"Quando eu te conheci no verão

Ao som das batidas do meu coração

Nós nos apaixonamos

Enquanto as folhas secavam"

– Calvin Harris

Point View of Katharine, quarta-feira,16;22pm

Nathy: O que você acha desse? – pois a mão na cintura.

Eu: É lindo, assim como os outros 5 que você provou a minutos atrás...- resmunguei bufando.

Nathy: Ai Kate, eu tenho que estar perfeita hoje a noite! – disse manhosa – Então para de reclamar! – fez careta e voltou ao provador, colocando mais um vestido. E lá vamos nós.

Depois de provar mais um 3 vestidos, Natally finalmente resolveu levar um azul, tomara que caia e com babados. Eu já havia comprado a minha roupa, então pagamos e partimos direto para a minha casa, iríamos fazer uma maratona de Supernatural e comer bolo com sorvete até explodirmos.Yep.

Ao chegarmos, eu parti direto pra cozinha, deixei minha bolsinha no balcão e abrindo o freezer na geladeira, peguei o pote de sorvete de baunilha, fechei o freezer e peguei dois pedaços do bolo floresta negra que eu comprei no Starbucks e coloquei tudo em cima de uma bandeja, levando tudo pra sala junto com umas colheres.

Nathy: Paramos em qual temporada? – disse fuçando minha caixa de DVDs em baixo da estante.

Eu e Nathy somos bem viciadas quando o assunto se trata de séries, desde que nos conhecemos sempre acompanhamos varias séries juntas, como The Vampire Diares, Revenge , Pretty Little Liars e Supernatural, tipo agora. Isso é meio que um mantra pra gente, só podemos assistir as séries juntas.`

Eu: Quinta temporada, décimo oitavo episódio.- coloquei a bandeja na mesa e joguei algumas almofadas no chão, me sentando logo em seguida

Natally pareceu finalmente achar o DVD no meio de toda aquela bagunça na caixa. Colocou o disco no aparelho de hometiter, pegou o controle e juntou-se a mim no meio do amontoados em almofadas. Peguei a bandeja em cima da mesinha e coloquei sobre a minha perna direita e a direita de Nathy.

Ela deu play e mais um episódio da minha série se iniciou, enquanto nós nos enlambuzamos de bolo com sorvete. Eu e Nathy nos olhamos e rimos do estado em que nossos rostos se encontravam.

Eu amo isso, sabe? Ter amigos, assim como a Nathy, em momentos da vida, momentos que não precisam ser necessariamente momentos bons, como ir a uma festa que você esta esperando meses para que chegue e ela ser incrível, ganhar um presente inesperado de alguém especial ou até mesmo tomar um banho de chuva no meio da rua durante um verão quente e bonito, e nem momento ruins, quando você pega uma gripe idiota e não pode se levantar da cama, quando você quer muito uma coisa e no fim não consegue absolutamente nada ou quando simplesmente não está bem, odiando a vida e querendo morrer, mesmo sem motivo. O momentos que eu tenho com eles são simples, momentos da vida em que nada é nada e tudo é tudo, momentos em que o ontem já passou e eu não faço a mínima idéia do que esperar para amanha. São momentos em que eu só vivo o hoje.

Eu simplesmente amo meus amigos, e acho que sem eles eu enlouqueceria mais do que eles já me enlouquecem.

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Point of View of Katharine Roberts, quarta-feira, 20;04pm

Nathy: Kate!- me assustei ouvindo um grito agudo do andar de cima, subi as escadas de dois em dois degraus e entrei no quarto correndo., encontrando Natally com a ponta da cabeça pra fora do banheiro, tremendo e rangendo os dentes.

Eu: O que houve?- perguntei a encarando, meu peio subia e descia, minha respiração se descompensou pelo fato de eu subir a escada estilo Flash.

Nathy: Preciso de uma toalha, será que você pode pegar pra mim?- disse rouca.

Eu: Ta’ de brincadeira?- semicerrei os olhos e ela franziu o cenho – Eu achando que tinha entrada um Serial Killer no banheiro pra te matar, e você só quer uma toalha? – arqueei a sobrancelha e ela assentiu rindo – Mereço...- resmunguei pegando uma toalha vermelha no meu armário e jogando a mesma para ela.

Assim que Natally saiu do banheiro eu entrei, já tirando a roupa de qualquer jeito e jogando em todo canto. Soltei meus cabelos e entrei de baixo da água morna, sentindo meus músculos relaxarem a cada gota que entrava em contato com a minha pele. Passei um xampu de cereja no cabelo e o deixei agindo, enquanto me ensaboava sem pressa. Enxagüei-me e passei o condicionador, o deixando agir por dez minutos e o tirando, em seguida logo enrolei meu cabelo na toalha e enrolei meu corpo em outra, saindo do banheiro e tirando a minha roupa do closet.

Depois de me secar, vesti-me com um jeans preto, uma T-shirt branca escrito “Geek” e um casaco de moletom estilo colegial azul e branco. Nos pés calcei um All star cinza claro. Em meu cabelo, passei o secador fazendo pequenos cachos nas pontas e passei prancha somente na franja. No rosto só passei um hidratante que mamãe trouxe da ultima viajem a New Orleans. Sorri com saudades ao lembrar dela e papai. Espero que eles voltem logo de viajem

Me direcionei a minha comoda e dela peguei um batom vermelho sangue, passando os mesmo devagar nos meus lábios. Peguei uma pulseira prata e um brinco de argola, colocando os mesmo.

Me olhei no enorme espelho do meu closet e sorri com o resultado. Enfim, estava pronta.

Desci as escadas saltitando – como de costume – e fui direto para a cozinha, onde avistei Nathy sorrindo e falando animadamente no celular. A encarei de sobrancelha arqueada quando ela me notou, e a mesma me mandou uma piscadela.Ai tem.

Eu: Quem é o boy da vez?- brinquei me sentando no banco á frente do balcão americano, assim que ela desligou a chamada.

Nathy: Moreno,branquelo, piercing no nariz e garoto problema te diz alguma coisa?- perguntou sugestiva. Sorri animada.

Eu: Ai. Meu. Deus.- disse pausadamente – Richard Thompson? – mencionei e ela sorriu de orelha a orelha – Sua safada! Você ta pegando o filho da diretora Marie Anne! – gritei quase caindo do banco. Nathy gargalhou.

Nathy: Calma lacraia, para de enxame!- disse recuperando o fôlego - Digamos que eu estou quase pegando ele, mas esse quase vai sumir hoje na festa...- sorriu maliciosa.

Richard Thompson é simplesmente O bad boy mais bad de toda a Williams. Segundo boatos, ele já foi expulso de mais de 3 escola em um só ano, e por isso sua mãe teve que o colocar aqui, o que foi bem fácil já que ela é a diretora. Mas o que de fato é verdade, é que Thompson parece não se intimidar quanto a isso, ele faz tudo o que quer, praticamente é suspenso toda semana, seja por xingar os professores, brigar com os caras do time ou ser pego pelos coordenadores praticando sexo em meio os banheiros, corredores e até salas de aula.Garoto rebelde, eu sei.

Eu: Harley, cuidado viu garota, esse garoto não é boa coisa...- disse e ela fez careta

Nathy: Ele é um gostoso, isso sim!- gargalhei.- Fica tranquila, não é como se eu fosse me casar com ele nem dada, só quero usar aquele corpinho. Sem compromisso nem preliminares.- sorriu e eu suspirei. Minha amiga sabe se cuidar, e não vou ser uma empata foda, ainda mais como Richard Thompson.

[ . . . ]

Copos no gramado, garotas nuas na piscina, bitucas e mais bitucas de cigarro pela sala, gente se espremendo e lutando por um espaço em meia a pista de dança improvisada enquanto o DJ controlava os jogos de luz juntamente com a mesa de som , de onde saia em forma de remix a voz de Calvin Harris.

A festa estava insana.

Me distrai com toda aquela loucura e acabei perdendo Natally de vista, então fui em direção ao bar, precisava de uma bebida o quanto antes,ali dentro estava abafado.Me escorei no balcão e logo um barman veio em minha direção.

– O quer vai ser, gatinha? – sorriu.

Eu: Uma Penélope, por favor.- pedi, retribuindo o sorriso. Depois de um tempo ele pois o copo com o liquido avermelhado no balcão – Obrigado. – ele apenas assentiu ainda sorrindo e virou-se para atender outra garota.

Penélope é um dos meus drinques favoritos, feito com whisky, rum, conhaque, vinho e frutas vermelhas. Simplesmente uma delicia. Suguei o liquido pelo canudo de cor laranja e quase suspirei quando senti o álcool minha garganta.

– Só na bebedeira não é, cachaceira?! – uma voz aguda soou em forma de grito no meu ouvido e eu saltei da balcão, cuspindo quase a metade da bebida no chão. Levantei meu olhos até uma figura loira que trajava um vestido totalmente brilho e cheguei e quase urinava de tanto rir.

Eu: Quer me matar, filha da puta?- gritei recuperando o fôlego e ao mesmo tempo a metralhando com os olhos. Lavínia não se intimidou com o meu olhar e riu mais ainda.

Lavínia: Esse é seu troco por quase me derrubar da escada. – sorriu debochada, me fazendo revirar os olhos, finalmente desviando meu olhar para o lado esquerda de Lavínia. Sorri me levantando.

Eu: Hey, Henry.- O abracei pelo pescoço, sentindo ele pousar timidamente as mãos em minha cintura, me apertando contra o seu corpo.

Henry: Olá, Kate.- sorriu torto ao nos separarmos do abraço. Aproveitei para observá-lo melhor.O loiro vestia uma calça totalmente – e maravilhosamente – justa, uma camisa vermelha por baixo de um casaco de moletom também preto.Nos pés usava um Vans de cor branca e o cabelo se encontrava em um topete arrepiadinho. Ual. Totalmente perfeito.

Eu: Você ta arrasando nesses jeans, Henry!- brinquei voltando minha atenção ao seus olhos, que tinham uma coloração mais escura devido a baixa luz do ambiente.

Henry: Valeu, Roberts.- riu sem jeito.

Senti meu celular vibrar no bolso da calça e o peguei, me sentando novamente em um dos bancos do bar, enquanto Laví e Henry faziam seus pedidos ao mesmo cara que me atendeu.

“Cadê você?, estou a meia hora te procurando L !!” – Patrícia. L’

Li a mensagem na tela do celular e logo tratei de responder.

“Vim beber um drink. Preciso de álcool, babe! Aonde estas?” – K. Roberts’

Enviei e a resposta chegou em segundos depois.

“Sofá estilo lanchonete abandonada.Mini freezer amarelo. Área da piscina.” – Patrícia. L’

Bloqueei a tela do celular, me levantando e me despedindo de Henry e Lavínia, indo em direção a parte de fora da casa. Não sem antes, é claro, esbarrar, empurrar e xingar umas 15 pessoas pra conseguir passar.

O lado de fora estava uma loucura ainda maior, de longe consegui avistar o treinador Mitchell sentado em uma cadeira de praia totalmente chapado, com uma garrafa de tequila na mão e sorrindo débil para duas alunas de intercambio asiático, se eu bem me recordo, Kashima e Shumuty, enquanto elas rebolavam a bunda freneticamente, hora em sua cara, hora em seu colo.Meu rosto se contorceu em uma careta de nojo.Velhos.

Desviei meu olhar e vi ao lado oposto, o time inteiro em uma rodinha, rindo, bebendo e quase comendo as vadias do primeiro ano. Em meio deles avistei Andrew, o dono da festa e da casa, recém membro do time e por quem minha amiga tem um penhasco, digo, queda. Ele me viu encarando-o e sorriu, levantando o copo de, o que parecia ser conhaque, que estava em sua mão, como se fosse um brinde, e acenou sutilmente com a cabeça.Repeti o seu ato e mandei-lhe uma piscadela, logo desviando minha atenção dele e indo ao encontro de Paah, que estava sentada no sofá Alá lanchonete abandonada, juntamente com Elizabeth, Harry, Ryan e , para o meu total desgosto, Christian.

Eu: Hi, guys! – sorri me jogando no sofá , entre Paah e Liz. – Aproveitando a festa?