If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 17
Capitulo 12: Formatura


Notas iniciais do capítulo

Morri com esse cap!
Comentem sobre nosso projeto, ok gente? (quase não tive respostas então acho que não vou fazer)
Boa leitura



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(Pov Alice)

Já era noite quando sai da casa de meus pais.

O ar gelado do novo ambiente fez com que os pelos do meu braço se arrepiassem.

Olhei ao longe e vi o carro de Gil se aproximando. Ele estacionou na porta de minha casa e saiu do carro.

Vestia um terno preto e a gravata verde-mar, para combinar com meu vestido. Seus cabelos castanhos foram levemente aparados, mas ainda estavam grandes, e seus olhos pareciam muitos mais claros que o habitual.

– Você está tão linda, meu amor!

Olhei para meu vestido e sorri levemente. Era o vestido que minha avó escolhera para minha formatura. Verde-mar, sua cor favorita, e com pequenos brilhantes por toda sua extensão. Meu cabelo estava em um coque, com pequenos enfeites que Laila e minha mãe haviam prendido nele.

– Obrigada... Você também está lindo– ele pegou minha mão e me levou até o carro, abrindo a porta para que eu entrasse.

Ele foi até o banco do motorista, enquanto eu via meus pais, meu avô e Laila, saírem da garagem, dentro do carro de meu pai.

Gil deu partida no carro e nos guiou até o local onde seria a nossa formatura.

Não estava especialmente animada para minha formatura, afinal a presença de minha avó fazia falta e aquilo simbolizava tantas coisas ruins quanto boas.

Chegamos ao salão onde tudo seria realizado e, após os comprimentos entre minha família e Gil, todos nós entramos.

O lugar já estava consideravelmente cheio e uma mulher, uniformizada como todos os funcionários, disse para que eu e Gil fossemos até uma sala, na lateral.

Seguimos a indicação e chegamos a uma ampla sala onde vimos quase todos os nossos amigos se preparando e colocando as becas

Ele me beijou rapidamente e foi para perto de seus amigos.

Comecei a caminhar em direção a Vick, que estava em frente ao espelho.

– Oi! – ela se virou e me abraçou. – To tão ansiosa!

– Se acalme – disse, apertando suas mão e fazendo com que Vick relaxasse um pouco – Como vão as coisas?

– O vestibular foi ótimo, acho que consigo entrar. - Vick queria fazer historia, o que nos animou muito, pois algumas aulas talvez pudéssemos fazer juntas.- E você?

– Foi bom, com certeza passei, só espero conseguir a bolsa...

– Você vai...

Nos abraçamos novamente e entramos em outro lugar dentro daquela enorme sala.

Parecia ser o vestiário feminino, pois todas as meninas estavam lá, e colocavam suas becas.

– Vocês são muito atrasadas! – Vick disse assim que chegamos perto de Ene e Olivia.

– Se você nos ajudasse! – Olivia disse rindo e me abraçou.

– Ainda bem que chegou! – Ene fez o mesmo e me entregou uma beca – Vista-se.

Comecei a colocar a beca sobre o vestido e terminei em menos de 2 minutos.

– Vamos? – perguntei me virando para elas.

Elas assentiram, e nós, de mãos dadas, saímos do vestiários. Tentamos andar juntas, como uma brincadeira idiota que Ene inventou quando tínhamos uns 11 anos.

Gil, Leo, Lion e Valentim estavam ali, esperando por nós, e após os comprimentos, entramos no salão, por uma outra porta.

Todas as cadeiras dos convidados estavam ocupadas e eu pude ver meu avô, Laila e minha mãe acenando. Meu pai fez um breve comprimento com a cabeça e abraçou minha mãe, sussurrando ao em seu ouvido.

– Ta, mas onde a gente senta? – Vick perguntou alto para que todos nós a ouvíssemos.

Encarei as cadeiras reservadas para os formandos e vi que todas ainda estavam desocupadas.

– Que tal na segunda fileira? – Valentim sugeriu.

Fomos nos dirigindo até o lugar, mas fomos interrompidos.

– Alice, Ene e Vick! – uma voz grossa e familiar nos chamou e fez com que meu corpo estremecesse.

Nos viramos e vimos Reo atrás de nós.

Ele sim estava perfeito. Vestia um terno francês e estava com os cabelos prata, agora maiores, um pouco bagunçados.

A simples visão dele fez com que ficasse tensa e tivesse vontade de me atirar nele e abraça-lo.

– Ta bonito, hein Reo? – Vick disse brincando.

Vi suas bochechas ficarem levemente vermelhas e ele me encarou, como se quisesse saber se eu concordava.

Mordi os lábios,para evitar qualquer reação indesejada e encarei o chão.

– Obrigada Vick! Bom... – ele continuou – gostaria que vocês ficassem na primeira fileira, afinal eram amigas de Angel e nós faremos uma homenagem a ela, está noite.

Ene sorriu e olhou para Vick e para mim.

– Isso é fantástico, Reo! – ela disse e rapidamente se sentou na primeira fileira.

– Ok então... – Vick perdeu totalmente a animação anterior e se sento a duas cadeiras de Ene, para dar espaço para Lion e Leo se sentarem também.

Eu olhei para Reo e vi que pedia para que eu me aproximasse. Me voltei para Gil, que me deu um beijo rápido e se sentou ao lado de Vick, já começando uma conversa da qual não estava interessada.

Comecei a andar até Reo e após poucas passadas, já estávamos frente a frente.

– Acho que não deveríamos nos falar aqui, coordenador. Afinal a diretora esta por perto...

– Quero que venha comigo, prometo que será rápido! – não sei como, mas consegui ficar mais nervosa que antes.

Dei de ombros e o segui.

Ele me guiou pelo fundo, até onde iria ser a festa e depois alem, para um jardim, magnífico, com tudo enfeitado com luzes.

Ao longe pude ver um mini lago, com uma pequena ponte. Flores e arvores se espalhavam por todo o lugar e luzes rendiam dos galhos de carvalhos.

Reo parou em frente ao um pequeno banco, onde sinalizou para que eu sentasse.

O fiz devagar, para que não estragasse a beca ou meu vestido. Ele se sentou o meu lado e olhou para o lago.

– Você está linda... – ele começou, me fazendo corar

– Obrigada – disse sem jeito.

– Eu te trousse aqui, para que nós pudéssemos terminar aquela conversa...

Engoli seco.

Havia tentado, durante toda a semana que se passou entre minha ida no hospital, as 3 provas de vestibulares e a formatura, não pensar naquela conversa. Mas agora a ansiedade para saber o que Reo iria dizer me invadiu.

– Tudo bem... O que mesmo você tinha que falar?

Ele sorriu delicadamente e pegou minha mão.

– Você sabe exatamente o que eu iria falar, Alice. – o som do meu nome em sua voz me fez estremecer. – Agora, mais do que nunca, eu sei. Você é especial pra mim... Me faz sentir como se fosse único. O simples contato com a sua pele – ele acariciou minha mão, eu estava totalmente entorpecida com suas palavras – faz com que eu te ame. E é isso Alice. Naquela semana eu te evitei tanto, por que no fundo sabia que, se eu me aproximasse, iria me apaixonar por você. E foi isso que aconteceu.

E ali estava eu. Depois de meses de negação, acabava de receber a verdade.

Reo me amava. Reo se apaixonara por mim...

Eu abri a boca para dizer algo. Talvez falar a ele que também estava apaixonada por ele, que o queria, que largaria tudo por ele, mas ele me interrompeu.

– Não quero que fale nada, ok? – ele colocou o polegar levemente sobre minha boca entre aberta. – Pense em tudo que eu disse, então depois nós vamos conversar, tudo bem?

Assenti e ele se levantou.

– Te vejo lá dentro – ele disse e se foi.

Me deixou naquele belo lugar, onde provavelmente seria a minha melhor memória dele.

–--------------------------

(Pov Reo)

Entrei dentro do salão novamente.

Não acreditava no que acabava de fazer.

Acabara e dizer a Alice tudo que deveria ter dito a semanas, mas não a deixei falar.

Tinha tanto medo de que ela me rejeitasse que simplesmente achei melhor não deixa-la pensar.

Se ela sentisse algo por mim, provavelmente até o fim da noite ela diria algo positivo, mas se não, eu a perderia para sempre.

Comecei a caminhar até a sala de cerimônias onde todos já se preparavam para começar.

Alice apareceu alguns minutos depois de mim e ela parecia perplexa, como se tivesse sido atingida por um caminhão.

Resisti ao impulso de me levantar e ir até ela, pois Gilbert fez isso por mim. Ele sorriu ao chegar perto dela e pegou suas mãos.

Quando os dois se tocavam era algo tão familiar e espontâneo, que me fez invejar a capacidade dele de fazer algo assim, quando se tratava de Alice.

Ele sussurrou algo no ouvido dela e a olhou preocupado. Ela assentiu e se sentou, fazendo com que as amigas dela olhassem incessantemente pra mim e depois para ela.

As luzes apagaram e a cerimônia começou. Me sentei no lugar preparado para mim, ao lado de Fred e Luce, que eram os homenageados e, enquanto a diretora falava, Fred me obrigou a contar o que aconteceu.

Estávamos sentados na parte de traz do palanque, onde as pessoas iriam discursar e todas as atenções estavam na mulher que falava a nossa frente.

– Por que não deixou que ela falasse? – ele disse, assim que terminei.

Dei de ombros e olhei para ela. Estava sentada ao lado de Gil e ele segurava sua mão, ansioso. Ela, por outro lado, parecia calma, inerte e perdida em seus pensamentos

– Acho que tinha medo de que ela fosse dizer algo negativo.

– Ela não fugiu... ela ficou lá e ia dizer algo. Acho que você deveria ter a deixado falar.

– Só saberemos mais tarde... – disse por fim

Os alunos simplesmente ignoraram quase tudo que a diretora falava, e só começaram a prestar atenção quando os professores escolhidos, foram falar. Os pais pareciam tão atentos que pareciam que todos teriam infartos, naquele momento.

Fred e Luce fizeram ótimos discursos elogiando a turma e após isso foram feitas homenagens a Angel.

Alice pareceu retornar a realidade quando Angel foi mencionada e ela chamada a frente, junto com suas amigas.

Não podia dizer que gostava de Angel, mas senti por ver Alice triste.

Fez se um minuto de silencio em respeito a Angel e eu passei todo o tempo encarando o coque alto e castanho que os cabelos de Alice faziam.

Ela estava simplesmente incrível e eu ainda nem havia visto seu vestido.

Ela estava com um coque e os óculos pareceram se encaixar perfeitamente ao seu visual. Usava uma maquiagem fraca, em tons claros, o que fez resaltar sua pele.

Eu nunca havia prestado tanta atenção em uma garota, nos traços, no jeito, em cada detalhe, não antes de Alice. Parecia que cada traço e cada forma daquela jovem mulher me fazia prestar imensa atenção.

Terminado o um minuto a cerimônia voltou ao normal e os alunos começaram a se preparam para receber os diplomas.

Eu e os professores ao meu lado nos levantamos, para cumprimentar os alunos. As pessoas iriam por lista de chamada.

A primeira a ser chamada foi Alice.

Ela subiu as escadas laterais, para ir ao nosso encontro, e abraçou Luce, que parecia ter preparado um discurso especial para Alice. Após sair do abraço e agradecer pelas palavras sussurradas em seu ouvido ela abraçou Fred que também disse algo a ela, mas que a fez corar e olhar rapidamente para mim.

Ela então deu um passo em minha direção e me encarou. Seus olhos esperavam que eu tivesse todas as respostas para todas suas perguntas e ela simplesmente fez como costumava fazer em um dia distante.

Envolveu seus braços em meu pescoço e se jogou em meus braços, como se eu fosse a segurar e nunca deixa-la cair, demonstrando toda a confiança do mundo.

O simples contato com sua pele fez com que eu a quisesse para mim, que eu desejasse beija-la e leva-la para um lugar vazio onde ela poderia ser minha e eu poderia ama-la como sempre quis. Talvez me distanciar daquele abraço e gritar para todos no salão o que sentia por ela e pedir que ela me amasse, como eu a amo, também seria uma boa ideia.

Pensei em dizer algo, sobre o ano, os meses que passamos próximos, a ultima semana, ou sobre o que eu havia dito naquele dia. Mas ela se pronunciou antes que eu pudesse pensar em algo bom o suficiente

– Nós não podemos ficar juntos... Você tem Ada e eu Gilbert – suas palavras me atingiram como um soco - sinto muito...

Ela se distanciou, mas não olhou em meus olhos. Encarei a imensidão castanha de seus olhos e percebi que estavam marejados, por atrás das lentes de grau.

– Alice – sussurrei

Ela se virou e foi até a diretora, pegando o diploma e sorrindo, rápido e falsamente, para uma foto.

Ela saiu do palanque e foi até seus familiares.

Pude ver uma garota, muito parecida com ela, mas com a pele mais morena, abraçando-a. Uma mulher mais velha, que com certeza seria sua mãe (pois era a imagem de Alice quando ficasse mais velha) chorava emocionada ao lado das duas. Um homem com olhos claros, que parecia ser o seu avô, sorria e afagava os cabelos de Alice. E havia também outro homem, mas afastado que sorria levemente, como se não quisesse demonstrar emoção.

Continuei observando até um outra aluna chegar para receber os comprimentos e após vários alunos, acabei perdendo Alice de vista.

–-----------------------

(Pov Alice)

Me despedi da minha família e entrei novamente no salão.

Os familiares iriam embora depois da entrega dos diplomas e então os alunos curtiriam a festa. Luce, Fred e Reo também foram convidados para a festa e parecia que eles iriam ficar, para a minha apreensão.

Fui até a sala, onde havia colocado a beca e a tirei. Após todas as meninas chegarem e fazerem o mesmo fomos para a festa.

Eu não sabia o que tinha acontecido nas ultimas horas, parecia tudo um sonho, que eu transformei em pesadelo.

Durante o um minuto de silencio me perguntei o que deveria fazer e o que Angel diria para eu fazer.

Então fiz o que provavelmente ela aconselharia. Gilbert e não Reo.

Mas no fundo não sabia se estava fazendo a coisa certa. Claro que ao pensar em Reo e Ada se beijando, no dia em que eu pensara que eles terminariam, fez com que eu escolhesse me distanciar, mas o que Reo disse mexeu com uma Alice que ela adorava. A Alice que queria ficar com Reo.

Decidi que tentaria aproveitar aquela noite, ao máximo, e depois pensaria em Reo, Gilbert, Ada ou qualquer coisa do gênero.

Entramos no salão que tocava musicas eletrônicas e batidas e começamos a dançar.

Vick, com um lindo vestido vermelho e dourado, pegou uma taça de alguma bebida, que eu não sabia o que era, e virou de uma vez só.

– Vocês não vão beber? – ela gritou, burlando a musica.

Todas nós negamos e ela ficou um pouco frustrada, mas voltou a dançar como louca.

– Ela tem que parar de beber tanto álcool! – Olivia disse ao meu lado.

Ela estava com um vestido salmão e prateado, combinando com seus cabelos recém- pintados nas pontas, lilás.

– Concordo! – Ene disse chegando mais perto de nós. Ela vestia preto e estava magnífica, pois seus cabelos totalmente rosas ficavam perfeitos sobre o preto.

Dançamos sozinhas até nossos namorados chegarem de algum lugar indeterminado.

Gil me abraçou por trás e me puxou para ele. Olhei para seus olhos mel e pude ver que estavam distantes, ou seja, ele havia bebido.

– Não gostei de como Reo te abraçou, sabia! – ele gritou em meu ouvido, me fazendo me distanciar dele.

– Por que? – gritei de volta. Tinha um mal pressentimento .

– Só eu posso pegar sua cintura assim. – ele envolveu minha cintura com uma das mãos e me aproximou novamente.

– E o que você fez a respeito? – Gritei, a musica parecia cada vez mais alta.

Ele sorriu maliciosamente.

– Ta vendo aquele copo ali? – ele apontou para o copo de refrigerante, na mão de Reo. – Talvez eu o tenha batizado... Acho que Reo não vai mais incomodar!

– Não acredito que fez isso!

– Talvez eu também tenha embebedado outras pessoas, ainda bem que meus amigos chegaram, - ele sorriu como se não fosse algo totalmente insano o que ele havia feito - Por que liga?

– Por que você está sendo um idiota!

Me distanciei e ele tentou pegar meu braço, mas eu o afastei. Fui até Reo, estava acompanhado de Fred e tomava o ultimo gole de seu refrigerante, mas ria como se acabasse sua 10 cerveja.

Ao me ver, sua expressão se tornou mais seria e ele me encarou como um cachorro acuado.

– Fred, vai me perdoar seu levar ele pra casa?

– Mas a festa acabou de come... – ele percebeu que eu estava seria e então concordou – Ele é todo seu!

Reo me olhava sem entender nada e eu simplesmente peguei sua mão e o levei para fora, onde guardavam os carros.

– Alice... – Reo disse como um bebê – Por que ta me levando pra casa?

– Depois eu explico! Só venha!

Pedi para o funcionário que me desse as chaves do carro de Reo e fiz com que ele entrasse no banco do carona. Dei a volta e entrei no carro.

Respirei fundo. Havia tirado minha carteira a tão pouco tempo e dirigido tão pouco, que tinha medo de não saber como fazer para dirigir e acabar batendo.

– Você sabe mesmo dirigir? – ele me perguntou e eu assenti – Ok, eu confio em você.

Ele relaxou no banco e começou a desenhar no vidro do carro, como uma criança de 5 anos.

– Eu mato o Gilbert – sussurrei para mim mesma e virei as chaves arrancando.

Dirigi bem devagar e por alguns minutos até parar em um sinal de transito. Eu suava frio, por conta do nervosismo de dirigir.

Apoiei minha mão no cambio de marcha e senti uma mão maior e agora desajeitada em cima da minha.

– Achei que você quisesse ficar com Gilbert... Por que está fazendo isso?

– Só me deixe dirigir, tudo bem? Quando você não estiver bêbado nós conversaremos.

– Mas, Alice – Meu nome em sua voz, até mesmo embriagada me fazia querer beija-lo;

– Reo, por favor...

Tudo ficou em silencio novamente. Tentei me concentrar na rua a minha frente, totalmente vazia, por conta da hora.

Chegamos em seu prédio, em alguns minutos e eu estacionei na garagem, na vaga mais fácil que eu encontrei.

Sai do carro e dei a volta, abrindo a porta para Reo.

Ele tentou se levantar, mas não conseguiu e se sentou de novo, rindo envergonhado.

– Juro que quando imaginei levando você para meu apartamento a essa hora da noite, não imaginei que eu não conseguiria andar.

Sorri e o ajudei a ficar em pé.

O levei para o elevador e apertei o quarto andar.

Ele se encostou na parede do elevador e respirou fundo, como se quisesse captar o cheiro daquele ambiente.

Ele olhava para mim de uma forma que nunca imaginei alguém olhando e queria saber como retribuir o olhar, mas não conseguia.

Só pensava em quanto deveria voltar atrás, terminar com Gilbert naquela hora e me jogar nos braços de Reo, dizer a ele que o amava.

Chegamos até seu andar e caminhamos até seu apartamento. Reo não conseguia pegar as chaves, no bolso do terno, então eu o ajudei.

A proximidade fez com que minha pele formigasse. Podia sentir sua respiração perto de minha testa, bagunçando levemente meu cabelo.

Peguei a chave o mais rápido que consegui e abri a porta, me distanciando.

Entrei no apartamento e deixei as chaves na mesinha ao lado da porta.

– Você quer tomar um banho ou deitar de uma vez? – perguntei o levando para dentro, em direção ao seu quarto.

– Deitar, não sei se vou conseguir ficar em pé no chuveiro.

Resisti a tentadora ideia de ajuda-lo a tomar banho e me virei para ele, querendo me despedir .

– Eu vou tirar esse terno, só um minuto...

Ele sentou em sua cama e começou a tirar o paletó, mas não estava tendo muito sucesso.

– Deixa comigo...- sussurrei chegando mais perto e começando a tirar seu terno.

Após ter o paletó e o colete tirados, comecei a ajuda-lo a tirar a camisa, desabotoando cada um dos botões.

Corei ao ver seu tronco, bem definido, exposto. Ele colocou a mão levemente na minha cintura e eu percebi que estávamos da mesma altura, comigo talvez poucos centímetros mais alta.

Ele me puxou devagar para perto dele e eu me apoiei em seus ombros, não querendo fugir daquele contato.

Reo me puxou até fazer o espaço ser quase nulo e encostou nossas testas.

– Eu te amo...- ele disse bem baixo, como se quisesse confirmar aquilo para si mesmo.

Ele ergueu o rosto e nossos lábios se tocaram. Um beijo singelo e demorado, que fez apenas nossos lábios se tocarem, nada mais.

Me sentia completa, como se uma parte de mim, que eu nunca soube que estava perdida, reaparecesse. Podia sentir suas mãos em minha cintura, não me impedindo de sair, mas me convidando a ficar.

Me distanciei do contato e minhas bochechas pegavam fogo.

Eu queria mais, ficar mais, beija-lo mais, mas não dava. Não queria fazer aquilo com Reo “bêbado”.

Sorri levemente pra ele e beijei sua testa.

– Boa noite... – disse contra sua pele, antes de ir embora e deixar minha metade ali, sentado e suplicando silenciosamente, por mim.


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Notas finais do capítulo

Awnt...



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