Leis Renovadas: Realeza, Temporada 2 escrita por BrunoCTorres


Capítulo 5
Perdas




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–‘’Acho que o tempo está passando muito rápido...’’ –Giovanna lia uma mensagem em seu celular. ‘’Se eu não voltar agora, talvez nunca tenha a chance. –Gouveia’’

Bruno, Ana e Jonatas estavam sentados na sala.

– É. –Ana Clara pensou.

– Hm... –Bruno gesticulou.

– Ok. –Jonatas encerrou.

Giovanna olhou para o teto:

– Deu uma curiosidade de ver o que tem lá no sótão.

– Que tal tentarmos? –Ana propôs.

#

Os três subiram as escadas. Sem Jonatas, porque era impossível ele subir com aquela cadeira. Estava quase amanhecendo, por isso ninguém estava acordado, além deles.

Eles chegaram até uma porta marrom no terceiro andar. Ela tinha detalhes dourados do lado e uma mancha vermelha no canto superior direito.

– O que é? –Giovanna apontou.

– Sangue. –Bruno disse depois de passar o dedo. – E parece que está recente.

– Como sabe? –Ana Clara perguntou.

– Não está seco.

Jonatas estava na frente da escada do primeiro andar, para que se ouvisse algo, apenas gritar para ajudar.

Os três amigos abriram a porta, que estava destrancada.

– Estranho. –Bruno sussurrou.

– Muito. –As duas concordaram.

Estava totalmente escuro. Não era possível ver nada. A luz fraca do corredor também não estava ajudando.

– Estão vendo algo? –Giovanna disse, nervosa.

– Não consigo nem ver o botão de ligar a luz. –Ana afirma mexendo as mãos para todos os lados.

A porta se fecha atrás deles, e o que estava escuro ficou totalmente pior.

– Quem fechou a porta? –Giovanna berrou.

– Talvez o vento. –Bruno tenta acalmar, mesmo estando nervoso.

– Podemos por ‘’o vento’’ como uma pessoa, nesse caso? –Giovanna choraminga.

Bruno bufa.

– Ana, está aí? –Giovanna grita.

– Estou. –Ela responde. – Não grite. Estou ouvindo algo.

– Talvez seja a batida do meu coração. –Giovanna ironiza.

– Nossa, não sabia que sabia ironizar! –Bruno parecia impressionado.

– Babaca. –Ela ri.

De repente todos pararam de falar. Os três estavam sentindo a mesma coisa: Havia algo ali.

Algo ou alguém.

Um som de asas começou a ecoar por todos os cantos. Eles avistaram uma pequena janelinha alguns centímetros a cima do meio da parede final. Um pequeno raio de luz vinha dela. Apenas era possível eles verem os olhos de seus amigos.

Giovanna sussurrou um ‘’O que está havendo?’’, quando um som de tiro veio do primeiro andar, seguido por um grito.

Fora a grito de Jonatas.

Eles começaram a respirar mais rápido e foram perdendo o fôlego. Os olhos assustados, com medo de que tudo que eles viveram pudesse voltar.

A porta se abre e fecha. Abre e fecha. O som era forte e abafado.

Outro tiro.

Mais um.

Não se ouvia mais grito. Isso levou a mais agonia.

Vários corvos começaram a bater suas asas por todo o aposento. Eles voavam para todos os lados e feriam os três jovens com suas unhas.

Eles gritavam e quando finalmente a porta se abriu de novo eles correram até ela e saíram do sótão com os braços sangrando e os olhos inchados de chorar de dor.

Os três continuaram correndo e Giovanna, que estava logo atrás de Bruno e Ana, tropeçou e ficou de frente para a porta aberta.

Alguém apareceu dentro do sótão, sorriu e gesticulou algo. Giovanna não conseguia nem gritar. O medo tomou conta de seu corpo. O rosto era impossível de se ver. Parecia ter algo tapando. Não só a sombra, mas como um capuz.

A porta se fechou e abriu depois de alguns segundos. Giovanna ainda estava no chão e não viu mais nada no aposento. Bruno correu até ela e levantou-a:

– Gi, vamos logo!

#

Ao descer as escadas e chegarem, finalmente no primeiro andar, eles veem Jonatas no chão. Mas ele não estava ferido e nem desmaiado. Estava olhando para o corpo ao lado do dele.

– O que diabos houve aqui? –Bruno se assusta.

– Uma pessoa apareceu aqui e atirou nele. –Jonatas conta.

– Nossa. Essa história não me assusta mais. –Giovanna mexe nos cabelos.

– Nem a mim. –Ana tenta parar o sangramento dos arranhões do braço.

Bruno vai até Jonatas, levanta-o e põe na cadeira de rodas de novo. Depois ele vai até o corpo de Jonatas e avista as marcas das duas balas.

– SOCORRO! –Ele berra. – SOCORRO! ME AJUDEM!

Joshua desce correndo das escadas.

– Tudo menos você, seu metido. –Ana Clara põe a mão no peito dele e impede ele de andar.

– Deixe ele, Ana! –Bruno grita.

Ele corre e ajoelha ao lado do corpo do seu amigo. Joshua olha para Bruno e acena com a cabeça. Bruno faz o mesmo.

#

Justin já estava na enfermaria, e os jovens estavam na casa.

Bruno entrou no seu quarto, que também era de Vinicius e do seu melhor amigo. Ninguém estava ali. A luz estava apaga, e o quarto era iluminado apenas pelo brilho da tela do computador.

– Quando ia me contar? –A voz de Jonatas surge.

Bruno se vira assustado:

– Te contar o que?

– Bem, vamos assistir a um filme... –Jonatas move a cadeira até o computador. Ele clica várias vezes e um vídeo se abre na tela.

– É sobre... –Ele é interrompido por um ‘’Sh...’’ de Jonatas.

O vídeo se abre e Bruno reconhece aonde estava sendo filmado.

– Essa é a frente da minha casa! –Ele diz entusiasmado.

– Sh... –Jonatas o interrompe de novo.

A câmera chega mais perto da casa e entra pela porta, aberta. A sala de Bruno estava lá. A cozinha também.

– Nossa. –Bruno se impressiona. Mas logo ele vê uma coisa que só poderia ser sua: O seu diploma de formado em Ginásio. Com o seu nome.

Ele se espanta.

A filmagem segue pelo corredor e desce numa escada para de baixo da casa. Lá estava o porão de Bruno, vazio.

As horas se avançam, aonde é possível ver no topo do vídeo. Logo Bruno aparece na imagem e abre a porta do armário de madeira no canto da parede. De lá ele tira Valadão.

– NÃO QUERO VER ISSO! –Bruno berra.

– VAI VER SIM. –Jonatas também grita.

Bruno soca a tela e a quebra.

– Não quer ver o que você mesmo fez? –Jonatas provoca. – Eu não sabia que era capaz disso.

Bruno o olha querendo ter uma resposta.

– Esse não é você. –Jonatas diz.

– Ele tentou te MATAR! –Bruno grita.

– Mas não se usa a mesma moeda. –Jonatas aperta os olhos.

– Eu não queria mata-o! Eu queria saber o porque.

– E descobriu? Usando essa covardia? –Jonatas mexe a cabeça negativamente.

– Quer saber, consegui. –Bruno afirma com orgulho.

– Não acredito que você ainda mantem a pose!

– ELE TENTOU TE MATAR! ELE TENTOU TE MATAR! –Bruno berra de novo. – NÃO ENTENDE QUE FIZ ISSO POR VOCÊ E POR NOSSOS AMIGOS?

– Bruno, eu iria preferir que você não tivesse feito isso.

– Eu precisava descobrir quem é V!

– Bruno, esse não é você! –Jonatas exclama. – Não é.

– VOCÊ NÃO ENTENDE?

– Entendo. Mas não é assim.

– CLARO QUE É. –Bruno chora.

Bruno bate na parede.

– BRUNO, EU NÃO CONSIGO MAIS OLHAR NA SUA CARA! VOCÊ É UM MONSTRO. –Jonatas diz, finalmente.

Bruno chora e põe a mão no rosto.

– EU SAÍ DO COLÉGIO NA NOITE DO BAILE PARA SALVAR SUA VIDA! –Jonatas grita com os olhos cheios de lágrimas. – E VOCÊ FAZ ISSO PRA ME SALVAR? ISSO PRA ME MANTER VIVO? VOCÊ ME PÔS NESSA CADEIRA DE RODAS. A CULPA FOI TODA SUA!

Bruno tira a mão da face, com uma expressão de ódio:

– Isso era tudo que eu não queria ouvir. –Ele engole um seco.

– Me desculpa... Eu não queria ter dito isso. –Jonatas se arrepende.

– Eu tentei tirar isso da minha cabeça desde que você apareceu vivo. VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SABIA QUE EU FIZ ISSO?

– Você não fez isso, me perdoa. –Jonatas chora, tentando segurar a mão de Bruno.

– ME SOLTA. Agora quem não quer olhar na tua cara sou EU! –Bruno tira toda a raiva de si. Suspira forte e solta uma bomba: - Vou embora. Não consigo viver mais aqui.

– Bruno o que está pensando em fazer? –Jonatas se preocupa.

– Talvez se eu morrer, você tenha que viver com esse peso. –Ele diz, seco.

– Não faça isso. –Jonatas implora.

– Passar bem. –Bruno bate a porta e saí.


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Notas finais do capítulo

Na próxima quarta: 6º episódio da temporada, ''B.O.S.S (Chefe)''!



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