Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 40
Te amarei com um sorriso


Notas iniciais do capítulo

Olá, sim to viva... E com cap nonsense ainda, ele pode parecer confuso inicialmente, BUT no proximo tudo será esclarecido...



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Alice

Nós encaramos aquela espada com receio, de mãos dadas com Al eu sentia algo estranho em relação a aquele objeto. Como uma ligação e ao mesmo tempo uma forte vontade de me livrar daquilo.

A espada vorpal.

Estava ali a sua frente e parecia chama-la. O mais estranho é que, desde que voltaram da oficina, Johan e Will permaneciam silenciosos e apenas observavam os adolescentes.

— Então... – Foi Ches quem cortou o silencio, ainda observando a espada e o elixir em cima da mesa. — Isso é o que precisamos para derrotar a rainha?

— Para lutar. – Will corrigiu o sobrinho, ainda nervoso, a espada ainda parecia me chamar, era como um imã, mas algo me impedia de ir até ela. O que poderia ser?

— Poderemos ter uma chance, agora precisamos encontrar os outros e...

Johan começou, mas se interrompeu do nada, me encarando, eu não me assustei nem me surpreendi quando suas mãos me empurraram para longe de todos.

— Alice o que há com você?

Eu ouvia vozes, podia ver os outros em volta de mim, Alli me encarava preocupado, suas mãos em volta da minha cabeça, ele estava ajoelhado, eu estava... No chão? Johan permanecia a distancia, sentado em uma cadeira com a cabeça baixa e sendo abraçado gentilmente pelo filho, Will segurou minha mão e disse algo, o que ele disse?

Minha mente foi se desviando, mas eu ainda estava acordada, ainda podia ver a todos, Al me ajudou a sentar, permaneci no chão mesmo, deitei a cabeça no ombro dele e fechei os olhos, sentindo uma onda nos envolver.

Eu não estava dormindo e nem desmaiada, ainda podia ouvir a voz desesperada de Will quando o filho pareceu desmaiar, apenas pareceu, ele estava acordado, só havia desligado o cérebro para receber informações exteriores. Como eu sabia disso?

Meu mundo era preto, abri os olhos e mesmo assim tudo estava escuro, não havia nada, apenas eu, mas não era eu, uma menina de vestido azul claro e cabelos loiros e quase cacheados estava em meu lugar, com um pincel esbanjado em tinta vermelha.

Ela ria, de que?

De repente uma voz... De quem?

— Não pinte as flores Alice.

Só então me vi em uma cena totalmente diferente, a menina era a mesma, o pincel era o mesmo, mas havia flores, e um menino, deveria ter doze ou treze anos. Ele era... Loke?

— Papai vai ficar furioso se pintar as rosas brancas. – Ele avisou e a menina apenas o encarou com um sorriso ousado.

— Mas ele deixou, as rosas vermelhas são mais belas que as brancas. – Ela insistiu.

— Isso sai?

A menina pareceu pensar. — Permanência mágica significa que sai? – Ela perguntou, temerosa por sua travessura ter passado dos limites. Loke se desesperou.

— Não Alice, permanência quer dizer que fica.

— Ops! Bem, agora que já comecei mesmo, vou terminar.

Tudo começou a escurecer de novo.

— Alli? Alice? – Ches nos chamava ao longe, ainda achando que estávamos inconscientes. Onde Al estaria?

Logo eu mudei de novo, mas um pouco maior.

Meus cabelos mais cacheados e meu vestido maior, eu estava maior, havia crescido? Impossível.

A nova eu se erguia confiante em um campo de batalha, o tempo fechado, céu cinzento e medonho. Um vulto loiro, para mim era totalmente desconhecido, mas ele estava ao lado dela. O que fazia lá?

Em minhas mãos havia algo, não me atrevi a olhar o que era, mas não tive muita escolha quando ela ergueu o braço e o primeiro raio de sol bateu na lâmina de sua espada e refletiu de volta ao céu, as nuvens cinzentas deram lugar ao sol e ao céu de uma manhã calma e suave, um tom claro de azul, tão puro e semelhante ao céu de uma manhã calma, eu já havia visto aquela cor? Algo me dizia que ela significava algo, e não era a manhã de sol, ela me era aquecedora, me fazia constantemente pensar em Alli, onde ele estaria?

— Jasmine, tem certeza? – Indagou o homem loiro, visivelmente desnorteado. —Você tem o dom.

Mas ela apenas negou e sorriu. — Não é para sempre que partirei. Mas todo tempo há seu tempo, sejamos pacientes, hora ou outra a verdadeira destinada a esse mundo nascerá. Assim como logo seu filho logo completará cinco anos. – O homem sorriu.

— Meu pequeno Johan. – Disse com ternura.

Jasmine o abraçou fortemente. — Obrigada por me guiar e peço-lhe duas coisas: Guarde-a para a verdadeira destinada. - Ela entregou a espada cinza para o homem. — E lembre se, essas crianças são o nosso futuro... – A cena começou a se dissipar. — Temos que acreditar no que ainda vai vir.

— Jamais me esquecerei de sua majestosa presença, minha rainha. Adeus Jasmine, eu sei que um dia essas palavras me servirão cuidarei de meu filho e o protegerei nem que para isso eu tenha que morrer, ele se tornará o guardião... E ele ou seu sucessor guiará a verdadeira destinada, mas como lhe conhecerei? Como eles saberão de quem se trata?

Mesmo com a fraca imagem eu pude ver o rosto dela envelhecer e ela se tornar... Minha avó? Não... Era outra, mais velha e mais cansada.

—Alice. Assim se chamará.

Uma explosão, pedaços de concreto indo para todas as partes, Jasmine caiu perto do portal e uma pedra prendeu-lhe a mão, o homem loiro puxou a pedra para longe e empurrou a rainha para o portal, eu o vi me encarar e seus olhos verdes se encherem de medo, ele murmurou algo a si mesmo, “Johan” e um sorriso brotou em seu rosto, ele pegou um colar de rubi, “Te protegerei, nem que seja morrendo, te amarei com um sorriso. Sorria! Meu anjo.”, o loiro fez o portal se fechar com uma explosão violenta que se colidiu com os concretos caídos, ele caiu, o colar rolou para longe e desapareceu, sangue começou a escorrer e eu gritei, abrindo os olhos e me agarrando a primeira pessoa que encontrei: Will.

Minha visão estava ofuscada, senti os braços de Will me acolherem e me abraçarem, mas o desespero era maior. Tudo estava embaçado e eu ainda gritava me lembrando do homem, pai de Johan, me lembrando de Jasmine, minha bisavó e daquela espada horrenda que ainda me chamava.

Tentei fechar os olhos e me acalmar, mas uma imagem surgiu em minha mente, um menininho loiro do tamanho de Let estava chorando, deitado embaixo da cama, ele tapava os olhos, e era justificável, um corpo jazia morto a sua frente, eu voltei a gritar, um homem entrou no quarto e pegou o menino em seu colo, acariciando o cabelo dele e tampando os olhinhos do pequeno, pegando uma espada cinza e a encarando com temor: “Maldito destino”, murmurou antes de sair com o menino do quarto.

— Alice Calma. – Ouvi a voz de Will, o chão parecia tremer, e de mim uma forte luz emanava, dessa vez Ches estava do meu lado e Johan a minha frente, Johan, meus olhos se encheram de lágrimas, ele tocou meu rosto e notei que estava pálido e ofegante, aquele que era o guardião do destino.

Maldito destino. – Murmurei e me joguei no braços dele, “te amarei com um sorriso”, uma vez eu disse, que se heróis existissem, Erick/Ches, seria um, agora sou obrigada a dizer, se heroísmo é um dom, certamente é de família.

te amarei com um sorriso


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Notas finais do capítulo

Johan vem que eu te abraço...
Bjuss Floquinhos



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