Independence Day escrita por CelticSponsor


Capítulo 3
Um perigo obscuro


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/555968/chapter/3

**********

All of the things that I want to say

Just aren't coming out right

I'm tripping in words

You got my head spinning

I don't know where to go from here

—- Paul? -- Percy bateu na porta. Esquecera da chave.

—- Ah, olá, Percy! - seu padrasto abriu - O que está fazendo aqui? -- ele disse por cima dos óculos. Não era comum Percy visitar aquele apartamento, uma vez que os estudos em latim de Paul aumentavam a dislexia do garoto.

—- Eu queria te pedir um favor - Percy respondeu, da porta.

—- Entre logo rapaz. Não sou um... lestrigão - ele riu.

O garoto entrou no pequeno apartamento de Paul. Situado no Brooklin, era sua antiga residência antes de conhecer Sally e se casarem e... terem um filho. Ele nunca havia ido lá desde que Sally deu a luz à Juno. Juno Jackson Blofis era a irmã caçula de Percy. Na verdade era uma versão do Percy com os cabelos mais claros.

—- Cadê a maninha? Assistindo TV?

—- Não, ela está no carrinho, dormindo. Logo vamos para casa. - ele disse andando até o final do corredor entulhado de caixas e porta-arquivos. Percy o seguiu.

—- Hum...

—- E então Percy, o que quer me pedir? -- Paul chegou a um escritório com mais caixas empilhadas e se sentou à sua mesa. Percy andou até a cadeira mais próxima. Ele começou a lembrar-se do Acampamento e de Quíron em seu escritório... Balançou sua cabeça e começou a falar.

—- Você já deve estar sabendo que--

—- Você e seu pai estão impotentes, sim.

—- Impotentes?

—- Não me leve a mal, Percy. Eu apenas resumi.

—- Sim - o garoto pensou um pouco na conversa com o seu pai, em sua promessa de restaurar seus poderes - enquanto andava por aí, percebi que há dois modos das coisas se ajeitarem.

—- Quais são eles? - Paul sorriu, colocando os cotovelos na mesa. Para Percy, era estranho vê-lo de óculos. Lembrava o pai de Annabeth.

—- Primeiro: fazendo meu pai pedir desculpas para minha ‘sogra’.

—- Sua sogra... sua sogra... - ele estalou os dedos - Afrodite?

—- Não! Para Atena! Lembra? - ele se exaltou.

—- Ah sim! Okay. E a outra? - Paul pediu, enquanto ia até a janela observar o tempo.

—- Agradando a ela com um presente.

—- Você sabe que isso é clichê, não é? - ele se espreguiçou e continuou - eu não sei que presente agradaria uma deusa, Percy.

—- Ela derrotou meu pai e tirou nossa bênção. Isso pode afetar as coisas na Terra, Paul.

Ele ficou pensativo. Lembrou-se do que andava vendo nos noticiários. Podia haver alguma razão em cada acidente com água relatado. Então fitou os olhos verdes, e agora fundos, de Percy.

—- É possível que ela tenha guardado essa bênção?

—- Eu não sei. Mas acho que se ela nos tirou, ela ainda pode dar.

—- Percy, eu jamais pensei em algo dessa natureza. Um presente para uma deusa...

—- Deve ter algo que ela-- o bebê começou a chorar.

Paul correu para cuidar de Juno. Ela devia estar com fome ou algo assim. Enquanto isso, Percy observou os documentos em cima da mesa, que continham coisas confusas. Mas uma palavra ele conseguiu reconhecer, em um grego perfeitamente desenhado: κόρη. Cinco minutos depois havia um bebê gorducho no carrinho com a boca e bochechas azuis.

—- Desculpe Percy. O que eu dizia? Ah, sim, aqueles deuses são narcisistas e podem...

—-PAUL! TIVE UMA IDÉIA!

Percy abraçou sua irmã com entusiasmo e correu para a porta muito afoito e determinado. Ele sabia o que fazer agora.

—- PERCY, ME ENTREGUE O BEBÊ!

***************

'Cause it's you and me and all of the people

With nothing to do

Nothing to lose

And it's you and me and all of the people

And I don't know why

I can't keep my eyes off of you

—- Oi! Hylla! - Percy gritou das sombras e surgiu na frente da Amazona. Estava na companhia da Sra. O’Leary. Pelo menos seu cão Atena não tirou.

—- Percy?! O que faz aqui? Como, como conseguiu entrar? - a garota se assustou em seu trono. Como era de se esperar, lá estavam os escravos trabalhando com caixas de livros e objetos prestes a serem embalados e despachados.

—- Vim pelas sombras. Essa cadela aqui pode ir a qualquer lugar. - ele sorriu de cima do cão infernal, com uma euforia e esperança crescendo em seu peito - Você pode me vender o livro de Annabeth, “O Show de Dédalo”?

Ela pareceu pensativa. Ainda estava se perguntando como aquilo havia acontecido com ele. Como um semideus perde suas habilidades do dia para a noite? Ela mexeu no seu cinto dourado, sua relíquia, e respondeu.

—- Não.

—- Por quê? - o garoto ficou perplexo. - Eu preciso desse livro!

—- Eu vou dá-lo a você, Percy. Sabe, é apenas para não deixá-lo por fora das novidades mitológicas... é um agradecimento.

—- Como assim?

—- Você mudou meu modo de ver os garotos...

—- Verdade? Bem, eu fico feliz por isso! Obrigado Hylla! E cuide bem de seus escravos!

Enquanto a cadela andava para trás, ele foi envolvido pelas sombras, e, antes de sumir, ouviu a rainha dizer:

—- São só nossos namorados. E não estão merecendo descanso.

**********

Percy percorreu um longo caminho para concretizar suas ideias. O apito de Sra. O’leary continuava no bolso, assim como Contracorrente. Ele usou a caneta para escrever, uma vez que ela já não se transformava em espada. Rabiscou o livro com a sua definição de “presente para uma deusa” com muita dificuldade, buscou as instruções elaboradas por Dédalo e melhoradas por sua namorada (em grego). Ele sabia que aquilo daria certo. Com a ajuda da cadela e as peças certas, ele conseguiu o que pretendia. Rumou para seu destino.

Infelizmente, não percebeu que algo o seguia.

O Empire State Building. Bem, não é lá muita coisa. Pelo menos para humanos. Ali era a morada dos deuses, o grande monte de construções de mármore. Percy surgiu das sombras próximo do arranha-céu e pediu para a cadela esperar por ele. Guardou o livro e o objeto na jaqueta azul que estava usando e seguiu para a entrada.

Ali estavam. Todas aquelas pessoas sem nada para fazer, e nada a perder. A riqueza e o poder, mesmo humano, exalavam daquele hall. Ele se apressou em tirar a última dracma que sobrara de suas compras mágicas e mostrou ao segurança. Ele perdeu os poderes, não seus contatos.

—- Aqui, pegue a chave. Sabe o andar?

Percy caminhou decidido até o elevador, e logo seguiu para o 600º Andar, o Monte Olimpo.

Alguém ficou do lado de fora, acariciando uma cadela negra e peluda, enquanto o dia se tornava rapidamente noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sei que não estou seguindo a risca muitas das características... Obrigado por acompanhar!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Independence Day" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.