Misery Business escrita por Sadie Gomez


Capítulo 16
Unpleasantness


Notas iniciais do capítulo

Sim gente, eu sou uma vaca por demorar tanto a postar... Me perdoem por isso!
Bom, eu me programar para isso não acontecer de novo ok?
O que posso dizer? Me desculpem... Uma ótima leitura a todos!



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POV Poppy

Jayden foi embora e eu fiquei quebrando a cabeça com as suas palavras que rodavam na minha mente. Será que ele realmente queria dizer o que disse? A resposta a minha pergunta, veio no dia seguinte, quando ele apareceu e passou praticamente o dia comigo. E assim se seguiu a semana, ele me ajudou em tudo que eu precisei, foi à delegacia comigo quando pensaram ter pegado um dos bandidos, mas foi alarme falso, a única coisa encontrada foi meu carro que estava completamente destruído, para o meu azar. Ele me acompanhou até faculdade para levar os papeis necessários para que eu não perdesse nenhuma prova, resumindo, ele se dedicou totalmente a mim e isso foi incrível da parte dele. Aproveitamos esse tempo juntos para nos conhecermos melhor e a cada segundo eu ficava mais surpresa com tudo que tínhamos em comum. Quando estávamos mais do que a vontade um perto do outro, eu tentei tocar no assunto da casa e saber mais a respeito da mesma, mas ele ficou estranho e invasivo na hora, então deixei para lá. O sábado chegou e eu já estava bem melhor, foi então que eu recebi uma ligação da revista me lembrando de que eu começaria o trabalho na segunda, nesse momento todos nós estávamos juntos na sala. Jayden, Casey, Dustin, minha mãe e eu. Eu contei a novidade e eles me parabenizaram, mas diferente do que eu esperava, minha mãe teve uma reação negativa sobre o emprego.

– Você vai mesmo fazer isso?

Ela falou do nada depois de alguns segundos calada e só quando ela me encarou eu percebi que a mesma falava comigo.

– Fazer o que?

– Essas fotos? Você recusou o estagio na empresa por isso?

Eu respirei fundo.

– Mãe já falamos sobre isso... Você sabe que eu detesto aquele escritório!

– Prefere ficar tirando fotos de pessoas estranhas e sem importância?

Eu a encarava e todos os outros na sala estavam em silencio agora.

– Sério mesmo? Você nem sabe que tipo de fotos eu tiro e já está me julgando? Julgando o meu trabalho?

– Aquilo nem pode ser chamado de trabalho!

Eu levantei do sofá e comecei a andar de um lado para o outro, era um tipo de tique que eu tinha sempre que ficava nervosa.

– Não pode ser chamado de trabalho? Você acha que o que eu faço é fácil? Não é por que você não respeita minhas escolhas que pode desprezar o que eu faço, eu não julgo seu trabalho!

– Por que não a nada a ser julgado, é um trabalho comum... Um trabalho que garantiu seu futuro!

– Ah muito obrigada por me colocar no mundo e me criar então...

Eu falei com pura ironia.

– Mas eu cresci e a partir de hoje as escolhas são minhas e eu escolho FOTOGRAFAR!

Eu sabia que a qualquer momento perderia a razão e aquela briga se tornaria pior, então para evitar eu virei às costas e fui para o meu quarto, o que não ajudou muito quando minha mãe veio atrás de mim. Ela gritava coisas para mim e eu fiquei cheia de todas aquelas palavras e me virei para encará-la enquanto gritava de volta.

– O QUE VOCÊ QUER DE MIM AFINAL?

– QUERO QUE VOCÊ ARRUME UM TRABALHO DE VERDADE!

Ela bateu a porta do meu quarto a fechando atrás de nós, então nos encaramos, uma esperando a resposta da outra. Foi quando eu baixei meu tom.

– Fotografar não é descente o bastante para você?

– Filha, eu só quero que você consiga algo que te mantenha de verdade, e não uma coisa sem garantia!

Ela disse baixo mais eu ainda podia sentir a raiva na voz da mesma.

– Mas isso me mantém... E é de verdade!

Ela bufou e depois ficamos em silencio, até ela andar até a minha cama e se sentar na mesma. Quando ela falou, dessa vez sua voz parecia realmente calma.

– Eu sei o que isso significa para você... Mas você deve entender que isso nem é uma carreira direito!

– E você tem que entender que ISSO significada demais para mim! E é sim uma carreira como qualquer outra.

– Eu sei que você quer isso pelo seu pai, mas até ele sabia que ser fotografo não dá futuro algum!

Ela apelou.

– Não comece...

– É a verdade, será que você não vê?

Ela disse sem paciência alguma e consequentemente, esvaziando a minha cota de paciência também.

– Quem não vê é você! E quer saber mais? Eu vou fazer isso por mim, por que EU quero fazer, com você apoiando ou não a minha decisão!

Eu disse e depois de encara-la uma ultima vez, eu abri a porta e saí do quarto. Desci as escadas correndo e sem olhar para ninguém na sala. Quando eu saí e o vento frio se chocou contra meu rosto que pegava fogo de raiva, e eu pude finalmente respirar, eu fechei os olhos e respirei fundo. A vontade de chorar se apoderou de mim e eu tentei ignorar aquele bolo que se formou em minha garganta. Eu queria gritar ou quebrar alguma coisa, eu queria correr para os braços de alguém que me protegesse. Eu queria meu pai ali, ao meu lado me defendendo mesmo que tudo parecesse loucura. Eu senti aquela dor da saudade que sentia do mesmo e da magoa da minha mãe de mim se espalhando sobre mim e eu queria muito fugir disso, mas eu não me movi, só fiquei ali enquanto o vento frio batia contra meu rosto e me permitia respirar um pouco. Senti alguém encostar no meu ombro e quando me virei Jayden estava ali, me encarando.

– Vem comigo.

Eu não disse nada, apenas deixei ele me levar para onde quisesse, por que no fundo eu só queria sair dali. Fiquei sentada de olhos fechados e tentando mandar a raiva que eu sentia para algum lugar, mas não consegui. Passamos o caminho todo em silencio, apenas uma música que eu não consegui identificar tocava no fundo do carro. Depois de um tempo, Jayden estacionou e eu abri os olhos, não reconheci o lugar. Eu só sabia que estávamos em um lugar longe e fechado, e muito mais escuro do que o normal no resto da cidade. Nós descemos do carro e Jayden andou até o porta malas e pegou dois tacos de beisebol de lá. Quando ele se virou para mim eu o encarei sem entender.

– O que estamos fazendo aqui, seja lá o que for aqui e para que esses tacos?

– Viemos esfriar a cabeça!

Ele não disse mais nada, só pegou minha mão e me puxou para andarmos. Tropecei algumas vezes por conta daquela escuridão toda e só não caí por que Jayden me segurava, ele ria a cada tropeço meu e eu bufava e em seguida lhe dava um tapa pó isso. Enquanto caminhávamos, eu percebi que estávamos em uma floresta ou algo parecido, não só por conta de estar mais escuro, mas pelos galhos e arvores a nossa volta. Depois de andarmos muito, Jayden soltou minha mão e me pediu para esperar.

– Aonde você vai?

Eu “gritei” em meio a um sussurro para ele.

– Conseguir luz, por que você está sussurrando?

Ele perguntou contendo o riso e eu olhei para os lados.

– Não sei.

Ele balançou a cabeça e depois se virou e voltou a andar. Acompanhei todos os seus movimentos com os olhos enquanto ele andava até o que seria um poste? Não sei, só sei que ele andou até lá e depois de mexer em alguma coisa, o lugar se iluminou completamente e eu pude ver onde estávamos. Olhei em volta, tentando fazer meus olhos se acostumarem com a luz e então vi que estávamos em uma espécie de campo. Com arames em volta, mas o que chamava a atenção era o que havia por todo o espaço. Bonecos, sim, aqueles bonecos de academia ou que você encontra em clube de lutas sabe? Aqueles que eles usam para treinar. Havia vários deles ali. Eram mais de vinte, pelo que consegui contar e a maioria deles estava danificado de alguma forma. Resolvi me mexer e comecei a andar e avaliar os bonecos de perto.

– O que é esse lugar?

Eu perguntei a Jayden depois que o mesmo apareceu em meu campo de visão.

– Não tem um nome especifico para denomina-lo.

– De quem é?

– Meu.

– Por que tantos bonecos?

– Bem, como eu era um adolescente bem brigão, ganhei esse local para aprender a descarregar minha raiva nas coisas e não nas pessoas.

– Como isso aconteceu, digo, você ganhar esse lugar?

– Como eu disse, eu brigava muito, mas só depois de um desentendimento sério, onde eu quase matei um colega meu, é que vim parar aqui. Meu pai não sabia o que fazer então ele comprou esse lugar e sempre que eu me estressava demais ele me trazia para cá ou eu vinha sozinho mesmo.

– E funcionou?

O encarei quando a resposta demorou, mas ela logo veio acompanhada de um sorriso.

– Não de cara, eu achava isso uma besteira, então brigava pela rua mesmo. Gostava de provocar dor às pessoas. Em bonecos não tinha emoção, até que meu pai me obrigou a vir sempre e ele praticava comigo também já que o mesmo não era nenhum rei da calma. Em umas das primeiras semanas, eu estava com tanta raiva que arranquei a cabeça de um deles, isso assustou não só a mim, mas meu pai também.

Ele apontou para algo atrás de mim e quando eu me virei, achei a alguns passos a minha frente, um dos bonecos sem cabeça e sem braço, ele era o mais velho e danificado ali.

– O braço foi o meu pai...

– Família tranquila essa sua hein!

Ele riu.

– Você nem imagina o quanto! Agora chega de conversa e vamos ao que interessa.

Ele andou até mim e estendeu o bastão que estava em suas mãos. Depois ele apertou o botão de um controle que eu não fazia ideia de onde ele tinha tirado. Esse ato do mesmo fez com que uma música começasse a tocar ali.

– Pode ir em frente!

– O que? Você quer que eu bata neles?

– Sim... Isso vai te ajudar muito, pode acreditar!

Encarei o objeto em suas mãos e depois voltei a olhar para o seu rosto, onde o mesmo mantinha um sorriso de incentivo e um olhar sério. Eu respirei fundo e peguei o taco das suas mãos e andei até um dos bonecos.

– Isso é idiotice!

Jayden não falou, só sorriu. Eu posicionei meu corpo e depois de segurar o taco do jeito certo, bati no boneco a minha frente com toda a minha força. O boneco balançou um pouco e depois parou. Eu gostei daquilo e me deixei levar pela raiva e pela música que tocava enquanto eu batia no boneco. Eu estava tão brava e magoada só que não queria chorar, mas as lágrimas vieram mesmo assim, elas escorram pelo meu rosto enquanto eu aumentava o ritmo e a força com que eu batia naquele boneco a minha frente. Eu depositei todas as minhas frustrações naquele simples ato. Eu estava cega, eu nem sabia mais há quanto tempo estava ali, batendo naquele boneco, a prova disso foi eu ter quase batido em Jayden quando ele tocou em mim. Eu virei o taco com tudo para bater nele, mas acordei do transe a tempo e parei no meio do ato. Ele pegou o taco das minhas mãos e jogou longe. Então me puxou para um abraço apertado.

– Chega por hoje.

Eu afundei o rosto em seu peito e ficamos assim por algum tempo. Mas como estava tarde e frio, e eu havia saído com uma roupa praticamente de dormir, tá ela era de dormir, mas eu estava com a cabeça cheia demais para trocar de roupa e nem senti que estava frio, só agora aquele vento gelado começou a me afetar.

– Podemos ir embora?

Eu pedi sem o encarar e ele concordou.

– Claro, espere um pouco.

Ele se desvencilhou de mim e foi ao mesmo local onde tinha ido quando chegamos e apagou as luzes. Eu fiquei o esperando e quando ele se aproximou de mim, segurou minha mão e começamos a fazer o caminho de volta. Andávamos em silencio, e não era nada desconfortável, pelo contrário, era o silêncio que eu precisava agora. Quando chegamos até o carro, Jayden abriu a porta para mim e antes de eu entrar no mesmo ele me segurou, eu o encarei.

– O que foi?

Ele ficou me olhando por alguns segundos, e eu não consegui ler o que seus olhos me diziam, mas eu consegui identificar algo no mesmo, que seria carinho? Eu não sei, mas suas palavras me fizeram acreditar nisso.

– Seu trabalho é incrível ok? Não importa o que digam!

Eu fiquei surpresa com suas palavras, mas sorri agradecida, ele não tinha ideia de como era bom ouvir aquilo de alguém, quando só se é julgado o tempo todo.

– Obrigada, não só por isso, mas por me trazer aqui também!

– Não a de que. Só espero não ser quase agredido na próxima vez!

Eu não pude evitar o sorriso que se abriu em meu rosto. Próxima vez. Então ele me traria aqui de novo? Eu me animei com a ideia, para falar a verdade, depois de descontar toda a minha raiva ali, eu estava melhor, estava leve e me sentindo tão bem, que não contive o impulso de agarrar Jayden e beija-lo. Ele não ficou surpreso, por que isso foi o que mais fizemos nesses últimos dias, nos beijar.

– Sabe, não que eu esteja reclamando, por que eu adoro quando você me beija assim, mas é nesses momentos, em que os jovens estão em uma quase floresta escura e se beijando que aparece alguém para mata-los.

Eu só ri, enquanto o beijava mais uma vez antes de encara-lo.

– Não seja idiota!

– Estou falando sério.

Eu dei de ombros.

– Se for assim, tudo bem, por que eles deixam para matar a garota bonita por ultimo, enquanto pegam você, eu acho que consigo fugir.

Eu disse e fiz minha melhor cara de pensativa, enquanto Jayden me olhava fingindo estar chocado.

– Garota bonita para o final? Tem certeza? Por que eu não vejo nenhuma por aqui!

Eu lhe dei um tapa.

– Imbecil!

Ele não respondeu nada, apenas me deu mais um beijo e depois abriu a porta e me empurrou para dentro do carro e quando eu o olhei séria, ele fechou a porta do carro e me mandou um beijo enquanto dava a volta no mesmo. Ele entrou e como no dia do em que fui assaltada, ele voltou para casa segurando a minha mão. Durante o caminho eu apenas brincava com os dedos dele enquanto ouvíamos uma música. Eu tive a impressão de que ele pegou um caminho diferente do de antes e maior, para enrolar nossa chegada e isso me fez sorrir. Eu estava sem celular então me assustei quando o de Jayden começou a tocar no carro.

– Não vai atender?

Eu perguntei quando vi que ele iria ignorar a chamada. Ele deu de ombros.

– Seja quem for, pode esperar.

Dei de ombros, se ele não se importava, não seria eu a me importar também. Andamos mais um pouco e eu percebi que Jayden estava realmente enrolando para me deixar em casa, quando paramos em uma lanchonete e o mesmo insistiu que precisava de um café urgente. Eram quase uma da manhã e eu iria acordar cedo amanhã, mas estava tão bem com ele que não me importei em enrolar mais um pouco, eu nem queria ir para casa mesmo. Assim que ele pediu seu café e eu meu sorvete nós nos sentamos e ele deu um longo gole no liquido quente, eu o encarei fazendo uma careta.

– Ainda não entendo como você pode gostar disso... É estranho!

Ele me encarou e depois olhou para o meu sorvete e então me encarou de volta.

– Você tomar sorvete com picles, PICLES no frio e eu sou estranho por beber um simples café?

Ele perguntou e me olhou como se estivesse chocado. Eu sorri.

– Há uma diferença, picles e sorvete são bons, café não!

– Está falando sério?

– Sim... Olha!

Eu peguei o picles e o enchi de sorvete e depois levei o mesmo até a boca de Jayden que vez uma careta e se afastou.

– Eu não vou comer isso!

– É só para experimentar... Não vai te matar!

– Vai sim... Eu sou alérgico a picles com sorvete!

– Mentira!

– Estou falando serio!

Eu o ignorei, peguei o picles e o enchi de sorvete novamente, depois de comer, eu me levantei, sentei ao lado de Jayden e o beijei. Eu senti o gosto do café, mas ignorei isso, apenas o beijei e depois quando nos separamos eu o encarei.

– Você acabou de sem querer, experimentar picles com sorvete... E eu ainda não vi nenhum sinal de alergia!

Ele sorriu.

– Eu disse que era alérgico a picles e sorvete, não a picles, sorvete e BEIJO!... E se você continuar me beijando assim, eu posso até avaliar melhor minha alergia.

Ele disse e me beijou novamente, ele levou a mão até meu rosto e depois a deslizou para minha nuca fazendo carinho na mesma, um ato que me arrepiou e quando o mesmo sentiu isso, sorriu. Nós nos separamos quando o seu celular voltou a tocar. Jayden bufou, mas pegou o mesmo e o atendeu enquanto eu voltava minha atenção ao meu sorvete.

– Oi... Sim, ela está comigo... Em algum lugar por ai!

Eu o encarei quando percebi que ele se referia a mim. Ele ouvia a pessoa do outro lado da linha falar e revirava os olhos.

– Não tem nenhuma criança aqui... Quando quisermos chegar, vamos chegar e ai você vai saber... Agora tchau que meu café está esquentando!

Ele desligou o celular e colocou o mesmo na mesa enquanto pegava seu café.

– Quem era?

– Sua irmã...

– Hum...

Continuamos a conversar e depois fomos embora, quando Jayden estacionou o carro em frente a minha casa a luz da sala ainda estava acessa. Eu só esperava que fosse Casey que estivesse ali e não a minha mãe, não queria mais brigar. Jayden desligou o carro e eu tirei o sinto e depois desci do mesmo. Quando olhei para o lado ele encarava a casa assim como eu encarei e depois me olhou.

– Se não quiser ficar aqui... Posso te levar para a casa da sua amiga... Ou para a minha, tem um sofá lá!

Eu ri das suas ultimas palavras.

– Não precisa se incomodar... Está tudo bem!

– Se você diz!

Eu encarei a casa mais uma vez e pensei na proposta dele, mas logo afastei esses pensamentos da minha mente. Eu me virei para Jayden e ele me olhou.

– Bom... Boa noite e Obrigada mais uma vez!

Ele balançou a cabeça como se negasse algo quando sorriu e me deixou confusa.

– O que foi?

– Você tem que aprender a ter bons modos... Não é assim que se agradece alguém!

– Não?

– Não, não!

Então sem que eu perguntasse nada, ele me prensou contra o carro e me beijou um pouco mais agressivo do que antes. Ele brincava com a minha língua em meio ao beijo, mordia meu lábio, aprofundava o beijo mais uma vez, era um jeito totalmente diferente de beijar, era o nosso beijo. Quando precisávamos de ar, ele finalizou o beijo, mas não nos afastamos. Ele continuou com o rosto colado ao meu, quando eu falei tentando recuperar o ar.

– Então... É assim que... Devo agradecer as pessoas agora? Por favor... Diga que são só os garotos... Não sei se consigo beijar uma garota assim!

Eu brinquei e em troca recebi uma mordida forte no meu lábio, antes de ouvi-lo me responder.

– Nem em seus sonhos você fará isso com outra pessoa... Essa é a nossa forma de agradecimento secreta!

Eu sorri, e nos beijamos mais uma vez e então eu entrei e ele foi embora. Quando passei pela sala, encontrei minha mãe sentada com o celular na mão. Nós nos encaremos, mas ninguém disse nada, então eu andei até ela e me preparei para me desculpar.

– Mãe eu...

Eu só não esperava que ela me cortasse e dissesse àquelas palavras que disse.

– Eu não quero saber se você já é maior de idade, enquanto morar de baixo do meu teto, você faz o que eu mandar e se não estiver satisfeita com isso, procure outro lugar!

Eu parei e a encarei, tentando processar aquilo.

– Você está... Me mandando... Embora?

Eu perguntei com a voz engasgada, meus olhos arderam, ela não estava fazendo aquilo. Ela não podia estar.

– Entenda como quiser!

Então ela se levantou, apagou a luz e saiu indo em direção ao seu quarto, enquanto eu fiquei parada e perdida naquela escuridão e em pensamentos.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Não deixem de me dizer isso nos comentários ok? Ok *-*