If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 21
Capitulo Bônus- Alice: lidando com um louco


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, estou ai com mais um cap...
Espero que vocês estejam gostando!
Boa leitura



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(Pov Alice)

– Gilbert, por favor... – sussurrei para ele.

Estávamos no elevador e ele havia me jogado no chão, assim que entramos, e apertava incessantemente o botão que nos levaria a cobertura do prédio.

– NÃO VOU TE DEVOLVER PRA ELE! – ele gritou, me fazendo encolher o corpo e ficar acuada no canto, esperando qualquer outra reação agressiva.

A porta se abriu e Gilbert colocou um pé para fora, olhando o local.

Ele saiu e voltou, rapidamente, mas trazia uma cadeira consigo. Ele colocou a cadeira na porta do elevador e sai novamente.

Eu não consegui conter as lagrimas que prendia desde que ele me arrastara do ônibus.

Comecei a chorar, bem baixo para que Gilbert não me ouvisse. Estava entrando em desespero, não queria estar ali e estava com tanto medo do que ele iria fazer comigo que não sabia como agir.

– Não vou te fazer mal... – ele tocou meu rosto, limpando uma lagrima – Só quero conversar com você!

Mexi um pouco meu rosto, para tira-lo das mãos de Gilbert.

– Sobre o que quer conversar? – disse o mais dura que consegui.

– Eu não entendo... – ele tentou tocar meu rosto de novo e eu desviei – POR QUE VOCÊ NÃO ME AMA MAIS?

Ele levantou bruscamente e bateu no vidro do elevador.

– Gilbert...

– GIL ! – ele socou o espelho de novo, com os olhos fechados – Você tem que me chamar do apelido que VOCÊ inventou!

– Gil... – ele relaxou um pouco – eu sei que está sendo difícil, mas você tem que entender, Eu te amei, mas agora...

– Agora você se acha obrigada a “ama-lo”, só por que ele largou Ada por você...

– Não Gil... – eu me levantei de leve enquanto dizia, fazendo ele me encarar. – Eu o amo.

Seu olhar endureceu.

Ele pegou meus braços e me puxou, para atrás dele.

Eu cai no corredor, derrubando um vaso em cima de mim, o que fez com que ficasse completamente com cacos de vidro. Comecei a sentir sangue escorrendo em varias partes do meu corpo, que estavam expostas pelo vestido.

– Você não o ama... – ele disse vindo até minha direção. – Você me ama! Vai perceber isso!

– Como? – gritei para ele – Acha mesmo que fazendo isso vai me fazer ama-lo?

Tentei me levantar, mas os cacos cortaram minhas mãos, me fazendo cair de novo.

Ele se ajoelhou do meu lado e pegou meu braço, com tanta força que tinha eu sabia que deixaria marcas.

– Eu não queria que fosse assim... – vi uma lagrima saindo de seus olhos – Mas é a única forma!

– Você é louco? – perguntei, sem mais medo de me ferir, os machucados não poderiam piorar muito. – O Gilbert que eu amava tentaria me conquistar, o meu Gilbert me mostraria que ele me amava e ficaria comigo apesar de tudo, era esse Gilbert que merecia meu amor, e o apelido.

– Lice...

– Não me chame assim... Só o Gil pode, você não!

– Alice, eu ainda sou aquele cara! Eu juro eu vou mudar... – ele me ajudou a ficar em pé. – Me da mais uma chance, por favor...

– Desculpa Gilbert – me distanciei um pouco dele, procurando a saída, bloqueada pela cadeira no elevador e a grade fechada da porta que dava para a escada. – Não posso, eu estou Reo agora e é com ele que pretendo ficar...

Ele me olhou perplexo por um momento e, em seguida, sua expressão mudou para ódio.

– Não pode fazer isso! – ele pegou me braço de novo e imprensou a mim na parede. – Você tem que me amar! Tem que ficar comigo!

– Gilbert...

– PARE! – ele gritou e me empurrou novamente na parede, fazendo meus joelhos falharem e eu cair novamente.

Senti meus joelhos serem cortados novamente e gemi de dor. Meu corpo inteiro estava cortado pelos cacos de vidro e eu sangrava por todos os ferimentos.

Gilbert me tirou do chão e me levou até a varanda, um lugar aberto e amplo, onde podia-se ver toda aquela parte da cidade. Não haviam grades e seria muito fácil alguém cair de lá, passando por 15 andares e chegar ao térreo, já sem vida.

Ele me levou até a berrada, me deixando um pouco tonta, pela altura.

– Espero que agora você considere minha proposta... – ele me colocou um pouco mais na ponta e eu pensei que iria cair.

Estava tudo acabado. Ele me jogaria de lá e eu simplesmente morreria, por ter amado outro homem e não ele.

– Vai ou não me dar uma chance Lice? – seu tom era bem mais doce, e não combinava nada com a situação.

– Vou... – disse com relutância.

Ele me puxou para ele, me tirando um pouco da berrada, e me beijou. Nunca tive tanta repulsa por um beijo, que eu não correspondi.

– Eu te amo tanto Lice... – ele me abraçou e eu tentei abraça-lo de volta, mas meu nojo por ele aumentava a cada segundo.

Olhei para a saída, o pequeno corredor para as escadas e o elevador, não parecia haver saída. Com tudo bloqueado, até eu conseguir fugir ele me alcançaria.

Precisava de ajuda, precisava de Reo.

E como se minhas preces estivessem sendo atendidas ele apareceu.

Ele olhava para mim, sem entender nada, como se acabasse de ser acertado por um tiro.

– S-O-C-O-R-R-O – disse sem emitir nenhum som, apenas com o movimento da boca e os olhos, que também suplicavam por ajuda.

Reo começou a empurrar a porta que Gilbert havia fechado nas escadas e tentavam abri-las desesperadamente.

Eu comecei apensar em um plano. Se corresse e destrancasse a porta havia uma chance de Reo entrar e me tirar dali, mas não sabia se minhas pernas, e principalmente meus joelhos, aguentariam correr até lá.

Tentaria então o fazer o mais fácil.

Distrair Gilbert.

– Gil – disse com relutância - Me faria um favor?

– Qualquer um, meu amor!

Não sabia o que mais fazer, não sabia como prender a atenção de Gilbert. Olhei para trás e vi que Reo começou a ter sucesso.

– Me beije... – sussurrei para ele, não muito certa, mas como minha ultima chance.

Ele me envolveu mais em seus braços, me fazendo gemer de dor, pois os cortes ainda estavam abertos.

Ele envolveu meus lábios em um beijo que nunca chegaria aos pés do de Reo.

Enquanto Gilbert era cauteloso e nunca teve permissão para explorar meu corpo, Reo o invadia e explorava cada canto, acariciando cada parte, tendo permissão para fazer tudo que bem entendesse.

Naquele momento eu entendi claramente a diferença de sentimento entre os dois.

Um dia eu havia gostado de Gilbert, mas não era algo tão avassalador, de tirar o controle. Eu gostei de estar perto dele, pelo menos algum dia, mas não era exatamente o que eu queria.

Reo era alguém que eu amava mais do que a mim mesma, seria capaz de tudo por ele, ele me tirava o controle apenas por me olhar, o simples toque me levava a loucura.

Ouvimos um barulho e Gilbert se distanciou.

Reo invadiu o lugar e eu empurrei Gilbert, começando a correr até meu salvador.

Ele me segurou,quando estava prestes a cair novamente, ele me pegou com força, e naquele momento, mas do que nunca, tinha certeza que ele nunca me deixaria cair. .

Ele olhou para mim e analisou meu corpo.

– Nunca mais ouse tocar nela! – Reo gritou e sua voz grossa fez até a mim ficar com medo.

Me envolvi em seu corpo, e ele me segurou pela cintura com uma das mãos, mas ainda olhava para Gilbert, com algo que parecia ódio, nojo, repreensão, tudo em um olhar.

– Solte ela! – Gilbert gritou de volta.

– Nunca mais... – ele sussurrou, mas alto o suficiente para fazê-lo ouvir.

Gilbert gritou e colocou a mão nos ouvidos.

– Eu te odeio! – ele começou a gritar, ainda com as mãos nos ouvidos.

– Vamos embora Alice... – ele me olhou de novo, com um olhar bem mais terno e preocupado – A policia cuida dele.

Nesse momento alguns policias chegaram até o andar e foram até Gilbert.

Ele continuava gritando e implorando para o soltarem, enquanto os policiais o algemavam.

– Você está bem? – ele perguntou, olhando para mim de novo.

Eu assenti de leve, em seguida recebi um abraço e ao corresponde-lo senti tudo ficar escuro e eu cai nos braços de Reo.


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Notas finais do capítulo

E é isso gente!
Comentem ai, por favor...
Beijos e fui
— Avia



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