Olá, me chamo Katrina e tenho 16 anos. Moro com meu pai na Finlândia porém nós vamos nos mudar para os Estados Unidos por conta do trabalho do meu pai.

–Katrina!, saia da janela, estamos atrasados para o voo e suas malas já estão no táxi. -Ordenou meu pai, abrindo a porta do pequeno apartamento para que eu saísse-.

Depois de alguns minutos chegamos no aeroporto, estou tão nervosa, o que será que vai acontecer?, como será nossa nova casa?, minha nova escola?, esse tipo de pergunta deve ser normal para o tipo de pessoa ansiosa que eu sou. Alguns amigos me mandaram mensagem, outros me telefonaram para que pudéssemos nos despedir, é uma coisa meio triste, convivi com eles a minha vida inteira praticamente... e agora estamos nos separando assim.

[No aeroporto...]

–Pai, tô com fome! -Alertei-.

–Calma Katrina, você não pode ficar comendo tanto assim, daqui a pouco vai virar uma bolinha -Brincou meu pai, ele sabia que eu comia muito, mas tive a sorte de obter essa linda genética, que posso comer, comer e comer, mas não engordar.

–É que eu tô ansiosa, como serão as coisas a partir de hoje? - Perguntei -.

–Não sei filha, isso só o tempo pode dizer. -Respondeu meu pai, gosto tanto desse velho, ele sabe como me confortar-.

Observei um casal com um filhinha pequena, parece um pouco bobo... mas eu sinto falta da minha mãe, ela morreu quando eu tinha apenas seis anos de idade. Desde então não consigo dormir muito bem e já fiz terapia, tomo remédios para depressão. Foram algumas horas no avião até que pudéssemos chegar no aeroporto de Los Angeles, gosto muito de fotografar, para isso levei uma câmera semi-profissional e tirei algumas fotos de aeroporto, e de Los Angeles, claro!.

–Ótimo, mas e agora? a nossa casa? -Perguntei a meu pai assim que pisamos fora do aeroporto -.

–A empresa já providenciou. Com certeza você vai gostar, é bem mais espaçosa do que nosso velho e pequeno apartamento. -Respondeu meu pai, sinalizando para um táxi parar, logo depois entramos no táxi e ele passou o endereço da nossa nova casa para o taxista-.

Quase não acreditei quando chegamos em casa, MEU DEUS PARA TUDO!, que casa enorme!!, nunca imaginei em morar em uma casa assim, caralho, sério isso?.

–Pai, tem certeza que é essa casa mesmo? -Perguntei com um sorriso enorme no rosto-.

–Sim, algum problema? -Perguntou meu pai-.

–Claro que não, caramba!, nunca pensei que isso aconteceria com nós dois, obrigada por tudo pai! -Dei um abraço nele, sempre pensei em morar em uma casa assim tudo tão surpreendente!, parece que minha vida estava começando a mudar, e para melhor!-.

–Está bem, agora entre já é tarde, vá descansar e amanhã você explora seu novo lar, enquanto eu vou pro trabalho. -Disse papai, abrindo a porta da casa para entrarmos-.

Assim que entrei no meu quarto, tive mais surpresa ainda, cada coisa tão linda, os móveis tão delicados e ao mesmo tempo com tanta personalidade. Tirei foto, claro!, assim que fui dar uma checada no meu celular, recebi uma ligação.

Xx- Alô, Katrina?

Eu - Ela mesmo, quem é?

Xx- Meu amor, que saudade de você...

Eu - Quem é?

Xx- Não acredito que você não se lembra de mim!

Eu- ...

Xx- Robert!

Eu- Cara, oque você quer?

Robert- Puta que pariu Katrina, nem sabe receber um ato de carinho feito uma menina normal.

Eu- Vai a merda Robert!.

Robert- Desde que nosso namoro acabou você ta agindo assim comigo.

Eu- E porque será que nosso namoro acabou mesmo?

Robert- Foi tudo um mal entendido, eu já expliquei!

Eu- Oque você quer?

Robert- Hoje é quinta, e esse fim de semana eu tô passando em San Francisco, me falaram que você tava em Los Angeles, então pensei que...-Antes que ele terminasse de falar, eu o interrompi-.

Eu- Você ainda tem mesmo esperança?, não sou puta e muito menos sua!, esquece, acabou, fim! -Desliguei o telefone-.

Desci as escadas correndo, como será possível, queria achar onde papai colocou minhas malas para poder pegar algumas roupas e tomar um banho, pela primeira vez na minha vida, tive um banheiro só pra mim. Escutei papai na sala de estar, falando no telefone.

–Então ok, pode deixar!, amanhã mando ela para a escola - Respondeu papai falando no telefone-.

–Não acredito..., mas já? que inferno! -Falei, era quinta feira, eu estou super cansada, não é possível que não posso ficar sem ir pra escola uma vez no ano!-.

–Sem reclamações, oque está fazendo aqui?

–Procurando minhas malas. -Respondi fria-.

–Estão ali. -Ele apontou para o canto da parede onde tinha colocado as malas-.

–Obrigada, senhor chatice.

Levei minhas malas para o meu quarto com um pouco de dificuldade para subir a escada, tomei um banho refrescante na banheira, troquei de roupa e fui dormir.