The Four Revolutions escrita por starqueen


Capítulo 10
Capítulo 10 - O soro da verdade.


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY PESSOAS :D

Novo cap, com tretas, Sam sendo sambada (-q), tretas, Sam sambando, Matt, Audrey e... Tretas AHUEAHUEAHUEAHUEA -q



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Ponto de Vista do Narrador.

Sam pensou que as coisas poderiam estar piores.

Tentou se lembrar de todas as vezes que estivera em situações piores que essa. Como a vez que Mary Watters a prendeu e torturou por quatro dias, matando Big J na sua frente. Ela não queria se lembrar disso — jamais iria admitir foi algo bem traumático ver Big J morrer daquele jeito — então forçou para uma coisa menos pior. O dia que os seus pais morreram poderia ser um bom adversário com o que estava acontecendo agora. Na sua listinha secreta de piores dias da sua vida, o dia que matou os seus pais estava em segundo lugar, apenas atrás do dia em que nasceu.

Por um instante, pensou em como Matt poderia estar. Evitou de forçou uma risada sarcástica e mentalmente se chamou de idiota, por acreditar em uma ilusão e por ter se colocado ali. Sam não estaria ali se não fosse culpa sua. Mas ainda bem que ela tinha inúmeros planos paralelos de coisas que poderiam ter dado errado nisso, e ela estava executando um deles.

Não importe o que aconteça, ela irá virar um mártir, iniciar uma revolução e acabar de vez por todas com a guerra.

Olhou ao redor, analisando melhor o local. Ela já tinha lido sobre isso antes, em alguns livros sobre a segunda guerra mundial, mas nunca acreditou que aquilo ainda estivesse acontecendo tão fortemente.

Stephen era inteligente. Capturou Sam e agora vai muda-la completamente para que vire mais uma dos The Owners. Para Sam, “converter” uma dominadora era uma boa ideia. Poderia acertar diretamente todos os seus adversários.

Sam olhou para o chão. Era quadriculado em preto e branco, representando um conceito de dualidade que Sam já conhecia. Já viu isso antes em bases dos The Owners, como na última vez que viu Mary. Era o mesmo conceito que representava a alcateia de Garrett Knight, pela a qual fazia parte.

Bem e mal.

Sam pensou de qual dos dois lados ela fazia parte. Obviamente, era o mal. Era isso que a dualidade representava, os dois lados de tudo. Então pensou se ela era do mal, Stephen, Lewis, Hector, Mary e Ark Zero eram do bem.

Pensar nisso era inútil. Não iria leva-la a nenhum lugar que não fosse a sua própria morte. Sam precisava parar de pensar e agir antes que a catástrofe que Stephen quer tanto fazer realmente aconteça.

Sam estava sozinha, com apenas a escuridão da cela fazendo companhia — ainda assim era melhor que a companhia de grande parte das pessoas que conhecia. Bennett estava em outro lugar agora. Talvez seria morto, já que a sua mente não poderia ser controlada. Tentou não se preocupar muito com ele. Bennett sempre arrumava uma maneira de conseguir escapar das coisas.

Stephen e mais quatro vampiros seus se aproximavam da cela. Stephen carregava uma lanterna consigo, o que iluminava todo o local. Um dos vampiros abriu a porta e o líder dos vampiros entrou, sorrindo para Sam de uma maneira doentia. A dominadora de água pensou em milhões de xingamentos que poderia dizer a ele.

— Quando uma dominadora de água nasceu na minha família, eu mal pude acreditar, sabia? — Stephen começava. Sam revirou os olhos. — Eu sempre tive a curiosidade de saber em como o cérebro de vocês funciona.

— Lobotomia? — perguntou Sam.

O sorriso de Stephen se desfez.

— Por Lilith, teria tido mais impacto se você não soubesse. — disse meio frustrado. — Seria interessante ver a surpresa fluindo em todo o seu corpo, como se fosse um veneno.

— Então vocês vão retirar uma parte do meu cérebro, me torturar durante algum tempo e depois programar o meu cérebro para outro tipo de personalidade? — perguntou.

— É persona, não personalidade. — corrigiu Stephen. — E é a programação Delta.

— Tanto faz. — ela disse. — Olhe, se vocês querem me transformar em uma assassina já saibam que é inútil. Eu já sou.

— Não queremos te transformar em uma assassina, Sam Watters. — disse Stephen. — Eu quero apagar o seu cérebro. Eu quero que todos no governo americano me temam pelo o que eu farei com você. Eu quero mexer com eles emocionalmente. Eles irão ter tanto medo disso.

— Quem não teria medo de perder parte do cérebro e ainda ganhar uma nova personalidade? — perguntei. — Isso é loucura, Stephen. Isso não é a segunda guerra mundial, não estamos lidando com nenhum Hitler ou nenhum problema realmente importante. Tudo isso só porque...

— Só porque você matou Robert Rodriguez. — lembrou Stephen. — Antes que comece esse teatrinho, lembre-se de que tudo isso foi apenas a sua culpa, criança.

— Eu tenho dezenove, Stephen.

— Dezenove e mesmo assim não tomou conta do quanto isso é perfeito, não é, Sam? — disse Stephen. — Essa guerra é a oportunidade perfeita para que eu mude o mundo.

— Eu não acho que irão se curvar a um idiota como você.

— Então acha que eles vão se curvar a uma mentirosa como você? — rebateu Stephen.

— A mentirosa aqui é uma dominadora. — Sam disse sorrindo sarcasticamente. — Isso me faz ser superior a todos.

— Você é tão superior e segura de si que desabou facilmente quando Hector te ameaçou psicologicamente. — Stephen disse. Sam parou de sorrir. — Ouvi dizer que você tem inveja dos humanos idiotas. Patética. É realmente uma pena ver uma dominadora tão talentosa se perder desse jeito.

— Eu não preciso da sua pena. — ela disse entre os dentes. — É errado pegar pessoas e usá-las da maneira que você faz.

— Oh, querida, agora você quer falar do que é certo e errado, não é? — Stephen dizia sarcasticamente, se aproximando de Sam e passando levemente a sua mão no queixo dela. — Você sabe por que eu gosto tanto de fazer isso? — perguntou. Sam queria soca-lo no rosto e manda-lo para o inferno. — Porque eu gosto de ver como grandes futuros, grandes pessoas e lindas personalidades podem ser quebradas tão facilmente. Você não faz a mínima ideia de como pode ser destruída facilmente, Sam Watters. Alguns costumam te ver como uma pessoa forte e poderosa, mas honestamente, eu te vejo como um castelo de cartas prestes a desmoronar. Você é um desastre ambulante, tipo um pesadelo vestido como se fosse um sonho.

Então ele soltou o queixo dela.

— Últimas palavras antes da Lobotomia? —perguntou.

— Sim. — ela falou. — Quando perguntarem quem quebrou a sua cara, diga que fui eu.

A dominadora de água foi até a direção de Stephen, porém dois vampiros seus ficaram no meio do caminho, tentando proteger o seu líder. Sam parou de se controlar e deixou que os seus instintos tomassem conta dela, sabendo que poderia fazer qualquer coisa naquela hora. Pegou um vampiro e com um movimento veloz arrancou os seus olhos. O outro vampiro tentou atacar Sam, mas ela quebrou o seu pescoço e ele caiu no chão. Em um minuto, dois vampiros estavam no chão com ela tendo feito apenas dois movimentos. Não estavam mortos, claro, logo iriam se curar, mas estavam imobilizados e não iriam atrapalhá-la.

Os dois vampiros que protegiam o seu líder foram para cima de Sam. Ambos mostraram suas presas e tentaram atacar Sam, o que inicialmente deu certo, já que um deles a jogou no chão. Alguma coisa muito ruim deveria estar acontecendo. A dominadora não conseguia soltar seus instintos completamente.

Então os vampiros estavam atacando Sam como se ela fosse um inseto inútil. Ela rastejava no chão, desviando de seus movimentos, mas a sua mente estava presa em inúmeros pensamentos. Até ela sabia que algo estava errado, que alguém estava a controlando, e que ela era a única pessoa que poderia mudar isso. Mas Sam estivera muito mais ocupada com a guerra do que com seus dilemas internos. Na verdade, ela nunca perdeu um segundo da sua vida para lidar com seus conflitos. Sempre tinham coisas mais importantes.

A dominadora de água se levantou do chão e foi atacando os vampiros. Ela tentou socar um no rosto, porém ele segurou o seu punho e a virou contra si, a imobilizando. O outro vampiro ajudou, segurando Sam e colocando a mão na boca dela. Aquilo era humilhante. Dois vampiros estúpidos eram mais fortes do que Sam Watters.

Stephen observava tudo aquilo como se fosse um filme de ação. Se fosse um mortal, até iria pedir uma pipoca para comer enquanto assiste.

A dominadora de água se debatia fortemente entre os vampiros, mas agora já era bem inútil fazer isso. Ela não tinha mais o que fazer.

— Sabe do que te chamam, Sam? — Stephen se meteu. — A dominadora que não domina. Vamos lá, pare com esse teatrinho. Todos nós sabemos que você acabaria com eles com apenas alguns movimentos de dominação de água. Ou será que você só está com medo, como sempre?

Sam disse um “Vá se foder, Stephen”. Só não ficou tão audível quanto ela imaginava que poderia ser. Após isso, o vampiro que estava com a mão tapando a sua boca começou a apertar as suas bochechas. Sam conseguia sentir a dor das unhas dele cravando em sua pele. O rosto dele se aproximava lentamente no seu pescoço, e ela sentia os caninos dele bem na sua pele.

Dor.

Dor era a chave. A única coisa que Sam sabia que deveria fazer era deixar as coisas fluírem, mas para isso precisava de uma chave. Toda a vez que a adrenalina corria no seu corpo ou que quase se transformava, era causada por dor tanto emocional quanto física. Ela se lembrou de Garrett dizendo que todos nós temos uma âncora, seja ela a raiva, amor ou qualquer outra coisa. A âncora de Sam era a dor.

O sangue descendo das bochechas de Sam não era algo tão importante quanto as garras que estavam crescendo nas suas mãos, ou a adrenalina que estava correndo no seu sangue. Provavelmente essas novas cicatrizes no rosto deveriam ser uma preocupação para depois.

Ela se soltou rapidamente dos vampiros, rasgando os braços daquele que segurava o seu punho. O vampiro que não foi machucado tentou dar um soco no rosto de Sam, mas ela segurou o seu punho com uma mão, e com a outra, rasgou a sua garganta. Ele berrou de dor e tentou outro golpe, mas Sam correu para trás e se forçou a dominar. Odiava dominar água, mas era algo necessário.

Foi um pouco mais difícil que o normal tirar a umidade do ar, fazendo a água aparecer, mas foi o que Sam fez. Ela fez uma estaca de gelo. Agora sim poderia matar os vampiros. O outro vampiro foi atacar, mas Sam desviou e cravou a estaca de gelo no seu peito. Ele berrou de dor, e caiu de joelhos. A dominadora de água retirou a adaga, certa de que ele tinha sido morto. Cravou a mesma adaga no outro vampiro, matando-o. Só faltava Stephen.

Quando ela foi atacar Stephen, teve toda a certeza de que ele estava na sua frente.

Mas ele não estava.

O líder dos vampiros se “tele transportou” e a segurou o seu pulso. Ele usava a famosa luva anti dominação que Sam odiava tanto. Ela sentiu uma corrente de fraqueza forte correr por todo o seu corpo.

Sam caiu de joelhos no chão.

— Não tente brincar comigo, bisneta, porque eu sempre tenho mais poder que você imagina. — disse por final.

Sam desmaiou.

[...]

Audrey achou que Stephen seria mais inteligente.

Segundo todos os últimos anúncios, iriam realizar uma lobotomia — cirurgia que consiste em literalmente retirar uma parte do cérebro de alguém — ao vivo em rede nacional. As pessoas estavam loucas, e as redes de TV estavam se fortalecendo para não passarem isso ao vivo. Audrey não achava aquilo nojento, era apenas doentio para ela. Como se não bastasse o fato de passarem isso em rede mundial, ainda tiveram que ter uma espécie de palco onde algumas pessoas poderiam ir assistir ao vivo e em cores, sem ser na tela fria da TV. Era tipo um show de rock, sendo que insano e com lobotomias.

— Ele acha que isso é um show por acaso? — Matthew dizia irritado. — Fazer uma lobotomia em rede mundial?

— Fazendo isso Stephen está deixando a sua imagem negativa na mídia. — dizia pensativa. — Mas... Por quê?

— Porque ele é um merda? — sugeriu Matthew.

Audrey revirou os olhos.

— Stephen tem um plano por trás disso. — dizia Audrey. — Ele quer nos acertar emocionalmente. Fazendo uma lavagem cerebral em uma pessoa inocente é assustador. — deu uma pausa. — Ele está realizando suicídio social para nós deixar com medo.

— Faz sentido. — disse Matthew. — Mas isso iria nos ajudar na guerra, e não ele.

— Talvez porque Stephen não queira ganhar a guerra. — ela disse. — Ele quer... — deu uma curta pausa. — Ele quer dar um golpe. Ele quer ser o mais poderoso de tudo isso.

— Se ele fosse dar um golpe não estaria praticamente estuprando a sua imagem em rede mundial. — disse sarcasticamente.

— Tem basicamente duas maneiras de ganhar poder. — dizia Audrey. — Tornando-se querido entre o povo e tornando-se temido. Eu acho que Stephen quer se tornar temido para realizar algum golpe de poder.

— Não importa. — disse Matthew. — Vamos para lá, assistir aquela lobotomia e depois libertar todos, principalmente a Sam.

Audrey não falou mais nada.

Desejou mentalmente que Sam estivesse bem. Pensou que Sam talvez pudesse ser a pessoa que tivesse uma lobotomia lá, mas logo esqueceu isso, já que não fazia sentido nenhum. Realizar isso em um humano era uma coisa, realizar em um dominador era outra. Se Stephen fizesse isso, era a prova mais clara de que ele era muito burro.

Lembrou de quando tinha cinco anos de idade e a sua avó costumava a criticar o que passava na TV, principalmente em clipes musicais. Era engraçado a reação dela com clipes da Britney Spears ou Christina Aguilera, em que ela se perguntava o que aconteceu com a indústria da música para que mulheres cantassem — ou fingiam que cantavam — seminuas. Audrey sempre achou aquilo normal. Mas, cantar expondo o corpo não era nada comparado a uma lobotomia em rede nacional. Não era uma coisa que as pessoas queriam ver na TV. Era insano, nojento e sem sentido.

Como isso chegou a esse ponto?, se perguntou mentalmente.

Matthew e Audrey estava “disfarçados”. Optaram por assistirem ao vivo, como se fosse um show muito mal feito. Era a única maneira de se infiltrarem depois e libertar todos ali — inclusive Sam. Matthew usava um boné dos Yankes — ele odiava o time dos Yankes — e óculos escuros, além de ter tirado o bracelete escrito LII da Área 52 e ter se desarmado completamente. Audrey não era famosa, então a única coisa que fez foi tirar o bracelete da Área 52 e colocar uma touca para disfarçar um pouco.

— Aja naturalmente pelo menos uma vez na vida. — Audrey sussurrou para Matthew.

— Ok. — ele respondeu.

Ambos foram andando em passos lentos até a entrada de uma das “sedes” dos vampiros. Audrey sentia medo disso por dentro. Não fazia a mínima ideia do que poderia acontecer.

— Passes. — disse um soldado dos The Owners, que barrava a porta central.

Soldados dos The Owners na sede dos vampiros. Para Audrey, aquela era a prova mais clara que de realmente Lewis e Stephen tinham se unido. Antes de fingir o suicídio, Sam cogitava nessa ideia, mas depois voltava a xingar Stephen e Lewis como se não houvesse amanhã.

— P-Passes? — Matthew gaguejou.

— Sim. — respondeu o soldado. — Só entram com passes.

— Desculpe, senhor, mas eu acho que só tenho um. — disse Audrey. Ela deu a mão a Matthew. Ele estava suando. — Somos namorados. Você poderia por favor considerar o meu único passe para nós dois?

O solado suspirou.

— Certo. — cedeu. — Só quero que mostrem o passe.

Audrey deu um sorriso simpático.

Ela pegou um papel meio amassado no bolso e entregou para o soldado.

— Aqui. — disse sorrindo.

— Entrem. — os soldados abriram caminho.

Assim que passaram pelos soldados, Audrey soltou a mão de Matthew.

Audrey não gostava de Matthew. Só estava fazendo aquilo por causa de Sam, claro. Se Sam realmente não desse a mínima para ele, Audrey também não dava. Na maioria das vezes, ela achava ele extremamente infantil e idiota, além de soltar algumas frases ridículas o tempo todo. Ela se perguntava seriamente o que Sam viu nele. Poderiam ter basicamente personalidades parecias, mas eram muito diferentes.

Ela achava Travis era mil vezes melhor que Matthew.

— Namorados? — Matthew sussurrou para Audrey.

— Quer que eu diga que você é o meu irmão mais novo? — sugeriu sarcasticamente.

— Não somos parecidos. — ele falou

— Já ouviu falar em irmãos adotivos?

Matthew revirou os olhos.

Quando entraram no local, viram uma enorme multidão, com um palco bem no meio. Parecia como uma espécie de show em uma versão de horror.

— Só vamos agir quando formos chamados. — disse Audrey. — Não importa quem esteja lá, não faremos nada de impulso.

— Ok. — concordou.

Então os dois se juntaram a multidão, como expectadores comuns.

Audrey focou a sua atenção para o palco, onde tinham alguns vampiros, solados e uns dois médicos. Uma garota entrou no palco. Era uma vampira, Audrey tinha certeza daquilo. A vampira sorria para todos e parcia ter por volta dos seus dezoito anos de idade. Audrey analisou um pouco mais os traços dela. Parecia a descrição exata que Sam tinha dado da dominadora que matou no primeiro ataque em Sydney.

— Helena... — Matthew sussurrou. — Precisamos fazer algo e...

— Você está louco? — perguntou. — Só vamos fazer algo se for realmente necessário.

— Mas é a Helena aí!

Audrey revirou os olhos.

— Deixe ela aí então. — disse. — Custa você agir como se fosse uma pessoa calma e normal?

Matthew bufou de raiva.

Helena falou alguma coisa com os vampiros, o que eles facilmente concordaram. Ignorando o fato de que ela estava trabalhando para o lado inimigo, até que parecia ser uma pessoa legal.

Poucos minutos depois, ela viu Stephen Watters entrar. Ele se encaixava perfeitamente nas descrições de Sam, exceto pelo o fato dela dizer que Stephen tinha uma cara de psicopata retardado. Ele parecia um cara normal, exceto pelo o fato de que era o líder dos vampiros e pretendia realizar uma lobotomia ao vivo.

As câmeras centralizaram nele, e o povo começou a aplaudir bem alto. Depois dele, vieram dois vampiros segurando uma garota loira.

A garota olhava para toda a plateia como se o seu olhar dissesse: “Quando eu me soltar, eu vou matar todos vocês!”. Seus olhos pareciam ser realmente maus, e mesmo assim, para Audrey era difícil ler as emoções dela. Ela tinha arranhões recém-feitos na bochecha e algumas vezes tentava se soltar dos vampiros, mas era inútil. Demorou um pouco para Audrey conseguir ler as emoções da garota. Raiva, desprezo, ódio e tristeza. Então percebeu que era Sam.

Eles iriam fazer a lobotomia em Sam.

Audrey teve que se segurar com todas as suas forças para não fazer algo e continuar imóvel. Agora entendia Matt. Era quase impossível ficar parada sem fazer nada, como se não se importasse.

— É a Sam! — Matthew disse. — Pelo o amor de Deus, Audrey, nós precisamos...

— Deixe acontecer. — disse Audrey. — Ou você não acha que eu quero ir ali e fazer algo?

— Eles machucaram ela!

— Estamos lidando com Sam Watters. — ela falou. — Alguma coisa deve acontecer aqui para atrapalhar.

— Foda-se, Audrey, precisamos fazer algo!

— Não, nós não precisamos. — ela disse. — Agora pare de drama e observe tudo.

Jogaram Sam no chão. Ela estava com apenas as mãos acorrentadas. Stephen era um burro. Se já não bastasse o fato de estar fazendo isso com uma dominadora, ainda estava deixando ela quase que solta. Se Sam pudesse, poderia usar a dominação de água e se salvar de tudo aquilo. Mas por que ela não estava fazendo?

Parecia que de certo modo Stephen queria que ela fizesse algo. Tudo estava perfeitamente armado para que ela conseguisse se soltar.

— Senhoras e senhores, estamos com Sam Watters aqui! — Stephen gritou sorrindo para o público. Eles aplaudiam alto. — Antes de praticarmos a programação Delta nela, eu acho que seria uma boa ideia vê-la confessar tudo que fez.

O público enlouqueceu com aquilo.

Stephen andou até a direção de Sam e se abaixou na altura que ela estava.

— Últimas palavras? — perguntou a ela.

— Eu vou te matar. — silabava.

O público riu como se fosse uma piada. Stephen, os soldados e os vampiros presentes no palco também riam. Helena forçava uma risada. Naquela hora Audrey não sabia se aquilo era um Stand Up ou onde iriam realizar uma lobotomia ao vivo. Forçou um riso para se misturar com o resto da plateia. Ao seu lado, Matthew estava sério.

— Primeiramente, eu gostaria de dividir algumas memórias de Sam Watters com todos vocês. — disse Stephen. — O que acham?

O público vibrou como se fosse um sim.

Stephen sorriu.

— Perfeito. Vamos lá.

Os dois vampiros puxaram o braço de Sam, mas ela começou a se debater, na tentativa de que aquilo não acontecesse. Era inútil. Um vampiro deu um tapa no rosto de Sam, a fazendo parar de resistir contra isso. Puxaram o seu braço e rapidamente com uma agulha injetaram um líquido acinzentado na sua veia. Sam evitou de demostrar qualquer sinal de dor, por mais que o líquido fizesse a todo o seu corpo queimar por dentro.

A sua visão ficou um pouco embaçada e as pessoas da plateia aos poucos se tornavam sombras, seus rostos se distorciam e viravam clones de Hector Kitter. Centenas de clones de Hector Kitter falando entre si e a observando do modo que observavam era algo assustador.

Ela pensou que o seu cérebro ia explodir.

Stephen se aproximou de Sam e ajoelhou-se, ficando em uma altura aproximada em que a garota estava.

— Quantas pessoas você matou, Sam Watters? — perguntou.

— Vá se foder, Stephen. — disse.

As imagens começavam a ficar mais reais. Hector berrava na sua mente. Flashes da morte dos seus pais voltavam à tona na sua cabeça.

— Quantas pessoas você matou, Sam Watters? — repetiu a pergunta.

Sam não respondeu.

— Quantas pessoas você matou, Sam Watters? — repetiu pela a terceira vez.

A única parte de sua consciência que funcionava naquela hora sabia o que ela estava experimentando: o soro da verdade. Tudo era uma questão de saber lutar contra o soro.

Essa é mais outra luta que Sam perdeu.

— Quando eu tinha ficado presa pela a primeira vez na Área 51, eu enganei um soldado para que ele me libertasse. — confessava. — Eu tinha nove anos e depois que fugi o matei na primeira oportunidade para não deixar rastros. E... E depois disso eu tentei bloquear a minha memória para esquecer daquilo, m-mas não deu certo. Nunca dá.

— Nove anos? — perguntou Stephen. — Você o matou com nove anos?

— Sim. — afirmou Sam.

Ela estava tão assustada que a verdade começava a sair sem que ela nem ao menos percebesse.

Stephen se virou ao público.

— Viram? — falou para a plateia. — Essa assassina é quem representa o governo americano.

— Vamos começar, senhor. — disse um dos soldados. — Não temos muito tempo...

— Claro! — disse Stephen. — Peguem a garota e façam a lobotomia. Agora.

— Espere. — Helena disse. — Não podemos fazer isso.

— O quê? — Stephen perguntou surpreso. — Você está me contradizendo por acaso?

— Eu quero lhe dar uma ideia na verdade. — disse Helena. — Mate a garota.

Stephen sorriu.

Após isso, tudo aconteceu rápido demais para Sam.


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Notas finais do capítulo

*Lobotomia: "é uma intervenção cirúrgica no cérebro em que são seccionadas as vias que ligam os lobos frontais ao tálamo e outras vias frontais associadas." "É a retirada de uma parte do cérebro." - Essa é pra quem não sabe o que significa u.u

WOWOWOWOW PESSOAS, Sam sendo sambada agora já não é uma novidade AHUEAHUEAHUEAHUEA

Novo shipp pessoas, AudreyxMatt AHUEAHUEA -q Mentira, já que a moda é shipp gay, vamos fazer AudreyxSam porque é mais sucesso AHUEHAHUEA -q Okay, ignorem isso, o shipp foi Satt, é Satt e SEMPRE será Satt u.u Mentira, Sam no final fica com o Bennett -q ~ignorem isso, é Satt mesmo e ponto final u.u

Stephen sendo Stephen pessoas, vamos ignorar o fato dele ser meio louco e ao mesmo tempo burro... E meio doentio O.o

Anyway pessoas, espero que tenham gostado do cap e COMENTEM o que acharam/se tem algum erro.

Até o próximo o/



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