Mais que o sol escrita por Ys Wanderer


Capítulo 18
Mudada


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, infelizmente alguns problemas pessoais estão me impedindo de escrever e por isso aviso aqui que quem lê a minha fic Somente à noite ela irá demorar um pouquinho a ser atualizada, pois preciso tirar uns dias para mim e nesse meio tempo ficarei sem escrever. Quanto a fic Mais que o sol, estou atualizando logo o capítulo que estava adiantado e logo logo retornarei. Obrigada aos que estão sempre comigo e boa leitura!
Capítulo dedicado a Rain e a MsNise.



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Samantha

— Sam, você vai voltar como sempre fez. Eu sei que vai voltar — Adam afirmou, mas parecia mais uma pergunta.

— Claro que vou, eu sou uma Collins, esqueceu? — pisquei e meu irmão sorriu. — Fique bem, se cuide e cuide dos outros — lhe abracei e percebi que ele segurou uma lágrima. Adam sempre ficava mal toda vez que eu precisava ir em busca de comida, ele temia que eu não mais voltasse e por isso meu coração pesava ainda mais por ter que deixá-lo. Mas eu realmente estava precisando ter um pouco de liberdade – ainda que ela não mais existisse no mundo exterior – de volta.

Saí das cavernas pela primeira vez em meses e o sol me recebeu com o seu calor, os raios queimando a minha pele e deixando-a com a cor que eu sempre estive acostumada. Eu adorava o sol e a sensação de liberdade, algo que não poderia ter no mundo lá fora, mas que me era permitido na floresta e agora no deserto. Mas apesar dessa maravilhosa sensação, os incursionistas seguiam em silêncio, não era necessário usar palavras para expressar o que sentíamos no momento. Sair era algo sempre perigoso e pelo visto eu não era a única a ter medo. Nossos rostos denunciavam o temor em deixar o lar.

Lar.

Sim, aquela caverna quente e improvável agora era minha casa.

Andamos por horas até chegarmos aos carros, Cal sempre ao meu lado perguntando se estava tudo bem comigo e me oferecendo água. Eu gostava cada vez mais da presença dele, da sua preocupação e da forma como ele me olhava e tentava cuidar de mim. Éramos amigos e isso era um conforto para mim que há tanto tempo não me sentia acolhida por uma amizade.

Combinamos que na metade da viagem nos encontraríamos em determinada cidade para descarregar os suprimentos no caminhão e, depois de analisar cada passo que daríamos, seguimos em frente. Jared entrou no caminhão acompanhado por Melanie e Brandt e os três partiram logo, e Peg, Bob e Ian se foram vinte minutos depois em um sedã. Cal, Nate e eu ficamos para trás porque nosso carro demorou a ligar, e mesmo depois de Nate mexer um pouco no motor nada conseguiu fazê-lo funcionar. Acabamos tendo que ir no meu velho furgão há tanto parado e isso não me pareceu um bom sinal.

.

Andamos por horas a fio até chegarmos a uma cidadezinha perdida na beira da estrada. Eu não conhecia a área, então não fazia muita ideia de onde estava, a única coisa que me importava ali era o fato de haver um supermercado parcialmente vazio. Coloquei um par de óculos emprestados de Melanie e tentei sair do carro, mas Cal não concordou, insistindo que era muito perigoso. Foi preciso algum tempo e insistência para que ele me deixasse ir.

— Você não precisa ir, Sam. Eu vou sozinho.

— Negativo, Cal. Não tem por que você ficar histérico dessa forma. Estacionamos longe do supermercado e entramos separadamente, assim cada um nós pode pegar uma grande quantidade de comida. Nate?

— Concordo com ela, Cal — Nate veio em minha defesa. — Deixe-a ir.

Eu saí primeiro e entrei no supermercado, mas não sem antes oferecer ajuda a uma alma cheia de sacolas. Embora eu tivesse portando uma arma, não era sensato atrair desconfianças, por isso esse era o meu álibi, simplesmente agir naturalmente. Peguei um carrinho, cumprimentei o caixa com um enorme sorriso e comecei a enchê-lo.

Cerca de dez minutos depois Cal entrou desconfiado. Ele parecia o humano da situação, olhando nervosamente para todos os lados. Fui para o corredor oposto para evitar encontrá-lo e peguei primeiro o básico: arroz, açúcar, temperos e outros alimentos não perecíveis. Depois me ateei a pegar artigos de higiene e produtos de limpeza.

— Nossa, tudo isso! — o caixa exclamou sorridente quando levei os produtos para empacotar.

— Família grande. E também gosto de levar coisas para os vizinhos.

A alma registrou tudo o que eu ia levar e logo em seguida rumei para o carro. Eu e Nate já havíamos descarregado tudo quando Cal chegou.

— Você conseguiu — ele disse feliz. — Eu fiquei com tanto medo.

— É isso que nos delata, Cal. Medo. Não o sinta. Deixe as coisas fluírem — eu sorri confiante e ele me acompanhou.

Desse modo os dias foram passando adiante. Com o furgão transbordando de espólios seguimos até o ponto de encontro para a descarga no caminhão, pois decidimos que esvaziar de vez em quando atrairia menos atenção. Encontrar os outros foi um alívio, uma mostra de que estávamos todos bem. Nós nos cumprimentamos e fiquei extremamente constrangida quando Peg abraçou simultaneamente Cal e eu, nos juntando apertado em seus braços finos.

— Que alívio ver vocês. Por que demoraram tanto? — ela exclamou e só depois percebeu o que fizera. — Me desculpe, Sam, eu não queria ser indelicada, sei que você não gosta muito de...

— Calma. Tudo bem, só não faça de novo — falei, mas não estava realmente chateada. Ela sorriu docemente.

— Que mudança, hein? — Ian debochou e dei um soco em seu braço. Peg deu uma risadinha engraçada.

Droga, eu estava realmente mudando.

Rapidamente esvaziamos e partimos rumo a outros dias de saques, os supermercados ficando para trás junto com as cidades e suas almas. Em cidades pequenas íamos simultaneamente a supermercados diferentes e depois trocávamos. Em lugares grandes íamos sempre juntos ao mesmo local, eu e Cal formando uma ótima dupla. Porém, com medo do perigo, a maioria das vezes acabamos dormindo dentro do furgão. Revezávamos o sono enquanto alguém vigiava, mas essa estratégia estava cobrando seu preço. Depois de dias, já estávamos extremamente cansados, cheios de olheiras e ficar sem banhos regulares nos deixava com uma aparência nada civilizada. Se continuássemos a andar assim em breve as almas desconfiariam.

— Vamos para um hotel descansar e continuaremos depois — Nate sugeriu. — Estamos péssimos. Que tal?

— Mas amanhã é nosso último dia, todos não estarão esperando por nós no lugar de sempre — eu questionei. — Não vejo necessidade.

— E corrermos o risco de dormir ao volante? Eu não aguento mais dirigir e vocês me parecem que também não — ele defendeu e só me restou concordar.

Procuramos um lugar mais isolado e fomos direto para um hotel. Cal entrou para fazer a reserva, mas logo depois voltou com uma cara nada satisfeita.

— Qual o problema, Cal?

— Só há um quarto, Nate, e ele só tem duas camas de solteiro. Sam, o que você acha?

— Para mim tanto faz — respondi. — Lá resolvemos o que fazer.

Fornecemos nomes falsos e entramos sem olhar para ninguém. O quarto era limpo e tinha uma vista incrível, as luzes da cidade acesas contrastando com o crepúsculo. Senti saudade do mundo, saudade da vida e de tudo. Como foi que chegamos nesse ponto?

Nate foi o primeiro a tomar banho, passando quase uma eternidade embaixo do chuveiro. Eu ainda observava a paisagem quando foi a vez de Cal. Na minha vez, me permiti demorar ainda mais do que eles, aproveitando a água quente e a espuma perfumada da banheira, uma raridade nessa nova vida. Coloquei uma roupa folgada e uns chinelos macios e resolvi tomar um ar na varanda.

Cal estava lá, olhando para o céu estrelado e nem percebeu a minha presença. Estranhamente eu não senti medo de estar ali exposta às almas, apesar de estar no olho do furacão, e fiquei analisando a paisagem que dormia a minha frente.

— Saudade de casa? — perguntei e sentei ao seu lado. Ele ainda ficou olhando um pouco para o céu antes de responder.

— Só se você estiver falando do deserto — ele riu. — Minha casa é onde há felicidade.

— E o seu último planeta? Não pensa em voltar, deixar tudo e seguir em frente?

— Claro que não, essa é minha última vida.

— Meus pêsames então. Porque você poderia ter uma última vida mais estilosa do que essa — gargalhei e ele me acompanhou.

— Eu escolhi viver essa vida, Sam, e não me arrependo. Todas as pessoas que conheci fizeram cada escolha minha valer a pena.

— Todas?

— Todas.

— Até eu? – questionei brincado.

— Principalmente você — ele respondeu e fiquei constrangida. Como uma alma podia ser tão sedutora?

— E Lacey? — cortei para desviar o foco.

— Bom, nesse caso sinto um pouco de vontade de voltar para outro mundo toda vez que escuto a voz dela — ele disse e rimos juntos. Cal colocou sua mão sobre a minha e o calor chegou até o meu coração — Olha, Sam, sei que o que eu vou dizer parece meio egoísta e nada coerente com o comportamento de uma alma, mas se eu pudesse voltar atrás e jamais pisar na terra, ainda sim eu viria para cá.

— Por quê? — questionei um pouco magoada.

— Porque finalmente encontrei meu lar. Porque finalmente encontrei a felicidade, um motivo e um corpo para morrer. Porque agora entendo tudo o que sou e infelizmente só foi possível tomar consciência disso dentro de um corpo humano — ele apertou meus dedos. — Você consegue entender isso?

Fiquei um tempo pensando em suas palavras e ao ver seu rosto sereno, precisando de compreensão, dei um sorriso e retribuí o carinho em sua mão. Era bom senti-lo.

— Consigo — respondi e era verdade. — Sabe de uma coisa, Cal, vocês almas nunca foram boas, perfeitas e mecanizadas como pensam. Acho que assim como nós, humanos, vocês têm personalidade própria, mas nunca encontraram um corpo que desse vazão a tudo o que realmente são. Então, aqui na terra, cada uma de vocês pode se libertar. Há aquelas que não ligam para nada e pensam que estão certas, aquelas que são realmente más, como a buscadora de Peg, e há almas verdadeiramente boas e puras. Boas e puras assim como você.

— Obrigado, Sam. Obrigado por entender mesmo depois de tanto sofrimento — ele disse e passou a mão em minha bochecha, me trazendo uma sensação gostosa. Seus olhos reluziam a luz das estrelas e eu o observei como nunca havia observado antes.

Cal era lindo, não só por fora como também por dentro, e estava do nosso lado conseguindo entender todos os paradoxos dessa invasão para ambas as partes. Fitei sua boca delineada e o rosto másculo com a barba por fazer e percebi como isso contrastava com sua expressão inocente. Suspirei longamente e antes que eu perdesse a cabeça Nate involuntariamente me salvou.

— Calem a boca que eu quero dormir — Nate bufou e nos assustamos. O rosto de Cal estava avermelhado. Acabamos rindo sem graça.

— Vamos dormir, amanhã será um dia cheio — me levantei e ele me seguiu.

Fui ao banheiro e quando voltei Cal ainda estava de pé me esperando, pois Nate ocupava sozinho uma das camas e pela altura dos roncos já estava novamente em sono profundo. Restava apenas uma cama livre para mim e ele. O chão parecia cruel de mais para qualquer um de nós. Ficamos nos olhando ruborizados.

— Eu durmo no chão — disse para desfazer o embaraço.

— Não é justo, eu não seria um cavalheiro se permitisse isso, Sam.

Observando bem, a cama não era tão estreita, mas Cal era corpulento demais para dividir de forma confortável. Se dormíssemos juntos ficaríamos muito próximos, algo que eu estava tentando evitar a todo custo. Aquela alma maluca estava me fazendo sentir coisas demais, coisas que permaneciam adormecidas em mim. Quando ele me olhava eu sentia como se fosse entrar em combustão.

— Então? — ele perguntou. — Eu quero que você durma na cama e você quer que eu durma nela também. Acho então que teremos que dividir — ele sugeriu e eu apenas confirmei balançando a cabeça.

Acabamos nos deitando lado a lado e logo uma sensação de formigamento me dominou. Tudo nele me atraia: seu cheiro, sua voz e principalmente seu toque. Eu não conseguia esquecer a lágrima que ele colheu do meu rosto dias atrás na cozinha, a sua mão na minha quando me defendeu de Aaron, suas palavras há pouco. Próximo demais, próximo demais — pensei. — Isso não pode ser possível, não comigo. Será que era verdade?

Eu estava consciente da presença dele, pois sua respiração muito perto de mim aquecia minha nuca e o todo o resto do meu corpo. Juntei todas as peças do meu quebra cabeça interno e cheguei a uma conclusão: eu estava de certa forma gostando dele, não da maneira que gostava de Ian, Jared, Kyle e outros que eram meus amigos, nem da maneira que gostava de Adam e Jamie, de forma protetora e maternal.

Eu estava gostando dele como homem. Entretanto ele não era um homem. Ou era agora? Seu corpo era... Eu odiava almas, elas representavam tudo mais horripilante e repugnante em minha vida. Eu podia conviver com elas, ser até amiga delas. Mas gostar de uma? Será que isso era possível? Uma espécie de castigo? Ninguém mexia comigo da maneira que ele mexia. Eu inconscientemente prestava atenção demais nele, nos seus movimentos, no seu sorriso, na sua beleza...

Meu Deus. Eu estou me apaixonando por uma alma.

Revisei a frase mil vezes, a situação mais de um milhão. Era enlouquecedor, nada se encaixava nas minhas tentativas de fuga. Éramos amigos, não é? Mas eu nunca pensei o dia inteiro em um amigo, nunca quis estar tão perto assim de alguém. Eu realmente estava apaixonada. E pelo inimigo.

Tomei uma decisão, a única boa o suficiente para me livrar desse castigo. Quando a incursão acabasse imediatamente iria embora para o lugar de onde jamais deveria ter saído. Se Adam quisesse ficar eu respeitaria, mas eu não ia dar chance de algo acontecer entre mim e Cal, era errado e fora de cogitação. Ian era louco por ficar com Peg. Kyle era louco por ficar com Sunny. Mas eu estava bem lúcida. Não quebraria meus princípios por causa de uma loucura do destino.

Passei horas me revirando insone. Virei-me e fitei o rosto dele: lindo, calmo, sereno e tive vontade de tocá-lo. Mas ele não era humano, era um alienígena vindo de um lugar distante. E se caso Cal não estivesse nesse corpo, será que eu gostaria dele? Tentei separar a alma e o corpo, no entanto os dois agora eram um só e não havia como separar.

— Você está bem? — ele abriu os olhos azuis e pela primeira vez achei confortador ver um circulo prateado em torno deles.

— Insônia — disse. — Não consigo dormir.

— Não se preocupe, tudo vai ficar bem — ele pegou minha mão e beijou a ponta dos meus dedos. Agradeci mentalmente por Nate estar no mesmo lugar que nós dois. Eu não confiava muito nos meus impulsos, afinal de contas eu era uma mulher que já estava sozinha há anos e que depois de muito tempo começara a sentir novamente coisas... humanas.

Larguei sua mão ao perceber o que havia acabado de pensar e me levantei bruscamente. Fui até a varanda e percebi que o sol já estava despontando no horizonte. Respirei o ar frio da manhã lentamente e sorri. Em breve tudo iria acabar e minha vida – ou o que restou dela – voltaria ao normal. Eu voltaria a ser a velha Samantha de antes e faria de conta que jamais havia desejado uma alma. Parecia surreal.

— Cal, acorde Nate. Está na hora de partirmos — falei alto e determinada.

Em vinte minutos já estávamos novamente no furgão e o encheríamos mais uma vez antes de voltar para casa. E no meu caso “casa” não significava mais o deserto.

O supermercado mal tinha aberto quando entramos. Por causa do horário apenas os caixas e atendentes estavam presentes, para nosso alívio. Começamos a pegar os mantimentos como sempre fazíamos, primeiro o básico e depois os menos importantes. Depois de muitos minutos eu mal conseguia empurrar meu carrinho devido a grande quantidade de comida e isso foi o indicador de que já era hora de irmos.

Tudo estava nos conformes.

Então, um segundo foi suficiente para desestruturar tudo.

Uma alma, com o hospedeiro aparentando cerca de quarenta e poucos anos, entrou no supermercado. Ele usava roupas pretas e percebi um volume suspeito no lado direito da sua calça. Seus cabelos eram parcialmente grisalhos e ele tinha um corpo que parecia pertencer a alguém obcecado por academia, comportamento inexistente entre as almas até onde eu sabia. Ele passou os olhos, de um aspecto duro e frio, pelo local e parou em certo ponto, abrindo a boca em espanto. Fiz o mesmo e percebi que ele estava olhando fixamente para Cal, que estava alheio recolhendo alguns biscoitos ao meu lado.

Tateei minha cintura em busca da minha arma.

O homem logo mudou a expressão de reconhecimento para raiva e, sacando a sua pistola, apontou em nossa direção. Ele nem se parecia com uma alma, fúria e ódio emanando do seu interior. Puxei Cal pela camisa, que atordoado não entendeu nada. — Corra, Cal! — gritei e ele olhou para o homem. Cal fez uma expressão de horror e descrença ao ver o rosto do buscador.

O buscador atirou várias vezes, sem se importar se machucaria ou não seus semelhantes, e as poucas almas no supermercado apenas gritavam e se protegiam abaixadas. Atirei de volta, mas sem saber se conseguiria acertá-lo, pois ao mesmo tempo tinha que me desviar dos seus tiros. Empurrei Cal para detrás de uma estante e consegui um segundo de vantagem. Acertei o buscador na perna.

Saímos correndo em direção ao estacionamento e para despistarmos demos a volta pelo perímetro, nós dois ainda com esperança de nos salvarmos e pegar Nate. Então, quando avistamos nosso furgão estancamos no lugar.

Nate estava cercado por outros buscadores com a sua arma em punho, mas eu sabia que a quantidade de balas que ele tinha era bem menor que a quantidade de buscadores. E ele também percebeu isso.

Um dos buscadores atirou um dardo que com certeza não era letal. Se Nate fosse capturado tudo terminaria ali, ele tinha informações sobre todas as células. Ser pego era pior do que morrer. E ele também percebeu isso.

Nosso amigo nos olhou e então sorriu. Um último adeus.

E depois atirou contra o próprio peito.


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Notas finais do capítulo

Bom, gente, até quando eu voltar. Obrigada aos que leram e se possível deixe um comentário pra eu saber se estou indo bem kkk. Bjos



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