As Aventuras da Maga Alice escrita por Fada Dos Tomates


Capítulo 22
A Assombração do Museu


Notas iniciais do capítulo

Vou ir para a praia o proximo vai demorar



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POV ALICE

Eu sonhei com uma coisa muito estranha: “Estava num lugar cheio de ruínas e o chão era parecido com um tabuleiro de xadrez, havia uma garota e um garoto lutando com espadas. A garota era exatamente igual a mim, só que usava um vestido que eu não tenho. O garoto estava com uma expressão de satisfação no rosto, tinha cabelos verdes e vestia preto. “Mas quem são esses?”me perguntei.

O garoto tinha conseguido derrubar a garota, ele ficou em cima dela e começou a esfaqueá-la. Tremi.

–Não! – falei – Pare com isso!

Corri até lá e tentei empurrar o garoto, mas o atravessei.

–O que é isso? –perguntei.

Eles pareciam não me ouvir nem ver. Fiquei desesperada para ajudar a garota, de alguma forma eu precisava ajudá-la, não entendi o porquê, mas me importava com ela. Então ela conseguiu empurrar o garoto para trás e continuou a luta.”

Eu acordei confusa. Quem era aquela garota? Por que ela se parecia comigo? E que lugar era aquele? Um milhão de perguntas veio a minha cabeça, aquele sonho não era qualquer um.

Contei a Diego meu sonho, ele fez o que sempre faz: não ligou.

–É só um sonho, não quer dizer nada. – falou sem dar importância.

Mais tarde eu estava olhando K-on, ainda pensando sobre o sonho. Diego notou minha expressão e disse:

–Você ainda está pensando naquele sonho? Eu já disse que ele não é nada. Devia sair um pouco mais e parar de ver tantos filmes, pirralha.

–Por acaso você vai comigo? – perguntei.

–Depende. – ele respondeu.

–Eu gosto de parques de diversão! – exclamei.

–Eu não. – Rion acabou com a alegria.

–Que tal a praça? – tentei.

–Nem pensar! – negou ele.

–Biblioteca pública? – eu gosto de ler.

–Também não! – discordou de novo.

–Museu?

–Não, não...

–Nem museu? – perguntei indignada.

–É chato! – explicou.

–Mas eu gosto tanto de museus... – reclamei.

–Tudo bem. – ele não parecia muito feliz – Vamos ao museu.

–Eba! – exclamei.

Falei a minha mãe e ela deixou. Peguei meu báculo e voei nos céus. Diego não precisava de báculo nem nada para voar, ele controlava o vento. Estava deitado nas nuvens ao meu lado.

–Isso não é justo! – resmunguei – Por que só você pode voar deitadão assim?

–É só você usar a carta Flutuação. – falou ele.

–Eu não vou conseguir me controlar direito. – me emburrei.

Ele me puxou do báculo e eu levei um susto, estava quase caindo.

–Diego você está louco?! – perguntei apavorada.

Ele continuava com aquela cara de quem não quer nada.

–Acalme-se, você não vai cair. – ele assegurou sereno.

Eu comecei a flutuar, ele me soltou e eu não caí. Estava voando. Aquilo era muito incrível, voar nas nuvens dá uma sensação de liberdade indescritível. Diego me puxou para perto dele e sorriu, eu retribui.

–Gosta disso? –perguntou.

–Adoro! – respondi.

Voamos até museu. Entrei saltitando de felicidade, cantando.

–Por que essa alegria toda? – perguntou Diego.

–É que eu adoro museus! – exclamei animada – Por quê? Não quer que eu fique feliz?

–Não é isso, pode ficar feliz. – respondeu ele - Até porque assim você fica menos chata.

Essa última parte ele sussurrou.

–Eu ouvi isso! – resmunguei.

Ele sorriu.

–Não sei por que, mas adoro te provocar. – contou Diego.

–Sabia que eu também? – sorri.

Ficamos nos irritando quase o passeio todo, vimos muita coisa legal. Sempre gostei muito do espaço, das estrelas e dos planetas, eu acho fascinante. Também gosto do Egito e da Grécia, lá tinha bastante coisas educacionais sobre tais impérios. Quando estávamos vendo umas invenções antigas eu vi o garoto do meu sonho, tomei um susto, ele me olhou com uma expressão medonha no rosto arreganhou os dentes.

–D-Diego! –agarrei seu braço.

–O que foi? – perguntou ele.

–Ali, o garoto do meu sonho está ali! – falei e me escondi.

–Não tem ninguém ali. – negou Rion.

–Mas eu vi, e ele me olhou de um jeito tenebroso...

–Alice fique calma! Não tem nada lá, você deve ter se confundido ou... – ele tentou me acalmar.

–Não Diego, eu sei o que vi! – eu estava com muito medo do garoto.

–Calma, calma. – Diego me abraçou e passou a mão por meu cabelo.

Nessa hora o garoto do meu sonho apareceu na parte de cima do museu e me olhou de relance com o mesmo sorriso desdenhoso e assustador de antes.

–Ai Diego! Ele apareceu de novo! – gritei de olhos fechados.

–Aonde? –perguntou ele.

–Lá em cima. – respondi.

Diego olhou e não viu nada, o garoto tinha sumido de novo.

–Diego será que ele não é um mago? – perguntei.

–Não, não sinto magia alguma. – respondeu ele.

– Você não acredita em mim, não é? – fiquei tristonha – Você acha que eu estou louca e tendo alucinações.

–Não Alice, eu acredito em você. – ele tentou me acalmar novamente, mas eu não acreditava nele.

O garoto apareceu de novo, só que na nossa frente. Arregalei os olhos assustada.

–Quem... – Diego ia dizer algo, mas o garoto desapareceu.

Ficamos paralisados.

–Vo- você viu? – gaguejei.

–Sim, agora eu vi. – concordou.

–Ele é um mago?

–Não senti presença de magia. – negou Diego, o que me deixou preocupada.

–Se ele não é um mago. O que ele é? – fiquei confusa.

–Não sei.

Voltamos para casa, o garoto não apareceu mais naquele dia (Graças aos Deuses). Acabei brigando com meus pais por bobagem, mas como sempre eles venceram.Mas eu tive outro sonho estranho:

“A garota do sonho anterior estava acorrentada e de cabeça baixa, ela começou a levar tiros de um homem de cabelos vermelhos, cujo olhos eu não consegui ver. Logo depois ela foi solta e apareceu uma mulher de cabelos também vermelhos, não consegui ver seus olhos, ela tinha uma coroa na cabeça e uma faca na mão. Ela começou a esfaquear a garota que não fazia nada.

–Faça alguma coisa! – gritei.

A garota me olhou indiferente e disse:

–Então pare de ser tão covarde.

–Quem...é você? –perguntei confusa.

–Eu sou você.

Me assustei. O que ela queria dizer com aquilo?”. E acordei.

Contei esse sonho a Diego.

–Talvez ela queira dizer para você parar de ter medo daquele garoto. – falou ele.

–Baka! – xinguei.

–Não me xingue em japonês! –protestou Diego.

–Eu te xingo em qualquer língua que eu quiser!

–Então fale alemão! - provocou ele.

–“Zaukerl” - xinguei provocando.

–O quê? – perguntou ele confuso.

–No livro “A menina que roubava livros”, tinha essa palavra. – expliquei – Significa: porco.

–E quando é que eu fui assim? – perguntou ele indignado.

–Não sei. – dei de ombros – Só fiz o que você pediu, falei em alemão.

–Boba! – ele jogou uma almofada em mim.

Nós rimos. É incrível como nos damos tão bem, apesar de brigar. O resto do dia passou normalmente, fomos à casa de Lucca e Luna e contamos a eles sobre o garoto do meu sonho estar no museu. Eles ficaram um pouco preocupados.

–Mas não era um mago? – perguntou Sonya.

–Eu não senti presença de magia. – falou Diego.

Eles pareceram surpresos.

–Mas então o que ele era? – Lucca estava pensativo.

–Não existe nenhum feitiço de camuflar a magia ou algo parecido? – Luna parecia bastante preocupada, ela não estava acostumada a lutar.

–Não sei dizer. –respondeu Diego – Mas não vou deixar ninguém se machucar.

–Principalmente a Alice, não é? – Lucca disse provocando Diego.

–Cala a boca! – protestou Diego.

Conversamos um pouco e depois fomos embora, caminhando distraidamente bati em alguém.

–Opa, desculpa. –falei.

Vi que era um garoto loiro de olhos azuis (ouso dizer que ele era muito fofo).

–Não faz mal, eu não me machuquei. – disse ele.

–Pirralha, preste mais atenção. – avisou Diego.

Eu estava hipnotizada pela beleza do garoto loiro.

–Muito prazer, meu nome é Alice Shimizu, tenho 13 anos e estou solteira. – falei em transe (como sou idiota!).

Diego não gostou disso e me deu um peteleco.

–Ei! – reclamei.

–Vamos pra casa! – mandou ele.

–Ah! – protestei.

–Não tem A, nem B, nem C. – Diego parecia bravo.

–D! – provoquei.

Diego me puxou pelo braço.

–Espera! – pediu o loiro.

Diego continuou me arrastando.

–Dragon Ray Purple! – disse o garoto com sotaque japonês: “Duragon Rei Parupu”.

Eu arregalei os olhos. De onde eu conhecia aquilo?

–Diego pare! – ordenei autoritária.

Ele parou.

–O que foi? – perguntou, mas eu não respondi.

Fui até o garoto e perguntei:

–Quem é você?

–Eu preciso contar umas coisas a vocês. – foi só o que ele disse.

Deixei ele ir comigo, no entanto Diego não queria isso, ele estava todo desconfiado e disse de tudo para me fazer mudar de ideia.

–E se ele for um mago do mal? Ou o garoto do seu sonho disfarçado? Ou um assassino? Ele pode ser até um “Serial Killer”!

Mas eu não o ouvi, levei o garoto pra casa e ele começou a falar:

–Você deve ter tido uns sonhos estranhos ultimamente, não é? –perguntou.

–Sim. –concordei – O que eles são? E ontem o garoto do meu sonho apareceu no museu. O que isso significa?

–Bem, vamos começar dizendo o que esses sonhos são. – decidiu ele – Você nunca se perguntou por que algumas coisas que acontecem doem tanto e outras não?

–Já, algumas vezes. – respondi.

–Existe um outro mundo, acredite em mim, em que nossas almas lutam carregando nossa dor e sofrimento. – explicou ele – Sua alma é uma das mais fortes que eu já vi, sabia?

–Isso é ridículo! – Diego estava incrédulo – É impossível! Nossas almas estão conosco e não em outro mundo! Isso não existe!

–Existe sim, eu conheço aquele lugar! – protestou o garoto loiro.

–Como eu vou acreditar em você? – perguntou Diego.

–Porque eu sou o guardião daquele lugar. – respondeu – Eu guardo os portais para que nenhuma alma escape.

–Então como você está aqui? – Diego ainda não acreditava nele.

–Os portais estão incontroláveis, almas estão escapando de lá. – contou – Preciso de ajuda, por isso vim aqui buscando uma alma suficientemente forte...

–E o que você quer que Alice faça? – Diego desconfiava de que isso fosse perigoso.

–Quero que ela derrote as almas que estão escapando e me ajude a fechar os portais. – disse ele.

–Aquele garoto do museu era uma alma? –perguntei.

–Sim, mas por enquanto foi só uma aparição, é um estado inicial de rebelião. – explicou – As almas fugitivas tentam controlar seus corpos humanos e quando conseguem o poder absoluto se tornam muito perigosas.

–E como eu posso pará-las? – perguntei curiosa.

–Alice, você não está pesando em concordar ajudá-lo, está? – Diego parece que não gostava do garoto loiro.

–Estou, por quê? –falei.

–Mas você conheceu ele agora, nem sabe quem ele é...

–Foi meio que assim que eu conheci você. – disse eu.

Diego estava indignado com a minha atitude. Mas o garoto continuou a falar:

–Você terá que entrar naquele mundo e lutar contra as almas que fugiram.

–Mas se elas fugiram, como vou encontrá-las no outro mundo? – aquilo era confuso.

–“Fugir” é só uma forma de dizer, o que acontece é que elas conseguem comandar os seus corpos humanos. – respondeu.

– E como eu entro nesse mundo?

–Primeiro... –interrompeu Diego - ...precisamos saber se pode ser perigoso.

–Vocês já se perguntaram por que existem pessoas más, bandidos, assassinos etc.? –perguntou o garoto.

–Sim. –afirmei – Por quê?

–É o que acontece quando as almas controlam seus corpos humanos, quando elas fogem totalmente nascem assassinos seriais. –contou ele – Uma rebelião de almas geraria uma terceira guerra mundial.

Diego arregalou os olhos.

–E você quer que Alice lute com assassinos e malucos do mal? – perguntou ele.

–Eu preciso dela. – disse o garoto.

–É Diego, você quer que aconteça uma guerra? – perguntei.

–Não,mas...

–Está decidido! Eu vou à luta! – exclamei – Como é que eu vou pra lá?

O garoto loiro se aproximou e olhou no fundo dos meus olhos. Disse:

–Desperte Dragon Ray Purple.Então ele me beijou e eu desmaiei


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Notas finais do capítulo

Diego: Ah, ele beijou você!
Alice: Pois é...~morrendo de amor~
Diego: Humpt!
Lucca: Morrendo de ciumes, hein!
Diego: Cala a boca!




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