Sweet Girl escrita por Tha Reis


Capítulo 13
Eu sei.


Notas iniciais do capítulo

Eu nem consigo dizer o quanto de saudades eu estava de escrever pra vocês!
Tive provas,meus pais me colocaram de castigo...
Mas a boa notícia,é que esse final de semana,eu vou poder postar,e além do mais,dia 19 estou de férias!
Mas,e aí,tudo bom com vocês?
Eu quero bem muitos comentários nesse capítulo,quero saber se vocês querem que eu melhore,idéias,ou qualquer coisa!
Tudo vindo de vocês é bom demais!
Então,boa leitura meus bebês.



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Austin

–Papai? - Sussurrei com o cotovelo escorado na beira da cama,e logo o ouvi reclamar.

–O que...Oh,Austin. -Ele esfregou os olhos levantando da cama,e sorriu de lado.

–Eu não consigo dormir. - Falei como um garotinho assustado. Na época,eu era um garotinho assustado.

Ele apenas segurou minha mão e me guiou até a sala,pegando as chaves do carro e me dando um casaco.

–Seu olho vai ficar roxo por um bom tempo. –Ele alisou a parte machucada do meu olho e sorriu levemente. –Já que sua mãe não está acordada,quero te falar uma coisa. –Ele se abaixou e sussurrou como se tivesse mais alguém na sala. - Você mandou bem dando um chute no garoto...Mas sem brigas daqui pra frente.

–Eu sorri abertamente e sabia muito bem o que íamos fazer.

Me lembrei que fizemos isso por um ano. Toda noite,de meia noite,meu pai e eu andávamos pela cidade com o carro,até eu adormecer. Mas essa vez foi diferente. E na época,eu não sabia o porque. Hoje em dia sei. Sei o porque ele nunca mais me levou de carro. Sei porque ele parou de sorrir quando recebia meu boletim. Sei de muita coisa. As vezes acho que esse é o problema. Preferia não saber tanto. Teria como uma lembrança boa a última vez em que meu pai,foi meu pai. Convivemos por mais dois anos juntos,eu tinha oito anos na época. Mas aquela foi a última vez que ele foi ele comigo. Que eu me orgulhava de ser parecido com ele.

Paramos no Central Park por um dez minutos.

Eu lembro de ver aqueles dois homens apontando pro meu pai,e ver aquela expressão no rosto do meu pai. Não era como se eles fossem tentar nos assaltar. Quem dera fosse.

Eu lembro que os achei muito mal educados. Falavam vários palavrões,e cobraram dinheiro do meu pai para entregar logo o "Bagulho" Pois a policia estava em cima deles. Meu pai estava com as mãos na perna como se a sua coxa fosse um teclado,e ficava tocando toda hora. Ele sempre fazia aquilo quando estava assustado.

Meu pai entregou o dinheiro,e eu já estava no carro,sem entender nada e com um casaco enorme. Ele enfiou no bolso um pacotinho com um pó branco. Ele entrou no carro e me olhou por um tempo. E começou a chorar. Pra valer. Eu nunca tinha vista meu pai chorar na vida.

–Você tá chorando papai? -Perguntei e ele sorriu ainda em lágrimas.

–Não meu filho. Estou apenas feliz de está aqui com você.

Foram esses meus pensamentos em cinco minutos em que o psicólogo da minha escola olhava minha ficha escolar e umedecia os lábios de dois em dois segundos. Já faziam duas semanas,e a escola havia comunicado que estavam com um novo projeto,iriam avaliar todos os alunos.

–Austin Moon. -Ouvi sua voz pela a primeira vez,um baixinho moreno de olhos castanhos. -QI altíssimo. Ganhou duas vezes prêmio de poesia infantil da sua primeira escola. Seleção infantil de basquete. Toca violão,piano,bateria e violino. Isso tudo conquistou com apenas dez anos. Isso está mesmo certo?! -Ele apontou para a minha ficha escolar depois dos dez anos. Apenas afirmei. E ele continuou. -Depressão,brigas na escola,drogas....

–A gente precisa mesmo fazer isso? - Eu falei sério e ele soltou a folha. -Isso tá me deixando meio perturbado. Por favor.

–Porque você bateu no Dallas? –Ele perguntou calmo e eu olhei a minha mão,que ainda doía por causa do soco que o havia dado.

–Já faz duas semanas. Porque se importam tanto?! Foi apenas um murro. E eu não saí ganhando. –Falei me referindo a grande roda roxa que estava agora em meu olho,e ele me olhou.

–Olha,eu sei que o Dallas é bem mauricinho. –Ele falou e eu sorri ao ver ele mais descontraído. –Mas você não é assim. Quer dizer,pelo menos não aparenta. Você parece ser um bom garoto. –Meu sorriso se desmanchou. Eu não era.

Duas batidas de leves na porta me fizeram olhar para ela fixamente. A porta se abriu,e e ela apareceu.

Fazia duas semanas que eu não falava com ela. Ele era tão linda! Eu não conseguia me acostumar com isso,mesmo que eu já tivesse a olhado um milhão de vezes.

–Acho que já sei bem o motivo. –O baixinho logo colocou os óculos de volta no rosto,e deu permissão para a Ally falar.

–Eu preciso falar com o Austin. – Ela falou séria ainda me olhando. Sabia que naquele momento eu poderia colocar minhas duas semanas a evitando por água a baixo.

Ele apenas fez um gesto com a mão,nos liberando para sair.

–Eu só queria te agradecer por ter me defendido do Dallas naquele dia. Ele já tinha tentado falar comigo antes,porque eu tinha ido atrás de você... –Ela falou me olhando,pra ver se eu estava prestando atenção. Ela parou de falar, mas eu sabia que ela queria falar mais. – Austin....E-eu.... –Eu beijei a sua bochecha rapidamente e ela se calou.

–Eu sei. –Foi a única coisa que saiu da minha boca,e ela me olhou com um semblante meio triste. –Eu sei. –Repeti baixinho e fui saindo. Dei mais uma olhada pra trás e ela já estava longe. E apenas me olhou.


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Notas finais do capítulo

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