Elyse

Elyse Johnson se achava a pessoa mais estranha do mundo. Não era pra menos, já que em um dia “enfeitiçara” o valentão da escola para que ele fosse até a garota mais popular de lá e declarasse seu amor por ela; Fizera de algum modo, a professora achar que ela havia acertado tudo na prova e assim pôr na prova de Elyse um “10,0” lindo e azul; E pior de tudo: Tinha uns momentos em que ela tinha visões ou algo do gênero, delirava de vez em quando.

No mês anterior, Elyse vira um grupo de sete pessoas atacarem um gigante (ou giganta) de dezoito metros de altura no mínimo, e venceram a guerra. Com certeza era um delírio.

Dias depois da sua nota “10,0” linda e azul, Elyse estava viajando com a família, quando anoiteceu e foi obrigada a dormir com pesadelos. Alguns minutos após ter acordado, deitou-se novamente e ouviu uma voz.

- Psit! – Chamava. – Venha cá, aqui fora!

Elyse se assustou, a princípio, mas resolveu sair do quarto e ver quem era o dono da voz.

- Olá. Eu sou Grover Underwood, e estou aqui para lhe guiar até o Acampamento Meio-Sangue. – Disse a coisa.

Elyse percebeu que a criatura tinha pernas de bode e dos quadris para cima era corpo humano.

- Meu Deus! – Ela exclamou.

- Isso ofendeu! Agora, vamos logo. Seus pais sabem que está vindo comigo, não se preocupe.

Por mais que o bicho dissesse aquilo, Elyse não se convenceu, mas resolveu ir com ele.

Ao chegar ao comentado acampamento, ela se surpreendeu. Paredes de escaladas recheadas com lava, chalés grandes e reluzentes, e muitas outras coisas. A chegada de Elyse impressionou a todos, até mesmo a ela.

- Ela não é filha de um dos três grandes – Elyse ouviu alguém dizer. –, mas sua magia é tão perigosa quanto.

Todos tentavam manter-se afastados dela, o que a deixava constrangida. Um homem chegou, sentado numa cadeira de rodas, e sorriu para ela.

- Olá, Elyse! Seja bem vinda ao Acampamento Meio-Sangue! – Ele disse.

Elyse olhou para todos os lados, como se estivesse procurando alguma coisa. Viu, de longe, um dos sete. Como ela sabia, não fazia ideia, mas sabia que era um dos sete e isso bastava. Era uma menina de cabelos castanhos e trançados. Junto dela estava um menino loiro. Eles dois estavam se beijando, provavelmente eram namorados. Quer dizer, com certeza eram namorados.

- Meu nome é Quíron. – O homem disse. Ele estava acompanhado de outro homem, por sua vez mais velho. – E esse é o Sr. D.

- O que é isso e o que eu estou fazendo aqui? – Elyse indagou.

- Elyse, esse é o Acampamento Meio-Sangue, ele foi criado para proteger os semideuses (filhos de mortais e deuses). Você é uma semideusa. Como ainda não sabemos quem é seu pai ou sua mãe, você ficará no chalé dos “Desconhecidos”, por enquanto que não sabemos quem é seu pai ou sua mãe.

Elyse continuava achando aquilo superestranho, mas resolveu aceitar.

- E o que pode provar que eu sou uma semideusa? – Ela questionou.

- Bem, você faz magias, vê através da névoa e tem um cheiro forte, de acordo com Grover. Sendo assim, não há outra coisa que você pode ser além de uma semideusa. – Disse Quíron.

- Entendo. Então, como eu vou descobrir de que deus ou deusa eu sou filha?

- Descobrirá em breve, se possível.

Duas horas depois, Elyse estava na mesa dos “Desconhecidos” esperando por uma resposta.

- Hoje - começou Quíron. -, nós teremos o jogo “Captura da Bandeira”. Teremos o chalé de Hermes com o de Apolo, o de Ares o de Atena, o de Poseidon e o dos “Desconhecidos” juntos num time e os outros chalés no outro time. Não vale matar, só pode atirar ou quebrar uma perna ou braço. Mas tentem não matar ninguém.

Depois de tudo explicado, começaram os jogos. Elyse ficou de ir atrás da bandeira do time adversário. Ela pegou seus arcos e suas flechas e começou a procurar a bandeira.

No meio do caminho, atirou tão bem que derrubou duzentos entre os que estavam guerreando. Não esperava que de repente fosse aparecer um arco e flecha brilhante sobre sua cabeça, e realmente não apareceu.

Elyse atirou, atirou e atirou, e conseguiu pegar a bandeira do time adversário. Ela a ergueu em sinal de triunfo, e venceu o jogo. De repente, apareceu uma lira brilhando em amarelo acima da cabeça de Elyse.

- Elyse Johnson – Disse o Sr. D. –, filha de Apolo.

“Apolo?” Elyse foi enviada para o chalé de Apolo. A maioria dos semideuses que ficavam lá era feita de meninos.

De repente, Elyse olhou para o canto da parede e desmaiou. O chalé estava vazio. Ela caiu no chão.

Durante o período em que ela estava desmaiada, Elyse teve um sonho. Ela estava em um salão grande, cercada por dois grandes papagaios que chiavam a cada dois minutos.

Elyse olhou para os fundos do salão. De lá, veio um bicho estranho de dois metros, com duas cabeças e garras do tamanho de um computador. Ele pulou em cima de Elyse, derrubando-a. No exato momento, Elyse abriu os olhos.