If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 2
Capitulo 1: Hoje é seu aniversario...


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capitulo e espero que gostem!
Boa leitura e até as notas finais!



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21/03.

Meu aniversário.

Cheguei à escola bem cedo e só consegui perceber três vultos pulando em cima de mim:

Ene, minha otaku preferida, foi a primeira a me abraçar. Seus cabelos, rosa e longos atravessaram o meu óculos e entraram em meus olhos. Era bonita, criativa e tinha olhos azuis.

Angel veio logo atrás me envolvendo em um grande abraço. Era pequena e magra com cabelos encaracolados loiros e olhos castanhos.

Vick, veio rindo ate mim e falando alguma coisa bem psicopata, do tipo “seria muito legal se ela morresse hoje! Imaginem na lapide estaria a mesma data em cima e em baixo, mas só com os anos diferentes”. Tinha cabelos cheios, encaracolados e castanhos com olhos pretos.

– FELIZ ANIVERSÁRIO! – gritaram elas fazendo-me rachar de vergonha.

– O-Obrigada. – digo tentando fazer com que elas parassem de gritar. Depois da euforia , cada uma me entregou um presente.

Ene me entregou uma camiseta, linda, verde-,mar e branca, que prometi que iria usar na comemoração que faríamos mais tarde e um colar, com o símbolo dos “parabatai” (é uma espécie de melhor amigo, significa irmão de batalha, para os caçadores de sombras), que se dividia e uma das partes ficou comigo e a outra com ela.

Angel me deu um colar lindo de três corações, que comecei a usar imediatamente, junto ao colar de Ene.

Vick me entregou uma serie de coisas para minha coleção de Percy Jackson, poções e pingentes, que eu amei.

Fomos interrompidas por Gilbert. Ele veio até a mim e as minhas amigas, com um lindo sorriso. Era mais alto que eu e tinha um corpo sarado. Era moreno e seus olhos cor de mel. Ele me abraçou com força e meio que me pegou no colo. Dava claramente para perceber que queria me afastar dali, ele e Ene não se davam bem, mas isso uma longa história.

Me distanciei, para não criar algum tipo de confusão, pedi que as meninas nos dessem licença. Elas saíram, mas não sem alguns protestos.

Estávamos agora na porta da escola. Ela ficava em uma rua que dava para um importante ponto turístico da cidade, Ollen. Naquela hora, 7:00 da manha, havia pouco movimento.

Gil me direcionou até a parede perto da porta.

–Olha, sei que não costumo fazer pedidos assim, mas o que acha de sairmos desse inferno e eu te levar pra minha casa?- ele perguntou com uma voz calma e de puro carinho.

Hesitei, queria ir com ele, estar ao seu lado era a única coisa que me fazia esquecer totalmente os problemas, mas não podia fazer aquilo.

Eu tinha que ir a aula, afinal tinha feito os deveres programados para o dia e estava determinada a voltar a me empenhar.

Olhei para seus olhos, tinha uma expressão pidona e que seria irresistível, se não tivesse ouvido uma voz.

Reo aparecerá de uma hora para a outra e conversava com alguns alunos do fundamental. Meus olhos se desviaram e olhei para ele. Estava perfeito, tinha um ar de divertimento na voz. Usava uma jaqueta de couro, que usava todos os dias na verdade, uma camisa social preta e jeans. Olhou para mim e pareceu estremecer por um momento, mas se recuperou rapidamente. Encarou Gil com um olhar de descontentamento e se dirigiu a escola sem dizer nada.

–Eu odeio esse cara... – disse meu namorado com sua melhor cara de nojo.

– B-bem – disse sem mais nada a fazer- não acho ele um cara tão ruim assim...

– Achei que também o odiasse!

–Conversei com ele ontem, ele me convenceu que eu deveria voltar a me importar comm os estudos e tal...

–Então esse é o motivo de você não querer ir comigo? – estava indignado

–Não é só isso... Eu só n quero faltar e ter que brigar com meus pais de novo quando chegar a casa. – não era completamente mentira, mas não me importava se alguém ia falar algo.

–Vá para a minha casa, não como se você nunca tivesse ficado lá. Nos praticamente moramos juntos.

–Eu já decidi, vou para aula e pronto!

–Tudo bem então Alice! Se quer virar a certinha só por que o coordenador pediu, vá lá ser a namorada dele!

–O que?

–Tchau Alice!- ele disse saindo

Estava incrédula

Entrei na escola, estava enfurecida, lagrimas caíram dos meus olhos. Ele não podia fazer aquilo comigo, não depois de tudo...

Passei rapidamente pela portaria ignorando o porteiro que dizia o quanto era cedo para eu chegar e subi para minha sala.

Comecei a chorar descontroladamente, não podia fazer nada contra aquilo. Chorava por tudo que havia acontecido, pela briga com Gilbert e por meus sentimentos cada vez mais confusos, não só em relação a ele ou a Reo, mas meus pais e todo o resto.

Quando sinto uma mão em meus cabelos, acariciando levemente, como se quisesse me acordar de um sonho. .

Ao levantar os olhos encontro outros negros em contraste com cabelos curtos e brancos, além de um cuidadoso sorriso.

–Quando falei que precisava estudar não queria que chegasse tão cedo na escola.

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(POV Reo)

Sai de minha sala e fui fazer o habitual de todas as manhas, abrir as salas de aula.

Era sempre o primeiro a chegar e nunca tinha muito a fazer então abria as salas para poder me ocupar.

Entro em uma das salas e verifico se não a nada errado. Carteiras vazias, chão limpo e todos os alunos fora... Ou melhor, quase todos.

Ela estava lá. Sentada na ultima carteira, atrás das pilastras e quase imperceptível para que olhasse rapidamente a sala. .

Alice chorava, e isso dava para perceber com clareza, por impulso fui me aproximando dela, com cautela. Parecia totalmente perdida em seus pensamentos e não me notou ali. Sentei-me ao seu lado e comecei a acariciar seus bagunçados e belos cabelos castanhos.

Após alguns segundos ela voltou seu olhos também castanhos para mim. Podia ver que estavam levemente vermelhos, pelo choro, mais nada que seus óculos não pudessem dar uma escondida. Ela me encarava surpresa

Seu olhar me encantava, ela podia estar passando por diversos problemas, mas continuava com pureza e bondade no seu olhar.

– Quando falei que precisava estudar não queria que chegasse tão cedo na escola.

Ela não conseguiu responder, estava paralisada. Após alguns segundos simplesmente, sem dizer mais nada me abraçou. .

Ela envolveu seus braços em meu pescoço. Seu abraço era bom me fazia me sentir bem. Passei as mãos pela sua cintura e estreitei o espaço entre nós, o que era um tanto difícil, pois estávamos sentados.

Ela estremeceu em meus braços e ficou tensa, soltando um pouco as mãos no meu pescoço. Resolvi então dar aquilo como encerrado. Comecei a largar sua cintura, mas Alice envolveu suas mãos em mim rapidamente, não querendo se distanciar.

Ela estava mal, muito mal, e precisava de alguém. Por mais inesperada que fosse aquela situação, eu havia prometido ajudar. .

Ela começou a soluçar e só parou alguns segundos depois. Se distanciou e parecia bem mais calma. Se levantou e disse um pequeno “Obrigado”, dirigindo-se depois até o lado de fora da sala, em direção ao banheiro feminino.

Tinha deixado algumas lagrimas em minha jaqueta.

–----------------------

(POV Alice)

Joguei água em meu rosto pela terceira vez. Não conseguia pensar no que estava acontecendo, havia chorado disso me lembrava, mas chorado no ombro de Reo, o inatingível.

Antes do dia anterior, acho que ninguém falará com Reo assim, ou pelo menos quisera falar.

Estava muito confusa, por que me sentia tão confortável com sua presença? Por que queria abraça-lo, como fiz na sala? E por que ele?

Decidi por fim, ir para sala de aula antes que as meninas viessem me procurar.

O dia correu normal, apesar de Gilbert insistir em me ignorar por completo, mas agi como se não me afetasse. Aulas foram chatas, maioria dos professores ridículos a não ser por Lucy, que ao lado de Frederico, eram os professorem mas legais. E tivemos também uma novidade: não fui mandada para a direção.

Na verdade eu queria arranjar algum motivo idiota para ir até lá e poder falar com Reo, então resolvi ir com a Ene até a sala dos inspetores, para mostrar seu bilhete de ”por que você não veio de uniforme?”, logo após sairmos do intervalo.

Chegamos à diretoria. Ele não estava lá.

“Ótimo!”- pensei – “Agora não posso nem agradecer pela ajuda”

Ene entregou seu bilhete para a estranha inspetora Cordelia e demoramos alguns minutos até que ela lesse, assimilasse do que se tratava e então assinasse.

Quando estávamos saindo da sala da diretoria, eis que ele aparece. Eu esbarrei nele, o que fez com que nos encarássemos. Confesso que não entendi por que meu coração disparou e se tornou tão difícil respirar e falar.

Por sorte Ene deu uma de meiga e falou com uma voz bem feliz:

– Bom Dia!

Ele desviou sua atenção para ela e respondeu no seu tom seco de sempre.

– Bom Dia! Vocês não deveriam estar dentro de sala de aula?

– Estávamos mostrando meu bilhete para a inspetora... – responde Ene.

Reo assentiu e ela saiu rapidamente do meu lado para ir falar com Angel que estava passando logo atrás de Reo.

“Obrigada Ene!” – penso comigo mesma.

Nossos olhares se encontram por longos segundos até que ele diz:

–Acho que deveria seguir o exemplo dela.

–Já estou indo – digo rapidamente, saindo.

– Volte para a sala e estudar! – disse como uma ordem louca, assim que entrou em sua sala.

–-------------------

(POV Reo)

Entrei em minha sala e comecei a me repreender mentalmente.

Por que havia ficado tão descontrolado

Alice estava me tirando do serio e agora repensava se deveria tê-la aproximado tanto.

Era bom estar ao lado dela saber que ela confiava em mim, mas agora chega se isso continuasse eu passaria dos meus limites, e não podia fazer isso.

Recebi uma mensagem em meu celular, era de minha noiva Ada:

“Estou indo para Ollen agora, daqui a algumas horas nos encontramos, tudo bem?”

Respondi sua mensagem e voltei minha atenção para meu trabalho.

Comecei a fazer planejamento de fechamento de semestre e tudo mais, quando alguém bateu em minha porta.

Olhei para frente e vi Gilbert ali, em pé com uma expressão nada paciente.

–Posso entrar? – ele perguntou rapidamente

–Sim, pode! Sente-se ai.

Ele fez o que havia sido pedido e me encarou. Fechei todas as guias desnecessárias e o olhei também.

– O que te trás aqui?

–Sai de sala e aproveitei a chance para poder conversar com você.

– Por que você saiu de sala ?

–Mais tarde você vai saber, mas quero conversar com você, vou atrapalhar u algo assim?

–Não pode falar.

–Então – ele disse como se finalmente pudesse respirar – Você conversou com Alice ontem, certo?

“Alice, porque não deduzira que este seria o assunto”

– Sim

– Pois é, ela resolveu seguir sua recomendação e admito fiquei com ciúmes!

Assenti, com minha melhor expressão de compreensão.

– Acho que foi um tanto desnecessário, mas continue.

– Eu descontei a raiva nela... Tipo ela vem passando por muita coisa e hoje no dia de seu aniversario eu faço isso...

Ele continuou falando, mas minha atenção se focou em “No dia de seu aniversario”. Então hoje era aniversario dela...

Quis imediatamente me levantar e dar os parabéns, mas me contive, afinal Gilbert ainda falava.

–... e é isso. Vocês conversaram e você deve entendê-la, então me diga, por favor: O que eu posso fazer?

Passei alguns minutos pensando, até que a única resposta plausível em minha mente foi liberada:

– Peça desculpas, faça uma surpresa, não sei, mas se entenda com ela. Tenho uma leve impressão de que ela quer alguém forte ao lado dela, que de apoio...

– Obrigada!

– Tudo bem! Mas agora volte para a aula, por favor...

Ele assentiu, se levantou e se foi.

“ Hoje é seu aniversario...” – era meu único pensamento.

–--------------------

Era já hora da saída e o sinal baterá. Me levantei rápido de minha cadeira e fui para o corredor, na esperança de Alice ainda não ter ido embora.

E ela não tinha ido. Caminhava com alguns livros em uma mão e sua mochila, que pendia em seu ombro, do outro lado.

Ela parecia bem melhor do que anteriormente, o que me fez sentir uma alegria por dentro. Gostava de vê-la bem.

Esperei que se aproximasse e a chamei.

Ela deu adeus as amigas e veio em minha direção.

–Por que não me disse que era seu aniversario!?

–Não achei que você iria querer saber...

–Eu queria! – a repreendi e depois dei-lhe um abraço, fazendo suas coisas quase caírem- Parabéns!

–Obrigada – ela murmurou ainda em meus braços.

Alice parecia sumir quando eu a abraçava, se não fosse por uma de suas mãos em meu pescoço diria que estava abraçando o vento, pois ela era pequena em comparação a mim.

A apertei mais em meu corpo para poder sentir seu abraço, foi quando o sinal tocou novamente, para que todos os alunos fossem embora definitivamente.

Me afastei e sorri. Alice tinha as bochechas levemente avermelhadas, o que a tornava ainda mais bonita. Estava muito envergonhada e começou a se desculpar, talvez por ter ficado vermelha:

– Desculpa, Reo, eu não...

– Tudo bem! Não precisa se desculpar, apenas curta seu aniversario de...

– 18

– 18 anos – completei. – Até amanha...

Me virei sem esperar resposta e fui para minha sala

Ao chegar, percebi que meus sentimentos estavam muito confusos..

“O que está acontecendo?” pensei “Por que estou me sentindo tão bem?”


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? (deixem comentários)
Beijos e fui
—Avia



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