Pov. Hermione

– FELIZ ANIVERSÁRIO, MIONE! - Gina, Harry e Ron urraram exatamente às 6:00 da manhã sentados na beira da minha cama.

– Oi? - esfreguei as mãos nos meus olhos, ainda com muita dificuldade de abri-los.

– Como assim ''Oi'', sua maluca? - Gina deu um tapa no meu braço - Sabe que dia é hoje? 19 DE SETEMBRO!

Merlim, como fui esquecer do meu próprio aniversário?

– Parabéns, Mi - Harry disse me abraçando.

– 16 aninhos, Mi, agora já pode oficialmente dirigir aquelas máquina mortífera que seu pai tem na garagem - Ron disse rindo.

– Ron, seu pai também tem um - falei batendo em seu braço.

– Mas ele voa - ele disse como se isso o fizesse muito mais seguro.

– Tá bom, chega vocês dois. Vamos aos presentes - Gina batia palmas empolgada - Esse é o meu - ela esticou uma caixinha cor-de-rosa.

Desembrulhei o presente e dei de cara com um Mini-pufe amarelo.

– Ele não é fofo? - ela dava risadinhas - Agora o Snow tem uma companhia.

– Obrigada, Gi. Ele é lindo! - eu falei o colocando no meu colo enquanto Ron e Harry balançavam a cabeça murmurando ''Meninas''.

– Bom, agora o meu - Foi a vez de Harry esticar um pacote verde-esmeralda com um sorriso grandioso nos lábios finos.

Abri o presente de Harry e dei de cara com o exemplar da nova edição de '' Hogwarts, uma história''

– Ai meu Merlim - agarrei Harry pelo ombro e o abracei - Você é um ótimo amigo.

– Nunca vou me esquecer da primeira vez que você falou desse livro, ele praticamente faz parte da sua história nesse colégio - ele riu.

– Tá bom, tudo bem. Agora vamos para o melhor presente de todos, é claro - Ron disse arrancando gargalhadas de todos enquanto me estendia um simples pacote vermelho.

– É uma espécie de diário - ele explicou - A diferença é que ele guarda suas memórias, mesmo que você as esqueça, ou não as queira. Como se fosse uma penseira. Você pode rever os acontecimentos que escrever, se forem reais e já tiverem acontecido, é claro.

Olhei aquele livrinho em mãos.

– Obrigada, Ron. Você é incrível - o abracei.

– Viu? Não disse que seria o melhor presente de todos? - ele disse se gabando.

– Cala boca, Rony - Harry deu um tapa em sua orelha rindo.

– E não podemos esquecer do maior presente de todos hoje à noite - Gina falou com suspense.

– Como assim? - franzi o cenho.

– Sua festa, é óbvio - Gina falava empolgada demais com tudo isso.

– Festa? Como vocês vão organizar uma festa? - Perguntei incrédula.

– Não se preocupe. Já pedimos a permissão de Dumbledore para fazermos na Sala Precisa, e não vamos chamar muita gente, sabemos que você não gosta de tumultos.

– Tudo bem - falei finalmente me levantando da cama - Mas enquanto isso, vamos pra aula.

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Gina passou o dia todo falando sobre as inúmeras ideias que ela havia tido para a tal festa. E eu não sabia se ficava empolgada ou assustada com tudo aquilo. Agora eu estou no meu quarto encarando a enorme caixa que Gina mandou com um bilhetinho preso escrito: '' seu vestido''.

Não creio que ela comprou um vestido pra mim.

Abri a caixa e me deparei com um vestido perfeito. Ele era de um tom de azul perfeito e tinha detalhes que lembrava o gelo, era tomara que caia e marcava na cintura, enquanto o comprimento ia até na metade das minhas coxas.

Olhei abismada para o vestido. Quando me olhei no espelho, não pude acreditar. Ele ficara perfeito no meu corpo. Sorri satisfeita.

Coloquei os sapatos e lancei um feitiço no meu cabelo para que este ficasse preso à um coque frouxo com algumas mechas soltas.

Gina provavelmente já estava tendo um piripaque naquela Sala. Corri pelos corredores tentando não fazer tanto barulho, e quando cheguei na sala precisa metade dos alunos do 6° de Hogwarts estava ali.

– SURPRESA - eles gritaram em uníssono.

Quis me encolher de vergonha, enquanto eles cochichavam abismados.

– Gina, você disse que convidaria pouca gente - puxei ela em um canto.

– Desculpa, Mi. A notícia se espalhou e eu simplesmente não podia expulsá-los daqui. Aliás, você está linda garota, aproveite sua noite - ela disse e eu não pude deixar de sorrir.

A Sala Precisa parecia pelo menos três vezes menor pela quantidade de alunos que se espremiam ali dentro, e eu tinha que admitir que a festa estava incrível, além da decoração, as comidas e as bebidas estavam incríveis, tinha bebida alcoólica também, o que explicou um grupinho de garotos da Lufa-lufa passando cantadas baratas em suas colegas de classe.

Depois de Gina insistir eu comecei a dançar como se não houvesse o amanhã, sim, eu finalmente venci minha vergonha. Mas ainda dançava no canto. No meio da pista, jamais.

– Ei, Granger - Um garoto ligeiramente bonito me cumprimentou mordendo os lábios.

– Olá, quem é você? - apontei igual uma idiota para o garoto.

– Córmaco McLaggen - ele sorriu com um copo nas mãos.

Ele estava bêbado?

– Hum - sorri de volta.

– Você está linda hoje, quero dizer, muito mais linda.

Oi? Esse garoto bonito estava me cantando na maior cara dura?

– Ah, obrigada. Você também é... bonito.– Alguém me joga da torre de astronomia, por favor?

– É mesmo? - ele falou se aproximando. Ah não. Perto demais.

– P-p-ara! - tentei o empurrar. Mas ele era forte demais.

– Qual é, Granger, eu sei que você quer. Só um beijinho - ele me colocou encostada na parede e eu simplesmente não conseguia chamar ninguém já que todos estavam na pista dançando com o som alto o suficiente para não escutarem nada.

– Me solta - eu falei tentando sair, mas quanto mais eu tentava me soltar, mais ele segurava meu braço com força.

– Você vai gostar, não precisa ter vergonha - ele disse quase selando nossos lábios.

– McLaggen, não te ensinaram como tratar uma dama? - Malfoy estava com os braços cruzados encarando o garoto com uma cara nada boa - Solta. Ela. Agora. - ele disse pausadamente como se seu olhar estivesse perfurando a pele de Córmaco naquele momento. E ele me soltou.

– O quê foi, Malfoy? Desde quando o bem estar da Granger é importante pra você? - ele falou cuspindo as palavras para Draco.

– Isso não é da sua conta. Agora, se tentar agarrar ela à força mais uma vez, vou ter que te mostrar que não se meche com um Malfoy, e eu tenho certeza de que você não vai querer isso.

McLaggen deu um último gole em seu copo antes de sair andando novamente para a multidão. Foi quando ele me encarou.

– Você está bem? - ele perguntou puxando meu braço.

– S-sim. O que está fazendo aqui? - perguntei confusa.

– Apesar de você não ter me mandando o convite da sua festa, o que aliás me deixou muito magoado mesmo - ele dizia irônico - Eu vim te dar os parabéns - ele sorriu.

– Hum, obrigada - falei sem graça.

– Quer dar o fora daqui? - engoli em seco.

– S-sim.

– Ótimo - ele disse agarrando minhas mãos e me puxando para fora dali.

Caminhamos escondidos pelos corredores até que estávamos fora do castelo. Estava escuro ali fora. Somente a luz da lua iluminava o gramado verde.

O vento bagunçou meu cabelo.

– Argh - passei a mão tentando arrumá-los. Malfoy se virou e riu - Para de rir, deve estar um horror agora.

Ele sorriu com o canto dos lábios.

– Você está linda - O loiro disse me deixando sem fala. Por essa eu realmente não esperava.

– O-obrigada - Droga. Por quê eu estava gaguejando? - E, obrigada por me salvar daquele louco do McLaggen.

– Ah. Não foi nada, aquele imbecil sempre me deu nos nervos - ele disse dando de ombros.

– Eu trouxe uma coisa. Pra você - ele disse tirando uma embalagem minúscula do bolso.

– O quê? - eu franzi o cenho.

– Ah, qual é, você não achou que eu fosse entrar de penetra na festa e ainda sem um presente? - ele riu - Toma.

Abri e dentro se encontrava uma delicada pulseira com um pingente de uma serpente.

– Não acredito que me deu uma pulseira da Sonserina - eu ri, colocando em meu pulso - Obrigada.

– É pra você sempre se lembrar do seu sonserino favorito - ele riu.

Oi? MEU?

– Haha - fiz uma careta.

Eu me sentei na grama verde e ele se juntou a mim.

– Sabe o quê eu mais gosto na lua? - ele perguntou depois de alguns segundos de silêncio apontando para a mesma no céu escuro.

– O brilho? - indaguei confusa.

– Não. O que eu mais gosto na lua, é que ela é a mesma em qualquer lugar do mundo - Malfoy disse e eu não pude deixar de olhar seu rosto. Ele era lindo. E ele nem ao menos precisava se esforçar para isso.

– Você não acha que é uma boa qualidade? - ele se virou para mim.

– Hum? - Argh. Idiota.

Ele se aproximou e tocou meu queixo com a ponta dos dedos.

Meu coração parecia que ia saltar a qualquer momento pra fora do meu corpo.

Por quê eu estava me sentindo assim por esse loiro idiota?

Ele se posicionou na minha frente e se aproximou ainda mais, me encostando em um tronco de árvore.

– Draco... - tentei dizer. Ah não.

– Repete - ele sussurrou.

– Draco? - perguntei confusa ainda sussurrando.

Ele entrelaçou os dedos no meu cabelo e selou nossos lábios. Sem pressa, ele me beijava juntando mais seu corpo no meu. Era um beijo delicado, diferente de sua personalidade. Não me importava mais com que eu estava fazendo. Apenas aproveitei e passei meus dedos naquele cabelo loiro perfeito. E eu queria aproveitar isso, pelo tempo em que puder chamar de meu.