Don't Stop Dreamin' escrita por Fairy


Capítulo 26
Dj


Notas iniciais do capítulo

Olá! Demorei? Talvez.
Enfim... Quero agradecer à todos os doces de goiaba que estão comentando! Amo vocês!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/555618/chapter/26

Os órfãos aguardavam ansiosamente a chegada de Mosca. A sala estava decorada com balões e CD's pendurados em fio de nylon. A mesa estava cheia de doces e salgados. A lista de reprodução que tocaria já estava pronta.

A campainha soou. A turma se entreolhou. Bia se levantou para atender a porta. Se emocionou ao ver Mosca. Fazia pouco tempo que não via o amigo mas sentia falta. O abraçou. Em seguida, percebeu a atadura em seu braço e sorriu discretamente encolhendo os ombros como se pedisse desculpa. Mosca balançou a cabeça e sussurrou um "Não se preocupe". Logo os meninos também vieram comemorar a volta do moreno. Bia viu Mili sorrindo discretamente do lado de fora. Abriu a porta para que ela e Carol entrassem.

Pata, ao ver o irmão, pulou nos braços do menino. Mosca a abraçou com força. Sentiam saudade um do outro. Foi a vez das meninas. Não houve muita cerimônia. Apenas disseram que ele havia dado um susto tremendo.

– Mosca! - exclamou Janu chamando o namorado.

– Janu? - disse o moreno surpreso pela presença da namorada. A mesma logo se atirou nos braços do garoto e o beijou. Mosca retribuiu, mas, em sua cabeça, sabia que não era aquilo que desejava fazer.

– Desculpa não ter ido te visitar no hospital. Eu tive que cuidar do meu irmão. - disse a loira o abraçando. Ao lado de Carol, Mili encarava os dois enciumada. A expressão em seu rosto não a entragava, mas Pata percebeu o quão a amiga estava desconfortável e se aproximou.

– Tá tudo bem, Mili? - perguntou preocupada. A mais velha negou com a cabeça. - O que aconteceu? - Mili a abraçou. Pata sabia que algo estava acontecendo e que não iria deixar aquilo passar batido. - Quer conversar?

– Depois. - respondeu Mili se recompondo. Já era hora de tirar aquele peso das costas e contar aquilo que estava passando em sua cabeça e em seu coração para alguém. Ninguém melhor que Pata: sua melhor amiga e irmã do garoto que gostava.

***

A festa já havia começado. Tocava a música 'Am I Wrong'. Bia se divertia e dançava ao som da canção com as amigas. Duda aproveitou o momento e pediu para Juca, que revezava com Pata para ser DJ, trocar de música. O moreno assentiu.

O loiro se aproximou das meninas. Sentiu suas mãos soarem, o coração pulando no peito e a respiração acelerada. Em segundos, 'Safe and Sound' começou a tocar. Deu um passo a frente. Estava determinado a chamar Bia para dançar quando alguém o segurou pelo pulso.

– Duda? - chamou Leticia fazendo o mesmo se virar. O menino a encarou por alguns instantes.

– Leticia! Será que dá pra gente se falar depois? Eu tenho uma coisa pra fazer. - disse o loiro observando Beatriz do outro lado da sala. A garota parecia não perceber nada, pois ainda se deixava levar pela música.

Antes que Duda pudesse se virar, Leticia o puxou para um beijo. O loiro se soltou o mais rápido que pôde. Porém não foi tempo o suficiente para que Bia não os visse. A loira vinha na direção deles com o intuito de pegar um copo de refrigerante. Ficou indignada ao ver a cena. " Então ele pode ficar com qualquer garota e eu não posso sair com um amigo? Ridículo! ", pensou.

– Com licença. - pediu passando entre os dois. Não estava afim de discutir com o garoto. Não ali. Não naquele momento. Sentiu o olhar do loiro em cima de si. Não o encarou.

– Bia... - chamou Duda. A loira fingiu não escutar e saiu dali assim que pegou a bebida. O menino sentiu uma pontada no coração. Sabia que não tinha mais chances de se aproximar dela, mas não desistiria.

Deu as costas para Leticia deixando a morena com cara de tacho. Marian se aproximou desta rindo. Leticia revirou os olhos e cruzou os braços sobre o peito.

– Viu algum palhaço, Marian? - perguntou irônica. A loira não parava de rir diante a "sócia".

– Não acredito que você tá tentando ficar com o Duda. Meu Deus! Onde o mundo vai parar? - dizia entre os risos.

– Vá te catar! - reclamou Leticia revirando os olhos e saindo dali.

– Meu Deus! - exclamou Marian ainda rindo.

No outro canto da sala, Bia chegara com a raiva nos olhos. As outras meninas a observaram confusas. Ana se arriscou a perguntar o que acontecera, porém a loira resolvera ir para o quarto. As garotas assentiram e, assim, a menina deixou a festa.

Subiu as escadas e foi direto para o quarto. Atirou-se em sua cama do jeito que estava. Odiava aquela sensação. O coração queimando dentro do peito e a imagem de Eduardo em sua cabeça. Por mais que quisesse, não conseguia tirar as cenas com o loiro de sua mente. Dos momentos bons aos ruins. Sentiu as lágrimas nos olhos. Não adiantaria contê-las. Abraçou o travesseiro e passou a chorar. Como o garoto que ela mais odiava na face da Terra poderia mexer com ela daquele jeito? Como ele poderia deixá-la com ciúmes?

Ela queria as respostas. Não aceitava o simples fato de poder estar gostando do menino. Sabia que, antes das brigas, ele havia sido bom com ela e que sua presença a confortava. Mas não podia gostar de alguém assim.

– Amar é para os fracos, Beatriz! Você é forte! Não fique chorando por um babaca como Eduardo! - disse para si mesma secando as lágrimas com as mãos e fechando os olhos. Adormeceu ali abraçada ao travesseiro e com os pensamentos no loiro.

Na sala...

Pata trocara de lugar com Juca. A morena selecionara as músicas de sua 'set list' para tocar. Adorava fazer mixagem e, das poucas vezes, que tivera a experiência se divertira. Sua primeira ve como DJ havia acontecido alguns meses antes em uma das festas do Karoke. O garoto da cabine havia lhe chamado para escolher algumas músicas depois que haviam conversado. E foi assim que aprendeu.

Via o irmão seguir na carreira musical. Queria o mesmo. Ali deixou-se levar pelo som que a invadia por inteira. Os cabelos cacheados presos em um rabo-de-cavalo balançavam à medida que a menina pulava.

– Você leva jeito! - disse Mosca, um pouco alto demais, se aproximando. A morena sorriu para o irmão e o mesmo a abraçou.

– Senti tanto sua falta! - ela disse por impulso. Largou os fones de ouvido e passou os braços pelo pescoço do menino e apertando. - Não sei o que faria sem você, Mosca!

– Nem eu. Nós somos a nossa família, Pata! - ele disse. Durante os dias que Mosca passara no hospital, a garota sofrera muito. Mosca era seu irmão. Sua única família. Se sentia confortável por tê-lo de volta.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram ou odiaram?
Se acharem algum erro por favor Digam!
Ps: Fantasmas! Comemtem! #MovimentoFaçaUmAutorFeliz