Obsessão escrita por J Reck


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem das surpresas desse capítulo. Boa leitura!



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Era tão normal Maurice chegar em casa e encontrar Doralice e Abigail na sala que, naquele dia, quando abriu a porta, já desejou-lhes boa tarde.

– Oh... - disse para ele mesmo, já que ninguém mais estava ali presente para ouvi-lo. - Que inusitado.

Ele fechou a porta e começou a andar em direção a escada, quando foi parado por Justina chamando por ele.

– Boa tarde Justina. - ele sorriu singelamente. - Onde está Doralice?

– Senhor Prefeito. - a mulher de meia-idade se aproximou e ficou de frente para seu patrão. Tinha uma certa preocupação em seu rosto. - Senhor prefeito tem algo que preciso lhe dizer. É justamente sobre sua esposa e sua cunhada. - Maurice reparou que Justina tinha um caderninho vermelho nas mãos trêmulas.

– O que houve? Onde elas estão?- Ele deixou sua maleta no primeiro degrau da escada, franziu o cenho, esperando que não fosse nada de grave.

A mulher respirou fundo e abriu o caderninho. Virou várias páginas até chegar na que queria e finalmente começou a falar:

– Elas não estão senhor, mas isso não importa. Ontem ouvi a Senhora Champoudry e sua irmã conversarem sobre... Cativeiro, beco, eu não consegui ouvir direito, mas aquilo me deixou muito desconfiada, senhor. Eu tenho algum sexto sentido pra essas coisas... - Maurice assentia conforme Justina explicava. - Podia até jurar que ouvi elas falando “Henri”, e o senhor sabe bem quem é.

Embora Henri tivesse sido preso apenas pelo tráfico, sabiam que ele fazia mais do que isso. O prefeito morava próximo a vila onde ele morara e a maioria de seus empregados também moravam lá. As fofocas eram constantes, mas não dava para acusar um homem sem provas.

– O senhor pode estar pensando em quantos Henris deve haver em Arles, mas posso garantir que é aquele, senhor. - foi então que Justina entregou aquele caderno vermelho para Maurice. Era um diário, caligrafia itálica e grande, pareciam mais rabiscos.

É tão bom saber que a loucura não me pegou. Talvez seja algum teste de Deus, onde ele tira nossos filhos e nos faz lutar para recuperá-los. Acho que Ele tem me testado há tempo demais, veja Doralice, ela perdeu a filha faz semanas, eu perdi Raul há anos. Não posso julgar, é verdade que sou mais forte que minha irmã, tanto que cá estou, em Arles, ajudando nisso tudo. Tenho a leve sensação de que quando eu provar que sou capaz de lutar, a minha luta vai chegar.

É tudo destino. Eu estava aqui justo no dia em que Doralice conheceu Laura. Se eu não estivesse aqui nem teriam se conhecido, na verdade. Eu estava na janela no exato momento em que Henri veio se encontrar com Doralice. Não pode ser tudo coincidência. E falando em Henri... Que homem. Achei que não seria capaz de encontrar alguém melhor que Louis, mas encontrei. Nada melhor que viver perigosamente e com aventura. Será que criminosos fazem isso com você? Te dão mais adrenalina e vontade de se arriscar mais e mais? Talvez seja a coragem deles, a ousadia. Eu só espero que isso não se desmanche neste tempo em que ele está próximo de Laura. Pelo que parece, a vadiazinha quebrou-lhe o coração em dez mil pedaços e depois pisou e varreu a poeira. Mas acho que não, agora ele é quem vai quebrar algo, mas não muito, pois minha querida sobrinha precisa nascer saudável. Digo, renascer.”

Era difícil ligar tudo aquilo em pouco tempo. Que se lembrasse, Laura era a menina grávida que estava desaparecida, o caso que Doralice pediu que ele acompanhasse. Parecia que Abigail estava traindo o marido com um criminoso chamado Henri, não poderia ser outro. Mas o que ela queria dizer com “renascer”? Por que Doralice estava se encontrando com outro homem, um criminoso ainda por cima? Por que Henri tinha a chance de quebrar Laura?

A imagem daquela boneca da neta de Dona Daphné lhe veio a cabeça. A cena de Doralice rindo histericamente na cama após enfrentar a sogra, falando que a filha não tinha morrido.

Como queria estar errado. Ele olhou para Justina e o rosto da mulher só lhe confirmou tudo. Deu um pulo de onde estava e correu para a estante da TV, onde ficava o telefone. Discou para a polícia.

Ele foi seguido por Justina, que já estava mais nervosa do que quando começou a contar tudo. Se sentiu um tanto tola por ter enrolado tanto, entregar o diário de Abigail para Maurice já era o bastante para fazê-lo descobrir tudo. Ela nem mesmo explicou porque estava com aquele diário, que encontrou dentro do guarda-roupa de Abigail quando foi limpar o quarto. Não queria bisbilhotar, mas a porta estava entreaberta e não resistiu. Nada daquilo importava agora, Maurice já falava com a polícia.

– O-onde é o beco de Henri, Justina? Onde é? - ele perguntava muito nervoso e apressado, puxando o nó da gravata com a mão livre. O diário tinha caído no chão quando ele correu.

– Senhor, não tenho certeza, mas pelo que dizem é naquele beco com escadari...

– No beco com escadaria, por favor sejam rápidos!- ele repetiu para o telefone. - Certo, certo. Por favor vão logo, eu espero estar errado, eu espero estar errado... - ele continuava a dizer aquilo até mesmo depois de desligar o telefone e andar apressadamente para a porta.

– Senhor onde vai?! - Justina gritou da porta quando ele já estava fechando o portão. Nunca viu o prefeito sair dali apé. Ela também queria estar errada.

Maurice corria. Sem cumprimentos nem olhares para ninguém, mas todos o observava correndo como um louco. Nem mesmo sabia onde ficava o beco, foi para a direção contrária, entrou em vários, mas com nenhuma escada. Precisou perguntar para algumas pessoas. Uns disseram que era melhor que ele não fosse lá, mas logo um garoto interrompeu e informou que o beco da escadaria ficava para o outro lado. “O que o prefeito fará neste lugar imundo?” “Por que tanta pressa?” eram os cochichos que já corriam por ali. Até ele subir a rua de sua casa novamente e ir para onde lhe indicaram, já havia passado dez minutos. Quando estava finalmente descendo as escadas e gritando pelo nome de Doralice, já via a polícia entrando pelo outro lado e um rapaz jovem que gritava por Laura.

Juan, que vigiava a porta do quarto de Laura, foi rendido. Precisou dizer onde todos estavam, confirmando todas as suspeitas e dizendo a Maurice que não, ele não estava errado.

– Aqui é a polícia, sabemos que estão ai, vocês estão cercados. Saiam com as mãos para o alto. - um dos policiais falou na porta.

Lá dentro, o desespero e a esperança batalhavam através dos olhares de cada um ali.

– Mas que merda. - Henri colocou as mãos na nuca, estava suando. Não havia saída por ali, estavam cercados, era o fim. - Merda, merda! - ele se virou e começou a andar.

– Fique parado! - Abigail gritou. A mão antes confiante apontando a arma estava agora tremendo e suando.

– Então me mate, de que adianta se a polícia está ai fora?! Estamos todos ferrados Abigail, ferrados!

– T-tem que haver um jeito, não é possível, não, não pode. - Doralice estava perturbada. Ela olhou para sua filha no colo de Abigail. - Me dê ela. - com certa dificuldade, Abigail passou Madeleine para Dora com um braço só e ainda apontando a arma. Em nenhum momento Dora abaixou sua arma. - Não cheguei até aqui para ser pega. Esses homens... Eles não entendem!

– Acabou, Doralice! - Laura gritou, tentava conter um sorriso, mas era impossível. - A polícia está lá fora e vocês não tem para onde ir.

– CALE A BOCA! CALE A BOCA OU ATIRO EM VOCÊ AGORA! - seus olhos estavam arregalados, a voz saiu ensurdecedora, até Laura, que estava tão alegre, acabou se assustando. - Eu não vou me render, ouviu?! EU NÃO VOU ME RENDER! - ela gritou para a porta, para que todos lá fora a ouvissem. - Maurice! Maurice por favor, podemos recomeçar longe daqui! Renuncie a esse mandato idiota e fuja comigo! Eu não quero te perder meu amor, por favor, me ajude! Não fique do lado deles!

Lá fora, Maurice estava quase chorando. A mulher que gritava ali dentro não era Doralice, não podia ser, estava completamente louca. A polícia estava na porta. Juan informou que Abigail estava armada. Contou todo o plano das irmãs de levar o bebê de Laura, mas não era como um sequestro. Optaram pela negociação antes de tentarem qualquer plano, precisavam evitar que a menina se machucasse.

– Por favor senhores, deixem eu falar com minha espos... Com Doralice... - pediu com a voz calma e triste. Os policiais se afastaram, mas um continuou ali. Maurice se aproximou da porta e falou como se Doralice estivesse na sua frente. - Dora... O que pensa que está fazendo? Está ficando louca Dora, já ficou! Não posso te defender, você sequestrou uma moça grávida, convenceu Abigail de que a menina que nasceria era sua. Doralice, entenda de uma vez por todas que Madeleine morreu!

– Não, meu amor! Ela está aqui, bem aqui em meu colo! Se vê-la vai perceber que ela é como a nossa menininha! - explicava com um sorriso bobo. - Não convenci ninguém, minha irmã me apoia, o que deveria fazer. Você é meu marido! - seu humor mudou imediatamente, como se o sorriso que estava ali nunca tivesse existido.

– Está cercada, Dora. Se renda.

– Nunca! Eu não vou perder minha filha de novo!

Maurice desistiu. Ele se sentia extremamente frustrado por ter acreditado que Doralice tinha superado a morte de Madeleine. Se sentia estúpido por trazer Abigail achando que esta ajudaria, mas foi a primeira que apoiou Dora em sua loucura. Ele não disse mais nada, apenas deu um passo para trás e os policiais entenderam que ele não tentaria mais. Agora era a vez deles, mas foram respondidos por gritos de negação.

Havia outro grupo de policias com Juan, convencendo-o a contar tudo o que sabia, ele era cúmplice afinal. Também negociavam com ele.

– Conte-nos o que sabe. Alguma passagem, algum modo de adentrar na casa sem que seja pela porta da frente. É vantagem pra você, sua pena será reduzida. Nos ajude e te ajudamos.

Nem tentou relutar. Só pensava em sua namorada e como queria que tudo aquilo passasse o mais rápido possível.

– Há uma porta na casa ao lado que leva ao cativeiro. Lá ela é escondida por um armário aos pedaços, não será difícil empurrá-lo... Eu terei mesmo minha pena reduzida?

– Veremos... - o policial se direcionou aos outros para começar a planejar, mas não notou que entre eles havia um outro.

Era Bernard, que também chegara ali gritando, mas por Laura. Estava em total desespero, havia gente armada lá dentro que queria machucá-la. Não conseguia simplesmente ficar ali parado, não conseguia se contentar em conversar com Laura pela porta. A qualquer minuto poderiam ouvir um tiro, não podia arriscar a vida da mulher que amava. Assim que ouviu sobre a passagem, correu para a porta ao lado e a abriu. Não havia ninguém lá dentro, os capangas de Henri deram sorte.

Não demorou para que alguém lhe gritasse pra parar, também ouviu os passos correndo atrás dele.

Assim que entrou, viu a porta de que Juan falou. Ele pôs a mão no bolso e correu para abri-la, jogou todo seu corpo sobre ela, o que ajudou a empurrar o armário. A primeira pessoa que viu foi Henri, e seu sangue subiu.

– Seu desgraçado! - Bernard tinha uma arma consigo e a apontou para o irmão, mas este segurou sua mão e apontou para cima. Com força, Bernard conseguiu abaixar as mãos e ficou naquilo um tempo, ele tentava mirar para Henri, mas era impedido pela força do mesmo que pressionava sua mão para baixo.

– Bernard! Bernard pare! Não! - Laura gritava já aos prantos. Bernard foi precipitado, não sabia que Henri era o mocinho, pelo menos naquele momento.

Doralice e Abigail estavam confusas, ainda apontando a arma para eles.

Tudo ficou em silêncio quando ouviram o disparo. O som rasgou tudo e engoliu todo som a sua volta. Nem respiração foi ouvida. Henri e Bernard se olharam, mas nenhum parecia sentir dor. Doralice e Abigail também se olharam, estavam tão saudáveis como um cavalo, pelo menos fisicamente.

Foi quando Bernard olhou por cima do ombro de Henri que o silêncio foi quebrado.

– Laura... Laura! - ele se soltou do irmão e esqueceu completamente da arma, que caiu no chão. Henri foi rápido em apanhá-la.

Laura foi atingida pouco abaixo do peito esquerdo, quase no tórax. Passou os dedos pelo local e sentiu o líquido quente. Quando olhou pra baixo, viu o sangue se espalhar por seu vestido tão rápido quanto uma doença contagiosa. Sentiu a visão escurecer e voltar ao normal rapidamente, mas embaçada. Perdeu as forças nos braços e nas pernas. Caiu pra frente e só não atingiu o chão porque Bernard a segurou.

– Meu Deus Laura, eu sinto tanto. - ele chorava muito, suas lágrimas pingavam no rosto da namorada, que estava cada vez mais branca.

Os olhos de Laura estavam quase se fechando, mas ela não podia partir sem contar ao seu ex-futuro marido coisas que ele deveria saber.

– Bernard... - saiu muito baixo, quase inaudível, ele aproximou seu ouvido da boca de Laura para ouvir melhor. - Eu preciso que... Eu preciso que leve minha menina para visitar Henri quando tudo isso acabar... - falava com muita dificuldade, sentia dor, mas estava cada vez mais longe.

– O que está dizendo Laura? - a frase saiu falha e entre soluços. Bernard olhou nos olhos de Laura, aquele raro azul que lhe conquistou desde a primeira vez.

Laura abaixou as sobrancelhas e começou a chorar, estava quase sem folego.

– Ele é o pai, Bernard. - a cada soluço, sentia uma pontada. Mesmo que o tiro não tivesse acertado no coração, ela perdia muito sangue. - Eu sinto muito, eu sinto tanto meu amor. Por favor faça isso por mim, ele... Ele tentou me ajudar, íamos fugir, ele ia me salvar, mas não houve tempo. Não me odeie Bernard, cuide dela por mim. - foi quando começou a chorar com mais intensidade, aquilo fazia seu sangue sair ainda mais rápido e sua voz sair mais baixa. Saber que não viveria para ver sua filha crescer lhe doía mais que aquele tiro. - Me perdoe.

As pálpebras estavam pesando cada vez mais, como se todo o sono que sentira na vida a atacasse covardemente. Conseguiu sussurrar um último “desculpa” antes que seus olhos se fechassem para sempre.

– Lau... Laura. Laura! - Bernard a balançava, o choro quase o sufocou. Ele enterrou o rosto na curva do pescoço da menina e ali derramou suas lágrimas. - LAURA! - gritou mais uma vez, a voz saiu abafada.

Henri não tinha reação. Só via Laura morta e não acreditava. Em vez de tristeza, sentiu raiva. Sentiu raiva de Doralice, sentiu raiva de Abigail, sentiu raiva de si mesmo por ter aceitado aquilo. No dia em que topou fazer parte daquilo, só pensava em se vingar de Laura, agiu por impulso, assim como fez naquele momento.

– NADA DISSO TERIA ACONTECIDO SE NÃO FOSSE PELA SUA LOUCURA! VOCÊ É LOUCA! LOUCA! - ele atirou em Doralice.

O primeiro tiro foi no braço que segurava a arma, esta caiu no chão. A mulher gritou, mas nada a fazia soltar a criança. Henri nem mesmo se lembrou de que Doralice segurava sua filha e atirou novamente, desta vez acertou sua barriga. Doralice perdeu as forças, quase soltou Madeleine, mas Abigail foi rápida em apanhar a menina, usando até mesmo a mão que segurava a arma, mas foi cuidadosa em tirar o dedo do gatilho. Henri atirou mais uma, duas, três, quatro vezes. Doralice se ajoelhou com as mãos na barriga. O sangue se camuflou em seu vestido vinho.

– PARE! PARE DE ATIRAR NELA! PARE! - ela gritava com os olhos arregalados. - O QUE PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? VOCÊ VAI MATÁ-LA!

Antes mesmo que Abigail erguesse novamente sua mão para atirar em Henri, a polícia invadiu o quarto. Havia, pelo menos, cinco. Um, por impulso, atirou no pé de Henri, foi a única coisa que o fez abaixar a arma. Os outros apontavam para Abigail.

– Abaixe a arma, senhora. Acabou.

– NÃO! - berrou – Não é assim que acaba... Doralice, olhe você... Céus, não, está errado. Está errado, a menina não pode viver sem a mãe, está errado. Não foi isso que me disseram, o destino foi mudado, não está certo, não está...

– Abaixe a arma, senhora.

Aquela arma não oferecia mais perigo. Abigail olhava para todos os cantos com os olhos perdidos, sussurrando aquelas palavras para si mesma. Quando sua mão foi se abaixando, os policiais se aproximaram e a tomaram dela. Tomaram também a menina de seu colo, ela foi levada para fora.

Bernard ainda chorava em Laura, Henri estava sendo algemado, assim como Abigail. Policiais se agacharam perto de Doralice e um ordenou que o outro chamasse a ambulância. Este obedeceu, e saiu do quarto pela porta secreta, por onde Maurice entrou e encontrou aquela cena horrível.

Doralice estava encostada na porta, as mãos na barriga, não sabia como não tinha morrido ainda.

Só então Maurice chorou. Ele se aproximou da esposa e ajoelhou na frente dela. O choro era profundo e triste. O policial se levantou e os deixou sozinhos.

– O que fez consigo mesma Dora? - ele abaixou a cabeça, passando a manga do paletó em seu rosto. Quando voltou a olhar para a esposa, estava ainda mais fraca.

– Maurice... Vo-você a viu? Viu Madeleine? Ela não é linda? - ela sorria, havia sangue em sua boca, cada vez mais. - Você deve cuidar dela, ela precisa do pai... Não querem que eu fique com ela Maurice, mas ao menos ela está viva, não é?

Nem naquela situação Doralice deixava sua loucura.

– Eu te amo, Maurice... Diga a Madeleine que eu a amo do tamanho do céu, e a ensine que eu... - ela tossiu, fazendo sangue espirrar e pingar no chão. - A ensine que eu não serei uma estrela...

Não podia odiar a mulher que estava a sua frente. Doralice morreu com os olhos abertos, fitando Maurice. Ele chorou, segurando a mão ensanguentada da esposa já morta. A apertou e acariciou.

– Eu também te amo, Doralice.


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Notas finais do capítulo

Esse não foi o último capítulo, mas sim o penúltimo. A fic acaba na terça feira, e desde já agradeço a todos que leram. Muito obrigada de verdade e obrigada por ler!



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