Já estávamos viajando há 30 minutos de Washington para Nova York e eu já estava quase pedindo para o piloto do avião ir mais rápido de tanto nervosismo que eu estava. Já eram 11:20, só tínhamos 40 minutos para chegar ao nosso destino: A Estátua da Liberdade.
Quando chegamos no aeroporto, eu puxava Oliver descontroladamente para irmos logo. O pai de Oliver e o resto dos policiais vinham atrás de nós. Ao sair do aeroporto, eu e Oliver pegamos um táxi. Os policiais pediram ajuda à polícia de Nova York e foram com eles. Nos encontramos na ilha onde fica a Estátua da Liberdade. Ela era linda e muito, muito grande. Mas aquela não era hora para apreciar a beleza dela, e sim para salvar a vida da minha filha.
Eu olhei para o meu relógio e faltavam 5 minutos. Era impossível chegar à tocha em 5 minutos. Mas, naquele momento, nada era impossível para mim.
Eu subi correndo as pequenas escadas. Peguei o elevador. Só ouvia Oliver gritando meu nome atrás de mim, mas não parei para esperá-lo. No elevador, eu estava sozinha e batia o pé no chão, sem paciência nenhuma. Quando o elevador parou no último andar, ainda não tinha chegado à tocha. Olhei para o relógio e faltava menos de 2 minutos. Olhei para as escadas no meu lado. Eu conseguiria. Subi as 3 escadas numa rapidez que eu nunca tinha visto.
Então, quando cheguei, faltavam 15 segundos. Corri à procura de minha filha e a achei no colo daquele louco, dormindo. Ele, quando me viu ali, deu um sorrisinho.
- Parece que você foi bem inteligente e decifrou a minha charada. – Ele disse. Eu dei um passo para frente, mas com isso, ele aproximou minha filha da janela.
Então, ouvi Oliver correndo atrás de mim e depois os policiais. Estavam todos arfando. Vi Justin se assustar com a quantidade de policiais, mas depois disse:
- Isso vai ser bem divertido. – Ele me olhou de cima abaixo e sacudiu a cabeça, decepcionado. – Nós poderíamos ser uma família agora, Claire. A família mais feliz do mundo. Mas não. Você quis complicar tudo se apaixonando por esse nerd idiota. Agora, me diga. O que você viu nele?
- Tudo o que não vi em você. Você não tem coração, não tem alma. Só beleza. E uma mulher não quer só uma beleza para ela, ela se interessa também na beleza interior das pessoas. O Oliver é bonito por dentro e por fora. Ele é tudo o que eu sempre quis na minha vida. Eu o amo. – Ao me ouvir dizer esta última frase, ele se encolheu agoniado e tapou o ouvido com uma das mãos, pois a outra segurava Louise.
- Para, Claire! Dói muito no meu coração quando você diz isso! – Ele gritava, com a mão no ouvido.
- Mas é a pura verdade, Justin. Você tem que entender isso... – Eu dizia.
- Chega! Chega de conversas! Vamos logo com essa troca! – Ele disse, se recompondo. – Claire, eu quero trocar você pela sua filha. Aceita?
Eu assenti, temerosa.
Ele esticou uma mão para mim. Eu respirei fundo e me virei para me despedir de Oliver. Peguei suas mãos, elas suavam frio que nem as minhas.
- Eu te amo. – Eu sussurrei.
- Eu também. Muito. Mais do que a minha própria vida. – Ele disse, então eu vi que ele estava começando a chorar.
- Mais do que a minha própria vida. – Eu concordei. O abracei, chorando.
- Vai ficar tudo bem. – Ele disse, enxugando minhas lágrimas. Eu assenti e me virei para ir com Justin.
Ele sorriu e me deu a mão. Eu fiquei com nojo só de encostar nele.
- Me dê minha filha. – Eu disse.
- Ah... Ela pode ser nossa filha. Prometo que serei um ótimo pai. – Ele propôs.
- Não. Eu quero que ela fique com o pai dela. – Eu disse, tirando Louise dos braços dele e a dando para Oliver. Depois disso, uma onda de alívio me tomou.
Então, tudo aconteceu rápido demais.