If she is your only then why you lonedy? escrita por Avia


Capítulo 15
Capitulo 11: Temos que conversar!


Notas iniciais do capítulo

Gente, é ano novo!
Que esse ano seja ótimo para vocês, e que sejam iluminados!
Assim talvez comentem...
Quero que saibam: Estou preparando uma surpresa lá para o cap 15, mas queria saber se vocês vão gostar!
Leiam as notas finais que eu explicarei mais.
Boa leitura



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(Pov Alice)

E assim se seguiram os outros 2 meses de meu ultimo ano letivo. As coisas se tornaram muito monótonas, mas eu amava minha rotina.

As segundas eu ia para aula e depois lecionava as aulas de reforço, junto com Olivia. Logo que as aulas de reforço terminavam Reo me procurava e me levava em casa, a melhor parte de minha segunda feira. No resto da semana, eu e Gil, nos preparávamos para o vestibular e no fim de semana íamos sair, comer alguma coisa em algum restaurante, ou coisas do tipo.

A semana de provas finais chegou mais rápido do que eu imaginava. Era estranho, como já havia se passado tanto tempo desde aquela conversa com Reo, da decisão de que carreira seguir, de Olivia entrar no nosso grupo, da morte de Angel e da reconciliação de meus pais.

Acabei nesse meio tempo entrando na auto escola, mas, apesar de ter passado direto, não tinha confiança para dirigir.

Hoje são 4 de junho, uma quinta-feira, e estou saindo de casa em direção á escola, para minha ultima prova do ano.

Desço as escadas, indo para o primeiro andar da minha casa, me despedir de minha mãe. Ela havia acordado bem cedo e estava na sala de pintura.

Assim que entrei, a vi sentado em frente uma tela, parcialmente colorida.

– Bom dia, mãe... – disse abraçando-a enquanto ela ainda estava virada para a tela – Já estou indo, tudo bem?

– Bom dia, Lice... – ela se virou para mim e me deu um beijo na testa. – Boa prova!

– Obrigada!

Ouvimos uma buzina e eu sorri, provavelmente era Gil.

– Acho que seu namorado chegou...

– Eu vou pra casa dele depois, ok?

– Sim.

Me despedi novamente dela e fui para a porta de casa. Gilbert estava lá assim como o previsto. Dentro do carro e com o vidro aberto, me encarava com seus olhos mel e um lindo sorriso.

Eu fui até o Logan, tão familiar quanto meu próprio carro, que eu nunca usava, e beijei o motorista. Ele estava com os cabelos castanhos molhados e vestia o uniforme da escola, assim como eu.

– Bom dia, Lice! – ele disse, assim que nos afastamos do beijo. – Tudo bem meu amor?

– Sim! E você?

– Agora estou bem... – ele selou nossos lábios rapidamente e deu partida no carro.

Fomos no caminho ouvindo musicas aleatórias e chegamos lá em cima da hora, pois havia transito.

Eu e Gil subimos direto para a sala, afinal, naquela hora todos já haviam subido.

Chegamos na nossa sala e Reo estava falando algo sobre a Gincana que aconteceria no outro dia.

Ele olhou para mim, por um longo tempo, e depois voltou se para o resto da sala.

– ... Vocês ficaram responsáveis por duas barracas e nelas vocês terão que entreter os convidados, com brincadeiras ou coisas assim.

Algumas pessoas começaram a fazer perguntas enquanto eu me sentava ao lado de Ene e atrás Vick e Olivia, que conversavam até então, começaram a me chamar.

Eu e Ene nos viramos, ignorando completamente o que Reo falava agora.

– Ene, você viu o quanto ele procurou por Alice? – Olivia perguntou.

– Vi, foi bizarro – Ene respondeu.

– Serio, ele olhou pra gente depois pro resto da sala e ficou com uma cara tipo “Alice não está aqui, onde ela está?”. – Vick tentou imitar a expressão que ele fez.

Corei.

– Ele deveria estar vendo se já estavam todos aqui, não por minha causa...

– E isso explica por que ele ficou parado te olhando, sem olhar pro Gil, durante uns 5 minutos... – Vick continuou, sarcástica.

– Algum problema, meninas? – reconheci a voz grave de Reo e me virei.

Elas negaram e eu permaneci imóvel.

Ele continuou falando, mas eu apenas pensava em como aqueles gestos de demonstração de afeto, por parte e Reo, mesmo após 2 meses, não haviam desaparecido.

Nosso contato ficou restrito as segundas-feiras que ele me levava para casa, mas mesmo assim, nós conversávamos sobre basicamente tudo. As vezes ele me dava até dicas para o vestibular, principalmente por que era uma matéria relativamente parecida com a que ele havia se formado. Historia era sua grande paixão, isso não daria para duvidar.

– Bom... É só, mais alguma duvida? – ele concluiu.

Todos negaram e ele foi em direção à saída da sala. O coordenador olhou para mim e deu um pequeno sorriso, antes de sair totalmente da sala e nos deixar para fazermos a prova de matemática.

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Sai da sala, um pouco atordoada, pois havia acabado a prova. Me dirigi para as escadas que levavam ao 4° andar e me sentei, ao lado de Vick.

– Eu me ferrei – ela disse

– Eu também....

– Tenso! – ela apoio a cabeça cacheada em meu colo. Só haviam nós duas ali, pois o resto ou já tinha ido, estava com a prova ou estava no pátio. – Estive pensando... Você não quer se reaproximar de Reo?

– Nós já somos próximos...

– É mas vocês eram bem mais!

Dei de ombros.

– Se não tiver isso, não vou ter nada, mas as férias estão chegando e eu vejo o que vou fazer.

– Entendi...

– Mas sabe... Acho que é melhor assim. Pra nós e para Ada e Gil.

– Quem liga pra Ada? Sei que só não se jogou em Reo, por que tem o Gil...

Suspirei e antes que pudesse responder Reo apareceu em na nossa frente, me fazendo congelar completamente.

– Vocês podem me dar licença? – ele disse em um tom calmo e não olhou para nossos rostos.

O medo dele ter ouvido algo me invadiu instantaneamente. Eu não tinha duvidas de que Reo sabia que eu ainda pensava no ocorrido da pizzaria. Os lábios de Reo estavam na maior parte de meus sonhos.

Vick se levantou do meu colo e uma passagem foi aberta entre nós duas. Reo passou calmamente entre nós, e quando ele estava ao meu lado, toquei de leve sua mão. Um gesto que eu não previa, mas foi bem aceito, pois ele olhou para mim, sorriu e segurou minha mão por alguns segundos.

Eu sorri de volta e ele soltou minha mão e se foi.

– Será que ele ouviu? – Vick perguntou apreensiva.

– Sei lá, mas não é como se mudasse algo, ele já sabe.

– E ele sente o mesmo! – ela completou

– Ele ama a noiva...

– Ele gosta dela, mas ele sente algo por você...

Dei de ombros novamente.

– E isso também não muda nada...

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(Pov Reo)

Alice com certeza descobriu...

Eu acabo de passar por ela e, pela forma como tocara em minha mão, era fato que desconfiava.

Eu e Ada havíamos brigado no dia em que ela pedirá desculpas para Alice e tínhamos dado um tempo. Desde então Alice fazia parte, não só dos meus sonhos, mas da minha rotina.

Era quase insuportável estar perto dela, na escola, e não podermos nos falar, mas tudo era um pouco aliviado por ela me permitir ir lhe levar em casa, ou melhor, na casa de Gilbert.

Eu ainda usava a aliança, apesar de não estarmos “juntos”, éramos noivos. E eu também não queria chamar atenção para nosso afastamento.

Alice parecia normal, apesar de, em certos momentos, como agora, parecia evidente que ela sabia sobre minha briga com Ada.

Eu entrei quase correndo na sala dos professores e me sentei na primeira cadeira que vislumbrei.

Após alguns longos segundos, Frederico parou ao meu lado e se sentou. Era um homem alto, moreno e usava óculos de aro fino, que faziam o mesmo efeito que meus cabelos louro/prateado, nos deixavam mais velhos.

– Alice? – ele perguntou de imediato.

Assenti.

Eu havia contado quase tudo para Fred, pois nós éramos amigos de longa data, mais ou menos no segundo ano de faculdade. Ele adorava Alice e ela também gostava muito dele, o que contribuía para a minha busca de informações sobre aquela pequena garota.

– Eu estou começando a perder controle...

– O que ela fez? – ele pegou um biscoito, do pote que ficava na mesa onde os professores se sentavam.

– Ela tocou minha mão enquanto eu passava na escada!

– A situação ta seria... Você ficou desse jeito por isso! – ele riu do acontecido e se levantou – Será que ela ainda esta na escada?

– Não sei...

– Vamos descobrir então... – ele saiu da sala e eu o segui.

– Serio isso?

– Eu falo com elas, pode deixar...

Nós descemos a escada e Vick e Alice ainda conversavam.

– Leo disse que quer almoçar com meus pais, mas não sei se vai ser uma boa... – Vick contou para Alice, como se pedisse opinião.

Fred chegou no meio da conversa e se sentou com elas.

– Apresentar o cara pros pais é sempre a melhor escolha! – ele palpitou

– Ata, obrigada Fred! Então Alice... – eles gargalharam e Vick abraçou Fred.

Elas não pareceram notar minha presença e Alice respondeu:

– Comigo deu certo... Bom, meu pai sempre odiou Gil, desde que éramos pequenos, hoje em dia ele o ama!

Senti uma pontada de decepção, mas não sabia o por quê.

– É muito bom quando seus pais gostam da pessoa que você ama... – eu me manifestei e percebi que Alice estremeceu.

Eu fui para frente e Frederico me deu passagem. Fiquei parada na frente deles e Fred e Vick sustentavam pequenos sorrisos, pois haviam entendido perfeitamente a alfinetada.

– Creio que você saiba como é essa sensação, Reo – Alice olhou no fundo dos meus olhos, era como se seus olhos castanhos conseguissem enxergar além do meu corpo, meu coração. – Afinal Ada é uma pessoa tão boa...

Vick ria como se alguém fizesse cócegas incessantes nela. Fred reprimia o máximo o riso. Alice olhava para mim, agora não mais com aquele olhar penetrante que parecia me despir à pele, mas sim, com ar de riso, suave, que me fazia querer toma-la pra mim e beija-la.

– Meus pais com certeza iriam preferir uma pessoa como você, sabe... menos mimada, mais simpática, divertida....

Alice engoliu seco e olhou para baixo, corando.

Vick e Fred se entreolharam e riram.

Eu não sabia por que havia dito aquilo, não sabia se deveria ter dito. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas.

– Reo... – ela começou a se levantar

– Desculpa... eu não deveria ter dito isso.

Ela deu um passo em minha direção e me abraçou. Pude sentir seu doce cheiro de jasmins, do qual, eu não havia percebido, sentia falta.

– Eu acho – ela disse baixo, para que só eu ouvisse - que sua noiva e meu namorado não iriam gostar do que vou dizer, mas... – ela deu uma pequena pausa e suspirou - eu achei perfeito...

Ela se afastou e tentou retomar a respiração que eu não tinha percebido que lhe falhava.

Ela estava ainda mais corada e não me olhava.

Ela sussurrou um desculpa e desceu as escadas, provavelmente em direção ao pátio. Sendo seguida por Vick que deu um breve aceno para mim e para Fred.

– Acho que você pegou pesado, em cara... – Fred colocou a mão em meu ombro.

– Eu acabei de fazer ela fugir de mim...

– Eu tenho minhas suspeitas, mas... – ele tirou a mão de meu ombro e sorriu – Ela te ama!

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Após a conversa com Alice eu esperei todos os alunos terminarem as provas e fui para casa.

Acordei na manha seguinte, o dia do ultimo dia letivo com Alice.

Estava decidido que naquele dia contaria à ela sobre a briga e o motivo que me levará a dar um tempo com Ada.

Claro que haveria uma chance de Alice me rejeitar por completo, mas tinha quase certeza que conseguiria pelo menos deixa-la abalada.

Hoje seria a Gincana e eu não estava particularmente animado para cuidar daqueles vários alunos loucos que a qualquer momento poderiam se matar.

Me levantei no horário habitual, me arrumei e fui para HGM.

Ao chegar lá, comecei a ser interceptado por vários alunos, fazendo todo tipo de pergunta, sobre qualquer coisa idiota ou relevante, para a Gincana.

Respondi todas as perguntas, calma e precisamente, e comecei a me perguntar por onde Alice andava.

Não a via entre as barraquinhas e nem conversando no canto com os alunos.

Localizei Ene e Vick e fui ao encontro delas.

Elas foram receptivas e responderam minha pergunta antes de eu tê-la feito.

– Ela ainda não chegou... Olivia e Alice ficaram responsáveis por comprar as lembranças e foram lá antes de vir – Ene olhou para o relógio que estava em seu pulso, um rosa assim como seu cabelo – Elas já devem estar chegando!

Agradeci pela informação e voltei a ajudar alunos a prender barracas e arrumações.

Após cerca de 15 minutos eu consigo vê-la entrando no pátio. Ela estava acompanhada de Olivia, Gilbert e Valentim. Eles carregavam sacolas abarrotadas de coisas.

Eu resolvi que não iria me aproximar, afinal não queria atrapalhar eles, além de querer conversar com Alice sem Gilbert por perto.

Eles deixaram as coisas nas barracas do 3° ano e começaram a organizá-la.

Me distanciei ao máximo possível e resolvi que não iria até Alice antes da feira começar, mas jurei para mim mesmo que na primeira oportunidade eu me aproximaria.

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Essa era a hora...

Alice estava sentada na barraca do 3° ano, sozinha, e lia um livro.

Comecei a me aproximar e ela não pareceu notar minha presença.

A barraca do 3° ano era algo muito interessante, pois, apesar de se algo para o divertimento das pessoas, estava com um ar fúnebre.

Cadeiras haviam sido dispostas por toda a barraca e as “brincadeiras” estavam na frente.

Alice se sentava, tranquila, e não havia ninguém, nem na barraca ou em qualquer lugar por perto, pois todos haviam saído para almoçar.

Eu me sentei ao seu lado, ela me encarou, mas não tinha reprovação em seus olhos, o que me fez relaxar.

– Por que não foi com seu namorado e suas amigas? Você tem que almoçar! – tentei agir o mais normal possível, fingindo que aquela era uma das, admito maravilhosas, segundas feiras.

Ela deu de ombros.

– Estou um pouco enjoada... – ela disse e se voltou para o livro.

– Preciso falar com você. – disse de imediato.

– Pode falar... – ela fechou o livro, que agora podia ver, se chamava “Fallen”. Ela tinha um tom calmo e tranquilizador, como se percebesse meu nervosismo.

– Eu não tenho sido totalmente sincero com você... – comecei – e espero que você me entenda e me perdoe pelo que está acontecendo.

Aquilo suava tão idiota que me arrependi assim que falei.

– E isso seria? – seus olhos brilharam, por baixo das lentes bifocais. Seria esperança?

Abri a boca levemente, para poder dizer sobre tudo que estava acontecendo e sobre o que sentia, mas fui interrompido.

– Reo! – uma voz fina e familiar me chamou, fazendo com que eu e Alice, nos voltássemos para a saída da barraca – Eu sei que não deveria estar aqui, mas eu preciso falar com você!

Ada estava ali, parada e com um olhar esperançoso. Ela parecia cansada e tão desesperada, que toda a minha vontade de contar a verdade me esvaiu.

– Acho que você precisa falar com ela antes, não acha? – Alice sussurrou

Eu a encarei e vi que ela tinha um olhar cansado também, mas não era como e de Ada. O olhar de Alice remetia que queria fugir daquela situação, por estar vendo-a se repetir.

– Vou poder falar com você depois?

– Vou estar aqui até o fim do dia... Agora vai – ela fechou os olhos como, se ao falar aquilo, uma dor profunda começara a atingi-la.

Me levantei e dei passadas divagares, até a saída da barraca.

– Vamos pra minha sala. – eu falei com firmeza, mas Ada não pareceu se importar, mas sim, ficar feliz com a noticia.

Subimos até meu andar e, por ser hora de almoço, não havia ninguém.

Entrei na sala e me sentei, agindo como se fosse ter uma conversa com algum aluno.

– Posso sentar também? – ela sorriu gentilmente e eu assenti – Você ainda está usando...

Segui seu olhar e vi do que se tratava, minha aliança.

“Droga, devia ter tirado pra falar com Alice” pensei

– Pois é... Nós ainda estamos juntos, só demos um tempo.

– É sobre isso mesmo Reo! – ela respirava rapidamente – Não quero mais ficar longe de você! É simplesmente torturante!

– Ada, eu... – comecei, as primeiras palavras para o nosso termino.

– Não! Reo, eu sei que sentiu minha falta! Eu sei que me ama! No fundo ama e isso vai ficar claro, assim que nos casarmos,

– Você não entende... Eu posso ter sido apaixonado por você, algum dia, mas agora eu não sinto...

– Então me beije! Quando você me beijar, vai ver que nada mudou! Nós nos amamos e nada vai nos separar novamente! – ela suplicava e as primeiras lagrimas escorriam em sua face.

– Ada, pare! – me levantei e fui até sua direção. Tomei seu rosto com minhas mãos e a fiz olhar em meus olhos. – Não dá! Eu não quero! Chegou uma hora que não era mais você, e ainda não é você!

– Mas você já achou que era eu... – ela colocou as mãos em meu ombro e beijou meus lábios

Pensei em meus velhos sentimentos por Ada e no que sentia por Alice. Não, definitivamente não.

Alice era a mulher que eu queria, não só pra ser minha mulher, queria que ela fosse mãe dos meus filhos, minha companheira para os problemas, minha solução dos problemas. Queria que ela fosse minha vida.

Ada, não. Nunca a quis como quero Alice. Só pensava nela como minha mulher e talvez os outros desejos aparecessem depois, por isso a pedi em casamento...

Me distanciei dela.

– Sinto muito, mas não – respondi por fim.

– Reo, eu preciso te contar um coisa!

– Sinto muito... Vai ter que ficar pra depois.

Deixei Ada sozinha e fui embora.

“Agora é a hora, Alice será minha”

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(Pov Alice)

Comecei a subir a escada atrás deles.

Sei que não é certo bisbilhotar a conversa alheia, principalmente quando é entre o cara que você está secretamente apaixonada, mas não quer admitir, e a mulher que você mais odeia no mundo.

Eles foram para o terceiro andar e se dirigiram para a sala de Reo.

Fiquei parada na parede do lado de fora da sala, dentro da sala dos inspetores, e tentei ouvir o que falavam.

– Posso sentar também? – Ada perguntou dentro da sala, parecia envergonhada– Você ainda está usando...

“Deve ser a aliança, mas por que ainda?” pensei

– Pois é... Nós ainda estamos juntos, só demos um tempo. – Reo falou, mas parecia serio.

– É sobre isso mesmo Reo! Não quero mais ficar longe de você! É simplesmente torturante!

Quase entrei na sala e concordei com o que ela dizia.

Ada, eu... – ele parecia determinado a corta-la

– Não! Reo, eu sei que sentiu minha falta! Eu sei que me ama! No fundo ama e isso vai ficar claro, assim que nos casarmos,

– Você não entende... Eu posso ter sido apaixonado por você, algum dia, mas agora eu não sinto...

Prendi a respiração. Se ele não sentia nada era sobre isso que queria falar...

– Então me beije! Quando você me beijar, vai ver que nada mudou! Nós nos amamos e nada vai nos separar novamente! – ela suplicou, fazendo com que eu quisesse mata-la

Ada, pare! – ele se levantou e uma onda de medo percorreu meu corpo. Ele sabia que eu estava aqui.... Mas então voltou a falar – Não dá! Eu não quero! Chegou uma hora que não era mais você, e ainda não é você!

Ela sussurrou algo que eu não consegui ouvir e tudo ficou em silencio.

Resolvi ver o que havia acontecido, ver por que ficaram em silencio. Pensei em qualquer desculpa idiota para estar ali e fui para a porta.

Parei no exato momento em que vi o que nuca queria ter visto.

Reo estava com as mãos no rosto de Ada e ela envolvia o pescoço dele.

Os dois se beijavam.

Me afastei da porta e desviei o olhar. Tudo depois disso ficou turvo e quando voltei a minha sanidade estava nos braços de Gil.

Relaxei naquele abraço familiar e tudo escureceu.

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Acordei em um lugar estranho e nada familiar.Alguém segurava minhas mãos calmamente.

Abri totalmente os olhos e vi Gil.

Ele estava sentado na cama, ao lado da minha cintura, e me olhava compenetrado.

– Ainda bem que você acordou! – ele disse, levando minhas mãos aos seus lábios , em seguida.

– O que aconteceu? – perguntei, tentando me lembrar por que estava no hospital.

– Eu não sei... Você tava enjoada, mas parecia bem. Quando voltamos do almoço você veio caminhando até mim e desmaiou.

Me lembrei então do que havia acontecido:

Reo viera falar comigo, Ada apareceu, eu os segui e depois sai correndo. Eles haviam se beijado.

– Por quanto tempo estivemos aqui? – perguntei, tentando agora afastar as lembranças.

– Algumas horas... O médico disse que assim que você acordasse poderia ir embora.

– Então vamos? – tentei me levantar, mas uma forte vertigem me atingiu, me obrigando a deitar novamente.

– Assim que você se sentir melhor. – ele me deu um beijo na testa e se levantou – Vou avisar aos outros que você acordou.

– Que mais tá ai?

– Suas melhores amigas, com os namorados e Reo.- ao ouvir o ultimo nome meu corpo estremeceu – Está tudo bem, Lice?

– Sim, estou com um pouco de frio, só isso.- menti descaradamente.

Ele levantou a coberta, que antes cobria dos meus pés a cintura, para os ombros.

– Eu já volto, juro.

Com essas palavras ele saiu, me deixando sozinha.

Achei que não iria demorar muito, mas estava enganada.

Após uma hora, mais ou menos, a porta voltou a abrir.

Esperei por uma enxurrada de pessoas, com Vick na frente abrindo caminho, Olivia rindo atrás e agradecendo por estar tudo bem, Ene escondida um pouco atrás e aflita, e todas com os seus respectivos namorados.

Mas quem entrou foi justo que eu não queria.

– Oi – Reo disse fechando a porta atrás de si e vindo em minha direção. – Como você está?

– Bem – disse secamente, mas isso não fez ele hesitar por nem um segundo.

Ele caminhou confiante até o lado oposto de onde Gil estava e tocou com a mão o lugar, como se pedisse para sentar.

Assenti e ele o fez. Sorriu para mim e eu percebi o quanto a luminosidade do quarto fazia seus cabelos ficarem prateados. Ele era lindo, mas, infelizmente, não meu.

Afastei o olhar, querendo rapidamente parar de pensar em quando ele beijou Ada.

– Estávamos preocupados com você – ele tocou em meu cabelo, em tentativa de me fazer olha-lo.

Não sabia o que responder, não queria ser gentil e nem muito grossa, mas acabei falando a primeira coisa que veio em minha mente:

– Você deveria se preocupar com sua noiva, ela parecia bem abalada hoje...

– E é sobre isso que queria falar hoje, antes dela nos interromper...

– E o que eu teria haver com o que está deixando sua noiva abalada ou não...

– Vou começar do inicio, assim você vai compreender melhor.

Esperei que ele, como o professor de historia que é, começasse a falar do inicio da evolução humana, mas ele disse algo bem mais simples:

– Lembra-se daquela semana em você apareceu lá na minha sala, todos os dias?

Na semana de meu aniversario, dia em que eu e Reo conversamos por mais de 5 minutos pela primeira vez, em que eu o abraçara...

– Claro... Mas o que isso tem haver?

– Naquela semana, todos os dias até aquela quinta-feira, eu evitei falar com você. Eu não sabia o por quê, mas simplesmente ter que te chamar para conversar me deixava nervoso. No inicio eu achei que era por que você tinha muitos problemas e eu não iria conseguir ajudar, mas agora sei por que hesitei...

Ele não concluiu a frase.

Meu coração parecia que queria rasgar meu peito e se jogar em Reo. Eu não sabia o que falar, só queria ouvir o que ele tinha a dizer.

Olhei para ele e vi que encarava o chão.

– E por que? – o incentivei a continuar.

– Eu... – a porta se abriu atrás de Reo e a enxurrada que eu espera anteriormente entrou.

Do exato jeito que eu pensava eles adentravam o quarto.

– Da licença todo mundo! – Vick puxava Leo e ia pra frente da fila.

– Ainda bem que Alice está bem... – Olivia disse para Valentim, que estava segurando-a pela cintura.

– Será que ela está mesmo bem? – Ene disse ao fundo, andando calmamente ao lado de Lion, suas mão não se tocavam, mas pareciam unidos por um lindo elo.

Todas pararam ao ver Reo sentado na berrada da cama. Ele encarava a poltrona que havia no canto, que até então eu não tinha percebido.

– Vou deixar você com suas amigas... – ele sussurrou e acariciou levemente minha mão – Teremos essa conversa depois, eu prometo.

Ele se levantou cuidadosamente e com os mesmo paços firmes foi embora, mas dessa vez parecia lamentar a ida.


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Notas finais do capítulo

Bom gente, estou pensando em fazer uma one-shot do casal dessa fic. (Reo e Alice, que eu apelidei de Rice, por que amo arroz) Se vocês tiverem afim me falem que eu posto e mando o link.
Eu preciso mesmo de respostas por que não é uma coisa que eu estou acostumada a fazer, se tiver apoio ser bem melhor!
Comentem ai, com o que acharam do cap, se querem a One-shot e qualquer coisa que vocês quiserem comentar.
Beijos e fui
—Avia



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