Alguns dias se passaram e finalmente a sexta feira havia chegado. Elena estava morrendo de ansiedade. Não apenas pelo jantar beneficente, mas também pelo encontro de Caroline e Klaus.
– Lena, já esta pronta? - Damon gritou de seu quarto, que ficava no fim do corredor
– Já. - ela gritou de volta dando a ultima olhada no vestido que Damon havia lhe dado.
Cairá perfeitamente em seu corpo.
O vestido longo em tom azul escuro e tomara que caia, delineava sua cintura e ressaltava seus seios.
A maquiagem marcava bastante seus olhos, e os cabelos caiam em cachos perfeitos e ao mesmo tempo esvoaçados.
O sapato apesar de não ser novo, pouco aparecia, e os brincos e colar não chamavam muita atenção, ao contrario da grosa aliança em seu dedo.
– Será que poderia me ajudar com a gravata? - ele pediu ainda de seu quarto.
Elena sorriu.
Damon se convenceu que o nó da gravata que ela dava era mais bonito e elegante do que o que ele sempre dera.
Borrifou mais um pouco de perfume e saiu do seu quarto em direção ao quarto dele.
A porta estava aberta, como sempre, e ele estava sentado na cama colocando os sapatos.
Ergueu o olhar até os pés parados em sua frente e subiu o olhar devagar.
– Uau. - ele disse ficando de pé em frente a ela – Você esta linda. - admitiu
– Obrigada, você não esta tão mal assim. - ela disse divertida
– Oh, obrigado, mas agora de marido para esposa, desculpe a expressão, mas você esta tão gostosa que acho que vou ter uma ereção. - ele disse em tom brincalhão
Ela lhe socou o braço com força sorrindo.
Já estava tão acostumada com as brincadeiras de Damon, que já nem corava mais.
– Cale a boca e me de a gravata. - ela mandou
– É incrível como só você sabe fazer este bendito nó. - ele disse lhe dando a gravata.
Ela ainda sorrindo, passou a gravata em volta do pescoço dele, e com suas delicadas mãos ágil terminou o nó, deixando a gravata apertada o bastante para que ele não conseguisse respirar.
– Você é sutil como uma bazuca. - ele brincou assim que afrouxou o nó e pode respirar.
– Vamos, ou você vai me atrasar mais? - ela perguntou sorrindo e caminhando em direção à porta.
– Espere… - ele disse colocando o outro sapato e a seguindo em direção as escadas.
Quando Elena ao descer o primeiro degrau, a bainha do vestido enganchou na ponta do salto e ela perdeu o equilíbrio e quando achou que ia cair, duas mãos fortes a seguraram pela cintura:
– Eu disse para você me esperar. - ele disse a apertando mais contra si vitorioso – A menos é claro que queira descer rolando por toda essa escadaria...
A ideia embrulhou o estomago dela.
– Eu vou aceitar sua ajuda querido. - ela disse soltando o vestido do sapato e o puxando mais para cima na altura dos seios
– Estou arrependido de ter comprado esse vestido. - ele anunciou a ajudando a descer as escadas, com o braço ainda em volta da cintura dela.
– Por quê? - ela perguntou assustada
– Porque estou vendo que vou ter que espantar muitos pretendentes de perto da minha esposa.
Ela riu.
– Damon, às vezes você fala como se fossemos ficar casados para sempre.
– A gente ainda não se separou. - ele rebateu bem humorado quando os degraus acabaram e eles foram em direção ao carro.
– Elena, estamos quase chegando. - ele anunciou com a voz calma – Por isso, preste a atenção. Nesse jantar, vai ter pessoas que.. vão tentar de algum modo te provocar.
Elena riu.
– Esta rindo do que? – Damon perguntou sem deixar de prestar atenção na estrada
– Nada. Só estou pensando o quanto elas devem estar bravas por você esta casado.
– Eu não disse que eram mulheres. - ele rebateu tentando se defender
– E precisa? - ela ironizou e ele ficou quieto.
Desde o incidente com as flores, ele e Elena pareciam mais amigos e isso o agradava bastante.
A mansão toda luminosa e cheia de carros caros na frente chamava atenção ao longe e Elena se inclinou para frente enquanto assoviava admirada.
– Meu Deus, isso é uma festa beneficente?
– Mais ou menos. As pessoas apresentam propostas para que nos os empresários doem um tanto em dinheiro para cada umas das instituições, e depois tem um leilão, onde o dinheiro é todo doado. - ele explicou rapidamente.
– Nossa. - ela disse maravilhada – Isso parece interessante.
– Você já foi a um leilão? - ele perguntou por ela ter usado o termo “interessante”
– Só de bois e tratores.
Damon riu.
– Como foi que eu achei uma mulher dessas meu Deus ?! - ele disse brincando e ela riu, ficando de repente insegura
– Será que não vou fazer você passar vergonha? - ele a olhou serio
– Querida, você já se olhou no espelho? - ele perguntou se referindo a sua beleza
– É serio. - ela rebateu brava - Digo, porque eu não sou desse meio. E se me perguntarem o que eu acho das ações da bolsa de valores?
Ele riu:
– Querida, vá por mim, eles são mais de perguntar quanto você pagou pelo seu vestido.
Ela franziu o cenho ainda sem muita confiança.
– Escuta, qualquer coisa, eu vou estar lá. Não tem porque se preocupar. - ele tentou confortá-la.
Ela continuou quieta, e ele parou o carro na entrada onde um chofer os recebeu com um largo sorriso, antes mesmo que abrirem a porta.
– Espere aqui um momento. - ele disse antes de sair do carro.
Elena obedeceu, afinal, ela já nem estava mais querendo sair daqui.
Damon contornou o carro e abriu a porta ao lado dela lhe oferecendo gentilmente a mão.
Oh, sim era nesse tipo de ocasião que eles tinham que bancar o casal apaixonado, com mil coraçõezinhos.
Ela forçou o seu melhor sorriso quando notou que o chofer e os dois recepcionistas olhavam para dentro do carro estupefatos.
– Vamos meu amor? - ele disse sorrindo torto.
Ela quase gargalhou na frente de todos. Meu Amor? Damon era mesmo um bom ator.
– Vamos. - ela disse aceitando sua mão.
Assim que seu pé direito tocou o chão, a adrenalina liberada em seu corpo foi tamanha que ela apertou mais a mão de Damon buscando por apoio. E encontrou, porque diante ao aperto exagerado recebeu um discreto, porém carinhoso beijo na mão.
O olhar deles se encontraram e Elena corou terrivelmente enquanto ele lhe dava uma leve piscadela sorrindo.
– Boa Noite Sr. e Senhora Salvatore. - os três rapazes disseram ao mesmo tempo.
– Boa Noite. – Damon respondeu com a voz calma enquanto atirava a chave do automóvel no ar.
O chofer a pegou no ar sem maior dificuldade, enquanto os outros dois recepcionistas sorriam simpáticos.
– Pronta? – Damon perguntou baixo o suficiente para que só ela ouvisse
– Posso correr e me esconder? - ela perguntou sorrindo.
– Não. - ele respondeu parecendo se divertir com tudo aquilo.
Um dos recepcionistas abriu a porta, e Damon largou a mão de Elena para segurá-la pela cintura.
Elena pensou em recuar o gesto, mas antes que o fizesse lembrou-se de que eram casados;
Oh! Que grande confusão havia se metido afinal? …
– Apenas sorria. – D. pediu quando passaram pela larga porta chamando atenção de algumas pessoas.
Elena ficou maravilhada. O estilo rústico só deixava a casa mais elegante e mais bonita do que por fora.
Casais dançavam em uma parte mais retirada da gigantesca sala de estar, e outros conversavam animadamente espalhados enquanto os garçons lhe serviam bebidas das mais variadas.
– Vejam quem trouxe um anjo. - um homem velho brincou – Damon. - ele disse lhe estando à mão
– Alaric. - Damon disse sem tirar a mão da cintura de Elena.
– Senhorita….?
– Elena. - ela disse com voz clara
– Senhorita Elena, é um prazer muito grande conhecê-la. - o homem disse simpático, e com uma rápida olhada em seu corpo, acrescentou – Agora entendo como conseguiu enforcar esse aqui. - ele disse brincalhão lhe beijando gentilmente a mão. Damon sorriu mais abertamente e o homem continuou: - É sempre um prazer revelo Salvatore.
– Igualmente Ric. Agora se me permite, vou cumprimentar os demais.
– Oh! Claro, nos vemos por ai. - ele disse com um leve aceno na cabeça.
Atravessando mais uma pequena multidão sob os olhares maliciosos dos homens em cima de Elena e das mulheres em cima de Damon, cumprimentaram mais algumas dezenas pessoas até que Damon parou o garçom pegando duas taças e entregando uma a Elena.
– A sua simpatia querida - ele ofereceu um brinde -, que conquistou a todos essa noite. Além da beleza é claro. - ele acrescentou correndo o olhar rapidamente pelo seu corpo.
– A cada bobagem que você fala. - ela disse tentando não sorrir.
As taças se tocaram fazendo um leve barulho, e ambos tomaram um gole bastante grande do champanhe.
– Sabe, até que não foi tão difícil. - ela disse orgulhosa – Achei que teria milhares de mulheres frustradas tentando me matar. - ela disse bem humorada.
– Não elogie tão cedo. - ele disse com ar zombeteiro ao ver a loira com um vestido quase transparente se aproximar.
– Por.. – Lena foi interrompida antes de terminar de falar
– Ora, vejam só se não é a tão misteriosa esposa de Damon Salvatore.
Damon e Elena se viraram ao mesmo tempo na direção da voz.
– Rebekah. - ele disse forçando um sorriso.
Onde Elena já havia ouvido este nome?
– Damon. - ela disse derretida – Achou que eu não estaria aqui? - ela perguntou bebericando sua bebida.
Era impressão de Elena ou a mulher perguntou aquilo com duplo sentido?
– Não. Na verdade nem pensei nesta possibilidade. - o olhar de Damon a desencorajou de continuar – Permita-me apresentar minha esposa. - ele disse abraçando Elena pela cintura- Elena, essa é .. - a loira metia o interrompeu
– Rebekah, a secretaria que você ocupou o lugar por pouco tempo. - ela disse irônica – Talvez agora eu possa ocupar o seu lugar.
Definitivamente ela estava usando as palavras para um duplo sentido, e Elena pensou o pior.
Antes que Damon conseguisse falar alguma coisa, Elena deu uma risadinha e disse com voz angelical:
– Se você quiser ocupar a vaga na empresa, ela é toda sua. Boa Sorte. - disse sorrindo sem se deixar intimidar – Afinal, agora meu lugar ao lado do meu marido, como esposa.
Deixando claro a indireta que ninguém tomaria seu lugar, Elena ficou satisfeita com o sorriso falso da loira que diminuiu.
– Meu amor veja as apresentações vão começar. – Damon disse sorrindo – Se nos der licença Rebekah, queremos pegar um bom lugar. Boa Noite. - ele anunciou antes de virar as costas e sair, ainda abraçado à cintura de Elena.
Ela sequer olhou para trás para ver que cara a vadia estava fazendo.
Realmente tinha elogiado muito cedo.
Enquanto caminhavam entre as pessoas, percebeu o olhar bravo de Sr. Matt Donovan, que bebericava um whisky, em Damon que parecia não notar ou não dar importância a tal afronta. Foi ai que então ela juntou os pontos.
Rebekah fora a secretaria de Damon antes dela, automaticamente a secretaria em que Matt tinha se referido no dia em que Damon lhe quebrou o nariz. Lembrava com perfeição cada palavra que ele havia usado:
“Não basta você se aventurar fora da empresa agora quer começar a trazer suas, suas … aventuras para cá? E você se cuide, não é a toa que ele contratou uma moça tão bonita assim, sem ter segundas intenções. A ultima secretária dormiu com ele e foi despedida depois que ele se cansou dela. Se cuide.”
Na verdade isso não a surpreendia, afinal, era mais fácil perguntar quem nunca havia transado com ele do que perguntar quantas já foram à loucura em suas mãos.
– Aqui é um bom lugar. - ele disse apontando para a mesa com cinco lugares, bem arrumada – Por favor. - ele disse puxando a cadeira para que ela sentasse.
Forçando um pequeno sorriso ela se sentou, e logo ficou seria.
– Espero que não tenha ficado brava. - ele sussurrou em seu ouvido
– Não fiquei. - ela disse calma
– Não é o que parece. - ele rebateu a encarando – Não deixe que isso lhe aborreça. Rebekah é uma… - ela o interrompeu
– Vadia.
– Eu ia dizer uma menina fácil demais e superficial, mas vadia também serve. - Ela permaneceu seria – Ora Lena, estamos tão bem...
– E nós continuamos bem Damon. - ela garantiu – Só fique sabendo que eu não levo desaforo para casa. Portanto ela que não venha tentar me fazer passar por esposa idiota novamente. - ela alertou falando bastante sério
– Ela não vai. - ele se garantiu – E se o fizer prometo colocá-la no seu devido lugar.
– Não prometa nada. - ela disse ajeitando a franja.
– Eu não quero brigar com você. - ele disse
– Nem eu com você, por isso vamos mudar de assunto. - ela pediu.
Damon suspirou, e se não fosse Alaric e sua família caminhando na direção da mesa deles, a conversa com certeza iria continuar.
– Importam-se? – Ric perguntou indicando as cadeiras
– Será um honra. – Damon disse sorrindo.
– Deixe-me apresenta-los. - O homem disse – Esta é minha esposa Jenna, e meu filho Robbie. - o menino de no máximo 8 anos sorriu e a sua mulher inclinou-se para cumprimenta-los
– É um prazer. - ela disse simpática
– O prazer é nosso. - Elena disse sorrindo
Os novos amigos se sentaram a mesa, e a partir dali uma conversa animada começou a surgir.
– Então Elena, de onde você é? - A certa altura da conversa Jenna perguntou
–De Mystic Falls. - ela disse com certo receio.
– Oh, é mesmo? – Alaric pareceu interessado – E que tipo de negócios sua família tem por lá?
– Ann, meu pai é meio que um agricultor. - ela disse tímida.
– Oh, - Ric disse parecendo realmente interessado – isso é uma maravilha. Meu sonho é me aposentar e me esconder em uma fazenda.
– Eu não vou. - o menino anunciou torcendo o nariz – Não vou ter com quem jogar bola.
Todos riram da preocupação do menino.
– Veja, o leilão vai começar. – Jenna anunciou ansiosa.
Uma mulher magra e extremamente alta, pediu a atenção de todos, que muito educados atenderam gentilmente ao pedido.
Após um breve discurso e uma extensa apresentação de slides, mostrando varias instituições beneficentes que precisavam de ajuda, a mulher iniciou o leilão.
A primeira peça a ser leiloada foi um vaso que datava o inicio do século XVI.
Discretamente, Damon passou os braços sobre os ombros de Elena, e a trouxe mais para perto, perguntando baixo em seu ouvido:
– O que achou? - ele parecia divertido ao ver a expressão dela.
– Estão mesmo oferecendo 50 mil dólares por aquela coisa amarela e feia?
Ele riu.
A mulher contou até três e então os lances acabaram. Anunciando o “ganhador” passou para a próxima antiguidade.
Um quadro autentica de Claude Monet, onde varias cores formavam uma paisagem. O lance para o quadro foi muito – muito mesmo - superior ao do vaso.
Os lances foram ficando cada vez mais alto, e então para o delírio das mulheres presentes, o primeiro vestido apareceu.
Suspiros tomaram conta do grande salão quando o vestido vermelho sangue foi anunciado com o lance inicial de 600 mil reais.
Elena arregalou os olhos chocados.
– Gostou? – Damon parecia prestes a dar um lanche
– Não. - admitiu – Ele se parece que alguém muito cruel decidiu derramar sangue em um pavão e chamá-lo de vestido.
Damon gargalhou. Nunca na vida tinha se divertido em um leilão. Essa era a primeira vez.
E por mais que não quisesse admitir ele sabia o nome do motivo: Elena Gilbert Salvatore.
– Onde fica o banheiro aqui? - ela perguntou discretamente
– Esta se sentindo bem?
– Sim. Só preciso-fazer-xixi-urgentemente. - ela disse bastante rápido
Com uma rápida olhadela no salão, ele disse:
– Acho que é no final daquele corredor. - ele disse apontando
– Tudo bem. - ela disse se desvencilhando do seu braço e levantando
– Quer que eu lhe acompanhe? - ele perguntou sorrindo malicioso
Ela o respondeu com um olhar diabólico enquanto saia apressada.
Um novo vestido foi anunciado.
Este por sua vez era branco, terminava na altura dos joelhos, e tinha as alças transpassadas.
Damon se pegou imaginando Elena dentro dele, e gostou de tal imagem.
– Quem da mais? - a mulher alta e magra perguntou pronta para fechar o lance
– Eu pago o dobro. - ele disse alto estendo a mão para cima.
Elena suspirou aliviada enquanto terminava de fechar o fecho do vestido.
A porta do banheiro se abriu e instintivamente ela olhou na direção.
Arrependeu-se.
Com um sorriso sínico no rosto, Rebekah aproximou-se parando ao lado dela em frente ao grande espelho.
Tentando não dar importância para a raiva dentro de si, Elena abaixou a cabeça e começou a lavar as mãos. Com tantas pessoas para se ficar sozinha em um banheiro, tinha que ser justo com ela?!
A loira ao lado abriu a pequena bolsa de mão que carregava e começou a retocar a maquiagem.
Fechando a torneira Elena secou as mãos em uma das toalhinhas dobradas e foi em direção a porta pronta ara sair do banheiro.
– Você realmente acha que ele é fiel a você ? - a loira perguntou guardando batom e se virando para encarar Elena.
“De só mais dois passos e caia fora desse banheiro.” – Elena disse a si mesma.
– Ele quem? - Lena perguntou não obedecendo a si mesma
– Orá, você sabe, - a loira revirou os olhos – seu marido. - ela disse irônica
Elena sorriu de canto debochada:
– Que eu saiba você não passa de uma ex-secretária, então isso não te interessa.
– Não fui apenas uma secretaria. - ela disse maliciosa
– Ah sim claro. – Elena disse revirando os olhos, mostrando-se entediada – Você foi mais uma das que foi pra cama com ele, que novidade.
– Você não se importa? - a loira perguntou ainda querendo provocar.
– Não. - Elena disse decidida – Afinal, dezenas passaram pela cama dele, mas apenas uma ficou. - ela disse apontando para si mesma.
Céus, se fosse em outra situação, neste momento ela estaria caindo na gargalhada.
– Agora, se me der licença, tenho que voltar. Meu marido esta me esperando. - ela disse dando um passo em direção a porta.
– Escute o que eu digo, - a loira disse detendo Elena – se quiser tome como um conselho. - a loira ficou seria de repente – Muitas mulheres se jogam aos pés dele e Damon não é homem de uma mulher só.
– Isso quem diz é uma das que queria estar no meu lugar, mas que foi mandada passear. -Elena disse com as mãos na cintura sorrindo
– Vai por mim. Eu não queria estar no seu lugar. - a loira disse com uma pitadinha de inveja - Você ira lembrar disso quando pegar ele na cama transando com outra.
Por mais desconfiada que Elena estivesse, ela não deixou transparecer. Ao contrario sorriu largamente e disse com a voz controlada:
– Tenha uma ótima noite Rebekah. - ela anunciou antes de sair e fechar a porta com toda a sua força.
Ela caminhou brava e apressada pelo longo corredor até alguém lhe agarrar pelo braço:
– Tudo bem ? – Damon perguntou preocupado
– Sim. - mentiu
– O que você acha de irmos embora? Já me despedi de Ric, mas se você quiser .. - ela o interrompeu
– Acho uma ótima ideia. Vamos logo? - ela perguntou apressada
Damon franziu o cenho tentando descobrir o que havia acontecido.
– O que aconteceu?
Em resposta a sua pergunta, Rebekah saiu pelo correndo que dava ao banheiro com um sorriso insinuante nos lábios, e então ele entendeu:
– Você esta bem? - ela assentiu vendo que ele já havia entendido – Esta muito brava.
– Muito. - ela disse com o maxilar contraído
– Muito a ponto de não querer falar sobre isso?
– Muito a ponto de que se você falar mais alguma coisa sobre isso eu juro eu que lhe mato enquanto estiver dormindo.
Damon não pode deixar de sorrir em meio ao comentário daquela mulher maluca.
– Ótimo, vamos para a casa. - ele disse colocando a mão em sua cintura e levando-a em direção a porta de saída, onde o seu esportivo vermelho já os aguardava.
Elena suspirou aliviada quando, sentada no sofá, tirou os sapatos de salto alto.
– Vou fazer um café. - Damon disse indo até a cozinha – Você quer?
– Sim. - ela disse se deitando no sofá.
Damon tinha razão. Leilões não eram tão divertidos assim. Ainda mais quando se tinha um marido cobiçado como o dela.
Marido.
Ora que grande confusão. Veja onde havia se enfiado.
Uma coisa estava decidida. Ela não iria ficar remoendo o que Rebekah havia lhe dito.
Afinal, era um casamento de mentira. Seria mais que natural se caso um dos dois viesse a se envolver com outras pessoas.
– Sabe, estou curioso. - ele disse da cozinha – Como estará o encontro de Caroline e Klaus?
Elena sorriu fugindo um pouco dos seus pensamentos:
– Também estou curiosa. - admitiu – Se depender de Car, eles terminaram este encontro na cama.
Damon riu, e o som pareceu tão sensual que Elena sentiu um arrepio.
– Pois então, algo me diz que a noite deles irá terminar assim, pois essa é a mesma intenção de Klaus.
Lena não havia ouvido o que Damon falará, estava confusa demais para isso.
– Quanto de açúcar? - ela não respondeu – Quanto de açúcar? - ele disse novamente sem obter resposta.
Com o açucareiro na mão ele foi até a porta da sala e estralou os dedos:
– Elena?
– Ann..? - ela murmurou acordando de seus devaneios
– Quanto de açúcar? - ele perguntou pela terceira vez
– Sabe, pensando bem, eu acho melhor eu ir tomar meu banho e me deitar. Estou com sono e cansada de mais. - ela disse pegando os sapatos e indo em direção a escada – Tem algum problema?
– Não tudo bem, descanse. Já esta tarde mesmo. - ele deu de ombros enquanto ela começava a subir as escadas.
– Boa Noite, até amanhã D.
– Boa Noite Lena. E parabéns por hoje, você foi incrível.
Ela automaticamente estacou diante de tal elogio.
Uma leve olhadela em Damon foi o bastante para que ela quisesse sair correndo e se jogar em seus braços, mas ao invés disso, conseguiu apenas forçar um pequeno sorriso e continuar subindo em direção ao seu quarto.
Uma vez segura entre as quatro paredes de seu banheiro dentro de sua banheira, ela pode relaxar mais aliviada.
Sentindo a água quente lhe relaxar os músculos do corpo, gemeu baixinho deliciada com a sensação.
Ainda confusa e com os sentimentos a flor da pele, ela bufou.
Não podia estar se apaixonando por Damon. Por mais bonito e excitante que ele fosse.
Aquilo era um casamento de mentirinha. E logo, logo eles seriam um casal feliz e divorciado.
“Você tem que manter o foco. Isso é só um acordo profissional. Tudo vai acabar logo e ficará tudo bem.” - ela repetia a si mesma.
Contrariada ela sussurrou baixinho.
– É tudo um contrato. Um estúpido contrato. - ela completou fechando os olhos e tentando relaxar.