Leis Renovadas: Realeza, Temporada 2 escrita por BrunoCTorres
A última semana que passou pode ter sido considerada a pior que os jovens já viveram dentro de Campus Atlos. O acontecimento de José reaparecer e tentar esfaquear Bruno, e Maylison desaparecer junto com ele, foi matéria do Jornal do Campus, principal fonte informativa no lugar:
Após suposto ataque de uma gangue contra os jovens da Casa Corvos, a senhora responsável pela casa, mais conhecida por Sra. Maylizon Delartte, desapareceu misteriosamente, sem ser vista.
A grande verdade é que desde que os alunos Bruno, Jonatas, Giovanna, Vinicius, Carol e Ana foram transferidos do antigo colégio e chegaram a Casa Corvos, só problemas apareceram para nós, moradores antigos do Campus.
Então o atual diretor do nosso sistema de ensino resolveu fechar as portas da Casa Corvos e espalhar os jovens amigos e moradores, por todo o Campus, em diferentes residências e com pessoas desconhecidas.
Os outros moradores da casa, Yasmin, ‘’Joshua & os outros’’, também foram transferidos de casa. Pois não podemos julgar apenas alguns como culpados, sendo que eles não tem culpa pelos acontecimentos estranhos. Ou será que podemos?
Jornal do Campus – Escrito por José Victor C.
– Eu considero isso o cúmulo desses anos! –Bruno amassa o jornal e joga na cesta de lixo, ao lado dele.
– Bruno, para falar a verdade eu também não entendi o motivo do acontecimento e nem mesmo de nós mentirmos sobre o tal do José. –Justin diz a ele, pegando a mochila da grama. – Pois também, o José não entrou como estudante? Eles vão descobrir que ele desapareceu. E vão acabar ligando tudo.
Bruno respira o ar livre do Campus e responde:
– O Vinicius já conseguiu invadir o sistema do colégio e apagar qualquer dado sobre José Pedro.
– E você acha que eles vão se contentar em ‘’sem dados’’ com o dinheiro dos pais dele entrando por mês aqui? –Justin caminha atrás de Bruno. – Não tenho certeza, mas você acha que a família dele não vai querer visita-lo?
Bruno para e olha para Justin:
– O José meio que não tem pais. –Bruno olha para baixo. – Ele é órfão. Mas foi criado junto comigo.
– Por essa eu não esperava... –Justin fica sem palavras. – Mas e aquele ataque dele com você? Tem alguma explicação?
– Sim, tem. –Bruno continua andando pela grama. – Mas depois você vai saber melhor.
Justin se joga na grama, olha para o céu e sorri.
– Diz aí, eu apareci em boa hora, não é não? –Ele senta na grama e fala com Bruno.
– Digamos que você foi um pouco útil! –Bruno chuta um pouco de areia no rosto dele, e ri.
– Um pouco? Ele ia te matar! –Justin arranca folhas da grama do chão e joga em Bruno.
Bruno tira algumas folhas da boca:
– Acredite ou não, já vivi situações piores.
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Giovanna e Jonatas tinham reforçado a amizade nos últimos dias. Eles, nem Ana, haviam perdoado Bruno por ‘’acobertar’’ Gouveia, o que fora negado desde o começo pelo acusado.
A noite foi intensa. Várias discussões e Bruno falando que tudo era uma vingança boba de José, por ele contra os amigos. Mas ficaram muitas perguntas no ar e Bruno não respondeu nenhuma delas. Então o vínculo dele com os amigos acabou se desfazendo naquela mesma noite.
– Você acha que fomos muito ruins com o Bruno? –Giovanna pergunta a Jonatas.
Eles estavam indo para os seus novos clubes, aonde eles iriam atuar de alguma forma. Jonatas estava indo para tentar uma chance no Futebol, procurar ajuda de velhos conhecidos. E Giovanna estava a caminho para o primeiro ensaio do Musical de Inverno, no qual ela se inscreveu.
– Sabe, eu vi verdade nos olhos de Bruno. Mas não tenho certeza do que aconteceu. –Jonatas conversa com Giovanna enquanto cruza os corredores do colégio.
– As pessoas estão nos olhando estranho depois de sair aquele Jornal... –Giovanna para e vira Jonatas na direção dela. – Você acha que isso impediria nossa entrada em clubes do Campus? Porque eu juro que queria me sentir mais normal, depois de tudo o que aconteceu.
– Giovanna, eu te amo. E adoro quando você dá esses ataques. –Jonatas fala, pega o rosto dela e a beija.
O beijo dura alguns segundos. E Giovanna caía mais por amores com Jonatas.
– Pensei que nunca mais íamos nos beijar tão lindamente assim. –Giovanna sorri. – Eu também te... te... –Ela gagueja.
Jonatas espera a última palavra com um sorriso, mas ela saí correndo pelo corredor.
– O que eu fiz de errado? –Ele se pergunta e checa o hálito, balança os ombros, sorri e se direciona para o campo de Futebol. – Mulheres...
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Ana e Carol estavam no banheiro feminino se trocando para os testes para Líderes de Torcida, as Kimmos. Os uniformes se encaixavam perfeitamente no corpo das duas. Com a saída de duas das Kimmos mais conhecidas do Campus, abriram novas vagas.
– Você acha que essa maquiagem está muito forte? –Ana pergunta para Carol, pelo espelho.
– Combinou bem com o uniforme vinho e seu cabelo escuro. –Ela respondeu, colocando a saía. – Eu só acho essas saías muito curtas. Parece que eu tenho que mostrar minhas coisas, e não é bem assim.
– Ai que linda, ela não entende das coisas ainda. –Ana faz voz de debochada, mas de um jeito brincalhão. – O que vende nos jogos de futebol são garotas gostosas com saias curtas balançando os pom pons!
Carol pensa:
– Mas nenhuma de nós duas somos gostosas.
Ana pareceu ficar irritada com a frase de Carol e saiu do banheiro sem dar um ‘’Até logo’’.
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