Unattainable reality ~ sendo reescrita~ escrita por Sol


Capítulo 13
Ciúmes, orgulho e pessimismo! Isso ainda vai me matar!


Notas iniciais do capítulo

Oie! gente linda!



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White

Andei bastante e assim que notei que estava bem longe de Alice deixei meus joelhos cederem e irem de encontro ao chão, minha cabeça parecia que ia explodir, eu senti meus olhos arderem e minhas mãos começarem a tremer, era a terceira vez que isso acontecia, tentei respirar fundo, mas a dor intensa na minha cabeça parecia me impedir de pensar, receio tê-la deixado se prolongar por tempo demais na minha tentativa de não demonstrar a dor, eu e meu maldito orgulho temos um laço de união, ainda morro por causa disso, infelizmente meu humor certamente foi afetado, e eu acabei perdendo a paciência por um motivo idiota.

Eu me levantei com certo esforço e observei a trilha a minha frente, eu peguei a oitava, outros podem dizer que é só uma lenda, até porque eu certamente irei concordar, mas eu ouvi essa história por anos e anos seguidos em Jadis, nem rola simplesmente ir pelos outros caminhos, ainda mais porque ninguém nunca me disse o final, ou disse e eu esqueci, isso acontece as vezes, depois eu posso perguntar para o Erick, a memória dele é incrivelmente detalhista e eficiente, mas cá entre nós, no que ele não é eficiente?

Recomecei a andar certamente haveria um pouco de água em algum lugar, eu só não podia desmaiar, cair na água e morrer afogado. Eu sei, sou muito otimista, é a qualidade que admiro em mim.

E não é que eu realmente encontrei água...

Para o bem do meu otimismo não morri afogado, não por pouco na verdade, já que me desiquilibrei e cai de cara ao lado do rio, céus, eu estou péssimo mesmo, nem cheguei a me levantar, fiquei deitado olhando para o céu, acima de tudo eu estava cansado, passei a mão pelo bolso e retirei um pedaço de papel, a carta de Áz, que escorregou da minha mão e caiu na minha cara e lá ficou, estava escurecendo bastante e meus olhos começaram a pesar, eu já estava quase dormindo quando me sentei com um impulso, peguei a carta e depois de umas três tentativas inúteis eu consegui me levantar, olhei para a trilha e comecei a caminhar aos tropeços até ela, eu só pensava que Alice estava sozinha no escuro, sozinha e sozinha, eu precisava chegar lá, nem que fosse me arrastando.

Ainda não havia escurecido totalmente, mas não me impediu de cair de joelhos ao escorregar num monte de pedra, de quase dar de cara com duas arvores, de cair de cara na lama ao tropeçar em uma raiz enorme, pelo menos a minha blusa é preta, já meu cabelo... Como se isso não bastasse o sono e o cansaço pareciam me possuir, eu ficava repetindo a mim mesmo meu objetivo e me perguntando de onde veio tanto sono, eu nem sequer gosto de dormir, é perca de tempo e eu nunca tive muito tempo.

Quando eu cheguei até a “praia” eu parecia ter voltado da guerra, uma das mangas da minha blusa estava com dois cortes pequenos, parte da minha cara tinha sujado de lama, aliás, foi limpando a lama do rosto que descobri os furos, minha blusa estava encharcada e meu cabelo, Ah! Meu cabelo passou de rebelde sem causa para rebelde sem banho, meus pêsames cabelinho.

E Alice estava dormindo!

Eu me arrastei e me sentei ao lado dela, que dormia com um braço jogado na cara e o outro jogado de qualquer jeito, continuava linda, mas estranha.

Eu a observei por um tempo, talvez para conseguir ter bons sonhos, mas mesmo eu não posso sequer presumir o tempo que levou, já que o sono me venceu e eu simplesmente apaguei.

O sono me derrubou e tudo que me lembro é do sonho.

— Maira! Não pode simplesmente agir assim. – Meus pais estavam na cozinha, brigando como sempre, eu havia sido duplicado em eu e um mini eu, que se escondia atrás da parede com medo de ser visto, já eu estava de frente para minha mãe, ela fazia pose de poderosa enquanto meu pai falava. — Onde quer chegar assim? Ele é seu filho Maira, isso não vai mudar, mesmo que você não queira admitir.

—Chega Will! Não se envolva com oque não pode controlar. – Ela esbravejou e notei o mini eu dar um passo atrás, tá, eu também.

— Não me faça rir Maira, você sabe que há um motivo para termos nos casado. - O mini eu tentou sair correndo, mas acabou tropeçando no próprio pé.

— Ah! – Ele exclamou quando foi de cara no chão, minha mãe não moveu um músculo, já meu pai correu em meu auxilio quando eu comecei a chorar, ele me abraçou e me pegou no colo passando a mão no meu cabelo.

— Não chora! Não chora! Papai ta aqui! Calma. – Meu pai lançou um olhar furtivo a Maira e saiu da cozinha, quando dei um passo a frente na esperança de segui-lo um barulho de coisa quebrando me chamou a atenção, eu me virei e vi Maira jogar os copos de vidro na parede e gritar, a reação dela me assustou, ela chutava as coisas e quebrava tudo que via pela frente. — ALLI! – Ouvi meu pai gritar de longe quando o mini eu voltou correndo para a cozinha.

— Mãe não! – Ele, que na verdade sou eu só que menor, exclamou chorando e correndo na direção dela. — Não! – Ele continuou, eu queria poder correr e impedi-lo, mas estava estagnado sem conseguir respirar direito, Maira pegou um bule cheio de água fervendo e a jogou na minha direção, nesse instante eu subitamente me vi no corpo pequeno e inofensivo do mini eu, a água me acertou em cheio, aquilo queimou e ardeu até na alma, eu gritei e tudo ficou escuro.

Acordei ofegante e tive que respirar fundo umas três vezes para me focar novamente, ultimamente tenho tido muitos desses sonhos, todos sempre acabam mal, isso ó alimentava mais meu pessimismo sobre a vida, olhei para o lado e vi que Alice ainda estava dormindo, ainda bem.

Eu olhei ao redor e notei que a ponte estava mais destruída ainda, teria começado a viajar pelo meu mundo de pessimismo interior se não tivesse ouvido Alice murmurar baixinho:

— Hector! - Ela disse enquanto ainda dormia, e isso me incomodou profundamente, sério mesmo. — Hector... Hec... Ah! - O grito dela me surpreendeu ainda mais, ela abriu os olhos e se sentou ofegante, depois me encarou confusa. — O que? Al?

Eu sorri, por mais que eu tente não consigo resistir quando ela me chama assim. — Bom dia! Espero que tenha tido um bom sonho. -Disse com ironia e ela pareceu pensar.

— É não sei. – Minha cabeça estava começando a latejar, mas não dei muita importância.

— Talvez eu possa ajudar. – Comentei como quem não quer nada. - Você disse... Como é mesmo? Ah! Sim, Hector.

— O que? – Ela pareceu tão chocada que eu quase me arrependi. — Eu... An... Disse mais alguma coisa? É que... – Aquele discurso certamente acabaria em justificativas.

— Não, oque diria não é mesmo? De qualquer forma não me interessa. Não tenho nada a ver com a sua vida não é? Então não me deve explicação alguma, Hector não é, tenho certeza que ele deve ser importante pra você, mas irrelevante pra mim, então que seja. - disse tentando não demonstrar o ressentimento, sei que prometi dar um tempo a ela, mas não posso me privar da angustia de vê-la tão perto e ao mesmo tempo tão longe, de me lembrar do calor de seu abraço, da sensação de paz que sinto toda vez que seguro sua mão, não posso esquecer aquele beijo. — Eu encontrei uma fonte de água pura, vamos ate lá. -desconversei apontando para a trilha do meio. — A oitava trilha, caso acredite naquela lenda idiota. – Céus como sou hipócrita.

— Não deveria falar assim, nunca se sabe. – Eu sorri para não chorar a dor estava me incomodando mais.

— Sendo ou não verdade, vamos pelo oitavo caminho, esta feliz? – Resmunguei, mas notei que ela me encarava de modo estranho, preocupado ou coisa do tipo. — Porque esta me olhando assim?

— Nada só estava tentando imaginar como você pode ser tão cético com a cultura do próprio país. – Certamente estava mentindo, mas que seja, todos mentem tentar convencê-los é perca de tempo.

— Calada, você vem ou não?

— Da um tempo! - Ela resmungou andando na minha direção, um tempo? Estou dando tanto tempo que estou até surpreso comigo mesmo, francamente, e essa garota nem sequer confia em mim.

— Agora eu que pergunto, porque esta me olhando com essa cara?

— Que foi? Não posso mais olhar para onde quero? - Retruquei revoltado, aquela maldita dor de cabeça estava mais fraca, só que ainda incomodava.

— Oque há com você hoje? Esta conseguindo se superar na chatice. - Ela não perdia tempo, mas hoje eu não estava no clima de briguinhas estupidas e acho que acabei sendo rude.

— Oque há comigo? Não sei, e acho que não te interessa não é mesmo? Nos não somos nada um do outro eu já disse isso, e quer dizer que se você não me deve satisfações sobre o Hector e tudo, mas eu também não tenho que falar. - Disparei e ela respirou fundo

— Jura? Porque me parece que você quer saber e, aliás, que quer falar. - Ela disse em tom de desafio e eu prendi a respiração, odiava quando ela dizia oque eu sentia, eu me virei e sai andando, agradecendo aos céus por não perder o equilíbrio.

— Vamos logo! - Resmunguei e não disse mais nenhuma palavra, nem mesmo olhei para trás.

— Chato! Pelo menos espero que seja um lugar útil.

— Claro que é, quem encontrou foi eu não é mesmo. – Retruquei.

— Coelho arrogante.

Fazer o caminho de volta ao rio foi mais fácil do que imaginei, acho que era porque eu não estava quase morrendo, quando chegamos tudo estava perfeitamente no lugar, mas uma coisa me incomodava.

— Ah! Que perfeito! – Alice exclamou andando até a água, mas meus instintos me diziam que alguma coisa estava errada.

— Alice esp-

— Ah! - O grito dela me atravessou como uma flecha, antes que eu pudesse reagir um homem surgiu e começou a enforca-la com um braço. — Me sol... Solta... Seu... Louco.

Eu ameacei correr, mas ele ergueu uma espada na direção dela.

— Um passo garoto, e ela morre.


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Notas finais do capítulo

:v Oshe mil tretas Mauaahahahahhhahahahhaha
Mas enfim, eu criei um Tumblr para postar coisas da fic ~clap clap clap~ , por isso meus lindinhos que eu amo, façam uma visita, eu ja tenho uma coisa ou outra postada e acho que devem gostar, se quiserem que eu faça algum dialogo ou carta de um personagem para outro, ou alguma coisa que esteja a meu alcance é só pedir por MP, no Tumblr ja tem um texto fofo do Erick p/ a Sinara e um dialogo, eu tbm pretendo postar uns textos avulsos tirados das profundezas do meu cerébro :v
http://karollfblog.tumblr.com/
Se curtirem, ou não, o tumblr comentem xD Foi feito com muito amor pensando em vcs! Bjuss



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