Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 32
More Than This!


Notas iniciais do capítulo

Não vou nem comentar sobre esse meu atraso em postar, por que vocês sabem, isso só acontece por motivos realmente importantes.
Mas enfim, aqui está mais um capitulo para vocês...
Estávamos quase na reta final, por que sim, eu já tenho um final para a fic, mesmo que me doa muito dizer isso!
Espero que gostem... Me perdoem e Aproveitem a Leitura!



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POV Jayden

Eu sabia que mais cedo ou mais tarde eu a encontraria por ai em algum lugar, eu só não esperava que fosse tão rápido. Tudo bem, já se passaram três meses e alguns dias que eu não à via, porém eu não pensei que assim que a visse meu corpo fosse reagir de forma tão fraca como reagiu. Quando eu ouvi o som da sua risada e vi a figura da mesma exatamente do jeito q eu me lembrava, eu simplesmente não tive forças para esconder a saudades, o amor e a mágoa que eu sentia pela mesma. Minha sorte foi que ela estava tão surpresa e em choque quanto eu e por isso não percebeu minha reação. Ela estava tão bonita, mas tão diferente, suas roupas, sua atitude e a figura pálida davam lugar a uma outra Poppy que eu não conhecia. Nos poucos segundos em que compartilhamos o mesmo espaço, ela não se manifestou, depois de pouquíssimos segundos da minha entrada ela se despediu de Dorian e depois se virou para sair. Ela me olhou e quando eu encarei aquele olhar perdido, senti vontade de esquecer tudo, esquecer que ela havia me deixado, que me trocou por outro dois dias depois de eu ser preso e ela declarar que nunca me deixaria. Por aquele olhar eu poderia esquecer tudo.

– Qual é! Quando vocês vão admitir que ainda são loucos um pelo outro?

Dorian falou em tom de frustração e eu a encarei, mas não disse nada por alguns segundos.

– Sem querer ser grosso, mas acho quer você deveria se preocupar com esse bebê e não com a minha relação com a Poppy!

Ela me lançou um olhar de raiva mal contida e eu apenas a olhei impassivo, aquele não era mais um assunto a ser discutido, tudo que aconteceu entre Poppy e eu foi bom, na verdade foi incrível, mas eu acho que já estava na hora de tudo isso ter um fim e já que ela tinha arrumado uma ótima forma de me superar, eu já tinha em mente uma maneira perfeita para deixa-la para trás também.

– Jayden? Você está me ouvindo?

– Claro que estou! Só me distrai um segundo.

***

Eu estava em um hotel qualquer que eu nem me importei em ver o nome, apenas liguei para ela e aqui estávamos nós.

– Eu juro que fiquei surpresa quando me ligou e até pensei em não vir depois daquele episódio com os vídeos.

Ela comentou em meio aos beijos que trocávamos, eu não queria pensar muito sobre isso, por que se eu pensasse acabaria desistindo e a única coisa de que desisti foi dela.

– Bom você veio, então chega de conversa!

Falei enquanto tirava seu vestido e a sentia sorrir sobre minha pele.

Sempre tão carinhoso.

Ela comentou enquanto caiamos sobre o colchão.

– Mas mesmo assim você gosta.

Eu não queria mais falar, eu não queria ouvir a voz dela, pois sei que me arrependeria disso, para ser claro, sei que vou me arrepender disso de qualquer maneira.

***

Julian dormia tranquilamente ao meu lado enquanto eu pensava no que aconteceu. Ato que já estava me deixando com dor de cabeça. Levantei-me e fui tomar um banho. Quando voltei ao quarto ela ainda dormia e não me incomodei em acorda-la; Não queria ser grosso ou estúpido com ela depois do que houve. Peguei minhas coisas, escrevi um bilhete e quando saí do hotel deixei tudo pago. Fui até uma cafeteria e me sentei em uma mesa ao lado de fora e enquanto bebia meu café, fumei uns três ou cinco cigarros. Sim, eu estava nervoso por que eu ainda não conseguia tirar a imagem dela da minha mente ou seu cheiro das minhas narinas. Respirei fundo e depois de mais um tempo ali pensando, resolvi ir para casa. No meio do trajeto ela ainda estava ali, a imagem dela ainda rondava minha mente.

– Merda!

Resmunguei enquanto batia a mão no volante. Poucos minutos depois cheguei ao meu apartamento, eu só queria beber algo forte e dormir por semanas, mas isso não foi possível por que quando o elevador se abriu e eu cruzei o corredor, meu corpo travou ao vê-la ali. Eu pisquei e quase me bati achando que era um sonho. Ela levantou a cabeça e me encarou e ficamos assim por alguns segundos até eu quebrar o silêncio.

– O que você quer aqui?

Não consegui esconder o desprezo em minha voz, eu estava com raiva dela, com raiva de mim... Com vontade de mata-la.

Ah como eu queria beija-la! Ela deu um passo para trás como se tivesse sido empurrada e depois de mais alguns segundos de silêncio, ela se manifestou.

– Para ser sincera, eu não sei bem o porquê, eu só estava andando e daí quando percebi já estava aqui.

Ela falou com seriedade, mas não parecia convicta de suas palavras. Coloquei a mão no bolso e peguei as chaves.

– Pois pode voltar de onde veio, Não quero você aqui!

Falei sério e quando passei pela mesma ela segurou meu braço e eu travei novamente.

– Jayden... Eu sei que não mereço, mas, por favor...

Ela estava com a voz meio embargada e eu podia sentir seu olhar fixo em meu rosto. Respirei fundo e me soltei dela indo abrir a porta sem dizer nada. Entrei no apartamento e deixei a porta aberta, eu não devia, mas deixei. Andei até a cozinha e me servi uma dose forte de wisk bebendo o líquido de uma vez e sentindo aquela queimação na garganta.

Quando me virei ela estava lá, encostada na soleira da porta me olhando com um olhar perdido. Ela segurava a bolsa com firmeza, como se ela fosse algo que a mantivesse firme ali.

– Pode me servir um pouco?

Fiquei surpreso com isso, mas fiz o que ela pediu e aproveitei para beber mais uma dose. Encarei Poppy enquanto a mesma bebia o liquido de uma vez e sem fazer ao menos uma careta. Ela deixou o copo na bancada.

– Obrigada.

Eu não disse nada, apenas encarei as paredes da cozinha e o silencio reinou no local por alguns minutos.

– Já decidiu o que veio fazer aqui?

Perguntei sem encara-la. Ouvi a mesma suspirar.

– Acho que pedir desculpa, mesmo sabendo que nada vai amenizar ou justificar o que fiz.

– E o que você fez Poppy?

Perguntei, e ela demorou a me responder dessa vez. Eu ainda não havia olhado para a mesma.

– Eu... Hm... Te deixei quando você mais precisava.

O desconforto em sua voz era mais do que notável.

– Só isso?

Perguntei com a voz carregada de cinismo. A Ouvi bufar e se fosse em outra situação, eu teria sorrido por isso, mas não era o caso dessa vez.

– Não. Não foi só isso... Acho que o pior foi eu ter me envolvido com o Logan.

– Ah você acha?

– Jayden, por favor!

Eu já estava cansado de tudo e a irritação começava a tomar conta de mim e então comecei a andar de um lado para o outro.

– Não me venha com esse “Jayden, por favor!” Você só pode estar brincadeira comigo se achou que eu seria gentil com você depois de tudo. Você quer flores também?

Perguntei exasperado e irritado. Ela ficou me encarando um pouco surpresa, mas eu não me importei com isso. Encostei-me no armário deixando a bancada entre nós e a encarei.

– Por que você fez isso Poppy?

A pergunta pareceu a pegar de surpresa, pois ela me encarou e demorou mais ainda para me responder dessa vez e quando respondeu só me deixou mais irritado.

– Eu não sei.

Olhei incrédulo para a mesma. – Não sabe?

Perguntei deixando toda a raiva que eu sentia por ela transparecer na minha voz. Tentei respirar fundo e não olhar para ela, então virei de costa para a mesma.

– Jayden...

De repente só por ouvir a voz dela minha raiva pareceu aumentar, a ponto de me fazer pegar o copo que antes eu bebia e jogar o mesmo na parede atrás de Poppy. O susto fez com que ela pulasse de susto. Depois de alguns segundos me encarando com os olhos arregalados, ela virou a cabeça para trás e olhou os cacos de vidro no chão a poucos centímetros dela e depois voltou a me encarar assustada.

– Acho melhor eu ir!

Ela se virou e saiu andando, mas eu não ia deixar as coisas por isso mesmo. Sai andando nervoso atrás da mesma.

– É sempre assim não é? Quando as coisas ficam difíceis, você corre!

Falei nervoso e mais alto do que pretendia e nesse instante ela parou com a mão na maçaneta. Ela soltou a mesma e me encarou nervosa também.

– Eu fujo? Pelo contrário, eu enfrento meus problemas sim, você não tem o direito de me julgar!

– Enfrenta mesmo? Então por que estava fugindo agora? Por que agiu feito uma vagabunda ao invés...

Não pude terminar por que quando me dei conta à ardência já pulsava no lado direito do meu rosto. Olhei para Poppy e ela estava com a respiração acelerada e ela segurava uma das mãos. Foi ai que percebi, ela havia me batido. Fechei meus punhos com força e me virei ficando mais uma vez de costa para ela. Eu precisava bater em alguma coisa, e eu não quebraria só um copo dessa vez, não seria o suficiente.

Andei até o quarto e quando dei por mim os cacos já estavam pelo chão e o sangue escorrendo da minha mão. Sério, eu tenho que parar de quebrar as coisas quando estou nervoso, isso está me saindo muito caro. Sentei-me na cama e fiquei olhando o sangue escorrer pela minha mãe e cair no chão. Eu fiquei assim por alguns segundos, não me importava com a dor, eu nem sentia a dor. Continuei lá parado até ver alguém entrar no quarto e andar até o banheiro. Não precisei virar meu rosto para saber que era Poppy ali, eu só fiquei surpreso. Ela não iria embora? Sua figura me chamou a atenção quando a mesma apareceu a minha frente com a caixa de primeiro socorros nas mãos. Nenhum de nós disse uma palavra. Ela se ajoelhou a minha frente e abriu a caixa tirando álcool e algodão da mesma; Então depois de respirar fundo, ela pegou a minha mão e falou.

– Fique parado.

Foi então que eu percebi que ela estava ou havia chorado. Seu rosto estava levemente molhado pelas lagrimas e seu nariz estava vermelho. Eu a encarei enquanto ela fazia o curativo sem me olhar nenhuma vez sequer. Eu a olhava e tentava entender o que se passava em sua mente. Se ela desistiu, por que ainda estava ali? Eu não conseguia entender. Ela acabou o curativo, guardou as coisas e as levou de volta para o banheiro. Quando voltou ao quarto, eu a encarei, mas ela estava disposta a não me encarar, pois ao invés de me olhar, ela olhou para o sangue no chão e então murmurou.

– Me desculpe!

Desculpas... Ela só conhecia essa palavra? Não eram suas desculpas que eu queria ouvir agora. Eu apenas a olhei e ficamos assim, até que não me pergunte como, mas nós estávamos nos beijando. O corpo de Poppy estava prensado a parede por mim e eu atacava seus lábios com fervor. Quando o ar se fez necessário deixei seus lábios e migrei minha boca para sua parte sensível arrancando-lhe um suspiro e depois segui beijando e mordiscando seu lóbulo e seu pescoço. Suas unhas estavam cravadas em minha nuca e seus dedos entre meus cabelos que ela puxava com força, mas eu não me importava com isso agora, eu não me importava com mais nada.

Jay-den!

Meu nome saiu mais como um gemido dos lábios dela e isso serviu para me deixar mais louco da vida. Ataquei seus lábios novamente e dessa vez o mordi com força a fazendo gemer novamente. Ela envolveu suas pernas em volta da minha cintura e eu carreguei a mesma até a minha cama e a deitei na mesma deixando meu corpo sobre o dela. Arranquei sua camisa e ela fez o mesmo com a minha. Nossas roupas eram tiradas as pressas e sem nenhum cuidado, por que eu não queria ser cuidadoso, eu só queria tê-la logo para mim.

***

Estávamos deitados com nossos corpos entrelaçados e nossa nudez era escondi pelos lençóis, Poppy tinha a cabeça apoiada sobre meu peito e fazia círculos com o dedo indicador sobre o mesmo. Eu a encarava sem acreditar no que havia acontecido. Ela notou meus olhos sobre ela e me encarou de volta, seus olhos continham um brilho que destacava a cor do mesmo e ela sorria para mim com seus lábios vermelhos e levemente inchados. Nós ficamos nos encarando até que ela desviou o olhar do meu rosto para o meu peito, mas especificamente onde havia a marca de uma facada conquistada em uma briga. Poppy suspirou.

– Você tem tantas cicatrizes!

Eu a encarei sem entendê-la por que na verdade eu só tinha essa e mais algumas do acidente que eram quase imperceptíveis. Eu a olhei nos olhos e só então entendi o que ela queria dizer.

– Você também, mesmo que elas não sejam tão fáceis de ver.

Ela deitou a cabeça no meu peito e ficou em silêncio, então eu senti algo molhar minha pele e foi aí que percebi que ela estava chorando.

– Hey!

Fiz ela me encarar e seu olhar era assustado.

– Não precisa chorar!

Ela me olhou e me lançou um sorriso triste.

Eu te amo Jayden e nada do que aconteça mudará isso!

Sinceramente eu não esperava por isso, mas ao ouvir suas palavras algo dentro de mim se acendeu. Eu a beijei com calma dessa vez, ela aceitou meus lábios de bom grado, seu toque era extremamente delicado sobre minha pele. Inverti nossas posições ficando por cima dela enquanto ainda nos beijávamos; Desci meu lábio por seu corpo distribuindo beijos por ele todo e a ouvindo suspirar. Ela entrelaçou sua mão a minha e logo já estávamos unidos e nos movendo juntos em sincronia.

***

Os primeiros raios da manhã entraram pela janela e iluminaram meu rosto. Virei à cabeça para o outro lado e dei um suspiro de frustração quando encontrei o lugar ao meu lado vazio. Levantei e andei até o banheiro me enfiando em baixo do chuveiro. Isso era tudo que eu precisava agora. Depois se quase meia hora no chuveiro decide sair e fazer alguma coisa. Fui até a cozinha ainda colocando a camiseta. Franzi o cenho ao ver a mesa pronta e em cima da mesma junto com toda aquela comida havia um bilhete.

“Desculpe por sair dessa forma, mas tenho algumas coisas para acertar. Te explicarei tudo quando eu voltar. Não me odeie! Eu te amo muito

P.S: Aproveite toda a comida com sua convidada!

Beijos...

Ass: Poppy"

Convidada? Voltar? Do que ela estava falando afinal? O som da campainha me fez acordar do transe e andar até a porta, abri a mesma e de início não vi ninguém, até que senti alguém passar por mim e então olhei para baixo.

– Bom Dia pãozinho!

– Izzie? O que você está fazendo aqui? Veio sozinha?

Perguntei a não ver mais ninguém com ela, à pequena entrou e eu fechei a porta e a observei enquanto ela jogava a sua mochila no chão e ia até a mesa se sentando na cadeira e pegando uma fatia de bolo.

– É bom te ver também viu!

Andei até ela e me sentei na cadeira a sua frente.

– Desculpe, estou feliz em te ver, só fiquei surpreso!

Ela sorriu.

– Eu sei. Sua cara ta engraçada! E respondendo sua pergunta, eu não vim sozinha. Poppy me deixou aqui antes de ir para o aeroporto.

– Aeroporto?

Perguntei debilmente e ela assentiu.

– Sim, ela embarcou hoje para a Espanha.

A mesma falou calmamente enquanto eu a olhava em choque pela noticia.


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