Surreal - Art and Insanity escrita por Jess


Capítulo 5
Capítulo 5 - Sessão


Notas iniciais do capítulo

Olá, estou adorando os comentários
Tenham uma boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/555841/chapter/5

"A sessão será aqui, em seu quarto", ela falou sentando numa cadeira que outro enfermeiro havia trazido. Eu permaneci deitado em minha cama, olhando o této. Mas minha mente estava a todo o vapor.

Já havia imaginado que haveria uma sessão, sempre que há uma sessão, um dia antes eles trocam os remédios. Normalmente dão um remédio que me deixa calmo, as vozes da minha cabeça falam em tons quase inaudíveis e os sonhos que tenho acordado são quase translúcidos, mas o remédio que tomo antes das sessões faz com que as vozes sejam audíveis e coordenadas. Posso ouvir e perceber o quanto são diferentes.

Agora podia ouvir a voz menos irritante, a que ouvia algumas vezes em minha infância, era a voz de um amigo imaginário que se chamava Albert. Ele dizia algo que eu já havia percebido no instante em que a Doutora adentrou meu quarto.

"Agora eles querem te deixar a vontade para te abrir, como se você fosse um sapo que precisa ser mutilado para a dissecação" ele falou cheia de ódio.

"Vamos começar?", ela anunciou pegando uma caneta que estava em seu jaléco.

"Qual a data de seu nascimento?", ela perguntou, era a primeira pergunta que a maioria fazia. Talvez quisessem saber se ainda lembrava minha idade depois de tantos remédios, ou saber se eu lembrava que um dia nasci. Eram sempre perguntas simples que não respondia.

Depois das perguntas fáceis vinham questões hipotéticas e toda aquela baboseira Freudiana. Preferia não responder as fáceis, não permitir que tivessem trabalhos fáceis.

Bons profissionais podem ficar muito frustrados ao não conseguir nada além dos diagnósticos óbvios. Eles querem mais, então entra novamente a questão do ego.

Alguns segundos de silencio se seguiram, ela esperava por minha resposta. Eu continuava a fitar o této.

"Sente falta de sua família?", ela perguntou tentando parecer menos dura, ela era esperta...

Perguntar sobre a família de alguém como eu pode resultar em gritos histéricos e ataques de fúria, e ela queria qualquer reação, qualquer coisa seria um avanço. Doutora Fisher sabe que perguntar sobre a família, traz lembranças; no meu caso lembranças ruins, e ela quer se aproveitar disso. Mal sabe ela que não sou do tipo "psicopata impulsivo".

Ela quer jogar, não vejo problema algum em distrair-me um pouco e posso até livrar-me desse novo abutre branco


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Surreal - Art and Insanity" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.