Alguém me ajude...

Eu sei que esta lá, não a vejo, não a ouso mas eu sei que esta lá, sei que mais cedo ou mais tarde ira me machucar mas não antes de me torturar com a insuportável espera, o sono já se foi a tempos sua presença me deixa alerta mas isso não significa que não esteja cansada bem pelo contrario.

Já se completaram três horríveis semanas sem dormir meu corpo esta aos trapos, olheiras profundas são bem aparentes abaixo dos olhos que agora não reluziam mais vida e minha pele estava pálida e frágil tudo graças as noites sem dormir, tentei contar para alguém o que estava acontecendo mas...sempre que tentava sentia um enorme mal-estar como se fosse vomitar sabia que o que estava no meu quarto escondido nas sombras nesse momento me seguia aonde quer que eu vá ele esta lá.

Ouso arrastamentos no assoalhos, minha mente me mandava correr o mais rápido possível, mas sabia muito bem que se tentasse seria atacada no mesmo instante, um calafrio percorreu minha espinha quando reparei em um vulto não muito alto sindo da escuridão, instintivamente fechei meus olhos com todas as forças que me restavam e abracei os joelhos, ouvi os passos se aproximando mais e mais da cama.

Nesse momento praguejei a todos e tudo que me fizeram estar aqui aonde estou agora, praguejei Jack por ter me convencido a participar daquele jogo estupido, praguejei Mia por me deixar sozinha aquela noite quando as coisas deram errado, praguejei minha mãe por me obrigar a vir para essa casa velha aos pedaços, mas acima de tudo, praguejei a mim mesma por ter sido tão estupida, senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo quando senti um leve toque em meus cabelos, estava extremamente tentada a olhar para quem ou o que estava lá, abri os olhos lentamente ainda os escondendo entre os nos que meus braços formavam em volta das pernas.

"Talvez não me machuque'' pensei ingenuamente então ergui meu rosto, olhei todos os cantos mais não avia nada, frustrada porem aliviada me joguei contra o travesseiro voltando meus olhos para o teto, porem a visão que tive me deixou apavorada, presa ao teto avia uma mulher com cabelos azuis manchados de sangue seco, pele pálida sem vida, estava usando uma roupa que normalmente pacientes de sanatórios usariam, seu corpo era extremamente magro e contorcido cheio de cortes e ferimentos infeccionados, um pouco de sangue caiu em meu rosto em causando repulsa, a figura de branco saltou em cima de mim me encarando de perto. Eu queria gritar mais minha garganta estava seca demais o que era pra ser um grito acabou saindo como um grunhido.

Agora cara a cara com minha agressora percebi que seus olhos tinham iris minusculas totalmente negras, lágrimas escorriam pelo meu rosto o deixando molhado, quando a garota percebeu isso se aproximou bruscamente e lambeu menha face deixando o cheiro de podridão e morte adentrar meu nariz, ela foi abaixando cada vez mais o rosto até estar bem perto do meu ouvido então sussurrou com a voz baixa e carinhosa:

_Agora está na hora de dormir meu amorzinho.

Apos essa frase senti um dor aguda na cocha que ficava molhada grunhi de dor enquanto eram feitos mais cortes ao som de palavras chorosas desferidas pela agressora, até que por fim desferiu um profundo golpe em meu estomago pelo que julguei ser uma faca, nada fiz em respos a não ser me contorcer de dor o que fez com que mais sangue sai-se dos ferimentos ela repetiu esse ato mais algumas vezes, quando parou se levantou totalmente ensanguentada com um sorriso tristonho mais ao mesmo tempo aliviado então falou:

_Agora você poderá descansar como minha filhinha, poderá fazer companhia a ela. - Após pronunciar essa frase saiu pela porta me deixando sozinha sem olhar para trás, minha ultima visão? Meus pais chorando desesperados tentando estancar os sangramentos. Depois? O breu eterno.

FIM.