Leis Renovadas: Realeza, Temporada 2 escrita por BrunoCTorres


Capítulo 14
O Que Nos Move




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CASA DE FERNANDA, 2012

O sétimo ano estava quase terminando. Graças a Deus, segundo Fernanda, numa manhã de sábado, quando estava tendo uma reunião de grupo para a apresentação de um trabalho para a segunda-feira que se aproximava.

– A nossa turma vai se reunir do final do ano para comemorar as notas altas. –Giovanna, morena, fofa e angelical, falou, vestindo uma roupa de oncinha rosa. – Estou super animada para o próximo ano!

Todos na grande mesa sorriram.

– Segundo o nosso professor no 8º ano ele nos apresentará um trabalho bastante legal! –Bruno retirou os cotovelos de cima da mesa para falar. Ele estava vestido com um suéter roxo, jeans, e uma blusa branca por baixo, que deixava suas bordas aparecerem.

– Ele comentou ser algo relacionado a um julgamento. –Lucas Almeida, moreno, alto de mais para uma criança de 12 anos, sorriu enquanto informou.

Fernanda ouve eles atentamente e sorri.

– Espero realmente que isso aconteça. –Ela usava uma blusa vermelha, deixando o umbigo a amostra, e um short leg até o joelho.

Um alto barulho aconteceu. E logo depois uma faísca cruzou o céu, que pode ser visto pela janela de vidro da cozinha.

– O que está acontecendo lá? –Bruno se levantou e não percebeu que seu cofrinho estava aparecendo.

Giovanna começa a rir em meio a aquela situação.

Ela apontou.

– Aaaaaaaaaaaaah, palhaça!!! –Bruno gritou e levantou a calça.

Todos os quatro caminharam até a varanda de trás da casa. O jardim era enorme e bastante verde. Havia coisas que mostrariam que Fernanda é um tanto infantil comparado com o que há no jardim dos outros presentes. Havia uma casinha em formato de biscoito e várias mesinhas pequenas de mais para o tamanho de Fernanda.

O barulho tomou o lugar novamente. Era como um fogo de artifício que cruzou o céu novamente. Um movimento no bosque que havia logo ali atrás tomou a atenção das crianças.

– Quem está aí? –Fernanda gritou.

Ela começou a andar na direção das árvores.

– Para onde você vai? –Almeida falou alto. Ela não disse nada e continuou andando, até que não era mais possível vê-la.

#

DIAS ATUAIS

Bruno respirou fundo antes de abrir a porta da Sala do Coral. Fazia muito tempo desde que ele não havia entrado numa turma aonde o intuito era cantar. Ele, Jonatas e Giovanna participaram por um curto tempo, do clube de Atlos.

A porta se abriu sozinha.

– Gostaria de entrar? –Uma menina branca dos cabelos ruivos, perguntou.

Bruno respirou mais uma vez antes de responder. Ele estava pensando no que responder. Estava pensando se queria mesmo fazer parte do clube.

– S-s-s-im. –Ele gaguejou, e a garota puxou ele pelo braço.

Ela estendeu a mão:

– Prazer, Rachel. –A menina, agora nomeada como Rachel, se apresentou. – Você participa de mais algum clube do Campus?

Bruno negou com a cabeça.

– Ah sim. Eu sim. –Ela sorriu de um jeito bonito. – Sou líder de torcida e do coral. –Rachel apontou para a roupa que usava. Era o uniforme da torcida. – Por isso vai me ver quase sempre com essa roupa.

– Acho que amig... –Bruno se interrompeu pois sabia que Ana e Carol pareceram não considerar mais ele como amigo depois do que houve com José. Elas não acreditaram que era mentira. -...conheço umas pessoas que vão se inscrever para a torcida.

– Super! –Ela bateu palma e correu até as cadeiras amarelas no fundo da sala.

Havia pessoas de todos as cores, gêneros e turmas ali. Só não era possível ver tantos jogadores do time de futebol.

Bruno se sentou na cadeira mais próxima, ajeitou os jeans, a blusa, e sorriu para a menina do lado.

– Bia. –Ela sussurrou. – Beatriz.

Ela possuía cabelos loiros curtos, com mexas escuras. Lembrava muito o estilo de Sara, do acampamento Palms.

– Bruno. –Ele estendeu a mão.

O professor já havia entrado e Bruno não tinha percebido. Ele se posiciona na cadeira e quando o professor se vira de frente para os alunos, ele revela seu rosto. Que era um tanto conhecido para Bruno.

–Vibe? –Bruno fica com os queixos abertos enquanto Vibe sorri para a turma.

#

Giovanna ao contrário de Bruno não pareceu pensar duas vezes na sua decisão de entrar para o teatro. O sinal nem mesmo havia batido e ela estava sentada na primeira fileira de frente para o palco.

Seu telefone vibrou.

‘’Você tem uma nova mensagem. N-ú-m-e-r-o D-e-s-c-o-n-h-e-c-i-d-o.’’ Uma voz feminina falou pelo telefone.

Giovanna clicou em ler:

‘’Ora, ora, ora... Acabei de me recordar de um defeito seu. Mais em meio a tantos não consigo localizar um que seja pior.

–V’’

Ela terminou de ler e logo bloqueou a tela de seu Galaxy s4. Respirou fundo e parecia estar entrando em pânico.

–Não. Agora não. –Ela falou baixinho e foi interrompida pela entrada de Lucas Almeida no auditório.

– O que ‘’agora não’’? –Almeida falou enquanto chegava perto da sua fileira. Ele notou que ela não respondeu e segurava o telefone com força. –Já sei. Enviaram mensagem para você de novo? Eu não recebi nenhuma essa semana.

– E eu não tenho recebido a muito tempo. –Ela relembrou a última mensagem que recebera: ‘’Estou mais dentro do que imaginam’’.

– Mas a mensagem pareceu ameaçadora? –Almeida falou se inclinando para ficar mais perto dela.

– Só falou que ‘’eu tenho muitos defeitos’’. –Giovanna ainda continuava olhando para o palco. – Sabe de uma coisa? –Ela se endireitou na poltrona. – V o tempo que não mandava mensagem parecia ver as coisas acontecendo. José voltando. A gente sendo expulso da casa. Nossos amigos se tornando estranhos. Tiros.

– Realmente. Parece que as coisas estão apenas acontecendo. –Almeida se endireita, se virando para frente. – E tem pessoas se envolvendo nos acontecimentos.

A luz se acendeu e o sinal tocou. Cerca de 20 pessoas entraram pelas diversas portas do auditório e se sentaram nas poltronas. As luzes voltaram a se apagar e uma senhora subiu ao palco, e o holofote se ativou na direção dela.

– Aqui, faremos história. Aqui iremos triunfar e cair. Aqui se tornamos uma família. Uma família teatral. –Ela encerrou a frase e todos bateram palmas.

As pessoas começaram a se levantar para se direcionar ao palco e Giovanna continuou sentada por um tempo, com Almeida.

A senhora deixou as folhas que ela segurava, caírem. Se virou de costas e abaixou para buscar. Giovanna prendeu o riso para não rir.

O telefone apitou novamente. No mesmo segundo ela desbloqueou e clicou em ler rapidamente:

‘’Quando você vai parar de rir de cofrinhos? Isso é uma coisa muito feia. O tempo passou e você ainda não percebeu?

–V’’

Giovanna perde totalmente a respiração enquanto olha para todos os lados. Ela se levanta bruscamente e deixa o telefone cair no chão.

Almeida fica curioso e olha para o telefone no chão, que estava com a mensagem aberta. Ele lê e lembra de um momento em 2012 que marcou um tanto cada um que estava presente.

Ela correu e saiu pela porta principal do auditório. As pessoas, no palco, ficam olhando para ela e Almeida correndo atrás.

Um movimento atrás do palco assustou uma menina que saia do banheiro. Pareceu um vulto.

V.

#

Bruno saí da sala do coral, logo atrás de Vibe, que andava pelo corredor sorridente. Bruno o seguiu.

No momento que o mesmo ia tocar o braço de Vibe, Giovanna o interrompe e segura o braço de Bruno.

– Por que você não fala logo? –Ela berra para Bruno.

Bruno olha para frente novamente e não vê mais Vibe. Ele havia desaparecido.

– Falar o que, Giovanna? –Ele não estava com vontade de ouvir farsas novamente.

Almeida chega com um aspecto de cansaço.

– Que foi você que me enviou a mensa... –Ela é interrompida por um bipe de mensagem triplo.

Os três se entreolham. Não pode ser, Giovanna sussurra para si mesma.

‘’O que leva três cordeiros se juntarem? Pelas pessoas que estão juntas eu começo a contar e noto que falta alguém para um reencontro de verdade, que volte as raízes. Pense.

–V’’


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