Por sorte, meu carro já estava pronto quando Alyssa e eu chegamos para busca - lo no mecânico. Essa foi a boa noticia, a má foi que começou de repente a chover muito forte. Se dirigir em Nova York com um bom tempo já era um inferno, imagina agora.

Resolvemos ficar no shopping mais tempo do que havíamos planejado, tentando ver se a chuva parava. Ficamos andando e olhando para as lojas de modo distraído, até que eu vi uma loja que mostra vestidos para festas e eventos especiais. E isso me lembrou que...

– Alyssa, precisamos dos vestidos para o casamento do meu irmão! – exclamei, segurando o braço dela.

Alyssa me olhou, com os olhos um pouco desfocados e engolindo os chocolates que tinha mastigado.

– Casamen... ah! O casamento do seu irmão – ela sorriu – Então vamos lá. – ela apontou para a loja que eu estava olhando.

Os vestidos eram lindos, cada um mais bonito que o outro. Eu não sabia qual escolher primeiro para provar, mas Alyssa não teve esse tipo de indecisão. Correu em direção a um vestido verde mar e o segurou.

– Eu vou provar este, Line. – ela foi apressada para o final da loja, onde ficavam os provadores.

Pelo menos uma de nós encontrou um vestido que a agradasse. Não entenda mal, como eu disse, todos os vestidos eram lindos, mas eu era muito exigente para escolhas. Então depois de um tempo, eu já estava suspirando em frustração.

– Esse vestido ficaria maravilhoso em você, querida! – uma voz feminina e animada disse atrás de mim.

Me virei e fiquei sem fala. A mulher que falara não parecia ser mais velha que eu, mas com certeza era mil vezes mais bonita. Os olhos eram cristalinos e os cabelos longos e dourados. Ela era alta e encorpada; se equilibrava perfeitamente em seus saltos e sua maquiagem era impecável. Na verdade, ela parecia ficar mais bonita a cada momento. Só poderia ser uma modelo.

Ela sorriu para mim, e levantou o vestido que segurava em sua mão para que eu pudesse ver.

– Eu achei a sua cara! – ela me entregou – O que acha?

Olhei o vestido. Realmente, era perfeito. Era azul escuro, longo até os pés, de apenas um ombro e com algumas pedrinhas enfeitando.

– Puxa, obrigada. – agradeci sorrindo – Eu vou ser madrinha no casamento do meu irmão.

– Que lindo! – ela exclamou, e o estranho é que ela realmente parecia achar isso – Como você se chama?

– Caroline Thomas. – sorri – E você? – perguntei para ser educada.

Ela hesitou por um momento, me analisando. Mas por fim sorriu.

– Meu nome é Afrodite.