No outro dia, Mônica pede pra turma encontrá – la na praça.

Cascão: E aí, Mo, porque você não veio ontem? A gente ficou te esperando...

Magali: Pois é, a gente foi no cinema e tal...

Mônica: É que, aconteceu uma coisa ruim...

Cebola: O que, Mo?

Mônica: Bem, é que o meu pai foi transferido pro Rio Grande do Sul, e eu vou ter que me mudar pra lá...

Cebola: O que?

Mônica: Pois é, é isso mesmo, amanhã eu vou partir.

Magali: Não, Mo, isso não pode estar acontecendo.

Cascão: Eu não acredito. Você vai deixar a gente?

Mônica: Sim, mas não é por querer. Os meus pais estão tão animados, e, meu pai já aceitou a transferência, eu não tenho escolha. E, eu tenho que ir, tenho que arrumar as malas... Não se preocupem, a gente vai continuar se falando, pelo MSN, telefone, talvez eu até venha pra cá de vez em quando...

Magali começa a chorar, e vai em direção a Mônica, dando – lhe um abraço apertado.

Magali: Mô, você sabe que você é a minha melhor amiga. Eu te adoro, gata.

Mônica: Eu também te adoro, Magali, nunca vou esquecer de você...

Cascão: Mô, apesar das nossas brigas quando a gente era menor, você sabe que eu sempre gostei de você.

Mônica: É, claro, Cas. Nunca vou esquecer de você também.

Cebola: Mônica, isso é pra você nunca se esquecer de mim.

E, quando Mônica (que tinha uma “quedinha”, ou melhor, um tombo por Cebola) esperava um beijo na boca, daqueles tipo de novela, ganhou um beijo no rosto.

Cebola: A nossa amizade é inesquecível.

Mônica: Ah, é, eu, eu nem sei o que dizer. Também acho isso, Ce.

Nesse momento, todos estão chorando.

Mônica: Turma, eu gosto muito de todos vocês, vou sentir muita falta. Prometo que vou enviar um cartão postal pra cada um.

Magali: Mô, eu quero te dar uma coisa. Toma essa pulseira. Lembra?

Mônica: Claro, é a sua pulseira da sorte, você usa ela desde criança...

Magali: Sim, desde que a gente se conheceu...

Mônica: Obrigado, Ma...

E elas se abraçam.

Mônica: Bem, agora é definitivo, eu tenho que ir. Beijos pra todos vocês. Adeus.

Cebola: Tchau!

Magali: Adeus!

Cascão: Até algum dia!

Mônica vai pra casa chorando. Chegando lá, sua mãe está esperando ela.

Dona Luisa: E aí, Mônica, já se despediu?

Mônica: Sim.

Dona Luisa: Tudo bem, querida. Quer ajuda pra arrumar as malas?

Mônica: Não, mãe, obrigada. To indo lá pro quarto,vou arrumar tudo.

Nesse momento, Seu Sousa chega apressado.

Seu Sousa: Gente, mudança de planos, vamos viajar hoje mesmo!

Mônica: O que?

Seu Sousa: Eu achei melhor, afinal são várias horas de viagem.

Dona Luisa: Oh, eu não esperava por isso, ainda temos que arrumar nossas malas.

Seu Sousa: Tudo bem, também não precisa ter tanta pressa, mas é melhor irmos hoje, sim.

Mônica: Ta bem. Pai, nós podemos levar a minha bicicleta?

Seu Sousa: Pra que? A casa já tem mobília e...

Mônica: Não sei, eu vivia andando com ela pra lá e pra cá, e...

Dona Luisa: Amor...

Seu Sousa: Sem problemas, a gente pode, eu coloco atrás do carro. Agora, vamos nos arrumar pois o tempo está passando.

Dona Luisa: Ta bom.

Mônica: Ta, pai.