Mônica: Que?

Dona Sílvia: Sim, estamos indo para a delegacia.

Mônica: Mas... Porque?

Dona Sílvia: Ora, porque você simplesmente quebrou todos os computadores do nosso laboratório!

Mônica: É, eu não estou entendendo, e, eu não fiz nada disso!

Dona Sílvia: Deixe de ser mentirosa, encontrei essa luva dentro do laboratório.

Mônica: Claro, alguém pegou a minha luva, a outra ta dentro do meu armário! E você não pode em acusar sem provas!

Dona Sílvia: Olha, você... tudo bem, você está certa. Vou parar o carro, você vai pra casa e eu vou marcar uma reunião de pais com urgência! Tenho que discutir isso com eles!

Mônica: Ta bom, então, eu vou pra casa, mas tenho que pegar meu material na escola!

Dona Sílvia: Eu te levo!

Mônica pega o material e vai embora. A mãe dela entende o que aconteceu, conversa novamente com a diretora, que fica de investigar o caso.

E os dias passam... e com eles as semanas. Mônica não fala mais com os amigos no MSN, e nada de especial acontece. Dona Sílvia resolveu deixar a reunião para o mesmo dia da entrega de notas. E chega o dia, Dona Luisa vai à reunião. Dona Sílvia começa a falar.

Dona Sílvia: Bem, primeiramente eu quero agradecer a todos os pais que estão aqui, a presença de vocês é realmente importante. A gente tem que discutir alguns assuntos que estão me deixando de cabelo em pé! Bem, vamos seguir meu roteiro aqui, cadê a folha do roteiro? Ah, obrigada! Bem, escrevi um roteiro com os assuntos que eu preciso tratar. Bem, primeiro o lanche. Muitos alunos estão reclamando porque o preço do misto quente está muito caro. Mas, nós achamos que R$1,50 está bom, porque, se vendermos a R$1,00, ganharemos só R$0,10, já que gastamos com pão, queijo e presunto. Então, o que vocês, pais, acham?

Os pais dizem que o preço tem que baixar para um real.

Dona Sílvia: Ok, iremos abaixar os preços. Tem outro assunto que está nos preocupando. Estamos sem laboratório de informática porque alguém quebrou os computadores e depois jogou tinta por cima. Dentro do laboratório tinha uma luva manchada de tinta, e essa luva é de uma aluna. Ainda não sabemos se foi ela, mas a nossa merendeira disse que essa aluna pediu a chave do laboratório pra ela. Agora vou dar esse caso por encerrado. Tenho duas opções. Ou os pais de cada aluno ajudam a pagar computadores novos ou ficaremos sem laboratório.

No fim, fica resolvido, os pais iriam, enfim, pagar pelos computadores. Foram discutidos mais alguns assuntos com a diretora até o término da reunião. Dona Luisa pega as notas de Mônica, que, por sinal, estão bem baixas. Quando chega em casa, briga com a filha e diz que, apesar de tudo, ela tem que se concentrar nos estudos. Mônica fica triste, pois costumava tirar notas boas, não sabia o que tinha acontecido. Ela bem sabia que não estava prestando tanta atenção nas aulas, mas sempre entregava os trabalhos, fazia as atividades e tal. No outro dia, ela foi pra aula. Chegando lá, Gabriel chamou ela num canto.

Mônica: Que foi?

Gabriel: É, bem, eu queria dizer que... sabe, você não acha que....

Mônica: Gabriel, quer namorar comigo?

Gabriel: Que?

Mônica: É isso que você ouviu...

Gabriel: Mas é claro que sim! Eu achei que... Nossa!

Mônica: Nossa o que?

Gabriel: Eu é que tinha que fazer o pedido, é sempre o homem quem faz!

Mônica: É, mas como você tava enrolando muito, eu...

Gabriel beija Mônica, mas quando eles percebem que a diretora está por perto, se afastam. É que era proibido namorar dentro da escola, regra que todo mundo sempre achou meio besta, mas eu não posso fazer nada, ordens são ordens e foram feitas para serem cumpridas. No final da aula, eles se encontram no ônibus.

Gabriel: Mo... acho que, antes de mais nada, a gente tem que fazer com que a Mariely pare com isso. Com certeza ela vai querer nos afastar e vai fazer tudo quanto é tipo de plano contra você.

Mônica: O que a gente pode fazer?

Gabriel: Eu tive uma idéia! Vamos tentar arrancar informações dela e gravar tudo!

Mônica: Sim, até que é boa idéia... Mas vamos pensar nisso depois, me dá um beijo agora...