querer acreditar na realidade.

- Ela morreu Yukine! Hiyori morreu... Ela morreu! – As lágrimas banhavam os rostos dos dois rapazes, não se sabe o quando eles choraram e por quanto tempo, mas no momento em que eles começaram a parar de chorar Yato notou uma carta em cima do criado mudo e a pegou. Quando ele viu destinatário abriu-a e começou a ler.

De Hiyori para Yato e Yukine-kun.

Sinto muito pela dor que devo estar causando a vocês, mas ela é inevitável a parti do momento em que criamos um Laço.

Esse é o lado ruim do amor é esse, ter que sofrer.

Eu apenas queria dizer que nunca irei esquecer vocês, que estaremos sempre juntos.

Às vezes a vidas nos surpreende de forma maravilhosa. Basta apenas que esperemos.

No final da carta havia duas fotos de polaroide, uma de Yukine com Hiyori e outra de Hiyori e Yato. Yato entregou a foto de Yukine para ele e atrás havia uma frase.

Minha criança continue esse garoto forte e corajoso que eu sempre amei.

De sua Mãe.

Yukine soluçava alto e a única coisa que conseguia pensar era em como ele amava aquela mulher.

Yato viu que sua foto, uma foto que Hiyori havia tirado enquanto ele dormia, também tinha algo escrito.

Mesmo se você se esconder, será inútil. Pois eu sempre saberei aonde você esta.

Você cumpre suas promessas, Yato, e eu também cumpro as minhas.

Porque definitivamente, eu nunca vou te esquecer...!

Eu te amo!

Sempre juntos e nunca esquecer.

Mais de um ano se passou desde a morte de Hiyori, os rapazes continuam a morar no mesmo chalé na colina, eles não tinham a felicidade que tiveram antes da morte de Hiyori, mas eram felizes de um modo, nunca choravam na frente do outro e quando precisavam de consolo liam a ultima carta de Hiyori para eles e isso tornava a vida mais fácil, eles não desistiam por ela.

A primavera já havia começado, mas esse ano eles não foram ver as cerejeiras, isso eles não conseguiram fazer.

Um mensageiro do Céu veio à procura de Yato. Uma pequena garota de cabelos longos e prateados.

- O que deseja?

- Yatogami, isso é para vós, senhor. – Ela entregou e desapareceu no mesmo instante.

- O que é isso Yato? – Perguntou Yukine se aproximando.

- Mensagem do Céu.

- Abra logo.

Quando um ser humano alcança uma vida plena e sem nenhum arrependimento ele não vira um espírito sucessível à deturpação causada por Ayakashis, ele se torna um espírito da natureza, um ser puro e não deturpável.

Iki Hiyori foi um dos poucos humanos que conseguiram alcançar a felicidade máxima, graças a vós, Yatogami e vosso Shinki, Sekki.

Os Céus agradecem vossa contribuição.

Yato não acreditava no que havia lido então isso significava que...

Ele correu até a porta de trás do chalé e saiu sendo seguido por Yukine, parando bruscamente. Eles olharam o horizonte e viram alguém se aproximando...

Cabelos castanhos e roupa colegial lilás...


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado, não é tudo que vocês merecem, mas é o que eu consegui fazer.
Obrigada para você que leu até aqui.
Até uma próxima, quem sabe...
Te mais ( ・ω・)ノ