Doce Realidade escrita por Heuristic
Notas iniciais do capítulo
Agradeço ao meu pai por dizer que vocês vão roubar minha história no Nyah. Você não farão isso. Farão?
Com 31.° Graus em um sol torrante, a quilômetros da sua casa onde mais você estaria? Com certeza, você não estaria em uma reunião com mais de 10 homens preocupados com seu decote. Pois era assim que a mãe de Escarlate estava, ao lado da filha. Sorrindo e rindo como se todos fossem amigos intímos. Mesmo Escarlate, com seus poucos 15 anos e sorriso metálico, era assediada por homens perguntando se era irmã de sua mãe. Sua mãe sentia-se elogiada. Ela, enojada.
Não por aqueles homens que apenas seguiam seu instinto. Mas, por estar na crise pré-mestrual. Ao fim da noite poderia até devorar um pote de sorvete e chorar vendo desenho animado.
Porém, naquele momento deveria sorrir como sua mãe e elogiar os homens vermelhos por causa so sol e as crianças mimadas procurando suas mães vários anos mais jovens que seus maridos, principalmente loiras.
– Negócio fechado. Nos encontramos segunda para assinar os papéis.
Fim, todo o esforço valeu a pena.
As duas, ao mesmo tempo, fecharam a porta do carro. Uma fixamente olhando e sorrindo para a outra.
– Conseguimos!
Escarlate enrolou o cabelo em um coque mal feito. Tirou o tênis e colocou os pés no paínel. Sua mãe jogou os cabelos ruivos da franja para trás, puxou uma blusa menos vulgar e trocou pela regata.
Jogou o salto para o alto, eles caíram no conjunto de copos de cristal dados por um dos sócios, devidamente caros.
– Joice! Cudado.
– Foda-se. Esse velho cheirava meu cabelo por meses. E não me chame de Joice.
Escarlate, diferente do que seu nome refletia, era uma menina de cabelos castanhos. E diferente do que seus amigos depressivos pensavam, ela não era anemica.
E diferente do que seu pai pensava. Quando sua mãe dirigia a 120 km/h em uma pista de 80 km/h, ela achava um máximo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Prólogos.