Pokémon: O Mestre

Capitulo 25: Um triste historia Pokémon!

12/02/45

—Wow!—Lucks está estarrecido com o que o Abra acabou de contar. — E ai o que aconteceu?—

—Aconteceu a coisa mais horrível que eu já vi. — Responde o Abra voltando a narrar os acontecimentos daquele dia fatídico e angustiante.

5 ANOS ATRÁS...

01/02/40

—Porque fez isso?!—Exclama Karen se forçando a engolir o choro.

—Eu vim aqui humildemente para falar com seus pais. Disse a eles que queria você e seu Pokémon falante trabalhando para a organização da qual faço parte, mas eles nem quiserem ouvir. —Diz Olhos da Alma com tranquilidade se aconchegando no sofá—Eu falei que pagaria você muito bem e que é um trabalho relativamente seguro, mas seu Pai meio que me conhecia, ele tentou me atacar e uma coisa levou a outra e bem... Acabei matando eles sem querer. —

—Vo... Você é um monstro!—Grita Karen.

—Ei, não precisa parti para a agressão, seu pai que começou. Ele falou... Quer saber. Não importa. Se você trabalhar com a gente pode ter eles de volta. —

—E ainda é maluco!—Exclama Karen.

—Só para de escândalo e venha comigo, se ficar comportada eu até te ajudo a enterrar seus coroas. —Fala Olhos da Alma ficando de pé.

—Eu não vou a lugar nenhum com você seu assassino!!—Grita Karen, Abril ainda não sabe o que fazer e só consegue ficar olhando tudo acontecer.

—Você está sem opções aqui. —Diz Olhos da Alma em um tom ameaçador—Ou você vem comigo, ou morre. Dizem que você é inteligente então já sabe que decisão tomar, certo?—

Karen rapidamente puxa o Abra pelo braço e começa a correr para longe dali.

—Vamos pega-la!—Exclama Olhos da Alma, seu Samurott dispara atrás da jovem.

—Karen, pra onde vamos?—Pergunta o Abra temeroso correndo junto com Karen.

—Temos que chegar à cidade e pedir ajuda. Sozinhos não vamos dá conta dele!—Responde Karen.

Eles param de correr, pois são jogados bruscamente para trás ao serem atingidos por um hidro bomba. O Samurott responsável pelo ataque sai da mata ficando a frente deles.

—Corre Karen, eu vou segurar ele!—Exclama o Abra se levantando e ficando na frente da sua amiga.

—Eu não vou deixar você para trás!—Karen está determinada a sair dali apenas junto do Abra.

—Use o pulsação de água!—Comanda Olhos se aproximando do seu Pokémon.

Abril e Karen mais uma vez são jogados com força para trás ao serem atingidos pelo ataque aquático.

—Temos que despista-los. —Fala Karen enquanto se levanta.

—Eles são mais rápidos que a gente, você tem que ir enquanto eu os seguro, é o único jeito!—Sugere Abril enquanto também se levanta.

—Eu não posso... —

—Vai logo!—Grita o Abra calando Karen enquanto foca todo o seu poder psíquico e dispara um raio de energia concentrada que atinge o Samurott que através do impacto é jogado contra uma arvore.

—Corra agora enquanto ele está caído!—Karen decide obedecer a seu Pokémon e começa a se afastar.

—Está bem Samurott?—Pergunta Olhos da Alma, o Pokémon balança a cabeça indicando que sim enquanto volta para perto do Abra. —Então revide com o Concha espada!—

Um movimento rápido e o som de algo sendo cortado ecoa por toda a floresta, Abril cai no chão com um corte no peito que começa a derramar sangue, o Samurott balança sua concha espada para limpa-la do liquido vermelho.

—Não, eu não vou deixar mais ninguém que eu gosto morrer!—Decide Karen começando a correr de volta na direção onde o Abra está.

—Bom trabalho Samurott. —Elogio Olhos da Alma batendo de leve no ombro do aquático enquanto vê que o Abra está ferido demais para continuar a luta.

—Não machuquem mais ele!—Exclama Karen correndo até Abril.

—Não... Devia ter voltado... —Fala o Pokémon com dificuldade devido à dor do corte.

—Me deixem leva-lo para o Centro Pokémon que eu aceitarei trabalhar com você!—Promete Karen.

—Não dá. Sabe que as enfermeiras vão fazer perguntas e como ele e você sabem falar... Mas o meu grupo tem equipamentos para tratar de pokémons. Eu vou envia-lo para lá, basta eu captura-lo com uma pokébola especial. —Olhos da Alma pega uma pokébola de cor preta que possui o desenho de um olho de cores invertidas na parte superior.

Droga, isso é tudo culpa minha! Pensa o Abra. Se eu tivesse treinado meus ataques eu não estaria nessa situação, eu sou fraco demais!

Karen segura Abril nos braços enquanto Olhos da Alma se prepara para encostar a sua Pokébola diferente nele, mas nesse instante ele ouve o barulho de águas correndo em um rio que ela conhece muito bem.

Olhos da alma arremessa a pokébola na direção do Abra, mas Karen rapidamente se embrenha na mata correndo em direção a cachoeira.

—Mas que merda!—Reclama Olhos da Alma pegando a Pokébola que caiu—Atrás deles!—

—O que está fazendo?—Questiona Abril sendo carregando por sua dona.

—Vou pular no rio se ele estiver agitado a correnteza ira nós levar para longe!—Responde Karen enquanto continua a correr.

—Não, isso não vai dar certo, você tem que me deixar, eu só estou te atrapalhando, se misture na mata e caminha lentamente, você vai conseguir chegar até a cidade, são só vinte minutos de caminhada, você consegue. —

—Eu não vou deixar você morrer, Abril! Estamos nessa até o fim! Vai dar certo! Entre dentro da sua Pokébola!—Exclama Karen pegando uma Pokébola do seu bolço.

—E deixar você enfrenta-los sozinha?—

—Só tá me fazendo cansar e você já tá ferido. —Insiste Karen.

Antes que o Abra possa dar a treplica, o Samurott e Olhos da Alma se aproximam. O treinador da organização secreta chamada de Olho Negro exclama: — Ar cortante!—

O Samurott faz um movimento com sua concha espada liberando uma onda de ar que avança até acerta o alvo. Karen e Abril vão mais uma vez de encontro ao chão.

Abril se concentra ficando rodeado de energia psíquica e toca em Karen, eles são teleportados apenas a alguns metros a frente. Olhos da Alma ainda consegue enxerga-los.

—Entra. —Fala Karen apontando a Pokébola na direção do Abra.

—Me prometa que vai ficar viva. —Pede Abril antes de entrar na pokébola.

—Eu prometo. —Concorda Karen correndo com a Pokebola em mãos enquanto os inimigos vêm em seu encalço.

—Vamos finalizar isso, eu já perdi a paciência!—Exclama Olhos da Alma—Concha espada nela!—

Karen já consegue ver o rio e quando está chegando perto dele o Samurott salta por trás dela a acertando com um golpe lateral que faz um risco vermelho de sangue surgir nas costas da garota.

—Abril, não deixe eles te pegarem de jeito nenhum, viva bem!—Exclama Karen se sentindo fraca pela perda de sangue enquanto coloca a Pokébola no rio, a pokébola afunda e é levada pela correnteza e mesmo dentro dela o Pokémon consegue ouvir aquelas palavras ditas por sua dona.

—Você sabia que a correnteza desse rio é muito fraca para arrastar você em velocidade suficiente para escapar de nós não é mesmo?—Questiona Olhos da Alma vendo Karen dentro do rio.

—Pelo menos vocês não terão o Abril. —Diz Karen com um sorriso vitorioso.

Abril tenta sair da pokébola, mas a dor e a perca de sangue acaba por desmaia-lo.

—Talvez meu Samurott ainda consiga acha-lo, ele é um bom nadador. —Comenta Olhos da alma.

—Não, você tem que me levar para seja lá onde seu grupo trabalha, se não vou acabar morrendo por sangramento. É eu ou ele. —Fala Karen sentindo dor nas costas enquanto vê seu sangue se misturar a água do rio, ela volta a beirada do rio onde fica em pé na margem.

—Você é sacana garota. —Aponta Olhos da Alma com um olhar e sorriso psicopata—Eu não gostei disso. Se eu não posso ter os dois eu prefiro não ter nenhum, além do mais eu duvido que você fosse cooperar com o Olho Negro adequadamente mesmo. Kelune vai encher meu saco para sempre por causa dessa missão, mas foda-se. —

Com isso dito Olhos da Alma saca uma pistola de dentro da sua jaqueta preta e dispara bem no meio da testa de Karen que cai morta dentro do rio.

Olhos da Alma e seu Samurott começam a andar para longe dali.

Horas depois...

—Karen!—Exclama Abril acordando e saindo de dentro da pokébola, seu esforço para sair foi tão grande que sua Pokébola acabou sendo destruída. Ele percebe que seu ferimento nas costas já cicatrizou. Ao que parece sua energia psíquica o curou durante o sono e o ferimento também não eram tão critico como ele imaginava.

Abril vê que já está de noite, ou seja, ele dormiu por varias horas, além de que ele está a quilômetros da parte do rio onde foi deixado por Karen. Um grande sentimento de preocupação se forma no coração deste Pokémon e ele faz a única coisa que ele pode fazer: ir atrás de Karen.

Ele caminha por um longo tempo indo na direção oposta da que estava quando o rio o trouxe, até que ele vê algo que acredita seu um tronco de arvore sendo trazido pela correnteza. Mas quando chega mais perto ele vê que aquilo não é o que imaginava.

Abril achara o corpo de Karen e mais uma vez só fez aquilo que lhe restava fazer. Ele chorou e carregou o corpo dela de volta para casa a deixando junto dos corpos dos pais.

12/02/45

—Eu liguei para os policia, mas fui embora quando eles chegaram. Fiquei com medo de eles acharem que eu poderia ter sido o assassino. Desde então eu tenho vivido nessa floresta, sempre treinando para aumentar meus poderes psíquicos, mas ultimamente acho que eu fiquei meio pirado. Eu quis voltar aqui para essa parte da floresta para ver se alguém já tinha ocupado a casa onde eu vivi com eles, mas não, ninguém ocupou e... Quando eu vi a casa abandonada desse jeito eu pirei mesmo, ai foi bem quando vocês chegaram... Desculpem-me por isso. —

—Tudo bem. —Diz Lucks—A garota que nós vimos... Que você estava fingindo ser era a Karen não é?—

—Sim. —Responde Abril abaixando a cabeça de tristeza.

—Mas agora você já não está “pirado” não é?—Pergunta Selina com delicadeza. —Você já está melhor mentalmente, melhor e forte, pois contar esse passado não é algo que qualquer um conseguiria. —

—Acho que sim. Quando vocês voltaram com o disco eu li a aura de vocês, eu vi que você tem uma aura parecida com a de Karen e isso me fez “voltar ao normal”. —Fala Abra.

—Sério? Eu pareço com ela?—Pergunta Selina.

—Não você, ele. —Abril aponta para Lucks.

—É... Legal?—Questiona Lucks meio sem jeito.

—O jeito que você enxerga os pokémons é do mesmo jeito que ela enxergava. Você os enxerga sem diferença dos humanos, se você se dedicar a estudar como a Karen não duvido que você consiga ensinar pokémons a falar também. —Fala Abril dando um sorriso nostálgico e rápido.

Lucks fica sem saber o que dizer, apenas sorri.

—E você vai fazer o que agora?—Questiona Kaine ainda com a mesma cara de bravo de sempre.

—Vou continuar treinando aqui, aprimorar minhas habilidades psíquicas, é só o que eu posso fazer. Treinar e esperar pelo dia em que derrotarei Olhos da Alma, eu sei que ele não foi preso ainda, Karen merece justiça e algum dia eu trarei isso a ela. —Responde Abril motivado.

—Não seja estupido!—Exclama Kaine—Se ficar plantado aqui nunca ira conseguir nada, se quer algo você deve correr atrás! Eu já estou decidido a matar o Olhos da Alma pois ele também matou uma amiga minha, estou nessa jornada para acabar com ele, e agora você também está! Venha conosco!—

—O que?!—Exclamam todos surpresos com o que Kaine disse, principalmente o Abra.

—Mas... Vocês me aceitariam mesmo depois do que eu fiz?—

—Mas é claro!—Responde Lucks animado—Quanto mais gente contra o Olho Negro melhor!—

—Olho Negro? Você nem falou nada disso ai em, Lucks. —Comenta Lair.

—Ixi, isso era meio que um segredo, mas depois eu te falo. —Fala Lucks com seu irmão.

—Eu quero me tornar uma pesquisadora Abril, você pode me ajudar nisso com os seus conhecimentos e eu também posso te ajudar lhe ensinando o que você perdeu da ciência nesses últimos cinco anos aqui. —Sugere Selina.

—Desse jeito eu acho que não tenho como recusa-los. —

—Então aceitou. —Diz Kaine com a mesma expressão de sempre—Vamos logo então, já estamos atrasados para chegar na próxima cidade!—

—Então vamos!—Exclama o Abra sentindo uma coisa que ele achou que jamais sentiria de novo: felicidade.

—Mais um pro time, isso ai!—Comemora Lucks.

—Eu vou querer saber tudo sobre esse Olho Negro em. —Fala Lair enquanto eles começam a se afastar da casa abandonada.

Abril olha para ela uma ultima vez e em seus pensamentos ele promete voltar e reconstruir ela algum dia, reconstruí-la como um laboratório de pesquisas Pokémon, pois ele sabe que essa séria uma coisa que deixaria Karen contente.

—Deixa eu ver isso. —Fala Kaine tomando o disco que ainda estava nas mãos de Lucks—Isso aqui é bem estranho. Pra que serve? —

—Sei lá. Ele tem um desenho do Lugia e estava dentro de um quadro do Mestre Pokémon Hegner. —Responde Lucks—Ei Abril, você sabe por que isso estava dentro do quadro?—

—Não, nunca vi esse disco antes, e também não fazia ideia de que havia algo dentro daquele quadro. —Conta Abril.

—Talvez o livro misterioso possa nós ajudar nisso. Eu acho que já vi as mesmas escritas do disco em algumas páginas do livro. —Fala Selina.

—Que livro é esse? Também quero saber sobre isso!—Fala Lair com curiosidade.

—Mais um que sabe do livro agora, que saco!—Reclama Kaine.

—Estou falando sério em, vai me contar tudo sobre esse Olho Negro em Lucks, e esse livro também!—Avisa Lair com voz de autoridade.

 —Tá, tá. Já falei que depois eu te falo. —Diz Lucks enquanto eles continuam a andar.

—Depois não, pode falar agora. —

—Mas é uma longa historia. —

—Mas o caminho até chegarmos na próxima cidade é longo não é? Então desembucha logo!—Insiste Lair.

Abril dá uma risada chamando a atenção de todos.

—Que foi?—Questiona Kaine.

—Nada. É que vendo vocês discutirem assim me deixou feliz, acho que vai ser bem engraçado está com vocês. —

—É, acho que vai mesmo. —Concorda Lucks—Eu sei umas piadas muito boas que eu mesmo criei, vou contar umas enquanto a gente... —

—Não!—Exclama Lair—Não vai fugir do assunto, podem falar, você também Selina e Kaine, me falem sobre o livro e o negocio negro. —

—Ei Abril. —Diz Kaine ignorando Lair que fica lá atrás discutindo com Lucks e Selina.

—Sim?—

—Você disse que ficou cinco anos aqui só treinando. E ainda nem evoluiu. Por quê?—

—Eita. Nem sei. —

Continua...