Sweet Girl escrita por Tha Reis


Capítulo 25
Sweet Child.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/556320/chapter/25

(11 anos depois )

Austin

Acordei em um susto. Coloquei a mão no peito e senti uma leve mão no meu braço. Respirei. Eu ainda tinha pesadelos de vez em quando,mas eram poucos.

Minha mãe costumava dizer que pais tinham um sentido que adquiram quando se tinham um filho. Eu não acreditava nisso até o dia em que meu filho nasceu. Olhei para a Ally que dormia de um jeito calmo ao meu lado e fui na cozinha. Foi quando eu escutei gritos. Era como na verdade se alguém tentasse chorar mas faltasse ar,e embuluado com um choro assustado. Eu saí correndo para o quarto e encontrei o garotinho de apenas cinco anos.
—Papai....Papai...E-eu não consigo respirar! - O menino falava sem fôlego e eu tentei achar sua bombinha de asma em todo lugar do quarto. Eu consegui,e ele conseguiu respirar um pouco,mas nem isso adiantava.

—EU NÃO CONSIGO RESPIRAR! - O menino gritou em desespero e eu o peguei no colo,enquanto a Ally já estava levantada com um olhar assustado.
Nós pegamos apenas nossos casacos e entramos no carro. Eu dirigia enquanto a Ally tentava acalmar o Lukas,enquanto ele respirava muito pouco. Merda. O trânsito em NY era horrível até de madrugada.

—Austin...Ele não tá respirando...Austin! - Ally gritou em desespero e eu peguei o menino no meu colo enquanto ela me olhava assustada.
Eu saí do carro e literalmente sai correndo entre os carros com o menino que quase não respirava mais nos meus braços.

.......
Senti algumas lágrimas ainda descendo do meu rosto enquanto as enxugava. O médico chegou e eu levantei.

—Ele está bem. - Ele disse rápido e eu suspirei aliviado. -Mas ele quase não resisti. A asma dele é muito séria,e ele é tão novo...Se você não tivesse vindo correndo,ele não teria resistido. Ele está tomando oxigênio com alguns medicamentos no soro,ele vai ficar bem.

Coloquei as mãos no rosto ainda com o coração acelerado e chorando. O médico eram bem mais velho do que eu,que deve ter percebido meu desespero e susto.

—Senhor Moon,o Lukas possui alguma mãe? Se me permiti perguntar.

—S-Sim...Ela ficou com o carro enquanto eu vim correndo. Ela já deve está vindo. Eu vou...Eu vou ver ele. - Disse gaguejando -Oh Deus,eu só tenho vinte e oito anos e acho que vou ter um ataque cardíaco.

—Filho,eu vou te dizer uma coisa. Eu já vi muita coisa nesse mundo,mas um pai correr por metade e NY por um filho,não se vê todo dia. Você é um otimo pai. -O médico falou batendo no meu ombro e logo sumindo pelo o corredor.
Lembrei de quanto tinha apenas 17. Tanta coisa havia acontecido...Lembrei das minhas colunas no jornal em que trabalhava e das coisas que ainda escrevo só por escrever. Eu tinha aquilo escrito,parte a parte guardado.
Eu lembro que um dos meus maiores medos era ser igual ao meu pai. Descontrolado. Pessimista. Um pai ruim. Então eu escutava todas as vezes em que a minha Sweet Girl dizia que eu era um ótimo pai. E um ótimo marido. Respirei fundo.
Entrei no elevador quando vi os olhos assustados da Ally no fim do corredor,que correu até entrar no elevador e me olhou,me abraçando. Segurei a menina,que na verdade,agora era uma mulher nos braços e ela tinha o coração acelerado.

—Ele ta bem. Ele ta bem Ally. - Eu disse a abraçando e ele respirava baixo. O elevador abriu.

Abri devagar a porta do menino que dormia. Ele tomava medicamentos no soro,e a Ally logo foi beija-lo. Ele acordou.

—Você ta bem meu amor? - Ela disse carinhosamente.

—Mamãe,eu to com muita fome. -Ele disse inocentemente e ele disse que iria falar com o médico sobre o que ele deveria comer. Logo ficamos só nos dois no quarto. Ele deitou a cabeça no travesseiro como se estivesse cansado,e colocou seu cabelo loiro que era ondulado (Puxado a Ally claramente) Para trás.

Eu deitei na cama ao seu lado,que se aninhou nos meus braços.Tão pequeno.

—Papai?! -Ele falou ainda respirando devagar.

—Sim meu menino? - Disse beijando sua testa.

—Um dia,você devia me deixar ler suas historinhas com a mamãe. Que você fica no quarto falando. -Ele disse com uma voz de moleque é tentando falar tudo certo,e eu ri.

—Amanhã,papai jura que traz uma parte. Quanto eu tinha dezessete,quase o final da da história.

Ele sorriu alegremente e eu abracei mais o menino. Eu iria terminar de contar aquele dia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem! Penúltimo capítulo ❤



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sweet Girl" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.