Isso não era uma novidade para Nico, ele sentia Leo morto mas também o sentia vivo, isso fazia sentido? Ele apostava que não.

Nico podia ver o dragão Festus sentado no gramado perto de uma aglomeração de pessoas, quando ele e Will chegaram ao centro encontraram Piper jogando água e mais um monte de frutas tropicais em Leo com sua cornucopia.

– Por que você não nos avisou antes? - Gritava Piper.

– Acho que deve ser porque eu fiquei morto por uns 2 dias!!! - Dizia ele tentando se proteger da água e das frutas com os braços sem sucesso.

Ao seu lado Jason tirava os óculos e os colocava de volta como se não estivesse acreditando no que estava vendo, Nico não podia deixar de sorrir.

– Então por que não mandou uma mensagem de irís??? – Continuava ela.

– Eu não tinha dracmas!!! – Respondeu ele.

– Piper, o que importa é que Leo está vivo. - Jason a abraçou.

– Você tem razão... – Ela guardou sua cornucopia e deu um abraço em Leo, assim como Jason também.

– Calipso? – Percy disse quase em um sussurro ao lado de Nico, ele olhava para uma garota perto de Leo, seu cabelo era longo, liso e castanho-claro, quase da mesma cor de churros com canela que tinha o cabelo de Hazel, eles estavam penteados para traz. O rosto da garota era pálido como leite, com olhos escuros e amendoados e lábios carnudos, ela vestia calça jeans e blusa branca. Parecia ter uns quinze anos.

A garota olhou para Percy e sorriu indo em direção a ele e o abraçando, quando Leo viu isso foi em direção a Calipso colocando os braços em volta de sua cintura.

– Pessoal, essa é Calipso, minha namorada, e Piper, me desculpe por não ter vindo aqui primeiro. Mas Calipso era a minha prioridade em primeiro lugar. – Anunciou Leo.

– O cara morre por uns dois dias e volta com uma namorada... acho que quero morrer também . – Disse Connor Stoll.

Annabeth cumprimentou Calipso um pouco relutante, algo dizia que ela não ia com a cara dela. Jason ainda acalmava Piper que ainda resmungava em grego antigo, Nico não gostava muito de Leo, mas estava feliz por ele estar vivo.

– Bom, parece que está tudo bem agora, eu vou para o meu chalé, até depois Will. – Nico disse torcendo para que Will não o impedisse, depois daquele quase beijo ele estava morrendo de vergonha.

– A onde pensa que vai? Você tem que ficar na enfermaria. – Will o impediu. Droga.

– Eu não posso ficar no meu chalé? E tenho certeza de que os pacientes da enfermaria já estão quase melhores, eu prometo não viajar nas sombras por um tempo, além disso, não quero te dar trabalho. Você já deve estar cansado por ter ficado na enfermaria por esses últimos tempos.

– Você não me da trabalho algum, é uma honra cuidar de você. Tenho uma ideia, você pode ficar no seu chalé, mas eu vou ficar com você lá.

Como é que é? Nico preferia ficar na enfermaria, mas ele não conseguia recusar isso.

– Tudo bem.

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Nico e Will estavam juntos no Chalé de Hades que meio que era só para Nico, já que era bem difícil encontrar um filho dos três grandes (apesar de que nos últimos anos encontraram Thalia e Percy, então não estava tão difícil de encontrar assim...) Nico não queria ficar na enfermaria, queria ficar no conforto de sua cama, onde já era acostumado a dormir. Will lhe concedeu a isso, já que a única coisa que queria era que Nico descansasse e ficasse bem.

Will não confiava muito em Nico em relação a isso, então decidiu colocar outro curandeiro do chalé de Apolo para cuidar dos feridos da guerra contra Gaia enquanto ele o vigiava, apesar de quase todos estarem quase bons era apenas uma questão de garantia.

– Bom, eu vou dormir agora, você pode dormir ali. – Ele apontou para uma cama ao lado da de Nico.

– Tudo bem, e eu vou ficar aqui, te observando enquanto você dorme.

– Dizendo assim você parece um maniaco, você vai me matar enquanto eu durmo?. – Perguntou Nico.

– Não, eu gosto demais de você para isso. – Respondeu Will. Nico esperava não estar corando.

– Você sabe o que eu acho? Que devíamos nós conhecer melhor.

– Eu concordo plenamente. – Concordou Will.

– Eu começo, de onde você é? – Perguntou Nico.

– São Francisco, e você?.

– Itália, mas acho que você já sabia disso.

– Me desculpe, se não quiser falar está tudo bem. – Disse Will.

– Sem nenhum problemas, agora eu não preciso mais esconder o meu passado. E com você sinto que eu posso me abrir mais, me sinto bem mais a vontade.

– Você tem certeza? – Perguntou Will.

– Sim, eu tenho, mas agora é minha vez. O que você mais gosta de fazer?.

– Jogar basquete, e você?.

– Invocar os mortos. – Respondeu ele.

Will o olhou como se ele tivesse falado sério.

– Isso é sério mesmo?

– Não. – Nico riu. – Eu gosto de ler.

– Eu não achei que você estava falando sério. Só para você saber.- Disse Will.

– Sei. Sua família?

– Ah... a minha mãe... ela morreu quando eu estava vindo para o acampamento... – Disse Will.

– Me desculpe, eu não queria...- Nico se sentia um idiota.

– Está tudo bem, mas é só que... depois da morte dela, eu nunca mais quis sair do acampamento, é por isso que eu quase não tenho experiencia em batalha, eu sou um inútil...

– Você não devia dizer isso, para mim aquela hora em que você correu para distrair os guardas que protegiam o onagro, aquilo foi muito corajoso.

– Foi idiota, e foi você quem teve de lutar com eles.- Disse Will.

– Will, para mim, você é a pessoa mais corajosa que eu já conheci, e do que adianta a força se você não tiver coragem?

– Obrigado? Sabe, é bom conhecer você melhor.

– Eu tenho que concordar com você. – Disse Nico bocejando.

– Eu acho que você está com sono, você tem que descansar. – Falou Will.

– Tudo bem, boa noite Will.

– Boa noite Nico.

E ele adormeceu.