Chefe Irresistível escrita por Lovatic, lia somerhalder


Capítulo 3
Capitulo 2. Hanna Marin.


Notas iniciais do capítulo

olá amores, desculpem mesmo a demora, mas meu (lovatic) computador pifou umas semanas atrás e só agora consegui ele de volta.
espero q gostem, esse cap é narrado no ponto de vista da Hanna, quem conhece pll sabe quem é, quem não, aqui está uma foto dela, http://img2.wikia.nocookie.net/__cb20140102202511/ravenswood/images/d/d7/Hanna-Marin.jpg
Ela vai ser um dos personagens principais da história e esse cap meio q apresenta ela.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/556457/chapter/3

Acordo mais uma vez com o som estridente do despertador de minha melhor amiga soando no quarto ao lado. Resmungo enquanto cubro o rosto com o travesseiro e bufo frustrada ao perceber que ela provavelmente vai demorar minutos para conseguir desligá-lo.

Em, minha melhor amiga e colega de apartamento, é uma pessoa incrível e eu a adoro, mas vamos concordar, ninguém merece bandas de rock ressoando alto pela casa a essa hora da manhã.

Três minutos depois que o dela para, o meu ao lado da minha cama buzina discretamente, apenas o suficiente para que eu acorde e saiba que se não levantar a bunda da cama adeus emprego e consecutivamente adeus vida em Nova York, e olá Mississippi novamente e todas aquelas vacas e grama.

A porta do meu quarto se abre e assisto ainda enroscada nos lençóis enquanto Em abre meu armário, procurando por algo que vestir.

Emily trabalha em uma academia no centro de Manhattan, o que para ela é bem divertido já que adora comentar comigo sobre todas aquelas pessoas esnobes e cheias de luxo.

Ela não se vira para me lançar seus habitais bem humorados "bom dia!" e percebo que está fungando.

Está chorando novamente.

Suspiro revoltada com seu pouco autocontrole, mas não digo nada.

–Eu sei o que está pensando. - ela diz com voz embargada. - Que ela não me merece, que eu deveria esquecer e tudo mais, mas não dá Han.

Sei sem precisar perguntar que ela se refere a Alison, uma das garotas esnobes e mimadas que moram na East Side, Em é completamente apaixonada por ela há anos.

–Não disse nada, Em. - murmuro.

Minha amiga gira em minha direção e me encara com os olhos vermelhos e inchados de chorar.

–Eu sei o que esse seu suspiro significa, Hanna. Mas pode apostar, você não sabe o que é sofrer por amor.

Graças a Deus, quero dizer, mas contenho-me.

Não sei nem o que isso significa, para falar a verdade. Amor, que baboseira é essa? A única coisa que sei que amo e que nunca vai me decepcionar é o meu emprego.

Não estou interessada em amores e nem vou estar por um bom tempo.

Levanto-me da cama em um pulo e corro para abraçar minha amiga que sempre foi sensível para todo tipo de sentimento. Ela deve sofrer por isso desde os 14 anos se for duvidar, mas acho que nunca sentiu por alguém o que sente por essa garota.

Enquanto tomo meu banho penso sobre isso. Em não estava esperando, estava? Ela não simplesmente decidiu se sentir atraída por ela, simplesmente aconteceu, constato.

Meu coração se enche de um medo que nunca achei que poderia ter de novo. E se eu acabasse sentindo algo assim por alguém? Tão forte ao ponto de machucar e doer feito um soco?

Não acho que suportaria tal sentimento, não sou tão forte quanto imagino e baseado no relacionamento difícil que sempre tive com meus pais, tá na cara que eu usaria a necessidade emocional reprimida dentro de mim para me agarrar a alguém.

O que preciso ferozmente não deixar acontecer.

Quando saio já pronta do quarto, encontro uma Emily totalmente recomposta tomando café enquanto olha o jornal. É isso que mais admiro nela, suas crises de choro e coração partido não costumam demorar muito.

Ela me lança um olhar quase animado ao me ver sair do quarto e caminhar até a cozinha, despejando o café na xícara e beliscando os ovos.

–Rush conferiu suas fotos? - pergunta.

Suspiro ansiosa.

–Não sei. Ele disse que checaria hoje e me daria a resposta o mais breve possível. Se ele aprovar provavelmente vou estar na página do site ainda esse mês. - digo tentando contar a visível animação.

Em bate palmas.

–Vai dar tudo certo, Han. E Jess ficará felicíssima ao saber que você subiu de cargo por causa da foto no casamento dela.

Sorrio largamente, imaginando o quanto isso pode significar para mim. Desde que me mudei para o Brooklin, há alguns anos, tenho feito alguns bicos de fotógrafa em casamentos e aniversários, até que Rush Castor me encontrou e sugeriu que eu tentasse algo em sua agência, como estagiária.

Aceitei imediatamente, o salário não era um dos melhores, mas dava para manter as contas e ainda continuar com meus serviços pela cidade. O estágio me deu prestígio e maturidade e com o tempo boa parte das pessoas nos bairros já me conheciam como a Garota da Foto. Eu já tinha até uma agenda!

E então minha realidade mudou quando minha amiga antiga, Jess Santiago, me convidou para fazer o portfólio de seu casamento e eu é claro, acabei aceitando.

O que resultou foi uma das fotos maravilhosas que eu consegui tirar parecer incrível para meus colegas de estágio, que logo insistiram que eu mostrasse á Rush. Todos tinham certeza que eu entraria dessa vez.

O lance da página era a nossa melhor oportunidade. Rush mantinha diversos contatos por todo o estado de NY e seu site é constantemente visitado por diversas empresas de marketing. Todo mês ele seleciona as melhores fotos para postar na primeira página, dando-nos a oportunidade de divulgar nosso trabalho.

É incrível.

Nenhuma foto minha apareceu lá antes, mas meus nervos dizem que isso está prestes a mudar.

Pouco depois do café, despeço-me de Em e corro para pegar o metrô antes do horário de pico, que parece causar o inferno constante para qualquer pessoa que queira chegar até Manhattan.

A agência Castor fica na zona Leste da cidade, é pequena considerando a concorrência, mas eu sempre achei que havia algo de especial no local. Uma espécie de alma, o que com certeza difere das demais. A estrutura simples, mas moderna me atraiu desde o início. Além disso, eu nem sempre preciso cruzar com modelos mesquinhas enquanto ando pelos corredores.

Della, a secretaria, uma mulher alta e sorridente me cumprimenta quando entro no local, oferecendo-me um cappuccino extra que tinha acabado de pegar.

–Eu levaria isso ao Sr. Castor se fosse você. - diz.

Agradeço com um sorriso e aceito seus desejos de sorte.

Meu coração quase não se aguenta no peito. Eu não acho que tenha lidado com ansiedade maior que essa antes. Lembro-me de quando tinha 7 anos e durante o natal, quando nossa família milagrosamente ainda se unia, minha mãe me entregou seu presente especial, deixando que eu o abrisse antes do amanhecer apenas para que pudesse vislumbrar o brilho nascer no meu olhar ao ver a câmera simples em minhas mãos pequenas. Foi o momento mais importante na minha vida, não só porque dois dias depois meu pai havia saído de casa, mas porque ela sabia que isso ia acontecer. Ela estava me preparando. Me ensinando que quando se ganha algo, precisamos estar prontos para perder também.

E talvez, apenas talvez, esse sentimento equivalha ao que sinto ao bater na porta de Rush.

–É sempre bom vê-la, Hanna. - O homem alto e de boa aparência me cumprimenta, oferecendo com a mão para que eu me sente.

Ele não parece tão impotente de trás de sua mesa de mogno quanto pensa. Apesar de seu rosto bonito e sorriso galanteador, Rush Castor não é o tipo de homem por quem eu me sentiria atraída.

Seus olhos marrons examinam minuciosamente minhas pernas cobertas pelo jeans e um ar presunçoso lhe alcança.

–Então? Sobre a foto....- começo, cansando de seu estudo sobre minha aparência.

Rush rapidamente sorri, esquecendo de seu eventual antiprofissionalismo por um minuto.

–Oh sim! Você sabe que é incrível, não? E suas fotos são sempre ótimas, mas aquela do casamento...Você conseguiu roubar meu coração, Hanna. Espero que fique contente ao saber que será publicada daqui a duas semanas.

Abro a boca, surpresa demais para falar. Feliz demais para ter qualquer tipo de reação a não ser o óbvio gaguejar.

–O-Obrigada, Sr.

Rush dá de ombros e sorri atenciosamente antes de voltar sua atenção para o cappuccino enquanto analisa algumas papeladas, o que é uma deixa para que eu me retire.

Nem penso duas vezes.

Pulo da cadeira e corro murmurando vários outros obrigada até que eu esteja correndo para Nick com um maldito enorme sorriso.

Nick é meu único amigo aqui na empresa. Um homossexual fã de Madonna e que adora purpurina.

–Isso só pode significa uma coisa ... Porra Han! Parabéns! Vamos festejar ouviu?

Estou tão feliz que até deixo passar a oportunidade que Nick vê de sair para festas e me puxar junto.

–Preciso ligar par Em e avisá-la!

Os olhos de Nick se iluminam e ele acena rapidamente.

–Hoje á noite vamos comemorar! Vou te levar em uma daquelas boates de gente rica.

Solto uma gargalhada e dou-lhe as costas para ligar para Em. Por um momento penso em ligar para minha mãe e avisá-la também, mas eu não acho que estamos em nosso melhor momento desde que eu me mudei.

–ENTÃO? – Ouço Em gritar.

Abro um sorriso.

–Ele adorou! Ele disse que estarei lá nas próximas semanas, Em! Estou tão feliz.

–Deus, Han! Eu sabia disso! Nick já combinou a festa, certo?

Reviro o olhos.

–É ele o fez, mas você como ele é, vai querer nos arrastar para essas festas cheia de mauricinhos metidos a besta. – resmungo.

Posso quase ver Em revirando os olhos escuros.

–Não seja chata. Hoje vai mudar a sua vida de um jeito irreparável, Han. Eu sinto isso.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

então? beijoss