O amigo - A lei de Newton escrita por Primata Sociável Jovem


Capítulo 5
Com 10 anos:




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Três anos já se passaram. Estou cada vez mais ligada aos treinos de CCT e já adiantei vários treinamentos corporais. Desliguei-me mais do pai. Ultimamente ele tem sido mandado muitas vezes para fora em suas MANIS (Mandamentos da Agencia Nacional de Investigação Secreta).

Aprendi varias coisas e começo a receber MANIS fora dos muros que cercam esta ‘casa’. Uma das minhas primeiras MANIS foi na França onde fui vendida propositalmente a traficantes de crianças. No fim das contas, eles me drogaram por 2 dias com cocaína e LSD, até a ANIS me rastrear e capturar os lideres da quadrilha. Eles me rastrearam com um chip que eles implantaram em minha cabeça quando eu tinha 8 anos. Quando a ANIS chegou no cativeiro foram 5 agentes estavam lá dentro disfarçados mostrando interesse na mercadoria e chegou outros 20 agentes e 5 CCTs e eu obviamente. Todos foram presos e as crianças devolvidas as suas famílias e as que não tinham foram encaminhadas para a ANIS. Um dos chefs da quadrilha me manteve presa em um banheiro quando eles chegaram, ele me segurou no braço e meus cabelos. Eu pisei em seu pé e dobrei seu joelho. Ele me soltou e eu peguei uma escova de dentes e mergulhei em seu olho direito. Ele gritou e ficou com a ponta da escova no seu olho. Eu retiro uma arma que eu tinha implantado debaixo da pia e atiro em seu peito. Ele para de gritar.

Quando cheguei da França naquele dia eu recebi uma carteira que me chamava de SaymosWH e entre outras coisas explicava que o W significava que eu tinha ‘permissão’ de matar, ou seja, eu poderia fazer qualquer coisa que não seria presa e H significava que eu já tinha feito esta ‘coisa’ ou seja, matado.

Desde a missão na França eu já tive outras 5. Em três delas eu matei os chefs das gangues e nas outras não foi preciso. E só para constar: eu passei 5 meses em reabilitação para as drogas, se bem que antes de eu ir eles me deram uma dose de uma droga que faz você imune as outras drogas... o que foi uma droga! Então não me viciei.

Comecei a ter aulas de tiro. É o que eu mais me esforço! Aprendi a sacar uma arma rapidamente e colocar as balas.

Comecei a aprender técnicas de imobilização e ataque. Aprendi a usar pequenas coisas como armas: tubo de cola, régua, um chinelo, salto, presilha, caneta estereográfica... Se eu tivesse aprendido antes...!

O Loyan me disse que se eu falar para alguém o que aconteceu eu teria o mesmo fim de Allan. Apesar dele não ter sido obrigado a ir embora, fiquei com medo de voltar ao orfanato... não sei o que aconteceu com ele. Ninguém, a não ser o governo, podem saber que a ANIS existe. Eu pensei que fosse mais difícil sair daqui do que um simples Pedido Para Sair. Mas em fim...

O meu treinador Nicolas, trabalhou expressões comigo. Ele disse que fiquei com um olhar frio e medonho com o tempo. Aprendi a controlar minha raiva... Temporariamente.

Espero um dia implantar no peito de Allan a dor que ele me fez ter. viu! Tem hora que eu não me controlo.

Vou ao meu quarto e pego uma das balas do Winchester 22 que eu tinha pegado e tinha colocado em meu guarda-roupa. Vou até a cozinha com a bala na mão. Pego uma das facas da cozinha e faço o numero 9 em letras de forma. A bala e bem dura. A faca desliza e se encontra com meu dedo que esta na ponta da bala. Pá! Faz um pequeno corte do tamanho de uma unha na ponta de meu dedo. Assopro é ela está pronta! Vou até a pia e lavo meu dedo. Sinto uma pequena tontura que fica mais forte, e mais forte... Eu fecho a torneira e me apoio com as mãos no batente. Olho para o chão e a tontura passa...

Guardo a bala em um dos meus bolsos e vou ate meu quarto. Chegando lá eu vejo que a porta esta aberta. Eu entro e se encontram 2 CCT o Loyan e o pai. Eles estão no meu guarda-roupa e com as armas que eu guardo nas mãos.

Eu olho para eles friamente.

– o que vocês estão fazendo aqui?

Os dois CCT estão encapuzados e armados. Loyan está com duas das armas que eu guardo na mão e o pai com o Winchester 22.

– eu acho que a pergunta certa é: o que isso está fazendo aqui?

Ele levanta as armas e pega o Winchester 22 da mão do pai. Bruno abaixa a cabeça e não olha para mim.

– eu peguei... Outro dia... Mas eu ia devolver... Eu só queria, é... Ver...

Tudo bem! Com dois caras armados, o seu chefe e o seu pai na sua frente você não consegue inventar nenhuma desculpa para ter três armas dentro do seu guarda-roupa né... Isso foi à única coisa que saiu...

– como você pode? Por que você queria essas armas? É diga a verdade!

Meu pai me pergunta assustado mais falando bem baixo e ainda sem olhar para mim.

O Loyan olha para mim com seu olhar aterrorizante. Ele me deixa com medo.

– lamento Bruna. Isso é estritamente proibido e você sabe muito bem disso. Tomarei providencias.

Ele recolhe as três armas e sai com os encapuzados. Meu pai está sentado na cadeira de uma pequena mesa que fica perto do guarda-roupa. Eu me aproximo dele...

– Pai me desculpe...

– eu só quero saber, o porquê você tinha armas em seu quarto... Só isso!

Ele levanta seriamente o rosto e me encara. Eu não consigo olhar em seus olhos. Não imaginei que ele fosse ficar tão afetado. Só são armas...

Eu abaixo minha cabeça e faço como ‘não’ com minha cabeça. Ele se levanta bruscamente.

– você não vai me falar?

O que é que ele quer? Que eu fale: “a sim pai, eu guardo umas armas para que um dia eu possa matar o Allan porque ele assassinou minha mãe e meu pai... e ao ver das duvidas, às vezes eu aponto para minha cabeça e penso em desistir de tudo.” Eu não!

Eu continuo com a cabeça baixa e faço ‘não’. Ele me segura bruscamente pelos ombros e me levanta a altura de sua cabeça. Ele aperta muito forte meus ombros.

– você não vai me dizer?

Ele olha em meus olhos e segura forte meus ombros. Eu começo a chorar, meus ombros doem muito. Ele me solta e eu caio de uma vez. Fico deitada no chão aos seus pés. Procuro me levantar devagar. Meus ombros e minhas pernas doem. Eu levanto aos poucos. Ele levanta a mão. Pá! Me da uma tapa no rosto. Ele é muito forte. Eu giro e caio novamente no chão. Meu rosto arde muito.

Choro desesperadamente. Ele nunca me batera antes. Eu fico no chão ao lado da cama, encolhida e com a mão no rosto. Como ele pode?

Eu escuto passos, e a porta se fechando. Eu levanto um pouco a cabeça e vejo que ele já foi. Volto a me encolher e coloco minhas mãos em meus olhos...


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Notas finais do capítulo

O 'Nada' é uma palavra esperando tradução -HG



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