POV Alice

Sabe aqueles dias em que você acorda feliz com a vida, fica sorrindo a toa, qualquer coisa lhe dá aquela sensação de bem estar, bem, foi assim que eu me senti hoje, acordei cantando ao quatros ventos, resolvi fazer um café da manhã descente para mim, fui rapidinho na mercearia que havia perto do prédio, mas lógico sem esquecer de desejar como sempre o meu mais caloroso “Bom dia Sr. Carlos” o porteiro do dia, que me respondeu com um sorriso, comprei alguns ingredientes necessários, e algumas frutas, voltei correndo para casa e coloquei a mão na massa, decidi que o cardápio deste café fabuloso seria panquecas com caldas vermelhas, como uma boa amiga e carente, interfonei para as meninas virem até aqui desfrutarem junto comigo este delicioso café. Quando se trata de comida, não tenha dúvidas, elas aceitam na hora, e como sempre, em menos de 10 minutos elas já estavam na minha porta tocando a campainha, como estava dando os últimos toques, apenas gritei:

–Pode entrar está aberta

– Espero que esteja tão bom quanto o cheiro, porque se estiver ruim eu juro que te mato Lice, me acordando a essa hora da manhã – Sara falou rindo

– hahahaha, também espero – Sophie disse se controlando para não dar aquelas suas altas gargalhadas

– Ai gente, credo, você falando assim até parece que eu não cozinho bem – eu falei fazendo um draminha básico e nos três caímos na gargalhada, já falei que amo a amizade que nos três temos? Pois é eu amo.

Quando recuperamos o fôlego, fomos nos deliciar com o café, até que a Sara me faz a seguinte pergunta:

– Lice, o que você irá dar de presente para o Lins?

– Presente de que? – eu perguntei na dúvida, será que eu tinha esquecido o aniversário dele?

– Ué cabeça de vento, se esqueceu que hoje é dia dos namorados? – quando ela me falou isso eu dei um pulo da cadeira

–PUTA MERDA EU ME ESQUECI COMPLETAMENTE QUE HOJE É DIA DOS NAMORADOS, AI MINHA NOSSA SENHORA DAS COISAS FOFAS, E AGORA O QUE EU FACO?? SOU A PIOR NAMORADA EVER – eu me desesperei completamente, e as meninas apenas fizeram o grande favor de rirem igual duas hienas com o meu desespero.

–Calma sua louca, a gente imaginava que você estivesse esquecido já que não é ligada a datas.

–Por isso já estamos preparadas para ir ao shopping daqui a pouco, como já está um pouco tarde, prevejo que passaremos a tarde inteira no shopping, do jeito que você é indecisa, então vai se trocar que a gente arruma as coisas aqui – falou a Sophie

Tomei uma ducha rapidez e coloquei um vestidinho, peguei a minha bolsa, e fomos ao shopping, dito e feito, do jeito indecisa que eu sou, apenas fomos sair de lá, umas 18h sendo que chegamos lá, umas 13h. Nesse meio tempo, eu estranhei o Lins não ter me mandado nenhuma mensagem, ou ter me ligado.

As meninas que estavam exaustas foram cada uma para a sua casa, cochichando entre elas e dando risadinhas. Estava mexendo no meu celular, procurando o número do Lins para marcarmos de jantar em algum lugar e fazer algo um pouco mais romântico, quando eu girei a maçaneta, estranhei o fato dela não estar trancada, mas ok né, pensei que talvez na afobação de ir comprar o presente do meu amor tenha me esquecido de trancar, do jeito que eu sou meio muito esquecida nem me importei.

Quando eu entrei no meu apartamento, ele estava todo iluminado por velas, e cheio de corações de papel espalhado pelo chão e conforme eu fui andando, começou a tocar uma trilha sonora, que eu logo reconheci ser “ Thinking out loud – do Ed Sheeran” e uma voz que eu conhecia bem, era ele, e estava se declarando para mim, quando começou a cantar, eu comecei a chorar de emoção.

When your legs don't work like they used to before
And I can't sweep you off of your feet
Will your mouth still remember the taste of my love
Will your eyes still smile from your cheeks

Darlin' I will be lovin' you
Till we're seventy
Baby my heart could still fall as hard
At twenty three

I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe just the touch of a hand
Me, I fall in love with you every single day
I just wanna tell you I am

So honey now
Take me into your lovin' arms
Kiss me under the light of a thousand stars
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud
Maybe we found love right where we are

When my hair's all but gone and my memory fades
And the crowds don't remember my name
When my hands don't play the strings the same way (mm)
I know you will still love me the same

Cause honey your soul
Could never grow old
It's evergreen
Baby your smile's forever in my mind and memory

Mesmo chorando, eu continuei a canção

I'm thinkin' bout how
People fall in love in mysterious ways
Maybe it's all part of a plan
I'll just keep on making the same mistakes
Hoping that you'll understand

That baby now (ooh)
Take me into your loving arms
Kiss me under the light of a thousand stars
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud
Maybe we found love right where we are

Baby now
Take me into your loving arms
Kiss me under the light of a thousand stars (oh darlin')
Place your head on my beating heart
I'm thinking out loud

Maybe we found love right where we are
Maybe we found love right where we are
And we found love right where we are

Conforme fomos cantando e nos aproximando, ele me deu um buque com diversas flores, de brinde ganhei um beijo cálido, mas logo mais evoluiu para um beijo daqueles de te tirar o fôlego, com direito a puxões de cabelo e mãos bobas de ambas as partes, e só de pensar que nossa noite estava apenas começando.

Nos sentamos no sofá e ele começou a me explicar o significado de cada flor que estava presente em meu buquê.

– Lice, eu lhe dou essa Adónis, como forma da nossa recordação amorosa – dito isso me deu a flor e um beijo

– Essa Alstromélia, para demonstrar a nossa amizade e felicidade, o Alyssum para o seu grande valor, o Amaranto como forma da minha eterna fidelidade e por último mas não menos importante, a Begónia, para a pessoa mais tímida que eu conheço.

– Ai meu deus, por que é que eu não te conheci antes, agora eu fiquei sem graça de te dar o meu presente, diante de toda essa declaração megamente foda – falei já vermelha e sem graça pelo meu presente

– Não tem problema amor, eu amo qualquer que venha de você, nem que seja apenas um chocolate, para mim seria o melhor presente do mundo, porque você comprou ele pensando em mim. Agora deixa eu ver o que é porque eu já estou super mega curioso.

– Ah! Não é nada de muito especial, eu passei na loja e lembrei que outro dia, você tinha se amarrado nele – eu disse entregando a sacola para ele.

– Nossa Lice, não acredito que você lembrou, meu deus, esse é o melhor boneco de ação ever, e ainda por cima, também comprou a edição limitada dos quadrinho – ele disse pulando pela casa, como uma criança, me abraçando e beijando. Não imaginava que ele gostaria tanto do seu presente, e foi assim que passamos nosso primeiro dia dos namorados.

POV Bianca

Hoje eu acordei mais tarde que o normal, estava me espreguiçando na cama quando me obriguei a olhar que horas eram no relógio que havia na cabeceira da minha cama, CARAMBA JÁ SÃO 10:30, meu deus, acordei num pulo, e fui tomar banho para terminar de despertar, eu tinha me esquecido completamente que havia combinado com o Andy dele almoçar aqui em casa hoje, sorte minha que eu já tinha deixado quase tudo pronto ontem.

Estava terminando de fazer o prato preferido do Andy, lasanha a bolonhesa, quando ele toca a campainha, desliguei o fogo, como já estava arrumada, estava vestindo um vestido bem soltinho, com o meu cabelo amarrado em um coque frouxo, já que estava cozinhando, e de rasteirinha. Alguns segundos antes de abrir a porta livrei meus cabelos rebeldes, que caíram soltos sobres meus ombros nus. Quando a abri, me deparei com o homem mais perfumado que existe na história da humanidade, não sei como, mas mais charmoso do que já é normalmente e segurando um buquê lindo de rosas vermelhas e brancas, quando me viu, percebi suas pupilas dilatarem de prazer, e eu sedutoramente mordi meu lábio inferior e acredito que foi o suficiente para acabar com o pouco de auto controle que ele estava tendo, pois nos momentos seguinte, tudo aconteceu tão rápido e tão intenso, ele me entregou o buquê, mas já foi logo me puxando pela cintura e dando-me um beijo típico daqueles de filme, que fazem você perder a noção do tempo e do que estava acontecendo ao seu redor, quando estava começando a ficar bom, ele interrompeu e disse:

– Vamos almoçar, o cheiro está maravilhoso – deu um grunido de desaprovação, que foi acompanhado por uma risadinha vinda da parte dele e seguimos para a mesa, onde já estava tudo colocado.

– Eh, obrigada pelas flores Andy, eu amei – eu falei tentando quebrar aquele silêncio que havia se instalado na hora da refeição.

– Por nada meu amor, mas esse não é o seu presente, este sim é – Ele se levantou e me entregou/colocou uma correntinha em meu pescoço, em seu pingente está gravado a seguinte frase “Tudo que você é, é exatamente tudo o que eu preciso, te amo eternamente” , no momento em que eu li os dizeres, comecei a chorar de emoção. Ele veio até a mim, me deu um abraço e um selinho, voltou ao seu lugar e continuamos nosso almoço em um papo caloroso, sobre diversos assuntos.

Estávamos lavando a louça, vulgo, eu tentando lavar e o Andy jogando água em mim, o que se tratava de uma simples tarefa de lavar e a enxugar, virou uma batalha, consequentemente cheia de beijos, carinhos, ambos molhados e altas gargalhadas.

Depois de limparmos toda a nossa bagunça, resolvemos sentar a bunda no sofá e colocamos um filme para assistir, confesso que nem me lembro do nome do filme, mas era algo envolvendo mosteiro, assassinatos e heresias. Foi impossível prestar atenção no filme, porque logo que ele começou, o Andy, se aproximou de mim e começou a me beijar, conforme o beijo ia rolando, ele passava as mãos pelas minhas costas, parando perto da costela, com sua mão livre, colocou-a debaixo de minha coxa, me levantando e fazendo ficar em seu colo, puxou meu cabelo para trás e beijou meu pescoço, enquanto isso, passava as pontas de seus dedos da base de minha coluna até a nuca, me fazendo arrepiar até os pelos depilados da minha perna, quando percebeu o que havia provocado em mim, abriu um sorriso malicioso e continuou a me deixar completamente louca por ele, passeou com sua mão boba por minha coxa e subindo e descendo minha blusa com a outra. Quando ele diminuiu um pouco a intensidade de sua provocação, me dando espaço para voltar a pensar um pouco, ataquei o seu pescoço, dando leves mordidas nele, arrancando dele um gemido, mas logo me impediu de continuar com meu joguinho, pois voltou a passar novamente seu dedo em minha coluna, me fazendo voltar ao meu mundo de prazer. Ambos já estavam entregues ao prazer, caricias se tornaram arranhões, um simples ato de sentar no colo, se tornou um rebolado incessante, um sofá assistindo filme, deu lugar a uma cama macia, na qual loucuras das mais diversas maneiras aconteceram.