No pouco tempo que os jovens estavam ali, eles perceberam que aquele colégio não caminhava da mesma forma que o seu antigo. As leis não eram postas por um diretor.

Era por um aluno.

– Ordem! Ordem! –Berrou Joshua, que estava em cima de uma base da estátua que levava um homem, guerreiro, segurando o brasão do colégio. – ORDEM!

Todos no meio do campus pararam.

– Todos que moram na mesma casa que a minha, serão beneficiados! –Ele berrou.

Os jovens da casa estavam ali, sentados em baixo de uma árvore estudando.

– O que ele disse? –Ana Clara falou.

– Ele é um idiota. –Bruno comentou. – Nem quero saber nada sobre isso.

Naquele momento ele pegou um megafone.

– TODOS DA MINHA CASA DEVERÃO SER RESPEITADOS. SE OUVIR UM DELES RECLAMANDO DE ALGO, SABEREI QUEM FOI QUE FEZ COISA RUIM! –Ele gritou novamente. – ESTÃO AVISADOS.

Joshua desceu dali e se juntou ao seu grupo. Bruno olhou e avistou Justin, que disse que não estaria perto de Joshua de novo. Ele mentiu.

Bruno se levantou e berrou na direção de Joshua.

– E SE FOR VOCÊ QUE NOS FAZ COISAS RUINS? IREI RECLAMAR COM QUEM?

Um barulho de ‘’uuuuuuuuuuuuuuul’’ soou em todos os cantos daquele lugar.

– Como foi, querido? –Joshua falara calmamente.

Bruno andou até o grupo dele e ficou na sua frente.

– Não vou repetir. –Ele disse para Joshua.

No momento em que Joshua ia acertar o rosto branco de Bruno, uma mão o segurou.

– Quem você está pensando que é? –Joshua gritou para o garoto quem segurou-o.

Bruno se virou para o menino:

– É, Justin. –Bruno parou e pensou no que Justin tinha dito na primeira vez que se falaram - Você não vai contar para seus amigos? –Ele ironizou.

– Contar o que? –Joshua se irritou.

– Nada. –Justin respondeu.

– Babaca. Pensei que era eu tinha um novo amigo. –Bruno afirmou com nojo. – Parece que não posso confiar em ninguém mesmo!

Bruno virou e foi barrado pela cadeira de rodas de Jonatas.

– O que houve? –Ele perguntou enquanto os outros amigos chegavam perto.

– Só posso confiar em vocês mesmo. –Bruno falou.

Depois disso ele foi até Joshua, pegou o megafone e subiu na base da estátua.

– OUÇAM TODOS! AS REGRAS VÃO MUDAR AGORA. JOSHUA NÃO MANDA MAIS NESSE COLÉGIO.

Todos bateram palmas e Bruno largou o megafone no chão e desceu com a ajuda de Vinicius.

– Realmente, não imaginava que você era assim. –Ele disse a Bruno, dando um tapinha no seu ombro.

– Eu não sou controlado por ninguém. –Bruno terminou o diálogo e se juntou, junto com ele, ao grupo.

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Ana, Jonatas, Giovanna, Bruno, Vinicius e Carol estavam voltando para a casa quando resolveram parar e se juntar ao grupo de outros alunos da antiga Atlos, que estudavam com eles.

– Olhe quem deu as caras! –Alexandra falou feliz.

Os seis se juntaram ao grupo formando um círculo, e com várias pessoas dentro da roda.

Jonatas, com sua cadeira, ficou no meio, junto com outros.

– Não faz tanto tempo assim. –Giovanna disse a ela.

– Apenas dias. –Alexandra riu.

– Como estão na casa? –Henrique, o músico, perguntou aos seis.

– Tudo está andando bem. –Ana Clara respondeu afirmando com a cabeça.

– Ótimo. –Lucas Almeida disse. Ele não aparecia muito desde a época que houve O Falso Júri no colégio antigo. – Preciso ir.

– O que houve? –Jonatas se preocupa ao ver o rosto dele. Estava com uma expressão tensa.

– Não é nada. –Davi respondeu para Jonatas. – Ele anda recebendo umas mensagens estranhas.

– Como sabe disso? –Almeida se assustou. Estaria Davi vasculhando suas coisas?

– Eu vi no seu celular. –Davi respondeu. – Você deixou ele desbloqueado e ele apitou. Então eu li instantaneamente. Foi algo natural.

– NATURAL? –Almeida berrou.

– Calma. –Bruno tentou.

– Como são essas mensagens? –Jonatas indagou.

Davi iria responder primeiro, mas antes ele pensou:

– Sabe aquela história de V?

– Não, não sei. –Jonatas mentiu.

– Você disse que se eu continuasse recebendo essas mensagens, seria ruim. –Davi disse contra a vontade de escutar de Jonatas. – Não lembra?

– Estou indo. –Ele moveu a cadeira de rodas para sair da roda.

Já de costa para todos ele ouve Davi dizer:

– Parou.

Todos os seis e Almeida se espantam.

Jonatas não deu ouvidos e continuou até a casa. Os outros o seguiram. Mas, logo afastado do grupo, Almeida correu até eles:

– Vocês também recebem mensagens de V?

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Sem Carol nem Vinicius, Bruno, Jonatas, Giovanna e Ana se reuniram secretamente na cozinha da casa, exatamente as 3 horas da manhã.

– O que vocês acham? –Bruno perguntou.

– V não está mexendo só com a gente, Fernanda e Catete. –Jonatas disse. – V não nos tem como especiais.

– Mas qual a conclusão que isto nos leva? –Ana Clara perguntou.

– A conclusão é que, neste tempo que não estávamos recendo mensagens de V, ele ou ela estava ameaçando outras pessoas. –Bruno falou certo da coisa.

Jonatas concorda com um movimento de cabeça.

– Isso significa que não estamos mas sozinhos contra V. –Ana Clara falou, finalmente conseguindo absorver as informações.

– Temos aliados. –Giovanna concluiu.

– Sim. –Jonatas afirma. – Mas não podemos confiar em qualquer um. E nem se expor para o colégio todo, né Bruno?

Bruno fecha a cara.

– Não aguento aquele garoto. Ele é ridículo. Um dia quebro a cara dele.

– Se V ver que estamos nos expondo para todo o colégio, pensar que estamos confiantes.

– Tenho uma única coisa a dizer... –Bruno finalmente domou a voz. – Não vamos permitir que V nos fira.