You belong with me. escrita por Nederland


Capítulo 22
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Fala ai galera!
Eu voltei! Eu sei que demorei um pouco e sei que algumas de vocês devem sentir falta de capítulos novos ( é claro que não sentem falta da autora, a única que sente é a Sabidinha, quando não esta com raiva de mim por algum dos infintos motivos que ela tem), então aqui vai mais um capítulo novo em folha!
Aproveitem o produto da minha mente!



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Inferno.

Eu queria jogar aquela porcaria de mala no chão e me deitar na cama.

Meu quarto estava uma bagunça, parecia uma zona de guerra. A única coisa arrumada no momento parecia ser a mala que estava deitada confortavelmente em cima da cama.

Eu queria que meu coração pudesse se organizar tão facilmente desse jeito.

Eu não falara com Luke desde que saira de seu quarto na noite passada, apesar de ele tentar frequentemente.

Por que ele tinha de ser tão idiota? Por que não poderia ser mais simples? Por que ele fez... Aquilo?

Lágrimas correram por meu rosto.

Eu queria gritar pela janela, xinga-lo de mil e uma coisas, mas eu não consigo, ele foi um idiota, o pior de todos. Ele não se importiu com meus sentimentos, muito pelo contrario, ele os amassou.

Chutei um dos bichos de pelúcia que estava no chão com força. O pequeno porco de pelúcia foi parar do outro lado do quarto.

Andei ate a pelúcia pegando-a e a apertando contra o peito. Luke havia me dado quando passamos meu primeiro aniversário juntos. Ele havia me entregado ela com um laço vermelho amarrado no pescoço e com uma grande rosa vermelha na mão combinando. Desde aquele dia eu sempre dormia com ele, era uma lembrança gostosa... Uma lembrança que se valia a pena guardar.

Dei um beijo na cabeça do porquinho e deixei-o em cima da cama,logo ao lado do travesseiro, cobrindo-o com o lençol até o pescoço. Poderia ser um ritual ridículo e infantil, mas eu nunca deixaria de fazer isso.

Três batidas compassadas na porta me tiraram dos devaneios.

–- Pode entrar.

Papai entrou. Seus cabelos loiros despenteados e seus óculos na ponta do nariz, a camisa xadres verde dobrada na altura dos cotovelos.

Ele sorriu.

–- Está pronta?

–- Acho que sim. - falei. - mas preciso de ajuda para fechar.

Eu me sentei na mala e ele começou a fechar o zíper com certa dificuldade.

–- Queria que você passasse o ano novo com a gente...

–- Eu tenho que visitar a mamãe, você sabe disso.

–- Eu sei, mas.... O que você leva nessa mala? - a mala estava apenas metade fechada e ele já estava respirando com dificuldade.

–- Coisas de mulher.

–- Coisas de mulher? Esta levando o guarda roupa inteiro?

–- Não, apenas o essencial.

–- Não podemos tirar nada? - ele voltara a tentar fechar o zíper.

–- Não, eu vou usar tudo que esta ai dentro. - resmunguei.

–- Você é realmente filha da sua mãe. - ele riu. - sempre quando viajavamos ela levava duas malas cheias de roupas, e não usava nem se quer a metade.

–- Eu vou usar essas roupas.

–- Claro. - ele ironizou.

–- Eu vou usar essas roupas. - repiti.

–- Não estou discordando. - respondeu.

–- Claro. - ironizei.

Ele sorriu levemente e fez mais esforço com a mala.

–- Onde vai ficar lá? Na casa dos seus avós ou com sua mãe e Clint?

–- Não faço a mínima ideia. - respondi.

–- Sua mãe não avisou? - ele indagou.

–- Não.

–- Ela continua irresponsável, e pelo que parece nem um casamento pode mudar isso.

–- Papai.

–- Desculpe, querida. - ele respondeu soltando a mala que finalmente estava fechada. - mas sua mãe deveria ao menos dizer isso a você.

–- Vai ver ela quer fazer surpresa.

–- Ou pode simplesmente ter se esquecido que você iria para lá.

–- Papai. - repreendi.

–- Está bem.

–- Além do mais, ela mandou um e-mail hoje de manhã...

–- Um bom sinal, ela se lembrou que sua filha vai visita-la e que ela tem um e-mail. Extraordinário. - ele resmungou.

Eu suspirei, mas dei um leve sorriso.

–- Vocês nunca vão parar de brigar? - perguntei.

–- Combinamos que no dia do seu casamento fariamos uma trégua.

Eu sorri.

–- Vai ser divertido ver isso.

–- É claro que vai.

Ele pegou a mala de rodinhas e saiu arrastando-a ate a porta do quarto. Ele parou com a mão em cima da maçaneta.

–- Lembre-me de te obrigar a limpar seu quarto quando voltar.

–- Ta legal.

* * *

Embarquei no avião respirando fundo. Voar sempre me deixa nervosa, algumas vezes é muito pior.

Sentei-me em minha cadeira e rescostei a cabeça no acento. Uma senhora de mais ou menos sessenta anos fez a mesma coisa poucos segundos depois, pegando em seguida uma bola de tricô vermelha e continuando a fazer um cachecol demasiadamente grande.

Respirei fundo novamente.

Eu apenas não gosto de voar, eu detesto voar. Mesmo que as possibilidades do avião cair fossem remotas, apenas a ideia de estar em um avião pelas próximas horas em um vôo ate a Inglaterra já não era nada bom.

Senti o telefone vibrar no bolso dos meus jeans. Mesmo já sabendo de quem era a mensagem eu abri o aplicativo e a li.

"Luke: Nick

Luke: pelo amor de deus, atenda seu telefone.

Luke: eu sei que você lê as mensagens.

Luke: por favor, vamos conversar.

Luke: eu sei que fui um cretino, um idiota, um merda, mas por favor, fala comigo.

Luke: nem que seja uma mísera mensagem.

Luke: eu sei que te machuquei.

Luke: mas por favor não me ignore."

O telefone vibrou novamente e mais mensagens surgiram.

"Luke: Nick, por favor.

Luke: eu sei que você esta online."

Suspirei.

"Nick: não posso falar nesse momento."

A resposta chegou instantaneamente.

"Luke: Nick, por favor.

Luke: eu preciso falar com você.

Nick: eu não posso agora.

Luke: Nick, por favor.

Luke: eu sei que fui um idiota, mas por favor, não desista."

Meu coração começou a bater dolorosamente contra o meu peito.

"Nick: como assim?"

Ele respondeu segundos depois.

"Luke: não desista de mim.

Luke: eu quero uma chance.

Luke: eu não consigo parar de pensar naquele beijo, desde aquele momento.

Luke: faz dois dias que eu não durmo direito. Eu não consigo parar de pensar em você, em tudo que se refere a você.

Luke: desde os posters ridículos que você me ajudou a colar nas paredes do meu quarto até o lugar onde você sentou na minha cama."

Meu coração estava quase pulando para fora de mim e dançando a Macarena.

Mais mensagens chegaram.

"Luke: por favor, mesmo eu não merecendo, mesmo eu sendo um babaca, um idiota, um bosta, um merda, eu quero uma chance.

Luke: não desista de mim.

Luke: Depois dessa, se eu fracassar, você pode nunca mais falar comigo, pode nunca mais me olhar, pode até mesmo me manter fora da sua vida.

Luke: você me daria a ultima e definitiva chance?"

Meus dedos foram ao teclado, mas um pigarreio me fez voltar a atenção para cima. Uma aeromoça estava me olhando feio logo ao lado da velhinha.

–- A senhorita poderia por favor desligar seu telefone? - sua voz era fina e quase chegara a arranhar meus tímpanos.

–- Só mais um minuto por favor. - pedi quase suplicando.

–- O avião já vai decolar, por favor desligue o telefone, você poderá voltar a liga-lo quando chegarmos a Londres.

–- Mas é muito importante que eu...

–- Com certeza não é mais importante do que os compromissos das outras pessoas que estão no avião.

Seu sorriso era mal.

–- Certo.

–- Então por favor desligue-o e guarde-o ate o final do vôo.

–- Sim, senhora.

Seu sorriso se desfez por alguns segundos.

–- Não seja boba, eu tenho quase a sua idade, não me chame de senhora.

Ela saiu desfilando entre as cadeiras perguntando a outros passageiros se eles gostariam dr alguma coisa.

–- Duvido que ela conseguisse parecer com a sua idade nem se tivesse todo o creme anti-rugas do mundo. - a velhinha que antes estava entretida com seu cachecol de tricô sorriu pra mim e estendeu a mão enrugada. - meu nome é Sally.

–- Nicole. - sorriu apertando a mão dela.

–- Estava falando com seu namorado querida?

–- Não... Eu acho. - falei desligando o telefone.

Durante o resto da viagem eu conversei sobre muffins de chocolate, aprendi a fazer tricô e pensei cada segundo da viagem em minha resposta para Luke.


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Notas finais do capítulo

Se alguma leitora estiver com raiva, deixe sua revolta em um comentário.
Bye bye



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