If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 4
Capítulo 3: Nosso almoço de domingo


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura!



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Chegamos na casa de Gil. Era um lugar aconchegante e muito familiar, afinal passava boa parte do meu tempo lá.

Coloquei minha bolsa em um dos sofás da sala e fui para o segundo quarto, o que era usado por mim e por Jane, para guardar algumas coisas, como roupas e até alguns livros.

Gil falava que era o quarto da bagunça, afinal além de ser o lugar mais bagunçado, era também nosso favorito, pois passávamos as tardes jogando ou vendo filmes. Sim, nosso, afinal praticamente morava ali também.

Abri o guarda-roupa e peguei um pijama. Fui para o banheiro e me troquei. Era uma camiseta rosa e um short de oncinha também rosa. Odiava esse tipo de estampa, mas era o único que não me mataria de calor.

Sai do banheiro e ouvi um barulho vindo da cozinha. Fui até lá, o cômodo era pequeno em comparação ao resto da casa, não havia mesa, mas sim uma bancada, quase do lado de fora, que dava para a sala. Encontrei Gilbert fazendo comida. Ele tinha ido morar sozinho a mais ou menos oito meses e tinha aprendido rapidamente a cozinhar, lavar roupa e coisas do tipo.

Ele estava colocando cebola na panela, parecia estar acabando.

–O que está fazendo?- disse o abraçando.

–linguiça acebolada...

–Você sabe como me agradar. - Dei um beijo em sua bochecha.

Comemos tudo, estava maravilhoso, e depois fomos assistir TV. Ficamos em seu sofá, abraçados, vendo a programação ate o horário político. Me impulsionei para frente para pegar o controle, mas fui puxada novamente.

–Que tal nos conversarmos um pouco? Quero te contar o que aconteceu...

–Tudo bem.

Ele então me contou, Jane e o namorado estavam na casa dele (Albert, o namorado dela, e ela tem 16 anos) e foram assaltados. Os assaltantes levaram quase tudo e depois tentaram estuprar Jane ela reagiu e Albert foi pra cima deles. Os assaltantes então atiraram, Jane foi atingida na perna e perdeu muito sangue. Albert foi atingido no abdômen e está internado, mas está estável.

–Sinto muito... Sabe o quanto eu adoro a Jane.

–Eu sei. - ele sorriu com leveza e colocou meus cabelos atrás da orelha- Mas e você o que ficou fazendo?

Legal, o que raios deveria responder. Se disse-se que estava com Reo, Gil ficaria com ciúmes.

–Tomei um café... Só isso.

–Saquei...

Ele se inclinou para frente tirou meus óculos e me beijou. Ficamos nos beijando por um tempo, ate que ele se afastou.

–O que quer fazer?

–O que você quer fazer?

–Você sabe o que eu quero...

Não esperei nem um segundo para beija-lo novamente. Sentei em seu colo sem parar de beija-lo. Ficamos naquela posição por uns 10 minutos, eu acho.

Ele então me distanciou novamente. Após me tirar de seu colo, se levantou e estendeu as mãos para mim. Eu as aceitei e fui puxada. Ele me pegou no colo e me beijou.

Fui no colo dele ate o seu quarto. Era grande, tinha uma cama de casal no meio, em um dos lados uma janela que dava para a varanda e no outro um guarda roupa. Na frente da cama uma TV e atrás a porta para um banheiro.

Ele me colocou em sua cama e se deitou sobre mim. Beijou meu rosto e foi descendo ate o pescoço, me fazendo arrepiar.

Ele parou imediatamente e riu levemente sobre minha pele me fazendo estremecer ainda mais.

–Você sabe que eu amo fazer isso... - ele disse com a voz rouca.

Puxei ele novamente encostei nossos lábios.

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(Pov Reo)

Cheguei em casa e deixei minhas chaves.

Ainda não conseguia processar o que havia ocorrido no shopping.

Aquele meu desejo desesperado de ter Alice perto de mim e depois a tentação de estar ao seu lado...

Eu havia o controle, ou melhor, o juízo. Eu não deveria ter agido daquela forma, eu não agia assim, nunca!

Peguei as coisas e fui tomar um banho para tentar organizar as ideias.

Após o banho peguei o telefone e liguei para Ada. Logo depois da terceira chamada ela atendeu.

– Oi, meu amor! – ela disse ao atender.

– Oi. A onde você está?

– Na casa do meu irmão...

– Vai vir pra casa?

– Estou indo.

– Quer que eu te pegue ai...

– Não eu já estou quase na sua rua.

– Tudo bem então...

– Eu te amo!

– Eu também...

E a ligação terminou.

Fui para meu quarto e me deitei, queria dormir e esquecer esse maldito dia.

Comecei a tirar um cochilo quando senti algo pulando em cima de mim.

Abri os olhos e vi minha noiva deitada ao meu lado e com os braços em volta do meu corpo.

– Senti sua falta! – ela disse me dando leves beijos na bochecha.

– Eu também... – respondi voltando a realidade e realmente acordando – Como foi lá? Ele conseguiu fazer a mudança?

– Sim. Está super empolgado com tudo... Mas e você o que fez?

Achei melhor não mencionar Alice, afinal minha noiva era um pouco ciumenta, e eu não queria discutir.

– Tomei um café, e vim para cá.

Ela encostou em meu ombro e fechou os olhos, com uma expressão serena.

– Eu amo ficar aqui com você...

Eu comecei a acariciar seus cabelos.

– Eu também.

– Por que tudo você responde “Eu também”...

– O que você quer que eu responda?

– Deixa pra lá – ela disse dando de ombros.

Eu continuei acariciando seus cabelos até que ela adormecesse e acabei pegando no sono também.

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(POV Alice)

Estava deitada na cama de Gil, tinha acabado de acordar e ele não estava mais lá. Olhei para a escrivaninha ao lado da cama, forcei a visão e enxerguei as horas. 8:30.

Me levantei e comecei a procurar por minhas roupas e meu óculos.

Aparentemente Gil havia deixado tudo em um pufe atrás da cama. Peguei tudo e me vesti.

Abri a porta e fui ate o outro quarto. Peguei uma calça leg e uma camisa verde.

Voltei para o quarto dele e fui para o banheiro. Tomei um banho e quando sai dei de cara com Gil, estava apenas de cueca.

—Você tirou a graça de tudo...

—Tinha graça? - disse indo em sua direção e o passando os braços em volta de seu pescoço.

–Claro que tinha! Eu, você juntos vendo TV, sem roupa…

–Tecnicamente, nenhum de nos está sem roupa...

–Podemos mudar isso rapidinho... - Ele me beijou e me puxou para perto dele – Mas eu fiz café, quer um pouco?

Assenti e fui puxada para a cozinha. Ele tinha feito café e comprada torradas. Ele sabia que eram as únicas coisas que comia de café da amanha.

–Você é demais...

–Eu te amo...

Sorri em outro momento responderia com naturalidade, mas por alguma razão hesitei. Selei nossos lábios para não dar uma resposta eminente e fui em direção a TV. Após ligar, voltei sentando na bancada. Percebi que minha visão ainda estava ruim e então olhei para os lados a procura dos meus óculos. Gil sorriu ao ver o que eu estava fazendo e se esticou, quando voltou para a posição inicial estava com meus óculos na mão.

Me entregou, ainda sorrindo, e eu coloquei eles.

–Fica ainda mais linda assim.

–Obrigada... – disse um pouco sem jeito.

Após um tempo, enquanto comia, Gil perguntou:

–Desde quando a gente é tão distante? – seu tom era estranho.

–Não estamos distante. Eu só não sei lidar com elogios, e você sabe disso...

Ele deu de ombros.

–Tudo bem.

Após acabarmos o café, fomos para o quarto da bagunça. Me joguei no pufe e peguei uma das manetes de seu ps3. Ele chegou no quarto alguns minutos depois, com um jeans e camisa preta.

–O que vamos jogar? – ele perguntou pegando a segunda manete.

–O que quiser...

–Call of Duty?

–Perfeito.

Passamos a manha inteira jogando. Ele era ótimo, eu, porém, nenhum pouco. Nós jogávamos juntos ou um contra o outro, apesar de Gilbert saber que eu sempre perderia.

Ele ria a cada vez que eu xingava o jogo, depois de ter sido morta, mais uma vez..

–Quer sair pra comer?- ele disse quando já se passava da hora do almoço, umas 2 da tarde.

–Aonde vamos?

–Onde quiser.

–Da pra parar de me fazer escolher? – disse indignado.

–Que tal o restaurante virando a esquina?

–Tudo bem.

Me levantei e fui ao banheiro, ajeitar meu rosto e meu cabelo, para estar decente na hora de sair de casa.

Peguei minha bolsa e descemos.

Resolvemos ir a pé, afinal era muito perto. Lá era o único ponto do bairro onde se podia ver minha casa e o prédio de Gil.

Quando estávamos na porta esperando para entrar, dei uma olhada para minha casa. Parecia normal, como uma casa de uma família comum.

Entramos, após uma pequena fila e ao sentarmos na mesa, pedimos um rodízio de carne.

A comida estava perfeita. Eu amava carne e, apesar de não perceber, estava faminta...

Terminamos de comer e, na fila para pagar, Gilbert falou:

– Você deveria ir ver sua mãe...

– Gil...

– Alice, por favor, se ela disse que eles brigaram é sinal de que ela não está bem.

– Tá! Eu vou! Tudo bem.

Fomos em direção à minha casa ao acabarmos de comer.

Abri a porta e entramos, estava tudo aparentemente calmo e vazio. Então passei direto pelo primeiro andar, sendo acompanhada por Gil.

Entrei no meu quarto, indo até o armário. Passei por aquele cômodo onde tudo era muito familiar: as estantes de livros, minha cama com bichos de pelúcia e minha mesa com o computador, tudo com meu toque.

Peguei algumas roupas e coloquei em uma mochila, entre elas estavam o uniforme. Fiquei pensando “teríamos aula no dia seguinte e eu encontraria Reo”.

Não entendia por que queria sempre estar perto dele, mas o que me deixava mais perturbada era também não entender o que havia acontecido no shopping, mas tentava excluir ao Máximo esse pensamento.

Peguei minha mochila com o material da escola e dei para Gil levar junto com a mochila das roupas e pedi que ele me esperasse no andar de baixo.

Após sua saída fui para o quarto de minha mãe. Ela estava deitada na cama, tirando um cochilo. Peguei papel e caneta e escrevi um bilhete.

“Vou ficar na casa de Gil, qualquer coisa me ligue. Por favor, não deixe aquele idiota brigar com você. Beijos."

“Alice”

Deixei em cima de sua cama e desci.

Após uma rápida passagem pelo primeiro andar, com medo de encontrar meu pai, acabo me decepcionando.

Gil e meu pai estavam na porta conversando. Meu pai era 15 anos mais velho que minha mãe, mas parecia ter 50 a mais, por que minha mãe, há pouco tempo, parecia muito jovem e meu pai sempre muito velho.

Minha mãe envelheceu muito nos últimos meses, afinal as brigas e tudo que estava acontecendo com meus avós a deixavam cansada.

Quando me aproximei deles, meu pai ria enquanto falava alguma coisa, já Gil sorria mais por educação.

Cheguei até a porta e os encarei com um semblante de duvida.

–Oi Alice, como vai? – meu pai disse.

–Bem... – respondi com ironia - mas não é como se fosse sua responsabilidade.

–Parece que aquele coordenador contou sobre a nossa conversa...

–Pois é, ele está sendo um bom amigo - disse sem pensar.

–Não quero você perto dele! – meu pai falou rispidamente.

–E você não queria que eu namorasse Gilbert e agora você parece ama-lo...

–Ele te faz bem, só por isso aceito vocês juntos.

–Achei que minha felicidade também não fosse sua responsabilidade.

– Vai responder tudo que eu digo com isso?

–Por mim- disse me virando para sair- eu não responderia você.

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(POV Reo)

Acordei sentido um peso em meu tórax, e após ter aberto os olhos percebi Ada, jogada em cima do meu corpo.

Tentei me mexer devagar, para não acorda-la, mas acabei acordando-a.

– Bom dia... – eu disse.

Ela resmungou e virou para o lado, aparentemente querendo dormir novamente.

Dei de ombros e me levantei, indo para o banheiro.

Tomei um banho e depois fui para a cozinha tomar meu café da manhã.

– Pensou em me chamar... – Ada disse com um sorriso no rosto, assim que entrou na cozinha.

– Você se virou quando eu fui falar com você – me aproximei e dei um leve beijo em sua boca – achei melhor te deixar dormir...

– Bobo! – ela disse me beijando novamente

Me distanciei após um tempo e perguntei:

– Vamos comer?

Ela assentiu e foi se sentar na mesa. Eu levei o que havia preparado (café, biscoito, bolo) e nos tomamos café da manha.

Assim que terminamos Ada teve uma ideia:

– Que tal vermos as coisas do casamento... Sabe a lista de convidados, o bufê...

– Mas ainda falta 1 ano...

– E ele não vai se arrumar magicamente, e nós não contratamos nenhuma equipe para organiza-lo, então...

– Tudo bem...

Fomos para o segundo quarto que havia em minha casa e começamos a tentar resolver essas coisas.

Conseguimos números de três bufes, que atendiam as exigências de minha noiva, o local do casamento nós iramos decidir com nossas famílias, e o pior de tudo, a lista de casamento.

– Quero uma festa com pelo menos 400 convidados... – disse Ada de prontidão.

– Não! Por favor, neh... 200 no mínimo.

– Reo...

– Ada, não. Eu não tenho 400 pessoas para convidar, e também queria que fosse uma coisa mais intima. Você concordava comigo nesse ponto...

– Eu vou ver quantos convidados daria em media na lista que eu vou fazer, e você faz uma também.

– Ok.

Fizemos então a lista. A minha ficou com 90 convidados e a de Ada 110.

– Eu disse que não precisaria de tanta gente...

– Porque eu reduzi todo mundo que eu queria chamar...

Ada pegou minha lista para ver quem eu havia chamado e fiz o mesmo com a dela.

– Quem é Gilbert e Alice? – Ada perguntou.

Eu havia colocado os dois sem perceber, e não daria mais para tirar.

– Alunos lá da HGM... – respondi

–Devem ser bem importantes... – ela disse dando de ombros.

“Ela é”, pensei.

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(POV Alice)

Entrei furiosa, na casa de Gil. Tinha andado disparado pela rua, com meu namorado em meu encalço.

Joguei-me no sofá da sala e tive vontade de chorar, mas não de tristeza e sim de raiva.

Gil se sentou a meu lado, e me abraçou. Após eu ter me acalmado ele disse:

–Você sabe que pode vir morar aqui se quiser.

Dei um beijo em sua bochecha.

–Não posso sair de casa e deixar minha mãe sozinha...

–Mas não é como se você morasse lá, tipo de sete dias na semana você passa um em casa, só que nesse tempo, cumulativo, só meia hora você está acordada.

–Eu sei, mas se eu sair de vez... Meus pais...

–Tudo bem- ele disse ao beijar minha testa- eu entendo.

Me deitei em seu colo e ele começou a acariciar meus cabelos. Até que adormeci.


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Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado.
Beijos e Fui.
— Avia.



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