Uma Semana depois

Miguel e Aiko tinham recebido alta bem cedo e estavam a caminho do orfanato. O asiático tinha alguns ferimentos no rosto e nos braços, mas bem poucos. Miguel ainda estava com a mão enfaixada e também tinha alguns ferimentos no rosto e nos braços. Eles chegam ao orfanato e são recebidos por todas as crianças com uma festa. Fernanda deixa os garotos festejando com os amigos e vai para sua sala.

–Ainda bem que tudo acabou! –Sussurra ela antes de fechar a porta.

Na mansão Wayne, Bruce estava na sala, sentado em um dos sofás brancos com um tablet em mãos. Embora Diana tivesse conseguido tirar ele da batcaverna, o garoto que salvara no incêndio não sairá da sua cabeça. Alguma coisa o tornava especial. Mas o que? O que tornava um simples garoto que salvara de um incêndio especial? Precisava descobrir mais sobre este garoto. Precisa e ira! Ele se levanta e vai atrás de Alfred, ate que encontra o mordomo regando as flores no jardim.

–Alfred, eu preciso sair agora. Se Diana acordar, e eu ainda não tiver voltado, diga que não demorarei.

–Claro patrão Bruce.

O Wayne assente e vai ate a garagem pegar sua BMW preta para então dirigir ate o Hospital Público de Gotham. Passam-se alguns minutos ate que ele chega ao hospital. O moreno sai do carro, coloca um óculos escuro e entra no local. Ele anda ate a recepção, onde a recepcionista digitava alguma coisa no computador.

–Com licença. Bom dia!

–Bom dia! –Diz ela sem olhar para Bruce.

–Eu gostaria de saber se os meninos do acidente da semana passada ainda estão internados aqui?

–O senhor tem algum parentesco com eles? –Ela continua olhando para a tela do aparelho

–Não. Eu sou... Eu sou professor deles! –Ele sorri. Precisava mentir para obter a informação que quer.

–Claro, claro! É qual é o seu nome?

–Bruce. Bruce Wayne! –A recepcionista finalmente olha para o moreno e fica espantada.

–Bru... Bruce Wayne!? –Ela vai se recuperando do susto aos poucos. –Não sabia que era professor!

–Dou aulas particulares para dois.

–Entendo! –Ela se ajeita na cadeira. – Bom, sobre os garotos do incidente da semana passada, eles dois tiveram alta hoje de manha.

–Ah! –Ele fica cabisbaixo –Bem, obrigado!

–Não tem de que! –Bruce já ia voltando para sua BMW, quando ouviu a mulher sussurrando:

–Pobres órfãos, sofreram tanto! –O Wayne sorri.

Então eles eram órfãos!? Ótimo, isso facilitaria muito! Procuraria por todos os orfanatos de Gotham, não pararia ate encontrar o garoto. Porem teria que começar de verdade sua investigação no dia seguinte. Ainda tinha Diana, que estava começando a desconfiar dele. Não poderia ficar saindo toda hora pra ir de orfanato a orfanato. Sabe muito bem que Diana tem um pouquinho de ciúmes. Também não poderia ficar o dia todo na batcaverna. Da ultima vez que fizera isso, teve uma surpresa e tanto: Diana estava grávida de Miguel.

Enquanto Bruce tinha tantos pensamentos na mente, no Orfanato, Miguel e Aiko estavam a caminho da sala da diretoria. Nem pareciam que estavam internados na ultima semana. Estavam correndo, brincando de bola, tudo que uma criança tem direito. Eles batem na porta e Fernanda a abre.

–Meninos!? O que houve? Estão se sentindo bem? –Fernanda começa a ficar preocupada. Miguel, que estava com uma bola de futebol debaixo dos braços, da um sorriso que faz toda a preocupação de Fernanda sumir.

–Calma tia Nanda, não aconteceu nada! –Aiko solta uma risadinha enquanto diz.

–Eu e o Aiko só queremos saber se podíamos ir la fora para brincar! –Fala Miguel.

–Mas vocês acabaram de chegar do hospital, não estão completamente recuperados! E se vocês se machucarem eu não sei o que eu faço! –Nanda começa a ficar exaltada novamente.

–Tia Nanda! –Os meninos acalmam a diretora.

–Me desculpem meninos, mas vocês e as outras crianças do orfanato são importantes pra mim. Não sei o que eu faria sem vocês! –Perante o comentário de Nanda, os meninos dão um largo sorriso.

–Pode ficar calma tia Nanda! –Diz Miguel

–A gente promete que não vai se meter em mais nenhuma confusão como essa! –Fala Aiko –Mas deixa a gente jogar bola la fora!

–Bem...

–Por favor! –Eles dois se ajoelham no chão e imploram para Nanda ceder e deixá-los irem ir brincar no parque que tinha la perto. A mulher, ao ver os olhos dos garotos brilhando, da um sorriso no canto da boca e diz:

–Tudo bem, podem ir. Mas voltem antes de anoitecer!

–Tudo bem! –Miguel sai correndo.

–Valeu tia Nanda! –Aiko faz a mesma coisa que Miguel. Fernanda sorri e fecha a porta.

Do lado de fora do orfanato, Miguel e Aiko tinha acabado de abrir o portão e estavam jogando papo fora. Eles iam atravessar a rua quando um carro preto quase os atropela. Eles tomam um susto, se entreolham e vão correndo para o parque. Dentro do carro que quase atropelara os órfãos, Bruce estava se recuperando do susto que tivera. Quase atropelara dois garotos. Foi por muito pouco. Ele olha para um lado e vê um orfanato. Ele olha para o outro lado e vê um parque e os dois meninos brincando de bola. O olhar dele, de repente, se fixa no garoto que estava de mão enfaixada. Será que... Não. Isso seria muita coincidência! Aquele não podia ser o garoto do incêndio! Afinal, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Embora achasse que aquilo foi apenas uma mera coincidência e que aquele não era o garoto que procurava, ele decide que, no dia seguinte, aquele seria o primeiro orfanato que iria visitar.