Aquela Flor escrita por aclark11


Capítulo 7
Cap 10 Medos


Notas iniciais do capítulo

gracias a todas por leer, espero que sigan gustando de la fic.
gracias!



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MEDOS

Clara abriu os olhos e um sorriso largo surgiu dos seus lábios

FLASH BACK DA NOITE ANTERIOR

Depois que Marina foi para o hospital o apartamento ficou vazio sem a médica lá, seu coração estava cheio de saudades, tanto que ela não conseguiu ficar em seu quarto, sentia muita necessidade da presença de Marina, depois de andar por todo o apartamento, decidiu entrar no quarto da médica, jamais entrara no quarto de Marina.
O quarto era espaçoso e confortável, sobre um armário ficavam os seus cremes para o corpo, maquiagem, um frasco de perfume,que num impulso colocou em suas mãos e cheirou, todo o aroma invadiu suas narinas. Clara fechou os olhos, era como se a médica estivesse lá com ela.
Mmmm, um suspiro escapou de seus lábios. Clara abriu os olhos e ainda vagando pelo quarto viu em um canto uma cadeira com algumas de suas roupas, pega uma das camisas e aproxima do rosto para sentir o cheiro de Marina.
Incrustado na parede oposta da cama há uma SmartTV, em um canto do quarto uma mesa com um aparelho de som e livros. Clara sorri ao imaginar a médica estudando seus casos. Suspirou pensando, ela adora o que faz, então seu olhar se volta para a cama e era como se a cama tivesse um ímã que a fizesse deitar-se ali, quando seu corpo cai suavemente desliza sobre colchão, pega os lençóis e inala o cheiro deles ... Ahhh ...o seu corpo treme ... esse cheiro é como abraçar Marina e abraçar um travesseiro é como deitar-se sobre o seu peito,fecha os olhos e relaxa lentamente à medida que cai em um delicioso sono ....

FIM O FLASH BACK

AGORA... É sua médica que está com ela nessa cama. Clara podia sentí-la em suas costas como se elas duas fossem uma só, ela fica surpresa porque os seus corpos se encaixam perfeitamente. Ela abre um sorriso porque Marina inconscientemente enlaça suas pernas nas dela, a abraça com firmeza, como em seus sonhos, com medo que ela escape.
Clara sente que este é o seu lugar e que pertence a essa mulher linda. Lentamente para não acordá-la, começa a deslizar, conseguindo ficar na frente dela, ao que parece ter passado horas.
Clara sorri novamente pode olhar melhor agora, ainda está dormindo, ela é linda, tem uma expressão angelical com lábios entreabertos ... aqueles lábios, lembra-se dos sentimentos que esses lábios podem despertar nela.
Clara inconscientemente lambe os lábios saboreando mentalmente o objeto de seu desejo,delicadamente uma mão acaricia o cabelo da médica e coloca a cabeça no travesseiro, aaah Marina, imediatamente sente o seu cheiro, seu corpo reage e espasmos prazerosos tomam seu corpo, terminando entre as pernas.
Lembrando de eventos recentes que aconteceram entre elas um grande sorriso surge em seu rosto, ela ... Marina Meirelles! Essa mulher amigável, protetora, amorosa, engraçada, ela pode ter qualquer mulher que ela quiser. Eu sou apenas uma desconhecida, uma mulher que não tem passado, não tem nada a oferecer, essa inevitável verdade faz o seu coração agitar, impotente senta na cama, assustada, olhando a mulher descansando ao lado dela, com medo de acordá-la, seus olhos se enchem de lágrimas,sente-se sufocada precisa sair de lá, seus olhos procuram o relógio na mesa de cabeceira, é hora de se preparar para ir ao trabalho, ao lado do relógio há uma foto de Marina com sua família todos sorrindo.
Inevitavelmente Clara pensa em sua própria família, talvez eles achem que ela esteja morta!.
– Deus ... Até quando ... ela leva as mãos em ambos os lados de sua cabeça e suspira, essa preocupação é inútil agora ela não tem respostas. Clara sai da cama, ele vai para o seu quarto e começa a se preparar para mais um dia de trabalho.

AO MEIO-DIA

Marina acorda e por instinto busca o corpo de Clara. Lembra que nesse horário ela já deve estar na Casa de Leilões, levanta-se sorrindo e rapidamente corre para o chuveiro, com um pouco de sorte pode chegar a tempo de convidá-la para um almoço.

– Clara vamos almoçar? Nós não paramos durante toda a manhã Juliana diz.
– Parece bom diz Clara.
– Eu conheço um bom lugar, se você quiser, podemos ir lá.
– Vamos. As duas meninas pegam suas bolsas e saem.
Marina vai até a Casa de Leilões, ela procura Clara em todo o lugar, mas sem sucesso, então decide ir para o escritório pra falar com Chica.
– Olá! Fala com Thais a assistente de Chica
– Marina! Thais dá-lhe um grande sorriso - bom te ver.

– Oi Thais (aponta para a porta) Dona Chica está?
– Não, ela foi ver algumas mercadorias você sabe que ela fica inquieta sempre procurando o objeto perfeito ...
– Sim é verdade. Dona Chica é tão intensa, elas sorriem ...
– Se você quiser, pode esperar no escritório.
– Não, obrigada eu já vou.

No restaurante, July observa Clara.
Durante o dia todo a mulher esteve distraída, elas fazem os pedidos e Clara continua dispersa.
– Está tudo bem?
– Ehh ... o que você disse?
– Se está tudo bem ... July repete a pergunta.
– Sim, não ... bem ... não está tudo bem ....
– Se quiser conversar você pode contar comigo, sou toda ouvidos, Clara olha para July, não sabe se é uma boa contar pra ela, depois de pensar por alguns segundos começa a falar.
– É Marina .... Juliana olha fixamente.
– Marina?
– Eu gosto dela,fala timidamente ... Juliana sorri, ela sabe que Marina é Gay.
– Bem, qual é o problema vocês são adultas não entendo.
– Sim ... nós gostamos uma da outra esse não é o problema.
– Então qual é?
– É que eu ... (pausa) o que acontece é que eu... eu tenho medo.
– Medo? Juliana diz sem perceber a que sua nova amiga se refere.
– July, eu tenho uma confissão a fazer ... eu ... eu ... eu perdi minha memória. Clara espera a reação de July que não demonstra nenhuma, então pergunta; você já sabia?
– Mais ou menos, Chica comentou alguma coisa, não com muitos detalhes. Mas porque o seu medo?
– Receio que quando eu descobrir quem eu sou, eu não seja essa Clara, a quem eu não conheço e que provoque dor na mulher que eu quero. Eu não quero voltar e ser essa Clara.
– Agora você não pode saber disso, não há garantia que essa "outra Clara", como você diz do seu passado não goste da Marina. Você não pode se recusar a recuperar sua vida. Isto é se antecipar aos acontecimentos.


– Ai July, eu estou confusa, não quero a minha vida de volta, mas tenho muita curiosidade, gostaria de saber se minha família está chorando pensando que eu estou morta ... como eles estão se sentindo sobre tudo isso. Clara suspira fortemente, seus olhos estão cheios de lágrimas. July estende uma mão pra Clara confortando-a.

– É um pouco angustiante sua situação o conselho que posso dar é relaxar, aproveitar até quando você recuperar sua memória, você vai ter tempo para avaliar qual das suas vidas você deseja seguir.
– Eu me sinto tão feliz July não posso expressar em palavras os sentimentos que ela desperta em mim. Marina é ... com ela ... eu .... (faz uma pausa procurando as palavras certas) eu me sinto em casa e o meu medo é que quando eu tiver que voltar à minha vida anterior eu tenha que deixá-la ...
Lágrimas deslizam pelo rosto de Clara,
Juliana se sente tocada pela preocupação da sua amiga.

Clara e Juliana chegam à Casa de Leilões, Juliana vai para seu escritório para terminar alguns trabalhos, enquanto Clara está tomando os dados de novas peças,ela tá tão concentrada no que está fazendo que não percebe a presença de Marina perto dela.

– Será que a senhorita você pode me ajudar a conseguir um objeto ... Clara a ouvir a voz de Marina, se vira com um sorriso e as duas mulheres ficam se olhando ...

– Sim ... Acho que sim ... Eu posso ajudar me diga exatamente o que você está procurando.

– Eu realmente não sei ... (diminui a distância entre elas) é por isso que eu preciso de sua atenção total.

– Mmmmm, venha comigo por favor. Clara se vira para dar uma volta com Marina em toda a loja procurando aquela "coisa" especial.
Clara começa a andar e Mariana a acompanha, ficar atrás da mulher e sussurra ...
– Como é que você pode ser tão bonita ... Clara se vira e ficam frente a frente.
– Marina! Fique longe! Eu estou no trabalho! Comporte-se! ... Clara reclama. Marina levanta as mãos em sinal de derrota.
– Tudo bem ... tudo bem ... (ela finge que está com raiva) - me perdoe! Clara se sente mal por ter repreendido sua médica.
– Marina!
Clara chama, mas a médica já está longe. Marina não fica bem!. Ela se dirige até a porta pra ir embora.
– Droga! Clara apressa o passo indo ao encontro da médica, a puxa pelo braço, forçando-a a virar-se e ver o sorriso no rosto de Marina.
– Marina ... você! É uma maluca! Olha que idiota! Você é doi .... Marina a interrompe roubando um beijo.

– Eu acordei e você estava na minha cama, sussurrando contra os lábios de Clara. Marina olha a boca de Clara com desejo,que se sente fraca com aquele olhar da médica que pega fogo.
As duas se olham, um olhar cheio de esperanças e promessas que serão cumpridas em algum momento.
– Marina... os olhos de Clara escurecem com o desejo que corre no seu corpo.

– Shhh, como foi o seu dia ... mudam de assunto, Clara sorri.

– Bem, a Júlia é maravilhosa ... Estou aprendendo muito!.

– Estou feliz por você, eu gosto de te ver assim, se você pudesse se ver! (Quando você diz isso abre os braços tentando tomar o lugar) seus olhos brilham e um grande sorriso enche seus lábios ...

– Nossa! Marina! Você realmente é uma observadora ....

– Apenas as pessoas que eu amo ....

A duas estão se olhando .... Marina de um lado pensa: ohhh raios! Marina o que você fez! Você vai assustá-la!
Por outro lado pensa Clara: Ahhh meu deus! Ela disse que me ama! ... Oh! Meu! Deus!

– Marina! Filha! Chica aparece do nada.

– Mãe .... as mulheres recebem um abraço ...

– Venha comigo ... vamos conversar em meu escritório.

– Mas ...

– Vai vai e deixe-me trabalhar, Clara diz e Marina relutantemente segue sua mãe. Poucas horas depois, Clara e Marina encontram-se fora da Casa de Leilões e vão direto ao estacionamento pegar o carro.

– Clarinha (cheia de saudade).

– Sim? Ela pára ao ouvir o tom sedutor na voz de Marina...
– Você me dá um beijo ...diz Marina cheia de necessidade e desejo de sentir aqueles lábios contra os dela ... não precisa de outro sinal Clara corre para os braços da médica que a recebe em com um beijo cheio de desejo. O beijo começa suave, mas ganha intensidade à medida que suas línguas travam um duelo prazeroso. As cabeças se movimentam em perfeita sincronia tornando o encaixe das bocas perfeito.

– Clarinha ....respira sofregamente - Você quer ir ao cinema? Clara está ainda de olhos fechados ...

– Hmmm. Clara, sem compreender o que diz Marina

– Perguntei se você quer ir ao cinema, ainda perdida no efeito do beijo ....

– Ahhh sim ... sim ... eu quero

À noite, quando eles chegam no apartamento cada uma vai para o seu quarto. Marina está deitada na cama assistindo a um documentário sobre os últimos avanços em tratamentos de neurologia. A porta do quarto se abre e Clara entra, as mulheres ficam por segundos olhando para a outra. Marina. não sabe como evitar essa invasão ...

– Será que eu posso dormir com você? Marina está em choque completo.

– Sim, se você quiser Clara, não precisa mais de convite,ela dirige-se até a cama onde a médica permanece no seu lado da cama, esperando.

– O que você está assistindo?

– Um documentário. À medida que o tempo passa Marina relaxa e se acostuma com a presença de Clara em sua cama. Marina está focada nas idéias contidas no relatório quando é surpreendida novamente, ela sente o corpo da mulher que está ao seu lado abraçando-a e colocando a cabeça em seu peito,como se o seu coração lhe trouxesse paz.

Marina sorri feliz e coloca os braços em volta de Clara, apertando-a,beija sua testa e logo depois a médico deixa que o sono invada seu corpo.


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