It's just a dream. So, be free. escrita por Luni Chan


Capítulo 2
Livrai-nos do mal


Notas iniciais do capítulo

Eu sumi, eu sei. Mas, eu tenho uma desculpa. Minhas provas começaram, mas já terminaram.
Aconteceu uma coisa terrível, meu celular é suicida, e todos os capítulos -até o 5 - estavam escritos no celular, e meu celular faleceu. "Que morte horrível" Pois é, chorei por dias. Mas aí está um capítulo, mostrando a vida de Elizabeth(Elsa) na face da terra.
Boa leitura.



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“Pareço firme, pareço forte. Mas só pareço.” - Elizabeth.

Bom, meu nome é Elizabeth Kennedy Swan, tenho 15 anos de idade. Moro em Paris com minha família e com meus amigos que não irei citar os nomes, não agora.

Creio que a vida é cheia de escolhas, nós devemos ter cuidado com qual caminho seguir, não podemos ficar em cima do muro. Eu sei que pode parecer complicado, mas, um dia irão entender, que tal agora? Com a minha dura história de escolhas ruins. Não é nada agradável, então sugiro que pare de ler a partir desse ponto.

Todos veem Paris como uma cidade romântica, a cidade do amor.

Terei que lhe falar, você está redondamente engando.

Em torno de uma semana, sim, sete dias, quatro pessoas, adolescentes para ser exata, morreram misteriosamente, sem causa, sem motivo, deixando para trás somente marcas, vestígios e lembranças. Obvio que a polícia usou uma desculpa esfarrapada para esses “acidentes”. Jasmine, Mulan e Branca de Neve eram as minhas amigas. E eu estava dormindo na casa de Branca, até que algo aconteceu. Serio que você ainda está aí?

Flash Back ON:

Essa noite, iremos fazer como posso dizer uma festa do pijama na casa da Branca, mas apenas nós duas iremos participar. Está legal, a quem estou querendo enganar? Só estou aqui por que meus pais vão para um baile, e eu não posso ir, então decidi me refugiar na casa de Branca. E o que duas adolescentes fazem quando estão a sós? Não, elas não conversam sobre meninos, quer dizer, conversamos sim, menos nós. Gostamos de contar histórias de terror, devem estar achando que somos infantis, não? Mas não somos, fomos burras. Cometemos um erro muito grave. Decidimos contar A Maldição das Catacumbas de Paris. Local onde dizem que é o esconderijo do bicho papão, claro que falando assim nem é tão assustador. Mas, vamos à história: “Um dia um explorador muito corajoso, ou muito parvo, decidiu dar uma espiadinha nas catacumbas, ele era muito curioso, e por precaução, já que também possuía seus medos, falou: ‘Se eu não voltar em três semanas, mandem uma equipe de busca para vir atrás de mim. Porque é claro que se eu não voltar, algo muito ruim aconteceu. Já que eu sou o melhor. ’ Ah, ele se gabou de mais, foi exibido de mais. Passadas três semanas o explorador não voltou, a única coisa que voltou foi: um colar com seus dentes e decorado com as falanges dele. Seu espirito vaga por aí em busca de vingança, não muito justa, e também de sua merecida paz.”.

Ao contar esse trágica história, as luzes começaram a piscar, o chão começou a tremer, em uma forte e fria ventania começou a invadir a casa, trazendo consigo folhas caídas, galhos e até mesmo pássaros. Era um bom cenário de filme de terror, mas não devia ser. Branca estava completamente apavorada, ela estava mais pálida do que o normal, e tinha um semblante de medo. O medo que ela estava sentindo só piorava, e piorava também a situação em que nós nos encontrávamos, como se seu medo estivesse fortalecendo essa força maligna. Decidi conforta-la, porque se ela ficasse calma tudo iria melhorar. Atitude que não deu muito certo.

–Branca, olhe para mim. Fique calma, ele quer que você fique assim, ele precisa do seu medo, ele está se alimentando dele, senão parar, nós duas morreremos. Feche um os seus olhos, e se foque em seus momentos bons, de paz. –lancei lhe um sorriso reconfortante, tentando lhe transmitir a paz que eu não tinha.

Tentei a partir disso, disfarçar o tamanho medo que e estava sentindo, duas pessoas completamente apavoradas não teriam futuro. Minhas palavras acalmaram-na um pouco, o que também me fez dar uma relaxada. Respirando calmamente, suavemente, olhei para ela, que também estava mais relaxada. Senti algo bater com força em meu rosto, e simplesmente desmaiei no tapete.

...

Acordei meio confusa, imaginei que tudo isso não passasse de um so... Ou melhor, um pesadelo. Mas eu ainda estava deitada no tapete de veludo da casa de Branca, ou falar nisso, onde está ela? Creio que ela já levantou e está fazendo suas higienes matinais. Ainda deitada, fiquei observando o estado da sala, jarros de porcelana quebrados, cadeiras e poltronas derrubadas, folhas e galhos por toda parte, inclusive em meu cabelo. Dei uma leve chacoalhada em meu cabelo, e o prendi em um rabo de cavalo folgado, agora vou atrás de Branca.

Pensei em procura-la em seu quarto, mas ao chegar ao pé da escada, vi marcas de mãos, mãos sujas de sangue, sendo puxadas para cima. Meu coração já começou a ficar acelerado, e minha respiração ofegante. Um pouco mais acima, já no meio das escadas, estava escrito: “Não fuja de mim.”.

Comecei a subir lentamente as escadas, como em um filme de terror, um dos degraus rangia, me deixando um pouco mais assustada. Quase ao fim da escada, minha calça de pijama cor azul, se prendeu em um parafuso exposto, soltei-o, mas antes de continuar minha caminhada para a morte, vi escrito na minha frente –na parede que termina as escadas- “Não adianta se esconder, eu sinto o seu medo.”, e então continuei minha caminhada.

A porta do quarto de Snow -um apelido carinhoso que dei para ela- que antes era em um tom azul bebê, decorada com desenhos de pássaros, estava totalmente marcada por palmas ensanguentadas, e mais uma frase: “Você quer brincar comigo?”. Abri a porta com certa cautela, e a mesma, fez certo rangido.

Ao abri-la completamente me deparei com uma cena completamente aterrorizante, Snow estava sentada em sua poltrona cor de rosa, com as pernas cruzadas, seu olho esquerdo estava com um botão preto costurado, e sua boca também estava costurada em um falso sorriso, seu único olho ainda exposto estava com um semblante total de medo, pavor. O sangue que ainda escorria de suas costuras, mostrava que fazia pouco tempo que tal ato havia acontecido, e para piorar, seus pulsos estavam cortados, e ela segurava um pote vazio, mas que ainda estava sujo de sangue por dentro. Na parede atrás dela, estava escrito com seu sangue: “Que os jogos comecem.”. E eu estava completamente apavorada, não conseguia me mexer e nem sequer tirar os olhos dessa cena. Dei um grito -a única coisa que consegui fazer- expulsando todo o ar de meus pulmões, também consegui sair correndo, mas acabei caindo da escada.

Meu desespero nesse momento foi tanto que comecei a ver os moveis da casa de mexendo, e os cômodos da casa se mudarem de tamanho, assim me impedindo de sair da casa. Antes tão ocupada, tão esperançosa, agora repleta de medo e pavor.

Rastejando consegui chegar à porta da casa, ao abri-la, vi a vizinha da casa ao lado conversando com a polícia. A me ver, ela correu e ajudou-me a me sentar.

–Vá com a polícia, e lá, conte exatamente o que aconteceu. –Será que devo confiar nela? –Ontem de noite escutei gritos e risadas, e hoje mais um grito, e decidi então chamar a polícia.

Entrei na viatura da polícia, onde em silêncio observei a estrada vazia. Ao chegar lá, meus pais me esperavam, os abracei fortemente, e depois contei tudo para a polícia, e depois meus pais foram conversar com eles, e eu pude escutar um pouco da conversa.

–Há muito tempo ela esconde seus sentimentos, fala que não tem sonhos para o futuro, estava perdendo a cabeça aos poucos, já não tinha mais fé. E agora tudo isso só piorou. –falou mamãe, e ela só falou verdades, desde sempre sou meio confusa.

–Define-a em quatro palavras. –disse o guarda.

–Ah, ela é tão doce, tão inteligente, tão criativa, tão... Tão perturbada. –respondeu papai.

E então uma policial percebeu que eu prestava atenção na conversa e me afastou do local, e tentou puxar papo comigo.

Flash Back OFF.

Desde então tenho tido consultas com psicólogos. E pesadelos sobre a noite em que Snow faleceu são cada vez mais frequentes. Acham que eu sou completamente louca, pois quando chegaram à casa de Snow, para examinar os fatos, não viram nada de mais, sem frases nas paredes ou marcas de mãos, e a Branca apenas estava deitada em sua cama com marcas de quem foi estrangulado, como se ela tivesse sido morta por asfixia. E eu sou a louca da história.

–O que mais vem acontecendo? –perguntou meu psicólogo, que com todo carinho do mundo chamo de Grilo.

–Eu vejo. –falei em um rápido sussurro.

–O que você vê? –ele novamente perguntou.

–Eu vejo quem vai morrer. –falei e o encarei nos olhos - Você é o próximo.

Ele tomou um leve susto, mas depois se acalmou. Afinal, eles acham que eu sou louca, qualquer louco falaria isso. Mas eu não sou louca. Ele deu uma leve gargalhada, e teve a brilhante ideia de me perguntar:

–E como eu morro?

–Ao sair daqui, quando você estiver atravessando a rua, para ir pegar seu carro, para finalmente ir encontrar a sua família, na esperança e na gratidão por ter mais um dia maravilhoso, quando estiver louco para chegar a casa e puder abraçar seu filho James de dois anos com força e dar um beijo em sua esposa Clarisse. Mas isso não vai acontecer você vai...

–Pare, pare. –ele disse assustado - Como você sabe o nome da minha família, e a idade de meu filho?

–Eu vejo quem vai morrer, eu vejo pessoas mortas.

Ele estava ficando aterrorizada, tanta coisa acontecendo, tantas descobertas, tudo está indo tão rápido.

Grilo

Como ela sabia de tudo isso? O que há de errado com essa criança? Ela é como seu pai a descreveu, tão perturbada. Mas acho que esse não é mais o meu caso, ela deve consultar um psiquiatra, essa criança é maluca. Despedi-me dela, e avisei para seus pais sobre o caso dela.

Estranhamente ao sair de sua casa, comecei a pensar de como vai se bom quando eu chegar a minha casa, falar com minha família. Então os flashes dela falando me vieram à cabeça: “Eu vejo quem vai morrer. Você é o próximo.”, “Eu vejo pessoas mortas.”. Por um lado, fiquei curioso, como será que ela pensa a minha morte?

Entrei em meu carro, o liguei e fui direto para minha casa. Mas no meio do caminho...

Elizabeth

Ele foi embora, sem mais nem menos, nem disse tchau, fiquei meio magoada com isso. Como meu Grilo não me disse tchau?

–Filha. –disse mamãe com sua voz doce de sempre. –Conte-nos, como você acha que vai ser a morte dele?

–No meio do caminho de sua casa, a gasolina de seu carro vai acabar...

–Mas o carro está cheio, ainda bem.

–Então ele percebe que o tanque de gasolina furou. Aterrorizado, já pensando no que eu comecei a falar e não terminei, pegou seu celular, mas não havia sinal. Começou a caminhar, seguindo o mesmo caminho que iria se estivesse de carro, a estrada está deserta, não a ninguém por perto. Então, faltando poucos metros para chegar a sua nova cidade, ele é atacado e morto por algo misterioso. A polícia vai usar a desculpa de que foi um animal selvagem, mas não foi eles sabem que não sabem a resposta, e só querem usar um animalzinho como uma desculpa para o inexplicável.

–Ainda bem que isso não vai acontecer. –disse papai.

–O telefone vai tocar daqui a três minutos, falando o que eu acabei de falar.

Eles ficaram meio assustados, mas logo lembraram que eu sou louca, mas então, passados os três minutos, o telefone tocou, aterrorizados olharam para mim. Estavam com medo de que isso fosse verdade.

Após desligarem o telefone, meu pai violentamente pegou em meu braço e foi subindo as escadas até meu quarto, onde me jogou e trancou a porta com chave.

E não estou entendendo, o que eu fiz? Indignada, peguei meu celular, e mandei uma mensagem para Mulan e Jasmine: “Como vocês estão?”. Mas, foram seus pais que responderam: “Elas morreram, em um acidente de carro.”.

Não pode ser verdade, quatro pessoas morreram, em cerca de três dias, em um só semana, o que está acontecendo?

Então é assim que a história termina, estou sozinha, sem amigos, isolada, na escuridão de um quarto, com todos achando que eu sou louca.


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Notas finais do capítulo

Comentem meus Dream's.



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