Tudo por Um Olhar escrita por JubaDAzvdo


Capítulo 3
2. Purgatório


Notas iniciais do capítulo

Tb não foi betada, logo o será.
Bjuxxxxxxxx
^_^
Divirtam-se!!!!



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2. O Purgatório.

       Mas nossa vida, juntos, não foi só flores, afinal estamos em Jerusalém e por mais que eu a amasse ainda havia a guerra que eu travava contra seu irmão, Saladino, que, obviamente, não aceitou a noticia muito bem, resumindo Safira foi repudiada pela família.

       Safira ficou triste, mas acho que ela já sabia que isso iria acontecer então sua tristeza não pareceu durar muito, logo, ela já era ela mesma novamente, de dia na biblioteca com Sibylla aprendendo francês e latim, as duas eram muito amigas, à noite comigo.

       Quem me dera se os problemas morassem somente fora do castelo, pois dentro do palácio os Templários liderados por meu cunhado, Guy de Luisignan, não tornaram as coisas fáceis, pressionavam os outros membros da corte a se rebelarem contra minha situação com Safira, ainda mais depois que eu havia declarado que ela era minha noiva e que todos deveriam tratá-la como tal. Achei que como eu era o príncipe, no auge de minha inocência juvenil, cheguei a acreditar que o anuncio que fiz diante da corte, seria suficiente para os forçar a respeitá-la com tal, pelo menos, nenhum seria louco para destratá-la na minha presença.

       Com a desaprovação de Godfrey foi mais difícil de lidar. Lembro-me de uma reunião que tive com ele e Tberias, o assunto era a situação em que eu vivia com Safira.

       -- Godfrey, Tiberias, meus amigos. Se o problema repousa no fato de não sermos casados, então que nos casemos. – respondi.

       O Tiberias olhou para o Iblin como se pedindo ajuda. Este se limitou a sacudir a cabeça, sinalizando que não iria interferir.

       -- Os nobres falam por suas costas meu príncipe. – fala o Tiberias preocupado. – Os Templários, eu não sei por quanto tempo eles ainda vão ficar sem agir. Por suas costas Guy os incita, chamam Safira de bruxa e a acusavam de ter enfeitiçado você.

       -- Safira não é bruxa! – falei exaltado.

       -- Como será um rei sem o apoio de sua corte? – perguntou  Tiberias. – Agora você é jovem e está visivelmente apaixonado, mas quando for mais velho perceberá que precisará se casar para fortalecer os vínculos políticos. E então,  pergunto o que fará com essa moça?

       -- Tiberias tem razão. – disse Iblin. – Meu príncipe, o senhor não percebe o que fez a essa moça?

       -- O que quer dizer? – perguntei confuso. Nunca gostei de discordar de Iblin. O Barão era meu melhor amigo e eu tinha por ele muita consideração, então, logo ele me perguntar se eu não havia percebido  o que havia feito a Safira, como se me acusasse de tê-la ferido.

       -- O senhor a desonrou. – falou Godfrey com calma. – Ela não tem mais família... – O Barão calmamente falou. – Dentro do castelo ela já tem uma longa coleção de inimigos, somente pelo simples fato de ela estar aqui.

       -- Está querendo me dizer... – agora eu estava acuado. – que eu...

       -- Meu príncipe, o senhor cego pela paixão destruiu qualquer perspectiva de futuro para essa moça. – falou Tiberias. – Ela nunca poderá ser sua esposa e nunca será esposa de ninguém, no máximo será sua amante e nada alem disso. Sem falar que mesmo que fosse possível... os Templários nunca permitiriam que isso acontecesse.

       -- Obrigado meus amigos por me mostrarem meus erros e me alertarem dos perigos que Safira corre dentro desses muros. – falei depois de um longo momento de silêncio, encerrando a conversa e saindo da sala.

       Safira me esperava em meu quarto. Seus cabelos negros estavam presos na forma de uma trança, ela vestia uma delicada camisola branca que lhe cobriam até os pés. Eu estava transtornado, as palavras de Tiberias e de Godfrey ainda estavam em minha mente.

       -- O que lhe queriam falar? – me perguntara preocupada.

       Assim que a olhei, ela estava tão linda. Então como por mágica nada que me fora dito me atormentava mais. Sim, eu deveria estar enfeitiçado, pois eu a amava e me casaria com ela. Eu repararia o mal que fiz a ela, não por culpa, mas porque ela merecia uma vida honesta.

       -- Nada. – falei lhe acariciando o rosto. Silenciosamente fiz uma prece para que eu me casasse com ela  – Nada que nos afete. – a beijei delicadamente.

       Levei Safira até a cama e tirei sua camisola, a deixando nua diante de meus olhos.

       Fizemos amor. A cada beijo que lhe dava, a cada toque, a cada gemido dela, eu rezava para que Deus me permitisse casar com ela.

       Passaram-se meses, eu a amava cada dia mais, em exata proporão os Templários a odiavam cada dia mais, a situação já havia chegado ao extremo de tentarem assassiná-la.

       Como sempre durante o dia Safira na biblioteca, porém estava sozinha Sibylla havia saído para atender um chamado de seu marido, durante esse tempo um homem atacara minha miragem um punhal, felizmente, Safira sabia lutar com facas, ela não só conseguira desarmar o agressor como o matara, minha irmã havia voltado a tempo de ver o desfecho da luta. Claro que os Templários estavam envolvidos, com certeza que meu cunhado estava por trás disso, o que me colocava em uma posição bastante delicada. Eu não podia tomar nenhuma atitude diretamente contra ele e também não podia ignorar a situação, então desde aquele dia Safira não ficava sozinha em nenhum momento, quando eu não estava por perto ela ficava aos cuidados de minha irmã Sibylla, que desde o ocorrido não se desgrudava mais dela em nenhuma circunstancia. Desde o ocorrido o clima dentro do palácio estava cada vez mais tenso, devido a isso com freqüência eu a mandava passar algumas semanas em Iblin. Godfrey e Safira eram muito amigos desde que ele a trouxera para mim.

       E assim passaram se quase um ano.

       Quando eu pensava que os Templários haviam se conformado, acontece uma nova tentativa contra a vida de Safira, alguém danificara as amarras da cela de seu cavalo, por sorte ela estava em visita a Tiberias que percebeu as amarra propositalmente danificadas, foi por muito pouco. Diante da segunda tentativa  decidi que iríamos visitar Iblin juntos.

       Chegamos em Iblin ao entardecer, Godfrey nos recebeu com muita alegria, rapidamente já estávamos acomodamos num dos melhores aposentos de sua casa.  Enquanto Safira tomava um banho, eu e meu amigo conversávamos sobre o novo atentado:

       -- Então tentaram matá-la de novo? – perguntou Godfrey preocupado. – Meu príncipe, eu o conheço desde que era um menino, o tenho como a um filho, portanto lhe digo a situação no castelo está insustentável. Safira a cada dia corre mais perigo, se as coisas continuarem assim logo, logo, quem a quer ver morta irá conseguir.

       -- Eu sei. – respondi aflito.

       -- Não pode se desdobrar em governar e proteger Safira das investidas de Guy para sempre. – Godfrey parou por um momento, como se procurasse as palavras. – Não seria melhor... deixá-la de vez aqui, em Iblin? Aqui todos a adoram, ela estaria segura, bem cuidada. Sem a constante preocupação de atentados contra sua vida.

       -- Eu já pensei nisso, mas eu não suportaria viver sem ela por perto e Safira não aceitaria isso, mesmo que fosse para a sua segurança. – falei tristemente.

       -- Então, o que pretende fazer? – perguntara Godfrey sério.

       -- Ela não é só uma paixão juvenil, Godfrey. Eu a amo realmente e só não me casei com ela por medo, se como minha consorte o clima do palácio é tenso, como minha esposa o castelo seria inabitável. – eu realmente estava entre a cruz e a espada. Meu pai até agora havia feito vistas grossas para meu romance com Safira, mas se eu resolvesse me casar os Templários iriam ganhar seu apoio e contra ele eu não iria conseguir protegê-la.

       Nossa conversa rapidamente mudou de rumo com a aproximação de Safira, a noite estava linda, sem nuvens no céu, as estrelas brilhavam, a lua cobria até onde a vista alcançava com seu manto de luz prateada. Eu, Godfrey e Safira conversamos sobre assuntos amenos ao redor de uma fogueira até quase o amanhecer.

       Em Iblin, nós estávamos livres de todos aqueles olhares irados nos julgando, passeávamos de mãos dadas durante o dia, andávamos a cavalo, podíamos nos dar ao luxo de sermos um casal de adolescentes apaixonados.

       Já estávamos em Iblin há um mês quando aconteceu. Em uma tola brincadeira, em um simples jogo, eu e um dos homens de Iblin estávamos treinando a luta com espadas, Safira nos assistia da varanda em companhia de Godfrey, de repente, acidentalmente, num lance do duelo a espada do homem escorregou causando um corte profundo em meu braço, o sangue jorrava pela ferida, porem eu não sentia dor, só me dei conta do acontecido por causa da expressão no rosto do pobre homem.

       O corte precisou de pontos, Godfrey assistiu a todo o processo com um rosto muito sério parecendo avaliar minhas reações.

       -- Está sentindo muita dor, meu Príncipe? – me perguntava o barão.

       -- Não muita. – eu respondia sem entender a pergunta, mas por mais estranho que fosse eu realmente não sentia dor.

       Os primeiros cuidados médicos foram ministrados lá mesmo, porem Godfrey insistia para que eu retornasse ao palácio para ser examinado pelos médicos reais.

       Uma vez de volta ao palácio, os médicos examinaram o ferimento e concluíram que eu estava bem. Safira esteve comigo o tempo todo, sua expressão parecia imitar a de Godfrey, muito séria e preocupada, me perguntando constantemente sobre o que eu estava sentindo.

       Na manhã seguinte a meu retorno, Tiberias veio me visitar em companhia de minha irmã, ele havia vindo me comunicar que meu pai já estava a caminho de Jerusalém, devendo chegar por volta do final do mês. Os dias se passavam e dia após dia os médicos vinham trocar os curativos, vigiados de perto por Godfrey, que decidira ficar em Jerusalém até que eu ficasse curado, e Safira. O ferimento não parecia curar e dele começava a se desprender um cheiro adocicado, preocupando os médicos. Não demorou muito para descobrirem que eu tinha lepra. Para mim, receber a noticia foi devastador, não por minha causa, mas por causa de Safira. O primeiro pensamento que me veio à cabeça era que pouco me importava se eu morresse jovem, minha maior agonia era o que iria acontecer a ela depois que eu partisse.  Imediatamente após saber que eu tinha lepra, ordenei que arrumassem um quarto para Safira, ela não dormiria mais comigo. Ela estava apavorada e eu não podia transparecer que estava tanto quanto ela. Eu tinha que ser forte diante de Safira. A verdade era que depois que tomamos conhecimento da doença, nossa relação ficou seriamente abalada por brigas infindáveis, parte delas provocadas de propósito por mim tentando afastá-la. E foi nesse clima de pesar e medo que meu pai chegou em Jerusalém

       Godfrey pessoalmente escoltá-lo até Jerusalém, nunca vou me esquecer das lagrimas que vi nos olhos do Barão ao contar para o meu pai que eu era leproso.

       E foi em meio a essa desgraça que eu encontrei uma luz para minha situação com Safira.

       Meu pai era só pesar pela minha situação, então decide me utilizar da doença a meu favor. Leproso, apodrecendo ainda vivo, eu nunca iria precisar me casar para fortalecer laços políticos. E foi com isso em mente que na segunda semana de meu pai em Jerusalém eu pedi-lhe que viesse me ver.

       -- Pai. – parei por um momento, escolhendo as palavras. – Estou seguro de que o senhor já sabe de todos os detalhes da atual situação em que vivo com Safira. – diante do silencio dele, prossegui. – Desde que eu soube de minha doença, venho ponderando as conseqüências de meus atos inconseqüentes na vida dela. Eu assumo toda a responsabilidade do que aconteceu, fui eu que propus os encontros desde o inicio, logo, se Safira, hoje, é vista como uma vergonha por a família, a culpa é minha. – respirei fundo e finalmente falei. – Sendo assim, peço sua benção para reparar o mal que fiz a essa moça, casando-me com ela.

       Meu pai ficou em silencio por alguns momentos, ponderando minhas palavras. Enfim falou:

       -- Eu conheci essa moça, assim como ouvi coisas sobre ela. –  respirou fundo. – Ela parece despertar sentimentos diversos entre os nobres. Muitos a odeiam, chegam até a chamá-la de bruxa, outros, como sua irmã, Godfrey e Tiberias, parecem gostar muito dela. Sendo assim, tenho certeza que meu filho está ciente de que  a grande maioria da corte não aceitaria tal união.

       -- Se o senhor, realmente, conheceu Safira sabe que todas as coisas negativas que falam a respeito dela são infundadas. – estava decidido a ter uma conversa puramente racional, não deixando meus sentimentos por safira transparecerem. – O que estou pedindo ao senhor é que me deixe tirar esse peso de minha consciência.

       -- Não nada que eu lhe negue, mas casar-se com essa sarracena... Eu não posso permitir.

       -- Meu pai... – estava à beira das lágrimas. Parei respirei fundo. –  estou doente, eu tenho lepra, talvez eu não chegue a completar trinta anos. Nunca vou me casar. Tudo o que estou pedindo é que permita que eu dê uma vida honesta a ela, é tudo que lhe peço. Após o casamento eu prometo-lhe, que Safira não vai mais morar no palácio. Ela irá viver definitivamente sobre os cuidados do Barão de Iblin. – aquilo não foi uma idéia que me aparecera na hora, eu já havia pensado nisso antes. E agora, leproso, eu não iria suportar ter Safira por perto me assistindo apodrecer. Suas visitas eram dolorosas para ambos, seu rosto claramente estava perdendo a cor. Ela mal se alimentava, o brilho desaparecera de seu olhar, se ela continuasse por perto, eu teria que lidar também com seu crescente estado de melancolia, o que só iria piorar o meu estado.

       Mais uma vez, meu pai ficou em silêncio. Meu coração estava apertado, aquele era o meu sonho, desejo que eu precisava realizar enquanto a doença ainda não era visível.

       -- Devo lhe comunicar que estou voltando para a França amanhã. – falara já se levantando.

       Copiei-lhe o movimento, quase desesperado chamei-o -- Pai... – ele me interrompeu.

       -- Quanto a seu pedido... Eu não abençôo essa união. – falou de costas para mim. Lentamente se virou para me olhar, encarando meu rosto já manchado pelas lagrimas. Percebi tristeza em seus olhos, quando falou. – Porém, nada farei para impedir esse casamento, sendo assim, adeus. – Eu havia conseguido, me deixei cair sentado na cadeira, completamente, esgotado. As lagrimas fluíam de meus olhos como uma nascente, afundei meu rosto em minhas mãos e me permiti chorar como nunca.

       Foi surpreendente para mim a reação de Safira diante da noticia de que nos casaríamos e que logo após a cerimônia ela iria viver em Iblin, achei que ela fosse ficar protestar, gritar, chorar, qualquer coisa, porém ela não demonstrou nenhuma emoção. Simplesmente se limitara a dizer: “Como quiser”. Aquelas duas palavras me doeram mais do que qualquer coisa. Eu estava certo, ela não podia viver mais no palácio, se Safira permanece ao meu lado ela iria definhar, já estava definhando. Seus olhos sempre inchados de chorar, a cor parecia ter abandonado sua face, a tristeza por minha condição a estava consumindo.

       O casamento aconteceu ao meio dia, um mês após a partida de meu pai. Foi uma cerimônia simples e restrita realizada em uma saleta reservada. Os convidados se limitavam a Sibylla, Godfrey, sendo que esses eram os padrinhos, alem deles só havia Tiberias. Safira estava linda em seu vestido de noiva feito às pressas, por mais estranho que pudesse parecer nem eu, nem ela estávamos felizes, as lagrimas que rolavam por nossas faces eram de tristeza. Irônico, não, eu havia rogado tanto a Deus que me permitisse casar com ela e agora estávamos ali nos casando, porém não iríamos ficar juntos.

       A conversa que tivemos após nosso casamento foi com certeza um dos momentos mais difíceis de minha vida. Assim que acabara a cerimônia Safira se retirara para seus aposentos, alegando ter que terminar de preparar as malas, ela partiria na amanhecer do dia seguinte com Godfrey.

       Bati na porta, pedi para entrar.

       -- Posso entrar? – perguntei sem jeito. Safira estava parada olhando pela janela, seus cabelos soltos dançavam ao sabor da brisa, sua expressão era de  surpresa por me ver ali.

       -- Sim. – respondeu desconfiada.

       O quarto dela era bem menor que o meu, o aposento estava totalmente limpo de qualquer vestígio dela, aquilo me incomodou.

       -- O que deseja? – perguntou ela sem emoção.

       -- Eu vim me despedir. – falei tentando conter ás lágrimas. Eu já ia saindo do quarto quando a ouvi falar.

       -- Você virá me visitar algum dia? – sua voz era chorosa. Rapidamente, eu fechei a porta, corri ao seu encontro a abraçando forte. Estávamos chorando nos braços um do outro, tal como quando ela veio para o castelo.

       -- Eu não sei, eu não sei. – era só o que eu conseguia dizer em meio às lagrimas. Eu escondia meu rosto em seu cabelo, numa busca louca de lhes sentir ao máximo o perfume que deles se desprendiam. – Você não pode ficar aqui, eu não quero que você assista a evolução da doença. Quero que se lembre de mim como eu sou agora. – Afastei-me um pouco para poder lhe ver o rosto lavado de lágrimas. – Eu te amo.

       -- Eu sei, também te amo. – ela me dissera entre soluços. – Eu entendo, eu também não suportaria vê-lo assim.

       -- Então vá com Godfrey e me prometa se cuidar. – pedi-lhe.

       -- Eu prometo.

       Vê-la partir com Godfrey foi como se me arrancassem um pedaço de mim. Safira fora para Iblin levando com ela meu coração. Após sua partida eu me trancara no quarto, quebrara tudo, em meio aquele caos eu chorara por três dias.

       Com o tempo voltei retomar as atividades de dirigente, pelo menos enquanto a doença ainda me permitisse fazê-lo. Passaram-se seis meses. Dentro desse tempo recebi esporádicas missivas de Safira me falando de sua vida em Iblin e de como sentia minha falta. Suas cartas sempre me eram como um copo de água no deserto, eu as lia e relia, chorando extasiado. Conseguia em minha mente vê-la me contando tudo o que ela escrevia, por meio daquelas letras no papel eu podia ver-lhe o rosto, ouvir-lhe a voz, me causando sempre um misto de felicidade e melancolia. Eu não as respondia, não havia nada a lhe dizer, pelo menos nada que eu precisasse dizer. Ao invés disso eu mandava um mensageiro levando cartas minhas a Saladino, onde eu explicava minha presente situação, tentando convencê-lo a receber Safira de volta na família.

       Após quase um ano de cartas para Saladino, ele finalmente manifestou reação. Eu soube por Godfrey que Saladino mandara uma comitiva buscar Safira em Iblin e que ela fora com eles. Depois disso as cartas dela pararam era como se nada tivesse sido real.

       O único sinal de tudo fora real, que um dia Safira havia adentrado na minha vida, era a dor e o vazio que eu sentia e que como amigos fieis me acompanharam até a morte.


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Notas finais do capítulo

REVIEWS!!!!!!!!



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