I Found You Again escrita por Natalie


Capítulo 1
Eu não quero te perder nunca mais.


Notas iniciais do capítulo

Se você soubesse o quanto eu queria que alguém viesse e mudasse minha vida do jeito que você fez...



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A solidão deu lugar ao seu amor.

Parecia impossível acreditar que todos haviam conseguido sair ilesos do maldito santuário.

Cada instante era agonizante dentro daqueles vagões sufocantes; a expectativa aterradora de ser levado para fora daquele ambiente escuro e ser morto por pessoas insanas atordoavam os pensamentos de todos a cada minuto.

Os momentos mais terríveis que Daryl, Glenn, Bob e Rick presenciariam em suas vidas não tardaram a chegar; finalmente a face do Terminus estava explícita: matar todos os prisioneiros para se alimentar de cada um posteriormente.

No momento em que tudo parecia perdido, algo surpreendentemente milagroso se realizou: um ataque de errantes à fortaleza que transmitia falsa segurança os livrou de uma morte horrenda.

Um ataque cuidadosamente bem elaborado por alguém de fora.

Antes que qualquer maldito ser insano desse a agressão final com um taco de baseball particularmente perigoso, Glenn foi salvo por uma grande explosão.

Gareth pareceu visivelmente preocupado e deixara os prisioneiros sob tutela de dois dos abatedores.

Eis a oportunidade perfeita.

Não pareciam homens muito providos à inteligência; a força era sua única arma naquele momento.

E com bastante sucesso, o quarteto conseguira abatê-los e se puseram a examinar a situação no campo aberto do Terminus.

Incontáveis errantes haviam tomado conta do lugar; gritos aqui e ali, tiros ricocheteando para todos os lados e muitos corpos já estirados no chão coberto de sangue.

A missão desesperadora de chegar ao vagão A e libertar o resto do grupo era a prioridade. Gritos vinham de diversos outros vagões, e o garoto asiático logo se manifestou quanto à liberdade dos outros.

— Temos que soltar aquelas pessoas. — Glenn sussurra.

Todos olham para ele, incertos.

— Qual é! Ainda somos assim! Temos que ser! — Ele completa.

Rick parece pensar por um minuto e acena para ele.

— Tudo bem, vamos! — Ele os chama em direção ao vagão mais próximo.

Correndo e aniquilando todos os errantes que veem pelo caminho, Glenn, Rick, Daryl e Bob seguem para abrir os grandes compartimentos.

De lá, um homem enlouquecido grita palavras como 'somos iguais' de forma insana.

Não demora muito até o errante que vinha na direção do grupo atacá-lo e o homem ser devorado rapidamente.

Não havia a menor pista do causador de todo aquele caos que os ajudara, mas o xerife só respiraria relaxado outra vez quando encontrasse Carl e o tivesse junto a si.

Diversos moradores do santuário tinham suas artilharias pesadas e abatiam os errantes que não paravam de aparecer em seus domínios.

Um grupo armado passa por Rick, e o xerife ataca um homem robusto por trás, não chamando a atenção dos outros. Com o rifle do falecido em mãos, fuzila os outros atiradores que permaneciam concentrados em acabar com os errantes, ocupados demais até o tiro lhes atingir bem no crânio.

Com todas as armas que conseguiram, o grupo consegue chegar finalmente ao vagão A.

Rick abre o compartimento e liberta todos, em um gesto frenético

— Vão! Lutem agora! — O xerife grita.

Carl sorri ao vê-lo e imediatamente se põe a ajudar.

Dezenas de errantes se aglomeram ao redor deles agora; Maggie, Glenn e Michonne abatem facilmente vários de uma só vez, e o grupo corre em direção à floresta.

— As cercas estão livres! — Grita Rosita próximo à elas.

O grupo dispara em direção às cercas e a escalam, deixando todo o caos para trás, finalmente.

...

Na floresta, todos respiram ofegantes.

Parecia até que eram acontecimentos demais para tão poucos minutos;

O grupo saíra ileso do falso santuário, mas a pergunta era: O que fazer agora?

Daryl permanecia calado; seus braços estavam descansando sob o encosto de uma grande árvore.

Rick pondera a possibilidade de voltar até o Terminus ao qual acabaram de fugir e matar cada um que ainda restasse. Obviamente, o grupo traumatizado se manifesta quanto à decisão suicida.

— Eles não irão viver. — Rick declara, com vingança no olhar.

— Rick, nós saímos. Acabou! — Glenn exclama.

— Isso só vai acabar, quando eles morrerem. — O xerife responde, enquanto vasculha a bolsa a qual haviam enterrado antes de entrarem e ficarem presos no santuário.

— As cercas caíram. — Maggie diz, calmamente. — Ou eles fugiram ou morreram.

Rick encara cada rosto de seu grupo e reflete sobre sua insistência em voltar e acabar com cada insano que os havia feito de prisioneiros durante todo aquele tempo.

— Eles mexeram com as pessoas erradas. — Ele diz, simplesmente.

Um farfalhar de folhas vindas de trás do Xerife chama a atenção de todos.

Carol Peletier.

A mulher que ninguém esperava ver ali.

Mas antes que alguém pudesse registrar qualquer coisa, Daryl corre em sua direção, envolvendo-a em um abraço esmagador.

Ninguém nunca havia visto o caçador abraçar ninguém daquele modo. Seus braços levantaram Carol do chão. O caipira não queria soltá-la jamais.

Seus olhos teimosamente insistiam em aglomerar as lágrimas que ele não queria que ninguém visse.

Carol Peletier estava em seus braços. Isso era mais do que ele poderia pedir.

Ela estava de volta em sua vida.

#

Carol estava viva. Isso ainda não fora completamente registrado em meu cérebro ainda.

Toda a certeza de que eu estava plenamente acordado, era a firmeza que seus braços retribuíam meu abraço forte e desesperado.

— Oh... Carol... — Eu sussurrei em seu ouvido, inerte à questão de que toda aquela gente me observava em um momento de tamanha demonstração de carinho.

Foda-se. Ela está de volta. Viva. Em meus braços.

Se você quer saber, continuo do mesmo jeito que você me deixou aquele dia... Aquele maldito dia em que você simplesmente não estava mais lá. — Pensei em lhe dizer, mas com Carol não eram necessárias palavras.

Nossa comunicação era com o olhar, e nos dávamos muito bem vivendo daquele modo. Mais do que bem, na verdade.

Não havia mais nenhum resquício da dúvida que tanto me enchera a paciência todo esse tempo. Aqui e agora, eu sabia: Eu a amava.

— Não sai de perto de mim nunca mais, mulher. — Eu consigo dizer, muito baixo.

— Nunca. — Carol sussurra em resposta.

Me afasto um pouco de seu corpo quente para olhar em seus olhos maravilhosos outra vez. Aquela imensidão nunca teria fim para mim, eu poderia ficar ali, para sempre, encarando-a.

A saudade queimava em meu peito, e eu sabia que o momento iria acabar e eu perderia o calor de seu corpo e toda a sua atenção.

Institivamente, minha cabeça pousa em seu peito, meus olhos transbordando emoção e meu coração acelerado denunciando todo o caos que me dominava.

Eu tinha certeza de que Carol podia sentir as batidas frenéticas, pois eu era capaz de sentir as suas.

Suas mãos foram ao meu rosto, e ela sorriu para mim. Eu jamais esqueceria esse sorriso.

Todos os nossos momentos foram inesquecíveis, e ela emanava em mim uma calma e uma tranquilidade surpreendentes. A liberdade de falar sobre qualquer coisa.

Liberdade e intimidade que eu jamais tivera com Merle.

Carol continuava a me encarar, e eu percebi que havia um misto de saudade e algo a mais em seus olhos.

Logo mais, Rick estava bem atrás de mim, com Maggie em seu encalço.

Abri caminho para Carol poder encará-lo finalmente.

— Você fez aquilo? — Ele pergunta, chocado.

Carol nada diz, apenas permanece com o sorriso doce nos lábios e assente com a cabeça, minimamente.

Rick a envolve em um abraço carregado de gratidão e carinho. Carol provavelmente se sentia mais leve do que nunca, agora.

— Você precisa vir comigo, Rick. — Ela lhe diz.

...

Carol caminha durante alguns minutos, com todo grupo seguindo-a.

Uma cabana simples é vista ao longe. No exato momento que meus olhos registram quem está nos esperando, Rick já correra em disparada.

Tyreese tinha Judith em seus braços.

O xerife segura a filha nos braços, emocionado, enquanto Carl a abraça e a beija, também emocionado e surpreso.

— Meus dois filhos... Oh meu Deus. — Ele diz, em meio às lágrimas.

Enquanto isso, Tyreese e Sasha estão presos em um abraço esmagador, com Sasha chorando copiosamente nos braços do irmão.

A reunião de todo o grupo é assistida por Carol, que não consegue parar de sorrir.

Observo seus lábios, observo seus olhos; observo cada traço daquele corpo e daquela pessoa ao qual tanto senti falta.

Poderíamos estar mortos dali à uma semana, um mês, ou, porra, até mesmo amanhã mesmo. Mas naquele instante, eu me sentia completo com ela de volta.

Sozinho naquele inferno da solidão, parecia que o nevoeiro infinito de saudade me assombraria para sempre.

Mas Carol estava lá para preencher o vazio. A mulher que capturou toda a mágoa que eu possuía e me fez sentir em paz em sua presença.

Não duvido de que ela saiba sobre tudo isso. Em seus olhos há um brilho de compreensão. Nesse momento eu quero que ela saiba que senti sua falta, e que por hora esqueci tudo o que motivou ao Rick expulsá-la.

Em toda essa vida de merda, eu estive fechado para toda essa baboseira do amor. Não precisava dessa dor para juntar às outras que tanto assombravam meu passado. Porém, algo diferente aconteceu... Carol era uma pessoa a qual eu lutava desesperadamente para compreender e não ser rude para magoá-la.

Carol era diferente, e eu me perdia mais ainda em toda essa confusão. Como agir? Como colocar tudo para fora? Questão impossível.

Maldição.

Eu não poderia perder isso jamais. Esse ligação era a mais importante.

Mas entender tudo aquilo, era como uma pessoa que tenta enxergar a luz do sol mas que não é capaz de abrir os olhos para isso.

Alguma coisa naqueles olhos fazia com que eu tivesse o profundo medo de perdê-la. Alguma coisa naqueles olhos fazia com que eu quisesse me perder em seus braços. Alguma coisa em sua voz fazia meu coração disparar.

— Daryl? — Ela chega junto à mim, interrompendo meus devaneios, enquanto os outros estão distraídos demais para prestar atenção.

Encaro meus pés, sentindo seu corpo se aproximar do meu.

— Sim? — Eu engulo em seco, nervoso.

— Olhe para mim. — Ela pede, fitando meu rosto que não a encarava.

Enfim levanto a cabeça e encaro seus olhos.

Ela nada diz, mas com certa hesitação entrelaça os dedos nos meus, apertando-os forte.

Minhas mãos formigam de um jeito engraçado com o toque, mas eu consigo me concentrar em retribuir o aperto firme.

O quanto eu havia esperado por aquele toque, eu não saberia dizer, mas ele veio. E com ele uma explosão de sentimentos que eu nunca sentira antes.

Encontrei você, mulher. Suas nove vidas são as mais valiosas para mim, para todo o meu sempre. Encontrei você, e sou o homem mais feliz do mundo.


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Notas finais do capítulo

Mais uma Caryl. :3 Espero que gostem. Não, eu não abandonei e jamais abandonarei as fanfics antigas, ainda terão capítulos novos. Longe de mim excluí-las.AGORA VAMOS AO QUE INTERESSA, QUE EPISÓDIO FOI AQUELE? GENTE, EU TÔ TREMENDO EM PLENA QUARTA-FEIRA COM AQUELE ABRAÇO DE CARYL. SOCORRO. EU VOU CHORAR. Mentira, não dá pra chorar mais, esgotei o reservatório. Comentem e favoritem. Me digam o que acharam. Amo vocês.