Don't Stop Dreamin' escrita por Fairy


Capítulo 14
Pesadelo, Abraço e Melhoras


Notas iniciais do capítulo

Olá cupcakes!
Demorei? Sim eu sei. Mas não vou ficar falando os mptivos porque já sabem quais são. Não se preocupem com o próximo capítulo: estou quase terminando de escrescrevê-lo e postarei na segunda!
Boa leitura ♥



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Era madrugada.

O orfanato estava em paz e pleno silêncio àquela hora. Beatriz e Eduardo já haviam desistido de acompanhar a maratona. Como acontecia em todas as noites, alguém já havia descido e visto ambos ali, na sala.

[Beatriz]

"Eu estava sozinha. Me vi em lugar desconhecido. Caminhei até uma árvore que surgiu misteriosamente em minha frente. Havia algo escrito nela... Não consegui identificar o que estava escrito. A minha visão começou a falhar. A árvore desapareceu.

Um ponto vinha correndo na minha direção, desta vez. Fiquei parada, talvez fosse alguém importante. Quando meus olhos decidiram que eu poderia voltar a enxergar, identifiquei a pessoa. Era um homem alto e forte. Ele usava uma máscara e carregava uma faca na mão.

– Você morrerá hoje!- ele disse e eu passei a correr, sem rumo.

Me sentia como se estivesse correndo a horas. Me sentei no gramado do que parecia ser uma casa. Respirei fundo tentando me acalmar.

– Bia. - chamou uma voz conhecida. Olhei para trás, para a frente, para os lados, para cima e para baixo: nada- Bia! - vinha dentro da fonte do Or... Eu estava no Orfanato!

Corri frenética até lá e me deparei com Mili ensopada de sangue. Foi quando percebi que ela estava morrendo! Havia um corte leve em seu pescoço e uma facada um pouco acima do estômago. Ela estava semi-nua e usava somente uma mini blusa e a calcinha.

– Mili! O que aconteceu?- perguntei tentando a ajudar.

– Ele... ele... Fuja! Se escon... conda... se.... sal... salve. - ela pronunciou com dificuldade.

– Ele? Ele quem?

– Ele... ele é... - ela tentou me dizer algo. E eu não fazia ideia do que aquilo significava. E então, ela parou de respirar. A abracei o mais forte que consegui.

– Cuidado! - gritou.... Duda. Me virei e o vi coerendo na minha direção. Não entendia. Ele tinha uma perfuração acima do ombro. Ele levara um tiro! - Atrás de você!

Me virei para o outro lado. O homem de máscara. Ele ainda segurava uma faca e.... queria me matar! Ele pulou em cima de mim. Eu tentei sair, mas ele era muito, muito pesado! Foi quando Eduardo o empurrou e o tirou de cima do meu corpo. O homem parecia furioso e enfiou a faca em sua barriga. E depois em seu pescoço.

– Eduardo!- ele dera a vida pela minha. O homem o soltou no chão. Eu engatinhei até lá e fiquei do seu lado - Acordar por favor!- implorei. As lágrimas tomaram meus olhos deixando tudo embaçado, mais uma vez.

– Eu... eu...- ele colocou a mão em meu rosto e me puxou para perto de si, me beijando. Era um beijo profundo e ousado. Ele não queria me perder - Corra.- foi a sua última palavra.

– Todos morreram: é a sua vez!- gritou o homem.

Ele veio na minha direção com aquela faca. Foi quando o analisei. 'Todas as mortes causarei.'. Estava escrito em sua faca... Uma adaga!

– Adeus, querida! - senti a faca entrar na minha barriga e tudo ficar escuro. Ele me chutou no rosto e pisou em minhas pernas..."

[Autora]

– Aah! - gritou Beatriz ao acordar de seu pesadelo. Sua respiração estava ofegante e o medo a dominava. Procurou por Eduardo ao seu lado no outro colchão e segurou a mão do garoto, o acordando.

– Bia? O que foi? - perguntou o loiro confuso ao abrir os olhos. O mesmo percebeu que a menina estava chorando - O que aconteceu?

– Ele... ele matou a Mili. A máscara. Eu. Você. Tinha uma adaga. Ele. Ele correu. Não, você! A morte. Pescoço. Você. Me... me salvou. - os pensamentos da loira estavam desordenados em sua mente.

– Um pesadelo. - concluiu o garoto aliviado- Tá tudo bem. Eu tô aqui! - consolou a menina trazendo a mesma para mais perto de si- Foi só um sonho. Calma.

Beatriz chorava baixo entre seus soluços. Estava se fato assustada. Já haviam algumas noites que ela tinha sonhos como aquele e acordava desolada.

Aconchegou-se nos braços de Duda e voltou a fechar os olhos. O menino, por sua vez, a abraçou maia forte na tentativa de acalmá-la.

– Apenas feche seus olhos...O sol está se pondo...Você ficará bem...Ninguém pode machucá-la agora...Ao chegar a luz da manhã...Nós ficaremos sãos e salvos - cantou o garoto ao pé do ouvido de Beatriz. A mesma já havia pego no sono.

Eduardo a envolveu mais entre os braços. Era a primeira e, talvez (TALVEZ), sua única oportunidade de estar assim, tão perto da loira.

***

O sol raiara belo naquela manhã. As meninas acordaram 'juntas' e o quarto passou a se encher de borburinhos. Mili e Pata ainda não haviam voltado do hospital e provavelmente ficariam lá mais pouco.

– Bom dia! - exclamou Ana se espreguiçando na cama. Esta foi a primeira à perceber a ausência de Beatriz no quarto.

– Bom dia, meninas! - disse Mili, em seguida - Dormiram bem? - perguntou se sentando na cama.

– Gente, cadê a Bia? - questionou a ruiva atraindo os olhares de todas as outras meninas para a cama vazia da loira.

– Agora que você disse Ana... Eu não lembro dela subir ontem a noite. - revelou Vivi.

– Isso explica o porquê dela estar na sala? - perguntou Tecca, já sabendo a resposta - Eu fui beber água de madrugada e ela estava lá em baixo, com o...

– "O"... - insetivaram as outras.

– Com o... Duda. - revelou a morena deixando as amigas de queixo caído.

– Tem certeza? - perguntou Vivi desconfiada.

– Se não acredita, vai lá ver!

– Ver o que? - perguntou Beatriz entrando no quarto - Não vão responder?

– Que você estava lá em baixo com... - antes que Teca pudesse continuar sua fala, Cris tapou a boca da garota com a mão.

– Nada. - respondeu a morena - A Teca disse que você durmiu na sala, é verdade?

– Sim. Ontem começou a maratona de Big Bang The Theory e eu resolvi assistir. Aconteceu que eu acabei adormecendo. - confirmou omitindo a parte de que dormira ao lado de Eduardo e que acordara abraçada ao loiro.

– Sozinha?

– Sim. - mentiu a loira confusa.

***

Uma semana se passara. Era sexta-feira. Após sair da escola, Milena decidira visitar Felipe no hospital. Carol estava ocupada e não poderia acompanhar a morena e, mesmo assim, Mili foi visitar o moreno. Fazia apenas um dia que não o visitara e ainda assim estava se sentindo mal por isso.

– Milena? - chamou uma enfermeira. A morena se levantou rapidamente.

– Eu?

– Você poderia repassar as situações do Felipe para a Carolina? - a garota assentiu - Ele vem apresentando melhoras! Felizmente! Posso completar que ele já acordou uma vez hoje, mas voltou a dormir por conta do efeito das injeções e analgésicos que vem tomando.

– Quer dizer que ele está bem? - apenas a notícia de que o moreno acordara uma vez fora o suficiente para preencher sua esperança por completo.

– Sim e fora do risco de morte! Você já pode vê-lo.

_Obrigada! - ela disse e em seguida entrou no quarto, que não era o mesmo de dois dias antes, e viu o garoto. Ele não precisava mais respirar com a ajuda de aparelhos mas ainda recebia soro - A enfermeira disse que você acordou hoje. Mas que logo voltou a dormir! Que bom que você está bem! - Mili o abraçou. E, para sua surpresa, o menino retribuiu.

– Mili? - perguntou.

– Mosca! - ela o abraçou mais forte e depois de um tempo o soltou_Como voce está?

– Fora essa dor de cabeça infeliz, eu tô bem, mas com um pouco de dores. O que aconteceu? Por que eu tô aqui?

– Você sofreu um acidente de carro e foi atingido, sabe Deus como, por uma bala entre o ombro e o peito. Foi um pouco depois da gente discutir.

– Estranho. Eu não me lembro disso. A gente discutiu?

– Na verdade, mais voce que gritou comigo do que eu com você.

– O quê? Você tá brincando, né? - ele perguntou confuso.

– Não. Você não se lembra? - isso significava que ele também não se lembrava que havia dito que a amava, o que deixou a menina um pouco triste.

– Não. Só lembro de ter te visto lendo e puxar assunto.

– Nem da parte que você bateu no Duda e na Bia?

– Eu bati neles?

– Infelizmente.

– Por que eu faria isso?

– Não sei.

– Mas, enfim... tem mais alguém aqui?

– Na verdade, não. Eu vim sozinha dessa vez. Fiquei muito preocupada.

– Você se preocupou comigo? - ele perguntou com segundas intenções.

– Claro! Eu me importo muito com você! - o moreno segurou a mão da menina com dificuldade tentou se sentar, esta o ajudou.

– Desculpa por discutir com você! Mesmo que eu não me lembre, deve ter sido horrível!

– E foi! Mas tudo bem, é passado!

– Que bom! - sua mão subiu até o rosto da menina e passou a acariciá-la. Ele a proximou o rosto dela ao seu. A menina sabia o que estava por vir, ou pelo menos achava que sabia - Eu senti sua falta. - sussurrou em seu ouvido. A menina se surpreendeu. Não se passaram nem vinte segundos e a menina sentira os lábios do moreno nos seus.

Tentou esquecer de tudo. Da briga, das lágrimas, de Janu, da vida, de tudo! E se concentrou no beijo. Retribuiu quando ele pediu passagem. Ficaram ali uns três ou quatro minutos e só pararam porque a enfermeira abriu a porta do quarto.

– Desculpem! - exclamou a senhora fechando a porta, mas Mili a impediu.

– Não tem problemas! Pode entrar! - exclamou a morena e enfermeira voltou.

– Me desculpem, mesmo! Ninguém me avisou que o Felipe tinha visita! Me desculpem.

– Pare de se desculpar! - repreendeu Mili - Isso poderia ter acontecido com qualquer pessoa!

– Obrigada! - em seguida a mulher deu alguns comprimidos para Mosca tomar - Vou deixá-los a sós agora! Com licença! - a senhora já ia saindo quando recuou_ Não pude deixar de notar como vocês fazem um belo casal. São namorados?

– Sim! - respondeu o moreno antes que Mili pudesse dizer o contrário

– Meus parabéns! É difícil de se encontrar jovens como vocês hoje em dia! - em seguida, saiu.

– O que foi isso? - repreendeu Mili.

– Isso o quê? - perguntou Mosca com voz de sonso.

– Esse papo de "namorados"!

– Eu só disse para a senhorinha que era verdade.

– Mas é mentira!

– E por que você não disse nada?

– Imbecil! - ela disse se sentando na poltrona.

– Aproveita que voce tá aí e liga a TV! - Mili ligou a televisão e os dois passaram a assistir um filme - O Resgate do Metrô 123 - juntos: ele deitado em uma cama de hospital e ela sentada na poltrona ao lado dele. Um segurando a mão do outro.

***

Ana estava sozinha na sala assintindo TV quando Thiago apareceu. O moreno havia acabado de voltar da casa da árvore, por cansaço, e deixara os companheiros lá.

A ruiva o encarou por alguns segundos, mas logo voltou sua atenção para o seriado que assistia. Comia, também, pipoca com chocolate que ela mesma havia preparado. O garoto, que estava no sofá oposto ao dela, apenas a observava. "Como pode ser tão perfeita?", pensou deixando que um sorriso torto tomasse seu rosto.

– Tá tudo bem Thiago? - perguntou a menina o fitando.

– Tá! - exclamou o mesmo voltando para a realidade.

– Legal... - disse Ana, por fim. Thiago levantou-se do sofá e retirou-se da sala subindo as escadas em direção ao banheiro dos meninos. Pegou sua toalha no armário e entrou em uma das cabines para tomar banho.

Ligou o chuveiro e deixou que a água fria caísse em seu corpo. Fechou os olhos e esperou o cabelo ficar completamente molhado. Tentava se concentrar em outra coisa, mas a imagem de Ana não saía de sua cabeça.

***

Tati estava saindo, mas dessa vez, sem a Pipoca. Caminhou até a Comunidade da região e entrou no Sambão. Assim que viu a filha, Cícero correu para abraçá-la.

– Homem triste! - exclamou a menina retribuindo o abraço. Binho, que "coincidentemente" passava por ali viu a cena.

– Que saudades, Tati! - ele disse.

– Nem faz tanto tempo assim que nós não nos vemos! - justificou a morena.

– Tati? - chamou Binho a surpreendendo.

– Binho! O que você tá fazendo aqui? - perguntou.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Mereço reviews?
PS: O que acham irá acontever no próximo capítulo? O que esperam que aconteça?
Ps2: Vou resgatar alguns momentos que foram deletados.
XOXO